Perdendo o rumo

Nove sinais que servem de alerta para todo pastor
Paul David Tripp, em seu livro “Vocação Perigosa”, dentre tantas questões importantes sobre a vida pastoral, trata de alguns sinais de como um pastor pode se encontrar em perigo e até mesmo questionar sua vocação pastoral.
*Primeiro*, ele ignora a evidência clara de problemas. Não vê ou encontra em si mesmo problemas. Justifica dizendo que o que lhe ocorre é causado pelas circunstâncias ou mal entendidos.
*Segundo*, vê e trata o problema dos outros, mas não os seus próprios, até porque não encontra problemas em si. É a questão do lado obscuro da liderança.
*Terceiro*, falta de vida devocional. Ter capacidade de interpretar textos (hermenêutica), pregar bem (homilética) e conhecimento teológico não significa ter vida íntima com Deus. O que motiva, traz perseverança, humildade, amor, paixão e graça é a vida devocional. É ter um relacionamento com a Palavra, e com o Deus da Palavra.
*Quarto*, não pregar o Evangelho para si mesmo. É não descansar na graça salvadora e consoladora do Evangelho libertador de Cristo. E começar a buscar realização e identidade nas coisas e pessoas, de forma messiânica. Isso gera autodefesa, autocomiseração e mágoas. Só Jesus é nosso Salvador.
*Quinto*, não ouvir as pessoas mais próximas. Sempre há pessoas conversando com pastores sobre seu comportamento e de como trata os outros, e isso deve levar à ponderação e mudança de atitudes. É preciso humildade da parte dos pastores para isso. Pastores são humanos e falhos. Não adianta sublimar os erros.
*Sexto*, o ministério começa a tornar-se pesado demais. “O impacto de todas essas coisas juntas é que você descobre que o seu ministério é cada vez menos privilégio e alegria e cada vez mais peso e dever”.
*Sétimo*, começar a viver em silêncio. O pastor começa a se isolar como um mecanismo de defesa. Porém a vida cristã é comunitária e orgânica.
*Oitavo*, o pastor questiona sua vocação. Cogita que realmente não foi vocacionado para o pastorado, coisa essa que não pensava há tempos atrás.
Por fim, pensa em abandonar o ministério. Alimenta em seu coração exercer outra atividade à parte da vida pastoral.
Paul David Tripp reconhece que nem todos esses sinais possam se evidenciar. Reconhece também que esse processo é mais comum do que parece. Sua preocupação é com a cultura das igrejas, que permite que essas coisas estejam acontecendo com seus pastores, sem que seja visto e tratado.
“Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus”. (At 20.24)

Pr. Robson Rosa Santana

A eleição das inimizades

As brigas na família, no trabalho e entre amigos, por conta de política, não valem a pena
“Meu sonho é ver os políticos brigando pelo povo com a mesma força que o povo briga por eles nas redes sociais.” Essa frase, cuja autoria é desconhecida, foi compartilhada diversas vezes na internet no período de eleições. Ela traz um desabafo diante das centenas de publicações e comentários que tomaram as redes sociais nas últimas semanas.
A questão em torno da frase não é nem o fato de que muitas pessoas se posicionaram e expuseram sua preferência e seu voto, mas a dificuldade em se lidar com o posicionamento de pessoas com preferências diferentes das suas.
Em um texto publicado no Facebook e intitulado A verdade e as verdades, o pastor Ed René Kivitz, da Igreja Batista da Água Branca, analisa essa bagunça de verdades e argumentos na internet:
“A convivência com esse tipo de ressonância nas mídias sociais me ensinou pelo menos quatro coisas: existe sempre alguém que comenta o que acredita que você diz, não necessariamente o que você diz; existe sempre alguém que diz o que quer, independentemente do que você diz; existe sempre alguém que interpreta as coisas que você compartilha a partir dos conceitos e preconceitos que tem a seu respeito, e inclusive distorce o que você diz; e, principalmente, o que desejo enfatizar, existe sempre alguém que trata você como equivocado, ignorante, não inteligente, e acredita possuir a verdade indubitável e incontestável.”
O debate e a discussão saudáveis nas redes sociais, salas de aula e nas famílias são positivos e ajudam a esclarecer ideias. Analisar o cenário político sob outros pontos de vista, discordar de opiniões e argumentar, desde que seja mantido o respeito, enriquece a conversa.
Mas quando os debates entre os próprios políticos são cheios de acusações, ironias e ofensas, e vazios de respeito e de propostas concretas, o povo tende a seguir o mesmo comportamento.
Fake news do partido X, meias verdades do candidato Y, textos fora do contexto, acusações e notícias de corrupção foram amplamente divulgados. Exposição de projetos, propostas e soluções reais foram pouco vistas.
O fato é que vivemos em uma democracia e cada eleitor é livre para definir seu voto no candidato que julgar melhor. As brigas na família, no trabalho e entre amigos, por conta de política, não valem a pena. Acabamos nos indispondo  com pessoas queridas por divergência de opinião sobre algo que todos queremos que dê certo: o bom governo da nossa nação.
Deus nos ensina que sempre devemos orar por aqueles que estão no poder. “Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade” (1 Tm 2.1-2).
Independente dos resultados, devemos nos unir para manter viva a esperança de que nosso país tem solução.
 
Juliana Coelho, jornalista. Publicado originalmente na revista Dialogo, da IAP em Vila Maria (São Paulo, SP).

Dicas da lição 12 – “Para sempre sábado”

Para sempre sábado

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Dicas

Abertura: Antes de iniciar a sua aula, lembre-se que o estudo da Bíblia é uma atividade não apenas racional, mas, sobretudo, espiritual. Portanto, convoque a classe a orar em favor do estudo.
Slides da lição: Baixe o slide da lição 12, acessando o link: http://portaliap.org/licoes-biblicas-325/ e utilize-o no desenvolvimento da sua aula.
Dinâmica 1: “Tempestade de Ideias (Brainstorming)”
Prepare com antecedência um quadro e o divida em duas partes, ou duas cartolinas previamente fixadas em um lugar de fácil visualização, ou ainda pode combinar com o responsável pelo Datashow para projetá-lo. Essa atividade deverá ser feita no momento da introdução do estudo.
– Apresente o título da lição: “Para sempre sábado”
– Diga aos alunos: “Eu vou fazer uma pergunta e quero respostas rápidas e objetivas”.
– Depois, pergunte-lhes: “O sábado continua em vigor? Por quê?”. Aguarde as respostas, escreva-as em um quadro/cartolina/projetor (Datashow).
– Trabalhe os pontos informativos e argumentativos levantados na lição, procurando a participação do aluno.
– Após o estudo, retome a pergunta inicial: “O sábado continua em vigor? Por quê?”.
Espera-se que os alunos acrescentem outras informações. Compare-as com as respostas do início da aula. Esta é uma forma de observar o quanto o aluno aprendeu sobre a lição.
Dinâmica 2 – Palito: Ao abordar a questão 2, faça o seguinte:
1. Entregue um palito de churrasco para cada aluno, ou para um grupo, pedir para que quebrem. Pergunte se foi fácil.
2. Entregue mais um palito para cada aluno ou grupo.
3. Peça para que os alunos observem os pedaços de madeira separados.
5. Reúna todos os palitos, formando um feixe.
6. Passe o feixe de mão em mão e peça para que tentem quebrá-lo.
7. Pergunte: Qual a diferença entre os gravetos separados e os unidos? Por que os primeiros quebraram e os segundos não?
Explique à classe que os palitos são como os cristãos que não participam do ensino de Jesus: quebram-se com facilidade. Quando fazemos o que Jesus fazia no sábado: o bem, a prática da misericórdia, libertação dos oprimidos, socorro aos aflitos (Mt 12:9-14; Lc 13:10-15); servir às pessoas com as bênçãos do evangelho; ou quando imitamos as atitudes da igreja primitiva que observava o sábado, usando-o para o aprendizado das Escrituras (At 13:27). Enfim, quando trabalhamos um unidade para servir, nos tornamos fortes porque estamos unidos à Cristo e como igreja obedecendo ao mandamento do Senhor.
Dinâmica 3 – A corda e a eternidade: Objetivo: Visualmente exemplificar ao aluno a eternidade; material: corda.
Previamente, separe uma corda, a maior que você conseguir, ou pode ser uma mangueira ou barbante. Uma ponta fica em sua mão, a outra de uma forma que os alunos não vejam seu final. Indique para os alunos cerca de 5 à 10 centímetros da ponta da corda que está em sua mão com uma cor diferente. A parte de cor diferente que está em sua mão significa o tempo de nossa vida aqui na terra. Todo o restante da corda, indica a eternidade. Então, explique: “Vamos imaginar que nossa existência é uma corda infinita. No início dessa corda há uma pequena parte, cinco centímetros que representa nosso tempo de vida aqui na terra, enquanto o restante da corda representa a eternidade. Nós viveremos um curto período nessa terra, mas uma eternidade na nova terra. Nossa vida presente nada se compara à eternidade. Mas geralmente nos preocupamos tanto com a vida terrena, gastando nossas energias em busca de dinheiro e de prazeres, que esquecemos que a vida aqui nesta terra é passageira. Na eternidade vamos adorar ao Senhor, de um sábado a outro sábado. O sábado continua vigente e continuará na eternidade. Professor, para sua melhor compreensão desta ilustração acesse: https://www.youtube.com/watch?v=cDnZWNxAOJQ