‘A liturgia da sua igreja local está a serviço da missão ou do tradicionalismo?’ Questiona pastor em conferência

Pr. Alexandre Jorge da Silva palestrou na Conferência de Missões 2024, que ocorre desde o início da tarde deste sábado, 18, na Promessa Santo Amaro, em São Paulo. 

 

Neste sábado e domingo, 18 e 19 de maio, ocorre na Promessa Santo Amaro em São Paulo, a Conferência de Missões 2024 com o tema “Contextualização na Missão”. A conferência, que conta com mais de 300 participantes no local, é promovida pelo segundo ano, e seu foco são equipes pastorais e líderes ministeriais das igrejas locais da Igreja Adventista da Promessa na Convenção Paulistana. 

A TV Viva Promessa faz cobertura com  bastidores do evento:

O primeiro palestrante da tarde deste sábado foi o Pr. Alexandre Jorge, que abordou o tema “Liturgia Missional”. Por meio de perguntas, ele conduziu o público presente a refletir sobre a diversidade presente nas igrejas locais, como, por exemplo, o uso da música tradicional, certos instrumentos musicais e a estrutura física do templo. 

“Seja qual for a liturgia da sua igreja, essa liturgia está a serviço da missão ou a serviço da tradição?” perguntou o palestrante. “Temos o desafio de admitir que, às vezes, nós temos apego excessivo a determinados formatos, sem abertura para que esses formatos sofram pequenos ajustes a serviço da missão.”

 

Segundo o Pr. Alex, a liturgia da igreja local reflete muitos aspectos da cultura e da personalidade das pessoas que congregam em determinada comunidade. Ele destacou que, em vez de prescrever detalhes, a Bíblia orienta limites sobre o culto cristão. “Boa parte do que fazemos nas igrejas cristãs não está prescrita nas Escrituras”.

Em sua análise, a Bíblia não trata de detalhes sobre o culto, como formalidade ou informalidade, o grau de previsibilidade na liturgia, o tempo de duração da celebração, o tipo ou estilo de música, as expressões emocionais. Somos nós que estabelecemos essas coisas. Alex pontuou que liturgias envelhecem, pois são reflexo de quem cultua. 

“É necessário contextualizar! Às vezes estamos tão acostumados com o nosso jeitão de ser, que não percebemos que as coisas que fazemos não fazem nenhum sentido às pessoas que não estão familiarizadas com o evangelho.”

 

O QUE NÃO É CONTEXTUALIZAÇÃO?

O palestrante ainda explicou o que não é contextualizar. Ele deu exemplos de que ter uma liturgia que seja compreensível ao público contemporâneo não quer dizer que a igreja vai falar o que as pessoas querem ouvir, com o objetivo de agradar e convencer essas pessoas a se tornarem cristãs. 

Ele reforçou que a contextualização de que fala não é abrir mão de valores bíblicos, afinal, “o culto é uma iniciativa de Deus, e não nossa. Cada vez que vamos a um culto, estamos aceitando o convite de Deus para o culto.” 

Então, contextualização não tem a ver com frouxidão moral ou massagear o ego, mas tem a ver com clareza. É conseguir comunicar de maneira eficaz o evangelho bíblico a uma cultura, e não se adaptar a ela.

Texto: APC Jornalismo

Edição: Arildo Gomes e Andrei Sampaio Soares.

SOS Rio Grande do Sul: a solidariedade precisa continuar

Há mais de duas semanas, o Rio Grande do Sul vive uma situação de caos, proveniente da cheia de vários rios combinado com chuvas e destruição ambiental, motivos apontados por especialista na mídia, levaram aos números divulgados pela Defesa Civil do Estado, deste sábado, 18 de maio: 461 municípios afetados; 77.202 pessoas em abrigos; 540.188 desalojados; 2.304.433 afetados; 806 feridos; 94 desaparecidos; 155 óbitos confirmados; pessoas resgatadas: 82.666; e animais resgatados: 12.215

De acordo informações do Ministério Amor ao Próximo, da Convenção Rio Grande do Sul das Igrejas Adventistas da Promessa, não há perda de vidas entre os promessistas. No entanto, famílias que pertencem a igreja, estão fora de suas casas devido às enchentes e abrigadas na casa de parentes.

O Promessistas.org teve acesso exclusivo a vídeos e fotos de alguns destes irmãos e irmãs atingidos por essa enchente histórica, a pior desde 1941. As imagens, apesar de serem do início da calamidade, ainda refletem a situação atual, pois as águas não baixaram em muitos lugares, como contou ao portal, Daniela da Melo e Silva, responsável pelo controle de pedidos e distribuição de donativos do ministério. 

Imagens de arquivo.

 

CONTINUE MOBILIZADO

As imagens mostram o quanto o povo gaúcho continua precisando da solidariedade, não só durante as enchentes, mas também quando as águas baixarem. Por isso, os promessistas locais estão mobilizados como voluntários, doando marmitas, leite, água e ajudando no socorro e disponibilizando abrigo. 

Promessistas de todo o país também estão doando financeiramente ou itens básicos, desde alimentos até roupas, para cuidar de quem precisa, como o bom samaritano fez ao ajudar o caído que precisava (Lucas 10:25-37). A Convenção Geral, por meio de sua Agência Humanitária tem dado apoio e mobilizado a denominação. 

A instituição disponibilizou um PIX para ajudar quem precisa. Se você deseja doar por meio da Agência Humanitária, pode usar o seguinte e-mail: agenciahumanitaria@promessistas.org (identificar a doação com o nome do estado: Rio Grande do Sul).

O PIX para ajudar o Ministério Amor ao Próximo da Convenção RS a continuar disponível aos necessitados e às famílias abrigadas pela igreja: convecaorgs01@hmail.com (Identifique as doações com “setenta e sete centavos” – Ex. R$ XX,77).

 

Texto: APC Jornalismo. 

Fotos e vídeo: Convenção Rio Grande do Sul