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“Em vez de pegar peixes, às vezes pego cadáveres”, declarou pescador tunisiano

As palavras do pescador lembram palavras de Jesus; entenda 

 

Uma declaração de um pescador tunisiano chamou a atenção esta semana. Oussama Dabbebi disse em entrevista à BBC: “Em vez de pegar peixes, às vezes pego cadáveres. Na primeira vez, tive medo, depois, aos poucos, me acostumei. Depois de um tempo, tirar um cadáver da minha rede é como pegar um peixe.” A frase revela uma crise migratória vivida pela Tunísia,  presidida por Kais Saied, acusado de usar, entre outros motivos, os refugiados para justificar uma crise econômica vivida pelo país. O litoral da nação tem servido de passagem para migrantes vindos de vários países africanos chegarem à Europa. 

 

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Números divulgados pela agência de refugiados da ONU apontaram que 24 mil pessoas deixaram a costa do país, de janeiro a abril deste ano, e chegaram à Itália em barcos improvisados. Outra tragédia recente, desta vez partindo da Líbia, deixou pelo menos 78 mortos e cerca de 500 desaparecidos no Mar Mediterrâneo.

A reportagem revelou ainda que, num período de duas semanas no início deste ano, os corpos de mais de 200 migrantes foram retirados deste mar, e mais de 27 mil pessoas morreram tentando cruzá-lo desde 2014. Não à toa, o líder da Igreja Católica, o Papa Francisco, chamou-o de “o maior cemitério da Europa”.

 

As palavras do pescador tunisiano: “Em vez de pegar peixes, às vezes pego cadáveres”, lembraram-me das palavras de Jesus: Venham comigo, e eu os farei pescadores de gente”. (Mateus 4:19 NAA). As primeiras são uma declaração do pecado e injustiça humana, as segundas são uma declaração de resgate, esperança e propósito para a humanidade. 

Diante do caos causado por regimes políticos mesquinhos e gananciosos para com sua população, pessoas tentam encontrar terra, chão e um lar para viver e trabalhar, no entanto, perdem suas vidas nesta jornada. Mas o que podemos fazer, além de usar a poderosa arma da oração, capaz de deter governos e garantir tempos de paz e tranquilidade (1 Tm 2:1-4)? 

 

Podemos ser a rede de Jesus, que é lançada para salvar homens e mulheres vivos fisicamente, ressuscitá-los espiritualmente, com a regeneração do Espírito, por meio do ensino da Palavra de Deus, amenizar seus sofrimentos, como a fome, a nudez, as injustiças sociais, e dando pão, vestes e educação para que sejam alcançados pelo Evangelho integral de Cristo. 

Esse compadecimento por refugiados, e por todos aqueles que necessitam do Evangelho, é um desafio que não está somente confinado ao Mar Mediterrâneo, mas nas esquinas das cidades de diversos países Brasil afora, onde podemos encontrar refugiados. É necessário, antes de qualquer discurso político e justificativa de não ajudá-los, lembrar das palavras ditas por Deus, ao Israel da antiga aliança: “Por isso, amareis o estrangeiro, pois fostes estrangeiros na terra do Egito.” (Deuteronômio 10:19)

Só assim (mas não tão simples assim), até que Jesus retorne, esse dilema da migração DIMINUIRÁ, e tantos homens e mulheres serão pescados vivos na rede do Evangelho. Porém não devemos esquecer que Deus há de fazer justiça diante de toda injustiça em nosso mundo, e que muitos estrangeiros que creram no Senhor e morreram em busca de um novo começo, entrarão vivos no novo Céu e nova Terra, após o retorno de Cristo, onde encontrarão sua pátria definitiva. 

 

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Por: Andrei Sampaio Soares/APC Jornalismo. 

Com informações: BBC.

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