‘Adolescência’: pequenos adultos, grandes consequências!

A série Adolescência, da Netflix, está no centro de uma polêmica. Alguns afirmam que a trama é baseada em histórias reais, mas distorcidas para a adaptação. A produção nega. Mas a verdade? Sim, a série reflete a realidade – e eu posso provar.

Ela é o assunto do momento. Recém-lançada pela Netflix, essa produção britânica impacta de todas as formas: pela abordagem crua e realista dos desafios da adolescência, pela cinematografia única e, principalmente, pelo feito impressionante de contar uma história complexa em apenas quatro episódios. Ela prova algo que as plataformas ainda resistem: não é preciso uma longa temporada (de dez ou mais episódios) para envolver o público. Quando bem feita, uma história captura, emociona e perturba em menos tempo – e Adolescência faz isso com maestria.

 

A história

 

Acompanhamos a história de Jamie Miller (Owen Cooper), um estudante de 13 anos que é preso sob acusação de assassinar uma colega de classe. Partindo dessa premissa, a série mergulha fundo em temas como identidade, família e amadurecimento, arrancando elogios da crítica e do público. Mas, por trás dessa trama envolvente, há algo ainda mais incômodo – um detalhe que poucos estão comentando: até onde fomos longe demais?

Porque, convenhamos, o protagonista tem apenas 13 anos. Treze! E já enfrenta dilemas que nem adultos bem resolvidos conseguem lidar ao certo. Pressão social, erotização, violência emocional. Mas aqui está o ponto: a culpa de tudo isso não está nos pais, como esperado pelo espectador, não! E isso fica claro no desenrolar dos fatos. A infância roubada desses jovens não começou em casa, mas sim no ambiente escolar, no ambiente externo.

A série britânica escancara uma verdade desconfortável: ambientes que por gerações foram considerados refúgios seguros — como escolas e universidades — já não cumprem mais esse papel. Pelo contrário, tornaram-se palcos de uma cultura que acelera o amadurecimento infantil, erotiza crianças e normaliza o que jamais deveria ser aceitável. Mas essa tendência não está restrita à ficção. Algumas semanas atrás, no Oscar 2025, o grande vencedor da noite foi um filme que conta a história de “uma jovem stripper do Brooklyn que conhece o filho de um oligarca russo na boate em que trabalha”. Os dois se apaixonam, e pronto: temos o que Hollywood chama de “conto de fadas contemporâneo”1. Mas a verdade é outra. Trata-se, na realidade, de mais um exemplo da normalização da hipersexualização e da degradação de valores fundamentais. Ah, a protagonista dessa história tem apenas 23 anos de idade.

 

Industria que impulsiona

A indústria do entretenimento não apenas acompanha essa mudança cultural — ela a impulsiona. Aos poucos, a narrativa da erotização precoce e da promiscuidade foi se tornando norma, inserida em filmes, músicas e séries, como se fosse apenas um reflexo da sociedade. Mas será que realmente é? Ou será que a própria cultura pop está moldando, intencionalmente, essa nova realidade? O próprio termo “cultura pop” parece hoje mais uma forma elegante de dizer “cultura da deturpação”. Talvez tenha passado despercebido para muitos, mas na minissérie em questão, há um detalhe simbólico no segundo episódio. Quando os inspetores da polícia visitam a escola de Jamie em busca de pistas que expliquem o que levou um garoto de 13 anos a cometer um assassinato — algo que ele sequer parece compreender em sua totalidade —, entre diversos símbolos, um cartaz fixado na parede se destaca. Nele, se vende a ideia para os jovens de que, você é um arco íris de possibilidades.

À primeira vista, pode parecer apenas um slogan inofensivo, um reflexo da mentalidade contemporânea. Mas será mesmo? Ou estamos diante de mais uma representação da vida real, onde ideologias, muitas delas pervertidas, se infiltram silenciosamente em ambientes de formação, moldando mentalidades e, alimentando a relativização?

A Palavra de Deus não foge ao tema. Em Filipenses 4.8, Paulo nos exorta a pensar “no que é verdadeiro, no que é respeitável, no que é justo, no que é puro”. Aqui Paulo emprega uma palavra que nos chama à pureza na área sexual. Já Efésios 5.3 vai ainda mais longe: “Entre vocês não deve haver nem sequer menção de imoralidade sexual”. Mas quem se atreve a dizer isso em voz alta hoje? Quem ousa questionar o pensamento coletivo da maioria, que vende tudo isso com uma roupagem de que estamos de fato evoluindo? Aliás, poderíamos chamar essa transformação de crianças em adultos apressados e adultos em consumidores doentios, de involução?

 

E então voltamos à Adolescência.
(Spoilers a partir daqui). Ao final da série, deveríamos nos perguntar: por que não nos chocamos com o caminho que levou Jaime até lá, tanto quanto o crime em si? Por que nos acostumamos tanto ao ponto de só nos revoltarmos quando a tragédia acontece? Não é válido ir além da simples avaliação do estado do “paciente”, para investigar também a raiz da doença? O crime cometido é sério, sim, mas o que realmente nos preocupa é o terreno fértil que cultivou essa tragédia. É isso que a série realmente quer que façamos com ela, que discutamos o que realmente está em jogo.

No último episódio, os pais se perguntam: O que fizemos? Onde estávamos? O que perdemos? Eu me arriscaria em responder: Perdemos muito. Quando crianças recém-promovidas a adolescentes são corrompidas em um ambiente que parece não saber mais como proteger sua inocência, o problema passa a ser de gente grande de verdade. E o que resta, então, para uma geração que apressa o amadurecimento e normaliza o inaceitável? Resta a perda da pureza, da sensibilidade, e, mais importante, a desconexão com o que deveria ser a essência da juventude: a chance de crescer sem o peso precoce de questões que nem os adultos estão prontos para lidar.

 

A única saída

Mas o Evangelho surge como a única alternativa suficiente. No Reino de Deus, crianças podem ser crianças. A pureza é preservada, não destruída. A santidade é o antídoto contra a imoralidade e suas consequências incompreendidas. Porém, talvez você esteja pensando agora, ainda é possível? Não é tarde demais para isso? Não! Ainda vale a pena buscar, lutar e investir na santidade e pureza de coração. E acima de tudo, não precisamos nos conformar com uma cultura que nos empurra para um abismo coletivo e individual. Podemos resistir. Podemos ensinar aos nossos filhos um caminho diferente. Podemos, finalmente, despertar para aquilo que é verdadeiro, justo e puro.

A pergunta é: vamos? 

 

Gustavo Rocha | Casado com Bruna e pai de Samantha e Tito; Pastor de jovens na Promessa Cosmópolis; Trabalha como produtor de conteúdo audiovisual na APC para a TV Viva Promessa; Estudou cinema e ama cinema desde criança.

 

¹ANORA. Filme. Disponível em: https://www.google.com/search?q=anora+filme. Acesso em: 31/03/2025.

CONSEJOS de la Lección 01 – El precursor del Siervo

Para tu primera clase del segundo trimestre, revisa nuestros consejos: ilustración, dinámica y palabras clave.  

 

CONSEJO UNO – Ilustración para explicar el precursor (introducción)

Utiliza el párrafo de apertura del apartado “Con los ojos en el Evangelio” y léelo a tus alumnos para definir y aclarar mejor la palabra “precursor”:  

El término “precursor” se usaba para designar a los corredores que precedían a los oficiales de alto rango que viajaban a caballo o en carruajes. Estos corredores tenían la función de despejar el camino o hacer proclamaciones (Gn 41:43; 1 Sm 8:11; 2 Sm 15:1; 1 Re 1:5; 18:46; Est 6:9). De la misma manera, la misión que Dios le dio a Juan el Bautista fue preparar el camino y al pueblo para recibir al Señor Jesucristo (LB, p. 8).  

 

CONSEJO DOS – Dinámica “Abran el camino” (apartado 1)

Dinámica de los objetos en el camino: Antes de la clase, esparce objetos (zapatos, sillas, jarrones, etc.) en la entrada, en el camino o cerca de los bancos del aula. Después de que todos entren, pide que cada uno ayude a quitar los obstáculos del camino. Una vez que el camino esté despejado, lee: Isaías 40:3-4, Malaquías 3:1 y Marcos 1:2. Luego, explica que la misión de Juan el Bautista era exactamente esa: preparar el camino para el Señor. Él anunciaba la llegada del Ungido de Dios, aquel que vendría a salvar al mundo.  

 

CONSEJO TRES – Palabras clave (apartado 1)

En el apartado uno, te sugerimos que utilices en la explicación las cuatro palabras clave destacadas a continuación. A través de ellas y de los textos, el maestro puede explicar los contenidos del apartado 2 sin necesidad de leer toda la lección en clase, manteniendo la interactividad y el contacto visual con los alumnos.  

Humildad: “Yo soy la voz del que clama en el desierto: Enderezad el camino del Señor, como dijo el profeta Isaías” (Jn 1:19-21,23). “Es necesario que él crezca y que yo disminuya” (Jn 3:30).  

Superioridad de Cristo: “Yo bautizo con agua; pero en medio de vosotros está uno a quien no conocéis, el que viene después de mí, de quien no soy digno de desatar las correas de sus sandalias (…), un hombre que tiene la primacía, porque ya existía antes que yo” (Jn 1:26-34).  

Confrontador: “No te es lícito tener la mujer de tu hermano” (Mc 6:18).  

Testigo: “Luego, el verdugo ordenó que le trajeran la cabeza de Juan. Fue y lo decapitó en la cárcel”.  

 

Texto: Secretaría de Escuela Bíblica.