Judeia – Em uma de suas viagens missionárias, Jesus Cristo mostrou insatisfação com seus discípulos, ao defender crianças, quando se preparava para orar e abençoá-las.
Registros nas escrituras sagradas, mostram que Jesus foi enfático em dizer, “deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus.”[1] Numa sociedade que não dava importância para os pequeninos, Cristo abre um novo espaço para eles.
Não foi a primeira vez que o Mestre trouxe as crianças para o centro do seu ministério. Dias antes do episódio acima, na cidade de Cafarnaum[2], ao responder a indagação de um dos discípulos, sobre quem é o maior no Reino de Deus, o Senhor disse: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.”[3]
Para Jesus, o reino de Deus se vive como a dependência que uma criança tem de seu pais ou responsáveis. O líder religioso ainda se colocou em pé de igualdade, ressaltando que receber uma criança é como recebê-lo. Ele afirmou: “quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe.”[4]
Segundo Cristo, os discípulos com mais tempo de fé, devem ter cuidado com os mais novos, mais uma vez usando as crianças como comparação. “Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar”[5], ressaltou o Mestre.
Usando as crianças como modelo de exemplo e imitação, quanto a sua dependência e simplicidade, Jesus “briga” como uma sociedade que desvalorizava a figura infantil, com isso, mostra um modelo a ser seguido pelas gerações que viriam.
Andrei Sampaio Soares | Estudante de Jornalismo, Teólogo e Diácono na Promessa do Benguí, Belém-Pa.
[1] Mateus 19.14.
[2] Ibidem, 17.24.
[3] Ibidem, 18.2.
[4] Ibidem, 18.5.
[5] Ibidem, 18.6.