Uma tragédia que nos faz lembrar do sacrifício de Jesus por nós
Na semana passada, o Brasil chorou diante da tragédia que ocorreu no Município de Janaúba, norte de Minas Gerais. Na ocasião, o vigilante da creche, Damião Soares dos Santos, provocou um incêndio durante o horário da recreação no Centro Municipal infantil Gente Inocente, onde estavam mais de setenta crianças. Conforme relatos, ele jogou combustível nas crianças, em funcionários e nele mesmo, agravando o impacto ao abraçar algumas delas.
Esse fato, como o de Realengo (RJ) em 2011, no qual um jovem matou 11 alunos em uma escola, vem nos alertar acerca das nossas crianças: elas tiveram suas vidas interrompidas e outras tantas ficarão com marcas eternas, inclusive na “alma”. Isso tudo demonstra também uma humanidade perdida, um país violento, frágil e sem Deus.
A professora da Escola Gente Inocente, Helley Abreu Batista, de 43 anos, foi apontada como heroína, pois deu sua vida para ajudar seus alunos que agonizavam; mesmo em chamas, salvou da morte quase 25 crianças, porém não suportou as queimaduras e morreu. Em seu lugar, seus familiares receberam várias homenagens pelo gesto de amor da professora.
O drama em Janaúba nos lembra do Calvário.
Se em Janaúba houve morte de “gente inocente”, no Gólgota um inocente também expirou. Na cruz do Calvário, Jesus morreu de maneira brutal sem ter cometido delito algum: foi traído, abandonado, julgado, chicoteado, esbofeteado, blasfemado… Teve os pés e as mãos pregados em uma cruz, deram-lhe vinagre em vez de água para beber e sofreu pela insanidade e decadência do ser humano.
Os evangelhos testemunham de seu sacrifício da redenção.
Como a professora Helley em Janaúba, Jesus também morreu salvando, doou a sua vida por toda a humanidade. Na cidadezinha mineira houve um culpado pelas tantas mortes; no Gólgota, todos éramos culpados, foram os nossos pecados que penduraram Jesus em uma cruz.
“Está consumado” (Jo 19.30). Estas foram as últimas palavras de Jesus e têm um significado maravilhoso. A expressão pode ser traduzida por “Tetelestai” que significa: dívida quitada. Jesus nos declarou inocentes e livres da culpa do pecado. Jesus nos garantiu uma morada eterna (Jo 14). Lá não haverá mortes de inocentes e “Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”.(Ap 21:4). Por isso caminhemos esperançosos com o “Tetelestai” de Jesus em nossos corações.
Pr. Thiago Rivoredo Braga é diretor financeiro da Convenção Norte