É tudo uma questão de escolha!

Defendemos a prosperidade bíblica, mas não manobras dos “estelionatários” da fé

“É como árvore plantada à beira de águas correntes: Dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que ele faz prospera! Não é o caso dos ímpios! São como palha que o vento leva.” (Salmo 1:3-4)
Recentemente, vi uma postagem na rede social Facebook, que dizia:
“Tinha um carro, mas agora tenho dois; Conheci Jesus e ele me ensinou a conquistar!”
Em contrapartida, na mesma postagem, havia outra frase combatendo a primeira, e esta segunda dizia:
“Tinha um pão e agora tenho só meio pão; Conheci Jesus e ele me ensinou a dividir!”
Quando vi esta postagem, fiquei pensando nos renomados pregadores da atualidade que tem dito tanto sobre a famosa “prosperidade!” Não há como negar que este assunto se tornou alvo de milhares de pregadores dos nossos tempos. Será que a Bíblia fala sobre prosperidade? Pregar sobre isso é pecado?
Não é pecado pregar sobre prosperidade, até porque a Bíblia nos dá base para isso, contudo, devemos relembrar que a prosperidade que deve ser pregada é uma prosperidade bíblica, não estas manobras de estelionatários da fé, que gastam todos os seus esforços para extorquirem os fiéis. Eles inventam de tudo. Vão de sabonetes a vassouras “ungidas”. Vendem “tijolinhos do céu”, fronhas e lençóis para sonhar os sonhos de Deus! Fazem de tudo para lucrarem às custas dos membros de suas igrejas.
De acordo com o dicionário InFormal, prosperidade “refere-se à qualidade ou estado de próspero, que, por sua vez, significa ditoso, feliz, venturoso.” Não é interessante que quando olhamos para este significado, não vemos nada referente à dinheiro?!
Acusar a famosa teologia da prosperidade não quer dizer que defendemos a teologia da miséria! A Bíblia me garante que se eu quero ser próspero, eu tenho que buscar caminhos para ser feliz. Quando eu encontrar a felicidade, então serei participante da prosperidade bíblica. O salmo primeiro nos mostra isso. O salmista Davi, sendo inspirado por Deus, faz a comparação entre o próspero e o miserável, mas vai utilizar dois tipos de pessoas, na visão de Deus: o justo e o ímpio.
O livro de Salmos começa dizendo: “Feliz o homem que não anda segundo o conselhos dos ímpios…”. Consegue notar que o homem que foge das propostas dos ímpios é feliz? Em momento algum o salmista me diz que não posso ter contato com tais pessoas (ímpios), mas a ideia que ele quer passar, é que não posso nem devo me conformar com tais atitudes que os ímpios têm. O Senhor nos diz que nossa pátria está nos céus, de onde vem nosso Salvador  (Filipenses 3:20), portanto, devemos entender que as atitudes dos ímpios os satisfazem no momento, mas logo após, não há sentido algum. Não devemos aceitar tais atos.
Benefícios para com Deus
A pessoa próspera tem benefícios para com Deus, pois o salmista nos lembra que participaremos da congregação dos justos e que seremos lembrados pelo Senhor. Temos aqui uma alusão ao livro do Apocalipse, quando no capítulo 19 e versículo 9, vemos o anjo dizendo para João escrever: “Bem-aventurado aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro.” Somos felizes por sabermos que Cristo muito em breve voltará.
O que me chama a atenção também é que no versículo 3, do Salmo 1, eu leio que “tudo quando eu fizer, será próspero”. Deus não vai me dar nada de graça. Se eu cruzar meus braços esperando que Deus me mande tudo o que eu preciso, não vou obter nada. Lembremos que colheremos aquilo que plantarmos, mas se eu não plantar, o que irei colher? Se eu fizer a vontade de Deus, buscando nele a felicidade verdadeira e obedecendo à sua vontade, tudo quanto eu fizer será abençoado. Exatamente, tudo! Talvez agora você se pergunte: mas, se eu fizer algo de errado, como, passar alguém para trás, eu ainda irei prosperar?! Bem, o salmista diz que prosperarei em tudo, porque se eu fizer a vontade de Deus e não me conformar com este mundo, eu jamais farei tal coisa, pois sempre me afastarei de tudo o que desagrada a Deus.
Em contrapartida, os ímpios não obtém êxito em seus feitos. A começar pelo fato de que o salmista Davi diz que eles são como a palha que o vento espalha. Eles não tem raízes, não possuem fundamentos, não contém bases sólidas que garantem segurança em meio aos vendavais. São levados por ventos de doutrinas e por coisas banais que qualquer um diz. Estes também não participarão da congregação dos justos e o fim deles será terrível.
Vamos lançar mão de tudo o que nos impede de vivermos uma vida próspera! Busquemos a felicidade em Deus. O Evangelho de Mateus, no capítulo 5, vai nos mostrar uma ótima receita para sermos felizes. Jesus diz que precisamos ser humildes, assim como ele é. Precisamos de mansidão, de fome e sede de justiça, precisamos ser misericordiosos, precisamos promover a paz! Fazendo isso, seremos prósperos.
Não vamos trabalhar para amontoar dinheiro nesta terra! Daqui não levaremos nada. A Palavra de Deus me garante que não tenho nenhum proveito em ajuntar dinheiro aqui e perder minha salvação. Portanto, vamos seguir a recomendação de Cristo: “Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus”; (Mateus 5:12a).
O que você quer ser: próspero ou miserável? Feliz ou triste? É tudo uma questão de escolha!

Lucas Timóteo Moraes é professor da Escola Bíblica na IAP de Japurá (PR).

Dicas da Lição 1 – “O que é felicidade?”

O que é felicidade?

  • Clique AQUI para acessar os slides da lição.
  • Para ouvir o podcast desta lição, clique AQUI.

 

Dicas

  1. Entrevista
    Para a introdução da lição, combine com dois alunos, de sua classe ou outra (com autorização dos respectivos professores), para que representem duas perspectivas de felicidade (uma do “mundo” e outra de Jesus). Peça para que os alunos façam perguntas a eles na hora e assim, os entrevistados mostrem seus pontos de vista. Depois encerre dizendo, que a lição vai se propor mostrar a opinião de Jesus sobre “o que é felicidade”. (dinâmica deve durar cerca de 5 a 7 minutos).
  2. Para explicar o item 1 “O contexto das bem-aventuranças”, reúna as seis informações presentes (pp.8-9) em uma tabela para que seus alunos entendam melhor como as mesmas estão divididas. Imprima para eles ou acrescente no PowerPoint (slides) das lições:
  • Em primeiro lugar, temos o cenário do sermão: O nome “Sermão da Montanha” foi dado exatamente por causa do local.
  • Em segundo lugar, temos o formato do sermão: Assentado, como grandes educadores faziam – inclusive os rabinos judeus –, começou a ensinar (Mt 5:1-2). Apesar da semelhança na forma, seu ensino era diferente na autoridade (Mt 7:28-29).
  • Em terceiro lugar, temos o público do sermão: dois grupos de pessoas ouvindo Jesus: a multidão e os seus discípulos.
  • Em quarto lugar, temos a proposta do sermão: Jesus descreveu o que “desejava que os seus seguidores fossem e fizessem”.
  • Em quinto lugar, temos a aplicabilidade do sermão: Cremos que o sermão já pode ser vivido e que a felicidade aludida no seu início já pode ser desfrutada.
  • Em sexto lugar, temos o panorama do sermão:
  1. O perfil (Mt 5:1-12);
  2. A influência (Mt 5:13-16);
  3. A justiça (Mt 5:17-48);
  4. A devoção (Mt 6:1-18);
  5. As prioridades (Mt 6:19-34);
  6. Os relacionamentos (Mt 7:1-12);
  7. E os desafios dos cidadãos do reino (Mt 7:13-27).

(Retirado de: Lições bíblicas da IAP “O caminho da felicidade”, páginas: 8-9)

 
Vídeo:  Antes de explicar o item 2, “o conceito das bem-aventuranças”, exiba uma repostagem que fala que a felicidade, segundo uma pesquisa, não está sendo atrelada somente a dinheiro. Veja o vídeo para exibição aqui: https://www.youtube.com/watch?v=MzT1FbtUl2I. Diante da reportagem assistida, faça algumas perguntas aos seus alunos:

  1. O que vocês acharam da mudança proposta: “Mais tempo com a família e menos trabalho”?
  2. Os dois primeiros entrevistados falaram que ser feliz é ter dinheiro e bom emprego? Como a felicidade se relaciona com o ter?
  3. Para você o que faltou associar na reportagem a felicidade?

Após estas perguntas faça os apontamentos sobre felicidade presentes na lição. (Utilize aqui uns 8 minutos de aula).
 

Comentários Adicionais

  1. Sobre o sermão da montanha:
    “Cada palavra do Senhor Jesus deveria ser reputada como preciosa pelos que se dizem crentes. É a voz do nosso supremo Pastor, a palavra do grande Superintendente e Cabeça da igreja. É o Senhor que está falando. É a palavra dAquele que falava como ninguém jamais falou, a voz dAquele por meio de quem seremos julgados no último dia.” (RYLE, J. C. Meditações no Evangelho de Mateus. Tradução: Editora Fiel. São José dos Campos: Fiel, 1991, p.26).
  2. Tipo de crente:
    “Gostaríamos de saber que tipo de pessoa deveria ser o crente? Gostaríamos de saber que caráter cristão deveria ser o nosso alvo? Gostaríamos de saber qual a nossa conduta e hábitos mentais que deveríamos cultivar como seguidores de Jesus? Nesse caso, estudemos com frequência o Sermão da Montanha. Meditemos constantemente sobre as sentenças de Cristo, e submetamo-nos à prova de acordo com elas. Não devemos deixar de considerar a quem o Senhor chamou de ‘bem-aventurados’ no começo do sermão. Aqueles que são abençoados pelo nosso Sumo Sacerdote são verdadeira mente benditos” (Idem).
  3. Verdadeiras bênçãos:
    “Devemos entender que as bem-aventuranças proclamadas por Jesus são bênçãos verdadeiras. A palavra “bem-aventurado” (makarios, em grego) significa ‘feliz’, não por causa das circunstâncias externas, mas por causa da fé
    mediante a qual o crente recebe antecipadamente os benefícios que Deus lhe prometeu (Hb 11.1).” (SHEDD, Russel P. A felicidade segundo Jesus: reflexões sobre as bem-aventuranças. Tradução de Gordon Chown. São Paulo: Vida Nova, 1998, p.13).
  4. Alegria:
    “(…) a alegria é o principal tema das bem-aventuranças. A palavra bem-aventurado, na verdade, nos fala de uma profunda e permanente felicidade que, segundo Cristo, pertence a todos os que possuem as qualidades descritas por ele nas bem-aventuranças.” (MACARTHUR Jr., John. O caminho da felicidade. Tradução de Lúcia Kerr. São Paulo: Cultura Cristã, 2001, p.9).
  5. Princípios fundamentais:
    “As bem-aventuranças, (…) apresentam os princípios fundamentais de seu [Jesus] reino. São as diretrizes, morais, éticas e espirituais que devem reger a conduta de todos os súditos do reino. Ao exaltar estas qualidades, Cristo estava ensinando que elas são o único caminho para a verdadeira felicidade. (Ibidem, p.10).