Neste Dia do Meio Ambiente, 5 de junho, e no mês considerado o “mês verde”, saiba o que significa sermos mordomos que deveriam cuidar da criação.
A Bíblia ensina que “os céus são os céus do Senhor; mas a terra, deu-a aos filhos dos homens” (Sl 115:16). Ou seja, após trazer à existência o mundo e criar os seres humanos à sua imagem e semelhança, Deus deu a incumbência ao ser humano de dominar a criação (Gn 1:26): “Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” (Gn 1:28).
“Dominar e sujeitar”, no contexto de Gênesis, tem relação com cuidado (Gn 2:15). Esse é o mandato cultural, ou seja, a ordem divina para o homem de cultivar e preservar a natureza, ser seu mordomo na terra. Deus é o dono por direito e nós somos os mordomos responsáveis por cuidar de sua criação (Sl 8:6-8; Tg 3:7).
Por causa da rebelião contra o Criador, os seres humanos entraram em uma relação de conflito uns com os outros e com a natureza, que agora sente os efeitos da queda (Gn 3:17; Rm 8:20), mas isso não muda nosso papel nesse cenário.
Neste Dia do Meio Ambiente, 5 de junho, e no mês considerado o “mês verde”, saiba o que significa na prática sermos mordomos que deveriam cuidar da criação.
Primeiro, implica em preservar a natureza. O domínio humano sobre a criação deveria visar ao seu cuidado e não à extinção, degradação ou devastação. Além de antibíblico, é um contrassenso Deus criar uma boa, bela e riquíssima natureza e entregá-la para ser devastada por nós. O domínio humano refere-se a cuidar da natureza (Gn 2:15).
A ideia de que a Terra é concessão de Deus aos homens implica em estarmos lidando com algo que não é nosso em última instância. E quando lidamos com algo que não é nosso, precisamos cuidar com mais atenção ainda. Esse cuidado significa tratar do jeito que o verdadeiro dono deseja e não como imaginamos ou queremos.
Nesse sentido, Deus tem várias prescrições que expressam como deve ser o cuidado com a natureza e sua oposição aos maus-tratos de animais (Ex 23:12; Dt 20:19-20; 22:4, 6, 10; 25:4; Jn 4:11).
Segundo, sermos mordomos da criação também implica em representar Deus na Terra. Por sermos feitos à sua imagem e semelhança, devemos ser e agir como Deus, de tal modo que Ele seja refletido e contemplado em tudo o que fizermos, incluindo no trato com a natureza.
Deus é o modelo de como tratar a criação. Ao mesmo tempo que Ele nos satisfaz com a provisão de frutos e animais da terra (At 14:17), Ele também cuida, preserva e sustenta a natureza com seu poder (Sl 50:10-11; 104; Mt 5:45; 6:26, 28, 30).
Em terceiro lugar, a mordomia sobre a criação inclui entender o seu valor adequadamente. Muitas pessoas influenciadas por religiões (como o panteísmo) divinizam a natureza, o que é um pecado contra Deus (Rm 1:25). Outras atribuem maior valor à vida animal do que à vida humana. Conquanto devamos cuidar dos animais, não podemos estimá-los acima da vida humana, os únicos criados à imagem e semelhança de Deus (Gn 1:26-28).
Em quarto lugar, ser mordomo inclui aguardar com expectativa o dia em que a natureza será recriada.
Muitos usam como desculpa a volta de Jesus para devastar a natureza, dizendo que ela será destruída. Contudo, a destruição do mundo será uma parte do processo de renovação da natureza que Deus criou (2 Pe 3:9-13). Portanto, assim como devemos cuidar de nossos corpos que um dia serão ressuscitados, também devemos cuidar da natureza que um dia será renovada (Is 11:6-9; 65:25; Rm 8:19-21; Ap 21:1).
Texto: APC Jornalismo (Adaptado de Lições Bíblicas “Questões contemporâneas” – Lição 05 “O cristão e o meio ambiente”).
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