Planeje-se! Não desperdice seu 2017

Por John Piper

Planejamento das necessidades físicas

Suponha que venha à sua mente o pensamento de que você quer construir uma casa. Você se senta e faz uma lista com todos os materiais que acha que irá precisar. Então você pede que eles sejam entregues no lote onde irá construir. Tudo é empilhado no centro do lote, e no dia seguinte a escavadeira vem cavar o alicerce e tudo está no caminho. Tudo está justamente onde ela tem que cavar.
Por quê?
Uma falha de planejamento.
Sem um planejamento rudimentar provavelmente você não terá nada para comer quando se levantar de manhã. E sem um planejamento detalhado, ninguém pode construir uma casa, muito menos um arranha-céu, um shopping center ou uma cidade. Se fornecer abrigo, alimentação, vestuário e transporte é valioso, então o planejamento é valioso. Mas os mais simples impulsos nada realizam sem alguma previsão a que nós chamamos de plano.

Planejamento das necessidades espirituais

Todos nós sabemos e praticamos isso em relação às necessidades físicas básicas da vida. Tomamos medidas para assegurar que temos o suficiente para comer e roupas para nos manter aquecidos. Mas nós levamos nossas necessidades espirituais tão a sério? Aplicamos a mesma seriedade que temos em ganhar a vida, no planejamento para maximizar o nosso ministério?
O que eu gostaria de fazer aqui é tentar persuadi-lo a reservar um tempo a cada semana deste novo ano para planejar, e planejar especificamente sua vida de oração, devoção e ministério. A escavadeira do Espírito de Deus muitas vezes entra na cena do nosso coração pronta para começar uma grande obra de construção e ela descobre que, devido ao mau planejamento, existem pilhas de coisas desordenadas em seu caminho. Nós não estamos prontos para ela.
A maneira pela qual eu espero motivá-lo a fazer isso é dar a você quatro exemplos de planejamento na Bíblia. Primeiramente, algumas ilustrações de Provérbios; segundo, o planejamento do apóstolo Paulo; terceiro, o planejamento de Deus; e quarto, o planejamento de Jesus.

Ilustrações de Provérbios

  • Provérbios 6:6-8: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio. Não tendo ela chefe, nem oficial, nem comandante, no estio, prepara o seu pão, na sega, ajunta o seu mantimento.
    A formiga é um exemplo não só porque ela trabalha tão duro, mas também porque ela planeja pensando no futuro. Ela pensa no verão sobre a necessidade que haverá no inverno, e essa previsão fornece as suas necessidades no inverno.
  • Provérbios 14:15: “O simples dá crédito a toda palavra, mas o prudente atenta para os seus passos.
    A diferença entre planejar e não planejar é esta: você olha para onde está indo no futuro, ou você concentra toda sua atenção sobre o que está imediatamente à sua frente? Se você não é um planejador, estará à mercê de outras pessoas que tentam te dar conselhos sobre como agir agora, de modo a ser feliz no futuro.
    Então, “o simples dá crédito a toda palavra, mas o prudente atenta para os seus passos”. O prudente considera os dias que virão e o que está trazendo, e pensa sobre a melhor forma de se preparar para eles e usá-los para realizar seus propósitos.
  • Provérbios 15:22: “Onde não há conselho fracassam os projetos, mas com os muitos conselheiros há bom êxito.
    Aqui a sabedoria do planejamento é tomada como certa, e o escritor simplesmente nos aconselha sobre como fazer planos bem-sucedidos. Ele diz: Não seja tão independente a ponto de se achar superior ao conselheiro. Leia a sabedoria dos outros que vieram antes de você. Converse com pessoas experientes e sábias. Preste atenção ao modo como os outros fazem as coisas e aprenda com seus erros e acertos.

Leia mais na próxima semana.
John Piper é um dos ministros e autores cristãos mais proeminentes e atuantes dos dias atuais. © Desiring God. Website: desiringGod.org

“…e sereis meus discípulos”

Uma afirmação ainda válida para os nossos dias

Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos” (João 8.31)
“Você quer ser igual a mim?” Na tradição judaica, quando alguém era convidado por um rabino para segui-lo era como se ouvisse esta pergunta.
Será que, quando os discípulos de Jesus ouviram: “Vem e segue-me”, foi essa pergunta que eles ouviram? “Quer ser igual a mim?” Para eles, sem dúvida, tratava-se de um chamado radical – imitar o rabino Jesus. Discípulo é um aprendiz. Ainda na tradição judaica era o Talmid, meninos judeus que, desde os 6 anos, eram levados aos pés dos rabinos para estudar a Torah e a decorarem. Eles eram ensinados até os 10 anos. Os mais interessados, mais inteligentes, eram escolhidos pelos rabinos – mestres judeus, para serem seus Talmidim, ficavam até os 14 anos diariamente com esses rabinos. Eles não aprendiam apenas o Pentateuco, cinco primeiros livros, mas aprendiam todo Antigo Testamento.
Em Israel havia uma recomendação aos Talmidim*: “Cubra-se com a poeira dos pés do seu Rabi”. Isso significava que o Talmid deveria observar tudo o que o seu Rabi falava, fazia e a maneira como vivia, pois, a sua ambição não era simplesmente saber o que o seu rabino sabia, mas era ser semelhante ao seu rabino. Provavelmente os chamados para serem discípulos de Jesus sabiam bem disso. Mas quem sabe eles apenas queriam segui-lo. Pois não era nada fácil ser um Talmid, pois cada rabino tinha o seu conjunto de regras e interpretações, e esse conjunto era chamado de jugo, pois de fato era muito pesado.
Jesus Cristo escolheu o método Rabino/Talmid ou Mestre/Aprendiz para se relacionar com seus discípulos, porém encontramos duas diferenças entre Jesus e os rabinos:

a) Os rabinos colocavam um jugo tão pesado aos seus Talmidim que nem eles conseguiam cumprir e Jesus em todo tempo os criticava por isso. Eles viviam de uma forma, mas queriam que seus Talmidim vivessem de outra, porém, Jesus, além de viver conforme o seu ensino, ainda dizia e diz em Mateus 11.28-30: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.

b) A segunda diferença é que os Talmidim eram meninos extraordinários, faziam parte de uma elite intelectual e privilegiada, mas Jesus chama a todos indistintamente, todos os que quiserem podem ser discípulos de Jesus. Jesus chamou os doze, chamou Paulo, chamou homens e mulheres, judeus e gentios, chamou a mim e a você e ainda continua chamando, porque seu maior desejo é que aprendamos com Ele, para que um dia estejamos plenamente com Ele, eternamente…

Podemos identificar que o chamado é para todos a partir do texto de Lucas 14.25-27 e 33. “Ora, ia com ele uma grande multidão; e, voltando-se, disse-lhe:Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo. Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.
Porque será que Jesus fala com a multidão dessa forma?
A primeira condição é ama-lo acima de tudo v. 26, a nossa família e até mesmo acima da nossa própria vida. Jesus não está pedindo ou ordenando que odiemos nossa família e nem nossa vida, mas Jesus está dizendo que muitas vezes priorizamos a nossa família em detrimento de Jesus, O deixamos em último lugar e não como primazia em nossas vidas. Jesus precisa ser o Centro da nossa vida. Antes de amar as pessoas ao meu redor, preciso amá-lo de todo meu coração, e quando coloco Ele como meu primeiro amor, consigo amar muito melhor as pessoas ao meu redor e até mesmo os meus inimigos.
A segunda condição é carregar a cruz (v.27) – esse tipo de sofrimento vem por causa do amor a Jesus. Levar a nossa cruz não significa de forma alguma sofrer com alguém da nossa família, sofrer com uma doença, e assim vai… Quantas vezes você já ouviu dizer que a cruz é a sogra, o esposo, o patrão… Esse texto não quer dizer nada disso. Tomar a nossa cruz e seguir a Cristo significa estar disposto a identificar-se como cristão publicamente, se preciso, experimentar oposições, sofrimento e até mesmo a morte, tudo por amor ao nome dele.
A terceira condição é a renúncia (v.33) – Jesus Cristo é nosso maior tesouro, nosso bem mais precioso, portanto, precisamos renunciar a tudo que temos e até mesmo quem somos, renunciar nossas paixões, nossos bens, nossos conceitos e viver para Deus. É desapegar desse mundo, é dizer não a muitas coisas que nos trazem um prazer momentâneo para obedecermos a Cristo.
A mim e a você cabe a reflexão: Eu tenho sido discípulo? Eu tenho dado ouvidos à voz do Mestre? O capítulo 14 de Lucas termina da seguinte forma: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!
Reflitamos no que temos sido em Cristo e tomemos uma decisão rápida: Eu quero, eu sou um discípulo de Cristo!
 
Dsa. Eliane Salvador Correa da Silva é diretora da Resofap – Convenção Geral e congrega na IAP em Pq. Edu Chaves (São Paulo, SP).

[*] – http://talmind.blogspot.com.br/2012/01/significado-de-talmidim.html. Postado por Edmilson Aparecido Seraphim às 16:54

Jovem Andrey Nobre precisa da nossa oração

Pedido de oração

Mais um motivo para nos unirmos em oração e clamarmos ao Senhor. Desta vez, pelo jovem Andrey Nobre, filho do Pr. João Bosco (jubilado) e dsa. Leonilda.
Ele está com câncer, em tratamento no hospital de Barretos e iniciou a quimioterapia nesta semana.
Neste sábado, haverá um período de Oração por ele na IAP em Jd. Aeroporto, em Campinas (SP). Se você puder  venha.  Se não estiver próximo, ore de sua casa ou juntamente com sua IAP. Nosso Deus é poderoso e faz milagres!