Senhor, salva-me!

Como Pedro, devemos pedir por socorro antes de nos afogar

Assim como Pedro, estou ciente de que não estou nem no meio nem no final do processo de afogamento. Estou apenas no início dele. Apesar do vento forte, a minha boca ora fica acima do nível da água, ora fica abaixo do nível da água. Mas sei, pelo que aprendi com o mesmo Pedro, que é nessa etapa inicial que devo gritar por ajuda. Os meus olhos leram hoje que este seu aprendiz “começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me” (Mt 14:30).
Ainda não me afundei nas águas do alcoolismo, da infidelidade, do desânimo, da ansiedade, do desespero, da vergonha, do consumismo, da vingança, do remorso, da depressão, da imoralidade, da homossexualidade, mas estou começando a ir para o fundo. Estou realmente muito aflito com tantas águas, mas confesso que não tenho como salvar a mim mesmo delas. Também reconheço “que nenhum outro nome foi ou será designado para nossa salvação” (At 4:12 – A Mensagem). Apenas o Senhor pode me salvar.
Não quero, porém, ser como Jonas, que deixou para pedir para ser salvo só quando o mar o cobriu completamente e as plantas marinhas se enrolaram na sua cabeça (Jn 2:5). Eu quero ser, sim, como Pedro, que pediu para ser salvo no inicio de tudo. Assim, peço agora: “Senhor, salva-me”.

Pr. Genilson Soares da Silva é responsável pela IAP em Vila Camargo (Curitiba – PR)

O escudo da fé

“Embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno.“ (Ef 6:16)

É muito claro na vida espiritual que existe uma guerra ininterrupta, na qual não somos vitoriosos por nós mesmos e que precisamos nos proteger. Dardos inflamados, ou se preferir “setas incendiadas”, são atiradas constantemente contra a nossa integridade. A Bíblia apresenta para a nossa defesa o “escudo da fé”.
A fé nos permite abraçar a graça oferecida por Jesus (Ef 2:8), a justificação espiritual e a paz com Deus (Rm 5:1). A fé é irmã inseparável do amor e da esperança (1 Co 13:13). É a chave para entendermos o futuro, o invisível, a criação, como agradar a Deus, o segredo da vida dos irmãos do passado e nos dar um motivo digno para viver (Hb 11). Por isso, a fé, é um escudo para nos proteger das setas inesperadas.
A mesma fé que um dia nos salvou, agora nos protege. A fé que nos levou a aceitar o convite especial de Deus, agora nos inspira a avançar, apesar do zumbido incessante dos dardos inflamados. A fé que nos libertou, agora nos impulsiona a “estar com Cristo onde a luta se travar”.
Mas o que seria essas setas incendiadas? Muita coisa pode estar incluída nesta expressão. Pode ser tudo que visa ferir ou matar o cristão como: pecados, obras da carne, ódio, dúvida, medo e tristezas. Porém, as mais comuns vêm das palavras como falsos julgamentos, calúnia, ofensas e insinuações maldosas.
E essas ações, como desde o princípio, têm como articulador o Maligno, que é sempre sutil.
Os escudos dos soldados romanos protegiam-nos por inteiro. Conforme Wiersbe, o tamanho era de 1,20m de altura por 60 cm de largura. Assim, também a fé, que é a confiança plena, a certeza de que cremos num Deus verdadeiro e nunca estamos sós, não pode afastar-se de nós. Ao contrário, deve estar conosco, como um escudo firme em nosso braço e à nossa frente, protegendo-nos inteiramente.
Setas incendiadas são lançados contra os filhos de Deus e, principalmente, contra quem trabalha para o Senhor. No entanto, diante de uma fé verdadeira, as setas não apenas são debeladas, mas sim, extintas. Em 1 João 5:4 lemos: “porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.
Pelo Senhor, avante.

Pr. Elias Alves Ferreira integra a equipe do Departamento Ministerial – Convenção Geral