86 anos de história

Culto na IAP em Vila Maria relembra cruz de Cristo

A centralidade da cruz da Cristo foi o tema do sermão do Pr. José Lima, no culto dos 86 anos da IAP em Vila Maria (São Paulo, SP). Ele enfatizou que muitas forças pressionam para que a cruz de Cristo seja esquecida, como o pluralismo, a privatização e a secularização. “Na morte de Cristo, Deus centralizou tudo nele, mas devemos atentar que a grande batalha de Satanás é para que a igreja considere a cruz irrelevante”, disse o pr. José Lima.
A igreja adorou ao Senhor com alegria, pelos 86 anos. Foi lido um histórico emocionante do início da Igreja, quando o pr. João Augusto foi batizado no Espírito Santo, em 1932 (http://portaliap.org/a-voz-do-cenaculo-se-fez-ouvir/)
Também foi exibido o vídeo da campanha “Eu Sou Pro”, que coincide com o aniversário da igreja, enaltecendo nossa origem e quem somos (http://portaliap.org/86-anos-da-iap-2/).
“No final, orações e louvores! Línguas estranhas! Choro! O Espírito Santo estava lá, reavivando o coração da noiva. Para alegria de todos, a mesma experiência vivida pelos 120 discípulos no Cenáculo alcançou o coração da garota Giovana, que foi batizada no Espírito Santo”, relatou o pr. Alessio, responsável pela IAP em Vila Maria.
Sim, a história do avivamento continua através de nós!

86 anos da IAP

Registro de fundação da igreja

O alemportal.com teve acesso, com exclusividade, ao Registro de fundação da Igreja Adventista da Promessa. O documento data de 22 de dezembro de 1936 e foi registrado em Recife, Pernambuco.
“Universal Assembleia Adventista da Promessa”
O responsável pelo registro foi Manuel do Rêgo Pêssoa de Macêdo Notório, o primeiro oficial do órgão cartorário. Apresentado pelo Dr. Duarte Dias, no documento uma Comissão Administrativa, representando igrejas do Norte e Sul do Brasil, oficializou em 26 de Novembro de 1936, a “Universal Assembleia Adventista da Promessa” (UAAP). Tendo sua sede em Recife-PE.

Sobre os “fins” da igreja
Outra informação de preciosa oportunidade é que, segundo o documento, os adventistas da Promessa substituiriam outra denominação formada por dissidentes da Igreja Adventista do Sétimo dia (IASD), “Egreja Brasileira dos Adventistas da Promessa”, que data de 29 de fevereiro de 1929. Igreja esta não pentecostal, apenas sai por motivos de discordância com a IASD. Sendo este o Artigo 1º, do capítulo 1.
O Artigo 2º passa a descrever os fins da UAAP, como: proporcionar uma experiência com o evangelho imutável; o culto a Deus, a pregação da Palavra, etc. O Artigo 3º fala dos princípios da denominação, que constava da crença nas Escrituras do Velho e Novo Testamento.

Membros e governo
O documento ainda fala sobre os membros (Artigo 4º), a forma de governo, que era chamado de Concílio Geral (Artigo 5º). Um pequeno código eleitoral (Artigo 6º). Regras para Junta Regional (Artigo 7º). Regras institucionais (Artigos 8º ao 13º). Regras disciplinares (Artigos 13º a 16º). Regras para o Concílio Geral (Artigos 17º ao 21º). O Artigo 22º fala que os demais itens não contemplados no documento seriam resolvidos pelo Concílio Geral, presidido pelo Pr. João Augusto da Silveira.
Segundo o livro de história da denominação, o nome só mudaria para Igreja Adventista da Promessa (IAP) em julho de 1943. A comissão viria concordar que a data de fundação seria 24 de janeiro de 1932. Data essa que rememora a experiência do Batismo no Espírito Santo, com a evidência de falar em línguas estranhas, por João Augusto da Silveira.

Publicado originalmente em: https://www.alemportal.com/single-post/2018/01/25/Registro-de-funda%C3%A7%C3%A3o-da-Igreja-Adventista-da-Promessa-de-1936

A voz do Cenáculo se fez ouvir

Naquele 24 de janeiro, o Pr. João Augusto se levanta da mesa após o jantar; entra no seu quarto para orar e o milagre de Pentecostes o encontra

O Senhor Jesus Cristo havia ressuscitado. Dali até o dia em que subiria definitivamente para os céus, passariam quarenta dias. Neste período, o Senhor daria as últimas instruções para os seus discípulos. Entre elas, após a sua ascensão, deveriam retornar para a cidade de Jerusalém, onde deveriam esperar o cumprimento da promessa feita pelo Pai, de que “derramaria do seu Espírito sobre toda a carne”, conforme profetizado por Joel.
Quarenta dias se passaram. Terras de Betânia, anjos nos céus, o Senhor flutua, arrebatado, deixa a terra e é recebido pelos anjos nos céus: “Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória. Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra”. Sl 24:7,8.
Os discípulos retornam para Jerusalém. Entram no Cenáculo. Sete dias orando. Estão assentados. Jerusalém está em festa. Pentecostes. Cinquenta dias se passaram desde o início da festividade: a Páscoa. Muitos fazem as malas, preparam os animais, compram comida para a longa viagem de retorno. Judeus de 17 nacionalidades estão lá. Mas o melhor da festa estava por vir.
No apagar das luzes, na última cena. É o último dia das festas e algo glorioso acontece. Há uma voz poderosa e estranha vinda de um Cenáculo! O fenômeno atrai milhares. Todos em volta daquela pequena casa de alguns dos discípulos de Cristo, cuja sala de jantar no andar superior se tornou palco de um dos maiores acontecimentos da história: “começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”. Atos 2:4.
Alguns zombavam: “Estão cheios de mosto”. (Atos 2:13) Outros glorificavam: “temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.” (Atos 2:11). Pedro explica o fenômeno: “Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne” (Atos 2:17). Mas, como bem ensinou o apóstolo, a voz do Cenáculo não se calaria ali: “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.” (Atos 2:39).
Em 1932, a história se repete
Ano de 1932 e a mesma voz se fez ouvir. Um homem simples, alagoano da cidade de Murici, por nome de João, recebe o batismo no Espírito Santo, conforme experiência apostólica registrada em Atos 2. Numa casinha simples, na cidade de Paulista (PE), num domingo quente do verão nordestino, a noite estava chegando. Naquele 24 de janeiro, ele se levanta da mesa após o jantar; entra no seu quarto para orar e o milagre de Pentecostes o encontra.
Ah! como a história se repete. Não pedi para ser batizado com o Espírito Santo, mas aquele que prometeu o Consolador aos seus discípulos e O deu lá no Cenáculo e, posteriormente, à Sua Igreja, respondeu à minha oração. Em línguas estranhas e glorificações ao Pai e ao Cordeiro Exaltado, o Espírito Santo completou em meu ser a obra excelsa da Trindade. Possuído do gozo que experimentava o meu coração, levantei-me da oração e glorifiquei a Deus pelo que havia recebido”, registrou o pr. João Augusto da Silveira, o fundador da Igreja Adventista da Promessa. A voz que veio do Cenáculo invadiu o coração do pastor. A voz do Cenáculo foi ouvida naquele casebre! Glória a Deus!
Já se vão 86 anos de nossa história denominacional. Com alegria e responsabilidade, a IAP tem dado sua modesta, mas importante, contribuição na semeadura do evangelho de Cristo. Olhando para trás, estas décadas são testemunhas de muitas lutas e vitórias, tristezas e alegrias, choros e risos. Mas, “até aqui nos ajudou o Senhor“.
Esta amada “senhora” tem semeado o evangelho de Jesus Cristo em solo brasileiro e em outras nações, apregoando a regeneração, a justificação pela fé, a adoção, a santificação e a glorificação. Olhando para o presente, testemunhamos um novo tempo! De Movimento à Igreja! Do interior para a cidade! Do quase anonimato para publicações respeitadas! Lindos templos! Literaturas excepcionais! Presente em todos os Estados do Brasil! De alguns para milhares! “Grandes coisas fez o Senhor por nós e por isso estamos alegres”.
No futuro, novos desafios nos aguardam. Santidade inegociável! O Espírito Santo, que tem agido em nosso meio de forma tão especial, governa a Igreja de Cristo. Como o Verbo precisou de um corpo para que, humanizado, cumprisse seu ministério, o Espírito Santo precisa de um corpo para cumprir sua obra. Este corpo é a Igreja. Ele está na Igreja; Ele cuida da Igreja. Ele zela pela Igreja. Como parte da Igreja de Cristo, universal, invisível, sejamos crédulos na mesma promessa: “Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai: mas ficai na cidade de Jerusalém até que do alto sejais revestidos de poder”.
Que sejamos alcançados com a mesma voz: “E começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (Atos 2:4). E que vivamos intensamente esta dádiva: “Porque a promessa vos pertence a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.” At 2.39.

Pr. Alessio Gomes, responsável pela IAP em Vila Maria (São Paulo, SP).