O estudo começou a fazer parte da crença dos promessistas a partir da Assembleia Geral de 1969.
Nem sempre a Igreja Adventista da Promessa contou com sua crença sobre “Os dias da crucificação e da ressurreição de Jesus”. Ela só entrou em O Doutrinal, o livro que reúne as crenças bíblicas da denominação, na terceira edição, no ano de 1969, assunto que vinha sendo estudado em Assembleias Gerais anteriores a este ano, segundo o livro “Marcos que pontilham o caminho” – 2ª edição, com bastante cuidado, critério e oração.
Após profundo estudo e embasamento bíblico, foi aprovado a doutrina na Assembleia daquele ano e inserido em O Doutrinal com o nome de “O Axioma da Ressurreição”, sob a organização do Pr. Genésio Mendes, e assim se tornou parte da fé promessista. Porém, você poderia se perguntar, por que a necessidade de se ter uma doutrina sobre os dias da morte e da ressurreição de Jesus Cristo?
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Em O Doutrinal, na 10ª edição, uma resposta ajuda a esclarecer esse questionamento: “O estudo se faz necessário porque a maioria dos cristãos, em todo o mundo, diz que Jesus morreu em uma sexta-feira e ressuscitou num domingo. E mais: utilizam-se desse argumento para validar a observância do domingo em lugar do sábado. Mesmo que isso tivesse realmente acontecido, não significaria, em hipótese alguma, que o domingo deveria ser guardado como dia de descanso. Se o dia da sua ressurreição serve de base para confirmar o dia a ser observado, este, então, continua sendo o sábado”.
A IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA
Portanto, a importância dessa doutrina é, primeiro, baseado no que o próprio Jesus disse: “Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra.” (Mateus 12:40). Numa simples análise, percebemos que o Senhor falou de três dias e três noites completos, o que se torna inviável de sexta a domingo. É uma coerência teológica e cronológica crer na morte de Cristo na tarde de uma quarta-feira e sua ressurreição no sétimo dia.
Segundo, a Bíblia confirma que a ressurreição se deu no sábado, como escreve o evangelista Mateus 28:1 e 5: “No findar do sábado, ao entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. (….) Mas o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado.” O Cristo se levantou dentre os mortos ainda no pôr-dô-sol de sábado, e as mulheres constataram o ocorrido nas primeiras horas do domingo.
Por último, ainda que o Senhor tivesse ressuscitado no domingo, ou em outro dia, isso não teria relação com alguma mudança do mandamento imutável. Cristo ter revivido mostra sua vitória sobre a morte, seu sacrifício perfeito e garante que aqueles que morreram crendo nessa promessa também ressuscitarão (1 Co 15:20-28), mas isso não reescreve os mandamentos de Deus.
O QUE MAIS IMPORTA!
Portanto, a doutrina dos dias da morte e ressurreição de Jesus Cristo é um reforço para a fé na ressurreição: Ele cumpre fielmente o que diz; ela ajuda numa leitura mais coerente das narrativas bíblicas relacionadas à esses episódios e numa correta interpretação e significado aos cristãos, não as utilizando para mudança na lei de Deus que é imutável; por último, ela garante uma centralização no que realmente deve ser: naquilo que Cristo fez, que é mais importante do que os dias que ocorreram!
Texto por: APC Jornalismo.
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