Chegamos ao mês de dezembro, o último do ano. Neste mês, comemora-se, mundo a fora, uma das festas mais conhecidas: o Natal, onde se celebra o nascimento de Cristo. A palavra “natal” significa “nascimento”. Pois bem, queremos aproveitar esta data em que se fala de “natal com papai Noel” para refletir sobre um natal “sem papai Noel”; um natal com Jesus. Em Lucas 1:26-38 Maria recebe a notícia de que seria a mãe do Salvador. Ela é informada que o Rei nasceria.
Todo aquele que segue a Jesus e o serve em algum ministério, também tem esta consciência de que o Rei veio (ou ao menos deveria ter!). Antes de sermos músicos ou ministros, somos discípulos de Jesus. Mas, como reagir diante da vinda dele? Queria lhe desafiar a adotar duas posturas, para ser ainda mais assertivo em seu ministério.
Deslumbramento frente a graça de Cristo
Esta passagem do evangelho de Lucas conta-nos que o anjo Gabriel visitou um vilarejo simples, de Nazaré, uma cidade com menos de dois mil habitantes. E, numa das casas humildes daquele lugar, encontrou uma adolescente de nome Maria. O anjo a saudou de modo especial (v.28). Como ela reagiu? Com extrema surpresa! (v.29). Porque a surpresa? É bem possível que seja por conta de Maria ter consciência de sua pecaminosidade. Era como se ela dissesse: “Como assim? Será que Gabriel não errou o endereço?”
O termo grego para “pensar” traz a ideia de “colocar lado a lado diferentes razões; tomar os argumentos em consideração; pensar sobre; deliberar”. Ela está refletindo seriamente sobre o que ouviu. Na sequência, Gabriel a informa que ela seria mãe do Salvador (vs. 30-31). Desde o início, o nascimento do salvador é singular por isso. Ele veio para gente simples. Ele veio para gente disposta a maravilhar-se por sua graça, reconhecendo não ser merecedor de tamanha dádiva. Gente que reconhece sua pecaminosidade. Essa é a boa nova do evangelho. A história do nascimento de Cristo lembra-nos disso: Jesus veio para gente como eu e você; ele veio em direção aos pecadores. Se você tem o privilégio de servir a Cristo, tenha certeza, não é por conta de seus atos de justiça, mas por conta da graça de Deus.
Submissão frente ao senhorio de Cristo
Na sequência do texto, fica claro que o personagem mais importante da revelação do anjo Gabriel não é Maria, mas Jesus. Ele é grande e poderoso. Gabriel explica para Maria quem é aquele que ela daria à luz (vs.32-35). Mesmo sem entender tudo, aquela jovem decide aceitar a missão que Deus estava confiando a ela. Ela decide perder o controle da própria vida para viver a vontade de Deus: “Aqui está a serva do Senhor, cumpra em mim a tua palavra” (v.38).
Esse é o nosso grande desafio diante da notícia que Jesus veio: submetermo-nos a ele. Nossa vida, nosso futuro, nossa história. Ser cristão significa deixar o controle da própria vida e dizer “Aqui estou Senhor, faça a sua vontade na minha vida”. O Natal é um convite para abandonar a nossa autonomia pessoal e viver a nossa vida direcionada pelo Rei que veio! A história do nascimento de Cristo fala do Rei que veio. Como vamos responder a vinda do Rei? Sugerimos-lhe, o caminho de Maria: o deslumbramento e a submissão. Você está disposto a servi-lo com humildade e comprometimento em seu ministério?
Por que o caminho de Maria é o melhor? Porque sabemos que Jesus veio para mudar completamente a história da humanidade. Todo os que o seguem são unidos por meio da cruz para pertencerem a mesma família: ele derrubou muros de inimizades. Eles também são desafios a saírem em missão pelo mundo (proclamando a história do nascimento, morte e ressurreição), no poder do Espírito. Continuemos proclamando esta história, com nossa voz, nossa vida, nossa canção, nossos instrumentos, enfim, com tudo o que somos, para que mais pessoas também se deslumbrem com a graça de Deus e decidam humildemente serem submissas a Ele.