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O ‘sono’ da esperança

Ao tratar a morte como um sono, nosso Senhor mostrava um domínio fantástico sobre este triste evento na história humana.

 

A morte é uma encruzilhada na qual todos nós um dia enfrentaremos, a não ser que estejamos vivos por ocasião do retorno de Jesus, pois temos uma promessa de transformação (1 Coríntios 15:51-52). Mas a morte é consequência da desobediência humana no Éden, o salário do pecado (Romanos 6:23). Ela não é um ente que vem até nós quando nossos dias terminam, é a punição máxima pelo pecado humano.

A Bíblia trata da morte de várias formas, mas nunca de forma banal, comemorativa ou sem considerar o valor do ser humano.

Em Ezequiel 18:32, lemos: “Porque não tenho prazer na morte do que morre, diz o Senhor Deus; convertei-vos, pois, e vivei.” No contexto da palavra, o profeta combatia o pensamento que dizia respeito à punição do pecado nos terceiros, mas Ezequiel combate essa ideia falando da responsabilidade pessoal, como afirmou: “A alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18:4). Nessa sentença, ele mostra que a “alma” é a pessoa toda, e que ela não é imortal.

Um dos destaques mais importantes do trecho é a declaração de que Deus “não tem prazer na morte de ninguém”. Pelo contrário, o Senhor nos criou para a vida, para a obediência amorosa, para andar no caminho, na verdade e na vida (João 14:6). O falecimento, nem de justos nem de ímpios, é algo alegre para o Senhor, pois, mesmo que o destino após a ressurreição seja diferente (justos para a vida, injustos para a morte eterna, João 5:28-29), a humanidade não foi criada para morrer.

 

Um alto custo para o Senhor

Mesmo sendo a morte de quem crê no Salvador, o salmista diz: “Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos” (Salmos 116:15). O texto mostra o custo, a valiosidade, a importância da morte de seus filhos. O custo é altíssimo: o preço pago para que todos tivessem acesso à vida plena — que começa no momento em que se crê em Jesus e se estende até a eternidade — custou o sangue do Salvador (1 Pedro 1:18-19; João 3:16).

Configura-se um desafio para que a igreja anuncie a solução para a morte em Cristo Jesus, que venceu a morte na sua ressurreição, tornando-se “as primícias dos que dormem” (1 Coríntios 15:20). Assim, crendo n’Ele, os que morreram estão no “sono da esperança”, inconscientes, mas morreram na promessa de serem arrancados dos túmulos para, quando Jesus voltar, acordarem e viverem com o Senhor para sempre, junto com os justos transformados, aqueles que esperam a vinda do Ressuscitado (1 Tessalonicenses 4:13-17; João 5:28-29).

Para o Senhor, apenas um sono!

Ao tratar a morte como um sono, nosso Senhor mostrava um domínio fantástico sobre este triste evento na história humana. Foi assim que Ele tratou a morte de Lázaro, após quatro dias (João 11:11-14, 43-44); e foi assim que tratou a morte da menina cujo pai buscou ajuda para que Ele a ressuscitasse (Marcos 5:39-42). 

Paulo, também convicto do poder do Senhor, tratou a morte com a metáfora do sono, dizendo que este tempo de inconsciência e inatividade, para os justos, dura somente até o retorno do Senhor, quando todos os que morreram na fé ganharão corpos glorificados, semelhantes ao do Senhor que ressurgiu dos mortos (1 Coríntios 15:42-44; Filipenses 3:20-21).

 

Se é certeza que enfrentaremos a morte — salvo se estivermos vivos e com fé no Filho em Seu retorno — aprendemos a importância de morrer com fé em Cristo, que nos garante a vitória sobre a morte física e eterna (João 11:25-26; Apocalipse 21:4). Como diz a canção:

“Noite é somente um sono
Que ampara quem já descansou
Noite não dura pra sempre
E anuncia o dia que logo já vai despontar (…)\

Neste dia Deus, com carinho, vai
Acordar seus filhos que dormem
Noite não dura pra sempre (…)”

 

Texto: Agência Promessista de Comunicação (APC)

 

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