Quando pensamos no sacrifício de Cristo, temos diversos motivos para refletir sobre o que Ele representou por nós. Nesta Páscoa, em que o mundo cristão recorda a morte e ressurreição do Senhor mais uma vez, podemos também considerar como a obra de Cristo confirma os mandamentos de Deus na vida das pessoas que são salvas por crerem neste Cordeiro Pascal.
Não acreditamos que o dia da ressurreição de Cristo tenha mudado a Lei, embora, para muitos cristãos, isso tenha ocorrido. No entanto, numa análise simples, encontramos motivos bíblicos para esclarecer essa questão.
Primeiro: Jesus passou três dias e três noites no sepulcro.
Isso indica que Ele morreu em uma quarta-feira e ressuscitou no sábado, e não no domingo:
“Pois assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra.” (Mateus 12:40 – NAA).
Cremos que, pouco antes do pôr do sol de uma quarta-feira, o Senhor foi posto no sepulcro e, assim, ressuscitaria depois de três dias e três noites.
Para entender melhor sobre esses detalhes, leia o texto aqui: “O Dia Da Crucificação E Da Ressurreição De Jesus”
Segundo: Jesus já havia ressuscitado antes do amanhecer do domingo.
As mulheres foram ao sepulcro no início do primeiro dia da semana, mas Ele já não estava lá:
“No findar do sábado, ao entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. […] Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde Ele jazia.” (Mateus 28:1,6 – NAA).
Ou seja, os textos bíblicos relatam o testemunho das mulheres e dos discípulos indo até o local onde o Senhor da Vida havia estado, e não o momento exato da ressurreição.
A ressurreição, que tornou a morte de Cristo em salvação e não em tragédia, já havia ocorrido. Para sempre o Salvador vive! “Mas Deus o ressuscitou, rompendo os laços da morte, porque era impossível que a morte o retivesse” — Atos 2:24 – NAA).
Terceiro: A nova aliança não anula a Lei moral de Deus.
A ressurreição inaugura uma nova aliança, mas a Lei Moral (os Dez Mandamentos) permanece — agora impressa no coração:
“Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: na mente deles imprimirei as minhas leis, também no coração as inscreverei. Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.” (Hebreus 8:10 – NAA).
É como se o coração de quem crê em Jesus se tornasse o novo monte onde Deus revelou as tábuas da Lei. Na antiga aliança, os mandamentos foram escritos em pedras; na nova, estão gravados no coração de quem encontrou o Senhor da Lei e foi purificado das obras mortas para uma nova vida.
Uma luz que nunca se apaga, um Salvador que nunca muda e uma esperança que jamais termina, pois é o Espírito quem opera essa transformação, conformando cada salvo à imagem de Deus. “E todos nós, com o rosto descoberto, contemplando a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” (2 Coríntios 3:18 — NAA).
Quarto motivo: A Páscoa cristã vai além das datas.
A Páscoa fala de transformação interior, e não meramente de datas. Seu significado transcende o calendário, tratando da purificação pelo sacrifício de Cristo.
Paulo ensinou isso, lembrando que nossa vida deve estar livre do “fermento” do pecado:
“Livrem-se do velho fermento, para que sejam massa nova, sem fermento, como de fato são. Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado.” (1 Coríntios 5:7 – NAA).
O mais importante, então, é crer na cruz de Cristo, em Sua obra, e no Ressuscitado que venceu a morte. A mensagem da Páscoa é sobre isso. Portanto, celebre a vida cristã todos os dias e compartilhe a verdadeira mensagem da ressurreição!
Texto: Agência Promessista de Comunicação (APC).