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A pessoa idosa e a deficiência

Como tratamos os idosos com deficiência que congregam em nossas igrejas?

Você já se viu chegando à terceira idade? Ou você já faz parte do grupo dos 60+? A dita “melhor idade” realmente é a melhor idade? Vamos bater um papo a respeito desse tema de relevante importância no nosso meio. 

A Lei 8.842/94 estabelece a Política Nacional do Idoso e cria o Conselho Nacional do Idoso. É essa lei que define que o brasileiro com mais de 60 anos é considerado idoso. O Estatuto do Idoso avança na garantia dos direitos da população idosa, tais como: educação, saúde, alimentação, cultura, lazer, trabalho, assistência social, entre outros.

Durante a pandemia do coronavírus, houve um agravamento na saúde dos idosos devido ao isolamento social, uma vez que essas pessoas fazem parte do grupo de risco da Covid-19.

A solidão afeta a imunidade, e o isolamento pode aumentar o risco de morte em 14% nas faixas etárias mais avançadas. O estresse também acaba induzindo respostas inflamatórias. A população idosa representa o grupo que mais cresce no país, segundo o Censo Demográfico de 2010 do IBGE, e, no último censo, cerca de 63% dos idosos brasileiros afirmaram ter alguma deficiência. Além disso, a população idosa é considerada “especialmente vulnerável” pela Lei Brasileira de Inclusão.

Para que as pessoas idosas possam participar da sociedade de forma igualitária, é necessário que sejam garantidos recursos de acessibilidade e que a sociedade lute contra a discriminação. A sociedade deve aceitar, acolher e auxiliar essas pessoas.

 

O PAPEL DA IGREJA

E, nas nossas igrejas, isso tem sido uma realidade? Como tratamos os nossos idosos com deficiência? Precisamos lembrar de assegurar ao idoso a dignidade, o respeito e a convivência entre nós, como diz a Escritura: “Fiquem de pé na presença das pessoas idosas e as tratem com todo o respeito; e honrem a mim, o Deus de vocês. Eu sou o Senhor.” (Levítico 19:32 NTLH).

Em relação às deficiências visuais, auditivas e de locomoção e suas restrições, como tratamos os nossos idosos? Para dar acessibilidade, temos que ter um olhar para as barreiras arquitetônicas, não violando seus direitos fundamentais, como o direito de ir e vir; então, faz-se necessário um cuidado especial com degraus e tapetes, viabilizar rampas e elevadores de acesso, cadeiras de rodas (caso seja necessário em algum momento), barras de apoio e até mesmo cuidadores, como medida protetiva (1 Timóteo 5:1).

De forma igualitária, devemos demonstrar amor e paciência, honrar sua existência, sua sabedoria e experiência. Aceitando os seus conselhos e sentando para ouvir as suas histórias (às vezes repetitivas), afinal, um dos mandamentos da mutualidade é exercer a paciência, e um dos frutos do Espírito é a longanimidade (Gálatas 5:22).

No ambiente da igreja, entregamos cargos de confiança e acreditamos em sua autonomia, crenças, escolhas e decisões? Acreditamos no potencial da “melhor idade” para nos instruir e repassar seus ensinamentos e experiências de vida? Lembremos da promessa aos fiéis: “Na velhice, eles ainda produzem frutos; são sempre fortes e cheios de vida.” (Salmos 92:14 NTLH)

Na sua igreja local há pessoas idosas na liderança de grupos e ministérios? Qual é a posição da igreja para com os nossos idosos e idosos PcDs (pessoas com deficiência)? Existem muitas interrogações sobre esse tema tão primordial.

Que Jesus continue sendo o nosso norte para nos orientar em como tratar os nossos idosos com deficiência. Que essas pessoas sejam amadas, respeitadas e enxergadas por todos nós, pois, queira Deus, num futuro próximo, e talvez num futuro “bem” próximo, seremos nós que estaremos nesse lugar, carecendo desses cuidados. 

Não se esqueça: envelhecer é para todos!

 

Ana Cláudia Almeida Reis | Tradutora e Intérprete de Libras, Ledora e Transcritora, diretora financeira na Secretaria de Inclusão da Convenção Geral e congrega na Promessa Vila Maria. 

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