Temos o direito, sim, de manifestar nossa posição, baseada nos ensinamentos da Bíblia
Há alguns dias, fui surpreendida pela minha filha com a seguinte pergunta: “Mãe, você é contra ou a favor da criação do ‘Dia do Orgulho Hétero’”? Assustei-me não pela pergunta em si, afinal minha filha já tem 17 anos, mas porque eu havia separado uma matéria sobre o assunto para ler, pois havia me chamado muito a atenção. Ela me disse que na escola em que estuda – o Colégio Adventista de Campinas – eles debateram este tema.
Minha resposta foi: “Ainda não sei, não li nem refleti o bastante para me posicionar, mas se for para responder à queima roupa, sou a favor.”
Comecei, então, a ler os artigos que havia separado e, para surpresa minha, deparei-me com uma situação, no mínimo, curiosa. O Dia do Orgulho Hétero foi aprovado pela Câmara dos Vereadores de São Paulo no último dia 2 de agosto e gerou uma grande reação da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), pois não concordam com a criação do mesmo.
O site do vereador que criou o projeto foi invadido, houve reações contrárias no twitter, e dentre as inúmeras declarações, uma delas feita pela comunidade gay me chamou a atenção, pois afirmava que uma sociedade que precisa aprovar o Dia do Orgulho Hétero é uma sociedade insegura. Por quê?
Curioso que somente eles podem defender seu ponto de vista, mas nós não, somente eles querem se manifestar e nós não podemos, por que? De que lado está a insegurança? De que lado está a falta de respeito? De que lado está a agressividade? De que lado está a intenção de enfiar “goela” abaixo um pensamento?
A meu ver, essas coisas não estão de um lado ou de outro, mas sim, dentro do caráter de cada ser humano. Existem aqueles que respeitam e os que não respeitam. Existem os pacíficos e existem os agressivos. Mas não posso deixar de pensar que, vendo a reação tão contrária da comunidade gay, demonstra o quanto eles querem dominar e determinar o pensamento de todos. Se não nos manifestarmos, logo perderemos nossa liberdade de expressão e de pensamento assegurada pela Constituição. Ainda temos o direito de não concordar com pensamentos e ideias diferentes das nossas.
Respeito é uma coisa e ter que pensar de forma igual é outra bem diferente. Com isso, vemos que ser heterossexual não é ser ET, é defender um modo de vida apresentado por Jesus. Sim, temos um manual de instruções, a Bíblia, e ela nos ensina como devemos nos comportar, o que Deus espera de cada um de nós.
Enfim, não estamos sozinhos sofrendo afrontas, como pensou Elias quando foi se esconder na caverna. Assim como Deus disse a Elias que havia ainda sete mil que não se dobravam a Baal, nós também não estamos sozinhos. Precisamos proclamar a salvação do Senhor a todas as pessoas, pois breve ele virá. Amém!
Dsa. Maria Regina Guimarães Longo Mendes congrega na IAP em Pq. Itália (Campinas – SP) e atua no Departamento Ministerial.
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