Setembro tem cor e é o amarelo, neste mês o enfoque é a prevenção do suicídio e o debate sobre a saúde mental toma força de uma maneira geral. Saúde mental pode ser definida, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), como um bem-estar integral, em que o indivíduo se encontre pleno em suas capacidades afetivas e comportamentais para manter-se ativo e participativo em sua comunidade. Isso mesmo, o conceito de saúde mental perpassa a capacidade do indivíduo atuar bem no meio em que está inserido, observando a funcionalidade e percepção de bem-estar.
Problemas de saúde mental têm se tornado cada vez mais comuns. A ansiedade, por exemplo, atinge mais de 260 milhões de pessoas e o Brasil é o país com o maior número de pessoas diagnosticadas com ansiedade no mundo, além de ocupar posições importantes em outros transtornos mentais, principalmente a depressão. Esses números são reflexo da realidade que estamos vivendo, o enfrentamento de situações difíceis e as exigências sociais às quais somos expostos diariamente. Em um mundo de superficialidades nossa complexa essência humana encontra-se esmagada.
Quando as pessoas sofrem com oscilações constante das emoções, raiva e longos períodos de tristeza, muitas vezes não dão a devida atenção, mas precisamos entender que o cérebro é um órgão e assim como qualquer outro ele também adoece. As ditas doenças da alma, como qualquer outra doença, são tratáveis e quanto mais cedo diagnosticadas, mais fácil curar e proporcionar qualidade de vida para o paciente. Mas você, que lê este artigo pode estar se perguntando: Como identificar se minha saúde mental precisa de maior atenção e cuidado? A seguir vamos conceituar aspectos para auxiliar nessa análise através de algumas letrinhas, são 2A e 4D.
• Autoestima ( baixa): Desvalorização de si mesmo, menosprezo à própria capacidade, tendência a priorizar mais as pessoas à volta do que as próprias necessidades.• Ansiedade ( alta): Excesso de preocupação mesmo com assuntos pequenos, dificuldade em descansar, desligar-se e sensação de cansaço mental constante.
• Descontrole emocional: nesse sentido devemos observar a oscilação de humor intensa e dificuldade de autocontrole das emoções, como se estivesse atolada em uma emoção (medo, raiva, angústia, agitação), se sente sobrecarga emocional e tem dificuldade para sair desse estado para outro de maior equilíbrio.
• Desânimo: O mundo parece desmoronar em seus ombros e a pessoa sente-se cansada por longos períodos, nesse caso é muito comum persistir uma sensação de aperto no peito frequente e dificuldade em socializar, se comunicar e manter as atividades diárias.
• Descontentamento: aquela sensação de que alguma coisa está faltando. Não adianta uma pessoa ter: casa, filhos, doutorado, casamento, profissão. Pois, o que vai preencher esse vazio não está no ter. Num primeiro momento a pessoa tenta suprir essa “falta” e pode canalizar essa sensação nos excessos, como no ativismo. Trabalha ainda mais, se dedica a algo a ponto de fazer daquilo um vício, não se permite descansar, está sempre atarefada, esse movimento chega à exaustão e quando a pessoa nota que não adianta, o descontentamento é de ordem existencial e não física, mergulha na culpa, insatisfação, frustração, depressão ou na sensação de que sempre falta algo, que ela não consegue atingir.
• Desesperança: Costumo dizer que esse é o último ponto do efeito cascata do adoecimento psíquico e ele é muito perigoso, quando a pessoa está no estado do “tanto faz”, deixa de ver sentido na vida, como se toda aquela dor emocional não fosse passar. Quando perdemos essa capacidade de confiar, de acreditar e de ter expectativas sobre nossa vida, presente ou futura, podemos até pensar que não vale a pena viver.
O corpo está sempre dando indícios quando a saúde não vai bem e não é diferente com a saúde mental, portanto, se você identificou qualquer um desses itens em você ou em alguém próximo, fique atenta, busque apoio e ajuda profissional. Considere o seguinte: qualquer sinal de palpitação ou desconforto no peito vai te mandar correndo para o consultório do cardiologista. Isso vale para dor nas costas, dor de cabeça e alergias, você espera um ou dois dias e se não passar procura ajuda, sua saúde mental merece o mesmo cuidado. Portanto, cuide das suas emoções, cuide de você por inteiro.
Jéssica Fernanda Pupo Vermelho, psicóloga especialista em Saúde Mental (FAMERP), casada com Yuri Vermelho, congrega na Igreja Adventista da Promessa do Jardim Urano em São José do Rio Preto/SP.
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