A dor da rejeição

Sou pastor e a igreja não me aceita. O que eu faço?

Esta frase expressa uma das maiores dores que um pastor pode enfrentar. A rejeição de uma Igreja.
Quando isso ocorrer, o pastor deve responder para si mesmo algumas perguntas:
• Foi salvo por Cristo? Se Jesus foi real, sente-se resgatado, justificado, salvo, com esperança maior de vida eterna, se há um referencial de salvação, se as palavras de 2 Co 5.17 (“Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!”) são verdadeiras em sua vida? Não temas, você é de Cristo e habitação do Espírito Santo – 1 Co 12.13. Nada nos separará do amor do Salvador – Rm 8.31-39.
• Foi chamado por Cristo? Se há convicções interiores do seu chamado, se a motivação maior é de glorificar ao Senhor com o ministério, se tem certeza de que este é o seu lugar no Corpo de Cristo, lembre-se: Você é um presente de Deus para a Igreja – “E ele designou alguns para … pastores e mestres” – Ef 4.11. Ministério não é isenção da cruz, ao contrário remete-se à ela. Paulo, em seu ministério, enfrentou muitas situações adversas – 2 Co 11.23-28. No versículo 26 citou “… perigos dos falsos irmãos.” A igreja de Cristo não está isenta desses “não convertidos”, que agem na carne, que tiram a paz da igreja e do pastor. Caso não tenha se deparado com algum deles, se prepare, fatalmente irá encontrá-los. O que deve fazer? Expulsá-los da Igreja? Não, o padrão de Cristo é amá-los até o fim, como Ele fez com Judas – Jo 13.1.
• Houve erros? Ninguém é infalível, pode haver erros administrativos, de posicionamento e até no ensino da Palavra. É possível reparação? Reconsiderações, pedidos de perdão para quem de direito? Prestação de contas aos superiores? Aconselhar-se com membros idôneos? Faça o que for preciso. Não abandone a igreja ou o ministério. Não enterre seu egípcio na areia, como fez Moisés. Um dia vai ter de desenterrá-lo e será horrível o mau cheiro da putrefação. Encare tudo com muita humildade. “Pois todo aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado, e todo aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado. ” – Mt 23.12.
Vida Devocional
Em todo tempo, independentemente de ter havido erro ou não, o que determina o sucesso no ministério pastoral é a vida devocional. A Bíblia Sagrada não deve ser apenas uma ferramenta de trabalho na qual se procura sermões para entregar à Igreja. Mas antes de tudo, deve ser alimento e segurança para a vida interior. A Bíblia deve ser fonte de riqueza e doçura – “ … as ordenanças do Senhor são verdadeiras, são todas elas justas. São mais desejáveis do que o ouro, do que muito ouro puro; são mais doces do que o mel, do que as gotas do favo. ” – Sl 19.9 e 10. Momentos de orações para a sua vida pessoal e familiar, e não somente pelos irmãos sob a sua responsabilidade, são fundamentais. Confissão e adoração são imprescindíveis para o ministério. Atente para esta oração de Davi: “Também guarda o teu servo dos pecados intencionais; que eles não me dominem! Então serei íntegro, inocente de grande transgressão. Que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam agradáveis a ti, Senhor, minha Rocha e meu Resgatador! ” – Sl 19. 13, 14.
Dois valores indispensáveis
A oração e a Bíblia devem nortear o sagrado ministério. A instituição do diaconato veio para liberar os apóstolos para essas duas coisas indispensáveis – “e nos dedicaremos à oração e ao ministério da palavra” At 6.4. Não há dedicação sem priorização, entrega e perseverança. Este versículo expõe as vísceras do ministério pastoral: oração e Palavra. Nada deve ser mais importante que interceder e guiar o Povo de Deus através dos princípios bíblicos. Quando oramos pelos membros, deixamos o Senhor atuar. E quando “ministramos” a Palavra, estamos alimentando adequadamente o rebanho de Cristo, colocando-o na direção certa, sob a vontade de Deus.
Lembre-se
Moisés não precisou defender-se quando seus irmãos Arão e Miriã murmuraram contra ele. Deus mesmo cuidou deles e Miriã ficou leprosa sete dias – Nm 12. A traição sempre é muito dolorida, mas quando somos chamados, Deus cuida de nós e nos defende.
Jeremias pregou a Palavra de Deus por 40 anos sem resultado imediato e aparente. Somente quando o Reino de Judá foi para o cativeiro reconheceram o seu ministério. Persevere, apesar das adversidades. Lembre-se do Salmo 46. No tempo certo será honrado.
E se neste mundo, não vier reconhecimento, lembre-se de que: “Quando se manifestar o Supremo Pastor, vocês receberão a imperecível coroa da glória.” – 1 Pe 5.4.
Um abraço de quem já passou por isso

Pr. Elias Alves Ferreira é jubilado e integra a equipe do MVP – Ministério de Vida Pastoral da Convenção Geral

Promessista homenageada

“Mulheres que Mudaram a História de PE”

Uma mulher promessista foi homenageada entre as 55 “Mulheres que Mudaram a História de Pernambuco”, mostrando como podemos fazer a diferença no mundo. A cerimônia ocorreu no dia 5 de maio último, no Centro de Convenções de Pernambuco, onde estavam mais de 800 pessoas, entre elas, a diaconisa Inalda Maria da Silva, que foi reconhecida por sua atuação social junto a sua comunidade, na área da psicologia e educação. Ela congrega na IAP em Loteamento Grande Recife, em Jaboatão dos Guararapes (PE).
“Tudo teve início por conta de um caso de necessidade de tratamento psicológico de um parente”, diz Inalda. Sua indicação se deu através do irmão Marcos Honorato, que é membro da Igreja da Várzea – Recife (PE).
“Mulheres que Mudaram a História de Pernambuco” visa reconhecer a contribuição das mulheres como protagonistas do desenvolvimento social, cultural, econômico e político de Pernambuco. A iniciativa busca dar visibilidade a iniciativas que sejam fundamentais para a consolidação de uma sociedade mais justa e fundamentada na equidade social.
Após a indicação, há todo um trabalho de pesquisa, coleta de dados e análise da história de vida e atuação social, coordenado pela Casa da Imprensa, organizadora do projeto. Louvamos a Deus que o trabalho desta serva de Cristo esteja impactando a comunidade em que ela está inserida.