O Pastor Edmilson Mendes, apresentador do programa Promessas de Esperança, analisou biblicamente o fenômeno dos bebês reborn e suas implicações na sociedade e na igreja.
Os bebês reborn estão em alta na internet. Tornaram-se tema de debates e curiosidade, com repercussão em diversas mídias. No episódio mais recente do Promessas de Esperança, da TV Viva Promessa, o Pastor Edmilson refletiu sobre o fenômeno sob a ótica cristã:
“Adultos estão sendo cada vez mais infantilizados e demonstrando todo o seu vazio existencial, quando começam a tratar bonecas e bonecos como se fossem gente.”
Ele questionou: “Seria um meme ou é realidade?”, ao citar casos divulgados na internet, como filas preferenciais para mães de bebês reborn, clínicas especializadas e até babás contratadas para cuidar dessas bonecas. “Essa é a sociedade em que estamos. Já tínhamos os pais de pets, em que o animal preenche o espaço de um ser humano na vida de um casal ou de uma família. Agora temos os pais de bebês reborn”, refletiu.
O pastor classificou a prática como “falta de critério, sensibilidade e humanismo”, ao ver pessoas buscando consolo em objetos inanimados: “Estão procurando respostas e refúgio em coisas sem vida.”
Ele reconheceu que a ideia original dos bonecos realistas era bem-intencionada — ajudar casais sem filhos ou pessoas enlutadas —, mas alertou para o desequilíbrio: “Aquilo que começa com boas intenções virou uma febre emocionalmente adoecida. Quando passamos por luto, o melhor caminho é encarar a verdade.”
Esperança para o “crente reborn”
Após contextualizar o tema, o Pastor Edmilson usou a analogia dos bebês reborn para falar de cristãos que vivem sem vida espiritual, os quais ele denominou de “crentes reborn”: “Eles estão nos bancos da igreja, mas têm faltado vida, têm faltado relacionamento.” Ele baseou sua reflexão em Apocalipse 3:1-6, a carta à igreja de Sardes, destacando o contraste entre reputação e realidade espiritual:
“1 Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. 2 Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. 3 Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti. 4 Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas. 5 O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. 6 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.”
O pastor contextualizou a carta, destacando a grandeza e segurança da cidade de Sardes, e como sua igreja era conhecida pelas muitas obras — mas, segundo Jesus, faltava vida espiritual genuína.
“A igreja estava perdida em sua agenda, famosa pelo que fazia, mas espiritualmente morta.” Edmilson fez então a ligação com o momento atual: “Crentes reborn precisam renascer. Precisam nascer de novo: para o primeiro amor, para as coisas do Evangelho, para Deus.”
Ele alertou para o engano de muitos religiosos que confundem atividade com espiritualidade e relembrou: “Num primeiro momento, quando você olha para um bebê reborn, parece real. Mas quando você toca, percebe que não tem vida, não tem sentimento, não tem carne.”
“Acorda! Levanta!”
Seguindo a exortação de Jesus em Apocalipse, o pastor convocou os ouvintes à ação:
“Acorda! Levanta! Não se conforme em ser um crente reborn! Em você foi soprado o fôlego da vida, o vento do Espírito. Então levante-se e ofereça seus talentos para a obra do Senhor!”
Texto: Agência Promessista de Comunicação (APC).