A igreja de lata

Você chega e vê
Você olha e se comove
Ela é de lata
Uma IAP de lata
Por fora, só por fora
Porque por dentro
Ah, por dentro…
Ela é de carne e osso
Ela é de mente e coração
Ela é corpo e alma
Ela sente, vibra, ama
Adora, celebra, festeja
Consciente de que…
É Noiva, logo Esposa
De Jesus, o Filho de Deus
O Salvador do mundo.

A colheita em Anchilo

Era só um terreno
Uma árvore bem no meio
Rodeada de lixo
Quatro a cinco famílias
A se flagelarem
Em cisão desmedida
Mas vêm o Espírito Santo
Planta-se a semente
A semente da esperança
Que foi regada
Que nasceu
Que floresceu
Que está a dar frutos
Frutos belos à vista
Frutos dignos de Deus
Frutos para a vida eterna

Dicas da lição 1 – “Exercício da entrega”

Exercício da entrega

  • Clique AQUI para acessar os slides da lição.
  • Para ouvir o podcast desta lição, clique AQUI.

 

Dicas

  • Vídeo: Exiba em classe, na introdução da lição, o vídeo, onde o pr. Alan Rocha, diretor do DEC, apresenta a nova série de lições para este trimestre. Se desejar, envie o mesmo nos grupos de WhatsApp, para que, vejam e comentem o que acharam e quais suas expectativas para os próximos meses. Acesse o vídeo aqui: https://www.youtube.com/watch?v=TX5RYW5NJHA
  • Dinâmica: Para iniciar a lição faça a seguinte dinâmica: arrume alguns halteres (pesos), fixando em cada um o nome das 14 disciplinas da série. Você pode arrumar, 7 e colocar duas disciplinas em cada lado. Se não, baixe a figura abaixo e cole o nomes das disciplinas (na figura 1, cole duas disciplinas. Na figura 2, somente uma).
    Em seguida, peça a seus alunos e alunas, que peguem cada, ou distribua cada haltere, conforme o número de presentes, para mostrar que, a série deste trimestre é sobre exercita-se espiritualmente, por isso é preciso a mobilização de todos.
  • Entrevista: Você pode convidar um profissional de educação física, ou alguém da igreja local, que faça exercícios físicos regularmente, para estar falando e respondendo questões da classe sobre a importância da atividade física. Essa dinâmica deve ser feita, ainda no inicio da lição. Fale sobre a importância de cuidar do corpo, fazendo contrapontos da importância de estar na academia espiritual (vida cristã), entregando a vida a Deus.
  • Tabela de entrega: Diante do conteúdo aprendido nesta lição 1, imprima uma tabela, para ajuda-los na prática da entrega. A tabela tem as 14 linhas correspondentes às lições.
    Legenda:
    Desafio da semana: Marque um ok, se tem praticado as dicas dadas na lição para cada semana.
    Projetos: Escreva projetos que você deseja executar (faculdade, emprego, ministério, questões familiares e etc.).
    Dificuldades: Escreva alguns impedimentos para cumprimento destas metas.
    Progressos: Anote cada conquista e cada mudança.
    Obs.:
    A ideia é refletir se temos colocado todas as coisas diante de Deus, em oração e confiança. Faça isso até o fim da série (não post nada) e no final junto à classe, compartilhe as dificuldades e avanços, agradecendo a Deus.
  • Desafio da semana: Mande para seus alunos e alunas pelo WhatsApp, redes sociais ou exiba em sala, o infográfico com o desafio da semana desta lição.

 

Comentários Adicionais

  1. Conceituando práticas devocionais:
    “(…) Práticas devem ser entendidas como ações regulares, hábitos ‘encarnados’, exercícios constantes; Devocional deve ser entendido como atitude piedosa, zelosa, reverente, sincera e fervorosa. O Dicionário Houaiss traz, a respeito da palavra devoção, uma expressão linda: ‘ação de se dedicar, voto com que alguém se dedica, se consagra’.” (Leonardo Jr., João; FREITAS, Eleilton William S. Caia na real: proposta de vida real para um tempo virtual. São Paulo: GEVC, 2010, p.47).
  2. Entrega no hebraico:
    “A palavra hebraica traduzida entrega é lit. ‘rolar’, como no caso de se ver livre de um fardo (cf. Js 5:9). Chega a ser empregada simplesmente como sinônimo de confiar algo a alguém (Pv 16:3), ou ‘confiar’ (…)”. (Kidner, Derek. Introdução e comentário aos livros do I e II dos Salmos – Salmos 1-72. Tradução: Gordon Chown. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1980, p.171).
  3. Culto lógico:
    “Paulo fundamenta seu apelo por sacrifícios vivos e santos, afirmando que este é o nosso ‘culto racional’. Em outra tradução lemos: ‘… que é o vosso culto espiritual’. O apóstolo está na verdade dizendo: ‘culto lógico’. O que poderia ser mais lógico ou razoável do que oferecer todo o nosso ser a Deus como oferta de louvor, culto e adoração com os santos no altar?” (Sproul, R. C. Estudos bíblicos expositivos em Romanos. Tradução: Heloísa Cavallari e Marcio Santana. São Paulo: Cultura Cristã, 2011, p.371).
  4. Entregar-se, mas não deixar de caminhar:
    “Somos chamados a entregar o nosso caminho ao Senhor, mas não a parar de caminhar. Sigamos caminhando e entreguemos nossa caminhada ao Senhor. Ele nos redime do passado. Ele nos ilumina o presente. Ele nos sinaliza o futuro.” (Azevedo, Israel. Academia da alma. São Paulo: Vox Litteris, 2013, p.25).
  5. Não entregar a Deus nossa vida, é ateísmo:
    “Ainda conservamos parte de nosso ‘complexo de Deus’, o mesmo complexo que provocou a nossa queda, com Adão. A ansiedade também produz certo tipo de ateísmo: o ateísmo funcional, praticado por quem acha que nada acontecerá, a menos que façamos alguma coisa; para esses, conquanto conservem uma linguagem cristã e louvem a Deus nos cultos, Deus está morto ou em coma. Como Deus não pode fazer nada, nós temos de fazer… e rápido! [Fujamos disso!]”. (Ibidem, p.14).

Com o cesto na mão

Mesmo que se sinta pequeno, distribua, pela fé, os pães e peixinhos

Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos?” – (Jo 6.9)
Um dos sinais ortográficos que estão sempre na mente de um pastor é o da interrogação. E quantas situações desafiam um pastor! Qual deles, em alguma situação, não se sentiu pequeno demais? De ir para algum lugar desconhecido? Diante do peso de um sermão? Do pedido de oração por alguém em fase terminal da vida? Diante de uma reunião da Igreja? De conduzir suas ovelhas para a eternidade ao lado do Senhor? De estar fazendo as coisas certas? Interrogações e mais interrogações.
Um dia, diante de uma multidão, Jesus pergunta a Filipe: “…Onde compraremos pão, para estes comerem?” – Jo 6.5. O versículo 6 deixa claro a intenção de Jesus: “Mas dizia isto para o experimentar; porque ele bem sabia o que havia de fazer.” Diante disto também perguntamos: Apesar de pequenos não fomos chamados por Jesus? Não é ele o Senhor de todas as coisas? Estou aqui por capricho humano? Não tem ele um projeto maior em meu ministério? Com certeza sim!
Felipe respondeu humanamente: “Duzentos dinheiros de pão não lhes bastarão, para que cada um deles tome um pouco.” v.7. A resposta foi financeira, o gasto seria acima de “duzentos dinheiros” que seriam os denários (moedas prata) ou duzentos dias de trabalho comum. Quantas vezes, diante dos desafios, procuramos uma resposta humana, prática, lógica, dimensionável. Mas as soluções pastorais estão no andar de cima, diante do Trono de Deus, na fé e na oração.
André, irmão de Pedro, foi melhor: “Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos?” Ele havia encontrado o princípio da solução, os pães e os peixes. Era humilde na qualidade e quantidade. Pães de cevada era o alimento dos mais pobres. E o que seria cinco pães e dois peixinhos diante de uma multidão? Mas o “está aqui” revela que ele apresenta a Jesus, mesmo tendo certa dúvida: “Que é isto para tantos?” Muitas vezes sabemos o certo, mas uma multidão faminta ao redor e uma pequena porção de alimento parece uma distância intransponível. E é verdade mesmo. Em nossas mãos, cinco pães e dois peixinhos são insignificantes, mas não nas mãos de Jesus.
Jesus deu ordem para se assentarem na relva. Isto nos lembra de descanso quando colocamos as situações nas mãos divinas. A solução está nele. Ele multiplicou os pães e peixes. A multidão saciou-se. Sobejaram ainda 12 cestos cheios. Ele não nos trata espiritualmente com miséria. Um cesto para cada discípulo para que não esquecessem sua graça, seu amor, sua bondade, sua misericórdia… Porque ninguém que se aproxima do Senhor da vida sai vazio, com fome.
Qual a sua dúvida? O tamanho da Igreja em comparação com o da cidade? A profundidade do seu sermão? Alguma enfermidade ou problema na Igreja? O lugar deserto onde está? Ou quem sabe, uma dúvida como a de André: “O que é isto para tantos?” a resposta é: Deixe os dilemas nas mãos do grande Pastor. Ele sempre soube, sabe e saberá o que fazer com a sua pequenez. Pregue a Palavra de Deus como ela é. Não deixe ninguém com fome. Pegue o “seu” cesto com os humildes pedaços de pães de cevada e “lambarizinhos secos” e distribua pela fé. Acredite, vai sobrar.

Pr. Elias Alves Ferreira é responsável pela IAP em Jales (SP) e atua no Departamento Ministerial – Convenção Geral.

Mãozinhas que falam

Um grupo delas
A se aproximar do carro
Interditam a porta
Fazem uma bola de gente
São crianças a sorrir
Se apertam, se amassam
Se empurram, se revezam
Uma, duas mãozinhas
Querendo tocar, pegar
Sabem quem somos
E a Quem representamos
Conhecem a Jesus
Sabem que Ele é bom
Sua lógica é simples:
Se Jesus mandou algo
Que lhes entreguemos
“Dê-nos pastor!”
Quem aguenta isso?
Sem chorar?
Sem agradecer?
Sem tocar neles, acariciar, abraçar e beijar?

O menino e o chão

Não tem vídeo game
Nem smartphone
Nem desenho animado
Nem bicicleta
Nenhuma bola
Nenhum carrinho
Nenhum herói
Ele só tem o chão
E rola, e rola, e rola
E brinca, brinca, brinca
E sorri, sorri, sorri

A nossa "Jerusalém"

Lugar dos encontros
Onde os povos se juntam
Onde as tribos se abraçam
Mutai, o imã das cores
Das etnias e línguas
Onde as crianças fazem rodas pra cantar
E se apertam pra ver um vídeo no celular
Mutai, onde os povos são um
Onde a esperança é pulverizada
E como no Pentecostes
O Espírito abençoa a todos
O Espírito que planta esperança.

Pr José Lima