“Ei, você, carregue a cruz!”

Lucas 23.26 / Lucas 9.23
A primeira verdade que descobrimos nos textos de Lucas 23.36 e Lucas 9.23 é que a cruz não veio para as costas de Simão Cireneu porque ele quis, não foi algo opcional, ele foi obrigado a carregar a cruz de Jesus.
Após um dia de trabalho intenso (o texto diz que ele voltava do campo) o que ele mais queria fazer, imagino eu, era chegar em casa e descansar.
A cruz de Cristo ou parte dela (a trave) veio para ele carregar, foi algo inesperado, pois até então ele era só mais um na multidão.
Ao que consta, ele era de Cirene, uma cidade localizada no norte da África. Atualmente, essa região fica na Líbia, a oeste do Egito. Sua esposa e seus filhos eram conhecidos dos cristãos romanos (Marcos.15.21, Romanos 16.13)
Pelos textos bíblicos, entendemos que eles foram da Igreja primitiva e quanto a Simão, particularmente acredito que o incidente da cruz de Cristo tão perto de si fez diferença em sua vida, assim como tem feito diferença nas nossas vidas. Deus pode ainda retirar do meio da multidão um pecador perdido nos seus delitos e pecados e conduzi-lo ao aprisco de Cristo.
No meio da multidão nos escondemos, nos perdemos. No meio da multidão sumimos, a não ser que a graça de Deus nos alcance.
A graça de Deus me alcançou, quando era coroinha na Igreja Católica Apostólica Romana em Teófilo Otoni (MG) e ouvia o hino: “Com amor eterno eu te amei, dei a minha vida por amor, agora vai também ama teu irmão”. Desde de lá, senti imensa atração pela graça de Deus (Jeremias 31:3).
É Deus quem nos atrai, independente das circunstâncias ou lugar, suas cordas ou seus laços de amor se manifestam num coração intranquilo, pesaroso, cansado, desesperançado e sedento por Deus. Não resista à atração maior de Deus, não resista a graça de Deus, pois ela é maior que a sua vida.
A caminho do Gólgota, o corpo de Jesus foi dilacerado, foi moído pela pancadaria desenfreada dos seus algozes. Socos, pontapés, chicotadas, cuspes, sangue derramado, sofrimento, vitupério, abandono.
Neste momento crítico de violência exacerbada é que aparece Simão de Cirene, ele é forçado a levar a cruz. Chicotes estralavam no ar, sofrimentos físicos, psicológicos, choros das filhas de Jerusalém.
Até aquele exato momento Simão respondia aos seus interesses, quem sabe alheio a tudo que estava acontecendo e movido por sua curiosidade cognitiva.
A Cruz de Cristo me mostra que mesmo resignado, maltratado, sofrendo, chorando, entristecido, consigo caminhar. A cruz de Cristo é a identificação do cristão que sofre perseguições por causa do evangelho límpido.
Por causa da cruz, suas aspirações e objetivos são redirecionados no seguir atrás de Jesus como Simão, mesmo consternado, desconfortável, sua fé e amor por Cristo muda suas conceituações e razões, você diz:

  • Se é para andar mais uma milha – Andarei.
  • Se é para perdoar meu irmão – Perdoarei
  • Se é para amar e orar pelos aos meus inimigos – Amarei e orarei.
  • Se é para falar bem de quem me caluniou – Falarei.
  • Se é para congregar – Congregarei.

Ei, você, carregue sua cruz até o final, Deus está velando por ti, para que você percorra todo o trajeto do “bom combate”. Lembrando que o próprio Jesus ensinou: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me” (Lucas 9:23)
 
Pr. Omar Figueiredo congrega na IAP em Pq. Edu Chaves (São Paulo, SP)

Lições bíblicas

O que fazer com o material quando o trimestre acaba

As lições bíblicas são, sem dúvida, grande fonte de conhecimento. A cada trimestre (no caso da lição de adultos), mergulhamos em um assunto bíblico, que nos serve tanto de aprofundamento no conhecimento da Bíblia quanto como orientação prática. Mas, passando os períodos de estudos, podemos nos perguntar: “O que fazer com as lições bíblicas, quando o trimestre acaba?”. Propomos algumas dicas de como utilizar cada revista da escola bíblica, ao final do trimestre:
1. Repassar para quem não conhece o assunto
Uma boa maneira de reutilizar as revistas da escola bíblica é repassar para quem não pode estudar os assuntos em comunidade, ou manifesta curiosidade por algum assunto bíblico, ou ainda, precisa ser evangelizado. Vários títulos das nossas lições podem ser compartilhadas até mesmo com quem não conhece o Evangelho.
Por exemplo, uma lição para esse tempo de tragédia, e que pode auxiliar numa compreensão melhor do sofrimento, é a série “Jó”; para um não cristão, a série “Quem é Jesus?”; para um recém convertido ou que deseja conhecer mais nossa visão bíblico-doutrinária a lição indicada é “Quem somos?” ou “No que cremos”.
2. Usar como comentário da Bíblia
Se você deseja ficar com seu exemplar trimestral de estudos, pode utilizá-los como comentários da Bíblia. Há alguns anos, o Ministério de Ensino da Convenção Geral (antes DEC), vem produzindo produzindo estudos com base em uma grade curricular, dos livros da Bíblia. Já estudamos, entre outros, “Atos”, “Juízes”, “Romanos”, “1 e 2 Coríntios”, “Apocalipse”, “1 e 2 Tessalonicenses” e vamos começar a estudar “Daniel”.
Embora os estudos não comentem todos os versículos, mas eles nos ajudam a entender o contexto, o que nos ajuda a entender melhor a Palavra de Deus. Assim, as séries de lições servem para termos o entendimento da IAP sobre os livros da Bíblia e o significado dos vários textos das escrituras.
3. Transformar em série de mensagens ou estudo de Pequeno Grupo
A terceira dica é que os estudos das lições bíblicas podem ser transformados em séries de mensagens e estudos para Pequeno Grupo (PG). No caso das mensagens, é possível deixar mais clara ainda a parte explicativa, e contextualizar de maneira mais local. Até porque, basicamente, os estudos são feitos em estilo de sermão expositivo.
Em se tratando do PG, os estudos podem destacar os pontos principais das explicações, pois aplicação sem contexto cria prática errada, e utilizar as aplicações que refletem mais a realidade local e dos participantes do encontro que você frequenta. Estudos como “Quero Mudar”, “Academia Espiritual”, “Santificação Pessoal”, entre outros, são bem práticos para as reuniões.
4. Colecionar as revistas para consultas futuras
Por último, se você gosta de colecionar as revistas, essa também é uma boa opção. As lições são peças históricas, que contam a história teológica da Igreja Adventista da Promessa. Vale também como uma oportunidade futura para consultas e lembranças de estudos marcantes.
 
Andrei Sampaio Soares é Professor de Teologia do CETAP, criador do site Além Portal e congrega na IAP em Bengui, Belém (PA). Publicado originalmente em www.portalcetap.org

Não ao favoritismo da fé

Para Tiago, essa prática é incompatível com a vida cristã

Meus irmãos, como crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, não façam diferença entre pessoas, tratando-as com favoritismo.” (Tg. 2:1-NVI)
Favoritismo é conceder compensações ou privilégios, por influência, amizade, parentesco, e por que não acrescentar a fé a essa lista? E é exatamente isso que Tiago está combatendo, o favoritismo da fé. Não façam diferença entre pessoas, tratando-as com favoritismo. (Tg.2:1b)
Para o comentarista do NT Wiersbe a questão que Tiago apresenta existe na política, nos negócios, na sociedade e também na igreja.
Mesmo sendo muito comum no mundo, para Tiago essa prática é incompatível com a vida cristã. Aqueles que professam uma fé em Jesus não podem viver uma vida cristã tratando as pessoas com preferências pessoais.
Thompson diz: “A fraternidade não será real e nem bíblica a não ser que todos os membros tenham um papel a desempenhar”. O favoritismo da fé deixará de existir quando todos desempenharem o seu papel, pois a participação é um ato de compartilhar. Para o escritor Ismael esse ato de compartilhar é: “Colocar aquilo que temos e somos a disposição do próximo, conjugando forças num mesmo ideal, envolvendo-se com e pelos outros”.
O que Deus quer de nós é que tenhamos uma fé sem favoritismo, uma fé receptiva e um amor fraternal, pois o amor supera qualquer coisa. Foi o que Jesus ensinou para combater o favoritismo. Para Lucado, o cristão é uma pessoa em quem Cristo está acontecendo . Portanto sua fé tem que ser apartidária, diga não ao favoritismo na fé.
Marcos Ramos de Souza é pastor na IAP e teólogo pela Faculdade Teológica Batista de Brasília.

Referências
SANTOS, Ismael dos. Para que todos sejam um: Em busca da plena unidade do corpo de Cristo, São Paulo, Editora Vida, 1993.
LUCADO, Max, Graça: mais do que merecemos, maior do que imaginamos. Tradução: Leila Kormes. Rio de Janeiro-RJ. Thomas Nelson Brasil 2012.
WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento: volume II. traduzido por Susana E. Klassen. – Santo André, SP: Geográfica editora, 2006.
THOMPSOM, James. Nossa Vida Juntos, São Paulo-SP, Editora Vida Cristã, 1983.

Doenças raras

Um emocionante relato de uma família que foi inserida neste universo

Lilian Lima
A partir de Adão e Eva todos nós, seres humanos, surgimos ou passamos a existir da mesma forma. A despeito de quem ou como você seja hoje, tudo começou com uma primeira célula. Ela foi o resultado de uma combinação de informações encaminhadas, inconsciente e involuntariamente, pelos seus pais no momento da sua concepção.
Eu me lembro de ter aprendido na escola que a célula é a menor unidade do corpo humano. Ela só pode ser vista com auxílio de um microscópio. Mas, ainda que seja invisível aos olhos, seu núcleo encapsula uma inteligência grandiosa. Esse núcleo abriga e protege o DNA que, para caber ali, é firmemente torcido por proteínas especiais, ficando parecido com um espiral. Caso fosse esticado de ponta a ponta em linha alcançaria 1,83m. O DNA é “empacotado” em 23 pares de cromossomos que, por sua vez são compostos por milhares de genes.
Dr. Pablo Nicola, geneticista, me explicou ludicamente que esses cromossomos são como uma biblioteca, cada par como um livro e os genes como o conteúdo desse livro. Seria um equívoco afirmar que temos um manual de instrução em cada uma das nossas células? São essas instruções que determinam o ser único que você é, são esses genes que controlam como você se parece, se comporta e se reproduz.
Um gene determina altura, outro a cor do cabelo, outro a densidade óssea, outro a presença do globo ocular e assim por diante. Considerando tudo isso, o que acontece quando uma porção dessas informações ou genes se perdem?
Quem está preparado para lidar com o diagnóstico de uma doença ou síndrome rara?
Eu não estava, não conheci ninguém que estivesse e suspeito que os 13 milhões de brasileiros e seus familiares que receberam um diagnóstico similar também não estavam.
O nascimento do nosso caçula, Heitor, nos inseriu no universo dos raros. Ele possui uma deleção genética no 5º par do cromossomo (síndrome Cri-Du-Chat).
Quando recebemos a notícia ficamos amedrontados, inicialmente caminhando às cegas, sem maiores informações ou conhecidos em situação semelhante. Para agravar o cenário, o Google estava sempre pronto em listar respostas e imagens impactantes. Contudo, um dia após o outro o susto passou, o coração confortou, o lamento calou.

Universo de brava gente

Sim, muitas de nós, mães de crianças atípicas, atravessamos uma espécie de luto pela “perda” do filho idealizado. Então (lá vem clichê:) arregacei as mangas e saí à luta, descobri que esse universo é repleto de brava gente. Familiares e portadores que lutam pela vida, pela evolução de sua condição, pelo exercício de seus direitos, pela criação de políticas públicas, pela inclusão social; que estudam e fazem pesquisas científicas em temas que são raros inclusive nas literaturas e universidades médicas; que criam redes de apoio e solidariedade. Enfim, tem gente transformando os “nós” da vida em entrelaços de fita (procure por #rarosEntreNos nas mídias sociais).
Descobri, também, que além do apoio encontrado nesse universo, tenho uma família amorosa e uma rede de amigos que fazem toda a diferença na caminhada. São gestos de amor e cuidado que nos amparam e fortalecem; são ouvidos sensíveis que nos escutam, aconselham e desfazem temores, são companhia para um café e boas risadas, são, muitas vezes, a Graça de Deus anunciada.

E você? Como tem contribuído para essa causa?

A Organização Europeia de Doenças Raras (Eurodis) instituiu em 2008 o dia 28 de fevereiro (em anos bissextos, dia 29) como o dia Mundial de Doenças Raras. Desde então milhões de pessoas se unem nessa data ou ao longo do mês de fevereiro para conscientizar e sensibilizar sobre as doenças raras. Apesar de cada doença rara afetar um número relativamente pequeno de pessoas, no conjunto elas acometem um grande número, pois no mundo existem de 5 a 8 mil doenças deste tipo conhecidas. Dessas, 80% se dão por uma intercorrência ou deleção genética. Dados esses números, acredita-se que existam 13 milhões de portadores no Brasil, ou cerca de 6% da população.
Não passe ao largo dessa causa, não faça que não viu, não se omita.
Não sabe o que e como fazer? Pergunte, esteja sensível, seja solidário, manifeste empatia.
Aprendi com um pastor que para nós, humanos, passar por tribulações e dificuldades é inevitável, mas, como cristãos, permitir que nosso irmão passe sozinho é inadmissível.
Somos filhos do Pai das Misericórdias, O Deus de toda Consolação. Em Adão, Ele, O Pai, soprou nas narinas da humanidade seu DNA divino e sacrificial. Esse DNA percorreu gerações e alcançou você. Está bem aí, na sua essência, presente em tudo o que você é. Resgate essa herança. Resplandeça a sua Graça!
 
Lilian Lima, engenheira de sistemas, casada com Erlon, mãe do Davi e Heitor e serva de Jesus Cristo. E-mail: lilianmidiassociais@gmail.com

Deus está morto? (II)

Quando a ansiedade nos consome, deixamos de ouvir Deus

Um comportamento que revela que, para nós, Deus está distante de nós, é a ansiedade excessiva. No texto de Lucas 10:41, vemos Marta tão perturbada com seus afazeres, que sequer reparou no que Jesus dizia, antes interrompeu o Mestre para reclamar.
Incrível como a ansiedade tira a nossa sensibilidade e nosso entendimento sobre o que está acontecendo.
Todos nós podemos afirmar que a ansiedade relaciona-se com o futuro, quer dizer estamos preocupados com o que teremos no futuro, com o que vem a seguir.
No caso de Marta, ela estava preocupada em alimentar todo mundo, esquentar água para todos tomarem banho, arrumar os locais para dormirem, mas nada daquilo era o que estava acontecendo no momento. Marta, muito proativa, anteviu a situação e estava procurando se preparar para ela, afinal se Jesus fosse a sua casa você não ia querer deixá-lo com fome, não é mesmo? Ou deixá-lo dormir sujo ou proporcionar-lhe uma noite de sono mal dormida.
O problema é que Marta começou a se concentrar demais no que ainda deveria ser feito, começou a pensar demais em todo trabalho que ela teria para proporcionar o melhor para Jesus, começou a pensar demais em tudo que podia dar errado… E se a comida acabar, e se a lenha não for suficiente, e se a água do posso secar, e se…?
Foram os milhares de “e se” que rondavam a cabeça de Marta que a fizeram se esquecer do mais importante: o Mestre estava em sua casa. Se a comida não fosse suficiente, Ele podia multiplicar a comida, se a água acabasse, não tinha problema, Ele é a fonte de água viva. Marta não percebeu que a solução para todos os problemas estava hospedada em sua casa.
Quantas vezes somos também assim! Estamos preocupados excessivamente com o amanhã, pensando: e se o alimento da dispensa acabar? E se a minha reserva financeira for consumida? E se eu perder meu emprego? E se eu ficar doente?
Ou, às vezes, estamos ansiosos não por medo de perder, mas pensando no que ainda temos para ganhar. Então ficamos pensando: quando eu conquistar meu carro, quando eu juntar 100 mil reais, quando eu casar, quando…
O problema não é se programar para adquirir uma casa, por exemplo, o problema é condicionar sua vida e felicidade a um evento futuro e incerto e é exatamente isso que o ansioso faz.
Então, o cérebro do ansioso opera de duas maneiras:

  • “Como posso ser feliz se, no futuro, eu posso perder o que tenho hoje?” Ou
  • “Como posso ser feliz hoje se tudo que eu preciso hoje só conseguirei no futuro?”

Com tantas perguntas em mente, como podemos parar e meditar nas palavras de Jesus? Como lembrar que há um Deus em nossa casa?

Desfrute o que tem hoje

Para nós, ansiosos, a vida está sempre no futuro e não desfrutamos de absolutamente nada que está no agora, seja por medo de perder ou por considerar que o que temos hoje não é digno de nota, não é digno de agradecimento.
Logo o comportamento do ansioso revela ou sua falta de fé nas palavras do Pai (não andeis ansiosos por coisa alguma) ou falta de gratidão por aquilo que Deus nos deu.
Seja qual for o tipo de ansiedade que você carrega, ambas as atitudes demonstram que, para você, Deus está morto.
Não é possível dizer que crê em Deus se você se preocupa tanto com o futuro, como se não tivesse ninguém que trabalha pelos seus.
Também não é possível dizer que crê em Deus quando se preocupa tanto com o futuro a ponto de desprezar e não desfrutar o que tem hoje. Ao fazer isso, fica evidente a ingratidão e o desprezo em relação a tudo que Deus já proporcionou a você.
Será que não temos nos preocupado demais com o futuro, com as coisas que temos e podemos perder ou com as coisas que não temos e queremos ganhar, e esquecemos de perceber que tem um Deus hospedado em nossa casa? Que sabe do que necessitamos e que tem poder para prover? Aliás não só tem poder para prover, como de fato tem nos provido todos estes anos?
Não deixe que a ansiedade consuma você. Quando se perceber preocupado demais com seus afazeres, com as coisas futuras, ao invés de interromper o Mestre, pare, silencie a mente e ouça o que Ele tem para dizer.
Aline Gomes Rodrigues congrega na IAP em Industrial, Convenção Mineira.

Deus está morto? (I)

A maneira como vivemos demonstra o quanto cremos nele

Algumas pessoas acreditam que sim, mas nós sabemos que Deus está vivo!
Mas, na verdade, pode ser que pra muitos de nós Jesus está morto, enterrado e jamais ressuscitou. Porque o evangelho não é sobre o que falamos. O evangelho é sobre o que vivemos. E por muitas vezes nossos atos gritam: “Deus está morto.”
Acredito que muitas vezes somos cristãos nominais, mas ateus factuais. Dizemos: “se Deus quiser” ou “se for da vontade de Deus”, mas ignoramos os claros alertas que Deus nos dá. Dizemos: “eu agradeço a Deus por essa conquista”, mas agimos como se tudo dependesse de nós. Muitas vezes dizemos que “está tudo nas mãos de Deus”, mas agimos como quem tem certeza que essas mãos estão recolhidas.
Existem duas atitudes que evidenciam que Deus está morto: a apatia e a ansiedade. Quero te convidar a refletir sobre o que as suas atitudes revelam sobre você e sobre a sua fé.
Suas atitudes declaram que seu Deus está vivo ou morto?

Deus está morto quando nos deixamos abater pelo desânimo

“Uma andorinha só não faz verão” ou “sou uma gota no oceano”. Quando as pessoas usam essa expressão, normalmente vem acompanhada da frase: eu desisti.
A ideia que acompanha essas expressões é a de solidão e é exatamente isso que produz em nós o sentimento de apatia.
Foi assim que Elias se sentiu em 1 Reis 19:8-18. Ele se sentiu sozinho, sentiu que o esforço dele não valia a pena, pois achava que ninguém mais estava fazendo o mesmo que ele.
Normalmente nos tornamos desanimados quando sentimos que estamos sozinhos no barco. Elias tinha acabado de obter uma vitória expressiva, era sem dúvidas um homem de Deus, mas ele desanimou. Entrou para a caverna, mergulhou em sua escuridão, a fim de aguardar melancolicamente o que lhe sucederia: o seu fim pelas mãos de Jezabel.
Quantas vezes não imitamos, Elias? Quantas vezes não entramos em nosso quarto, apagamos as luzes, fechamos as cortinas e aguardamos passivamente o que irá nos acontecer.
Não tenho dúvidas que situações difíceis acontecem e acontecerão na vida de todos nós, mas será que nós precisamos nos abater a ponto de mergulhar em meio às trevas de nossa tristeza e mágoa?!
Elias desanimou porque pensou que estava sozinho, que era o único remanescente. Quando Elias se deixou abater tão profundamente Deus fez questão de ir ter com ele e quando ouviu de Elias que seu desânimo era porque ele era o único temente a Deus a resposta do Senhor foi enfática: “ainda tenho 7 mil pessoas que não se dobraram perante outros deuses.”
Então, não se deixe vencer pelo desânimo, você não está só!
 
Aline Gomes congrega na IAP Industrial – Convenção Mineira

À procura de doutores

Muitas pessoas buscam líderes cristãos que atendam suas demandas, mas não falam o que é bíblico

Achar um bom médico no SUS (Sistema Único de Saúde) é uma tarefa difícil. Mas você sabia que existem pessoas amontoando “doutores para si”?
Paulo, escrevendo a Timóteo, nos anos de 66-67 d.C já dizia que muitos se cercariam de “doutores” conforme suas concupiscências (desejo exagerado da carne, egolatria, pecado), conforme 2 Timóteo 4:3-4.
Pessoas estudariam, se graduariam, pós-graduariam, virariam doutores e mestres com oratória impecável para atender a um grupo seleto na igreja que Paulo chama de carnal.
É possível achar um equilíbrio entre o estudo e a continuidade de um comportamento cristocêntrico na Igreja? Quais as características destes “doutores”?
As características são visíveis em líderes que percebem um público sedento e ávido a coisas novas, novidades que facilitem a cruz de Cristo e ao mesmo tempo, traga-lhes bom entretenimento.
Direcionar o evangelho a um público seleto é totalmente contrário ao que Cristo pregou. O evangelho de Cristo é inclusivo, para todos ao mesmo tempo, o tempo todo. A igreja relacional, missional visa aproximar todas as classes. Cristo rompeu estes paradigmas de separação de classes, mas os “os doutores” querem ressuscitar esta modalidade para a nossa tristeza.
Geralmente, esses líderes só gostam do púlpito, dos escritórios com ar condicionado, visitam apenas aqueles que lhes convém e que lhes pode trazer alguns benefícios, enquanto a classe de necessitados da igreja clama.
Alguns aproveitam o tempo do natal (e só) para fazer ceia natalina para os pobres ou distribuição de sopas nos viadutos das grandes cidades, com inúmeras selfies para a divulgação do “evento” nas suas redes sociais.
São avessos à oração devocional, humilhação, intercessão por uma pessoa, uma família. Lutar pela ovelha, visitar, se interessar não consta nos seus dicionários.
Deus conhece você, não se iluda com discursos bonitos se não vierem acompanhado com frutos para a salvação.
Ele nos traz a cura que necessitamos e nos faz sadios diante de Deus e dos homens. Que o grande servo sofredor de Isaias 53 nos ajude nos nossos conflitos.
“Porém, a sabedoria que vem do alto é antes de tudo pura, repleta de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sem hipocrisia.” (Tiago 3:17)
 
Pr. Omar Figueiredo congrega na IAP em Pq. Edu Chaves (São Paulo, SP)

Sabedoria nos relacionamentos

Tempo para tudo – calar ou falar

Existe um ditado popular que diz: “O falar é de prata e o ouvir é de ouro”. Certamente, este pensamento demonstra o valor de sabermos o que e como falamos, além de reforçar também o quanto é valioso e importante saber ouvir. Sobre isso, já ouvi até mesmo a frase: “temos dois ouvidos e uma boca. Isso significa que devemos ouvir muito mais do que falamos”. O fato é que todos nós já nos deparamos com situações em que pensamos: será que esse é o melhor momento para eu falar algo para aquela pessoa? Ou será que devo apenas ouvir? Saber o momento mais apropriado para falar e para calar é um desafio para todos nós, que enfrentamos situações que nos provam quase que diariamente. Reconhecer o momento de falar e o momento de calar influencia os nossos relacionamentos e a forma pela qual lidamos com as pessoas que estão à nossa volta.
A Bíblia Sagrada nos orienta da melhor maneira a respeito dessa questão. Em Eclesiastes 3. 7 está escrito que existe “tempo de calar, tempo de falar”. Ao longo dos oito primeiros versículos de Eclesiastes 3, lemos vários exemplos de situações que estão relacionadas ao versículo 1: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”. Precisamos entender e reconhecer que, pelo fato de existir um tempo para todas as coisas, consequentemente também existe o momento em que devemos calar e outro em que a melhor alternativa é falar.
Eclesiastes 3: 7 também nos ensina sobre a importância de calarmos e ouvirmos o outro. Esse ouvir não é simplesmente escutar as palavras que estão saindo da boca do outro, mas se preocupar, dar atenção, respeitar e sentir compaixão. É realmente nos interessarmos pelo outro e por seus dilemas, vitórias, frustrações, angústias e sucessos. É também não tomar partido numa determinada situação, mas ouvir o que aconteceu primeiro. Sobre isso, certa vez li uma frase bem interessante: “Se você não tem nada de bom para falar, nenhum elogio para dizer, nada de construtivo para acrescentar e nenhuma palavra de consolo para ofertar… é melhor calar!” Só se cala e ouve quem ama o outro. Um ponto muito interessante que podemos perceber em Eclesiastes é que o verbo ouvir é mencionado antes do falar. O que pode nos indicar que primeiro ouvimos o outro, e depois de o ouvirmos é que falamos (com amor, respeito e empatia).
Por outro lado, lemos que existe o tempo de falar. No entanto, aqui a orientação não é para que nós falemos tudo o que “vier em nossas cabeças” com a justificativa de estarmos sendo sinceros, sem nem ao menos nos preocuparmos em magoar ou ferir as outras pessoas. Precisamos ponderar e avaliar aquilo que falamos, pois se não agirmos desta maneira, nossas palavras podem causar um grande prejuízo para nós mesmos e para aqueles a quem falamos. Uma palavra insensata e/ou precipitada pode ser responsável por acabar com um relacionamento. Uma palavra falada não pode ser retirada, sendo assim, é imprescindível estarmos atentos para o que falamos, como falamos e em que momentos falamos. Quem não reflete no que vai falar, acaba pagando um alto preço por sua precipitação e insensatez.
Da mesma forma, reconhecer que existe um tempo para todas as coisas, inclusive para falar, nos ensina que não podemos ser omissos. Sempre vão existir momentos em que precisamos falar, seja para ensinar, corrigir, ajudar, entre outros. É importante compreendermos que, justamente nestas situações, as nossas palavras podem ser um instrumento de Deus para auxiliar, consolar, encorajar, discipular e compartilhar o evangelho com outras pessoas. Para que nossas palavras sejam usadas pelo Espírito Santo com o propósito de edificar e ajudar as pessoas é necessário que estejamos firmados em Cristo e em sua Palavra. E que sejamos transformados pelo Senhor diariamente.
Certamente, é um grande desafio cuidar daquilo que falamos (principalmente quando estamos irritados ou magoados), mas precisamos praticar a orientação da palavra de Deus que está registrada em Tg 1. 19 – “Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se”. Assim como em Eclesiastes, observamos em Tiago uma orientação clara sobre a importância de sabermos o momento de ouvir e o momento de falar. A partir do momento em que praticamos esse princípio bíblico, nossos relacionamentos são edificados e restaurados pelo Senhor. Finalmente, se precisamos de sabedoria para reconhecer o momento de calar e o de falar com as outras pessoas é só buscarmos em Deus que ele nos dará (Tg 1. 5).
Que cada um de nós entenda que existe o tempo de calar e de ouvir, e o tempo de falar. Além disso, que sejamos motivados a construir relacionamentos baseados no amor, no perdão, no respeito mútuo e na empatia. Esta é a vontade de Deus para todos nós.
 
Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infantojuvenil Regional da Convenção Noroeste Paulista.
 

Destruir ou construir?

Tempo para tudo – saiba escolher

Você já ouviu o ditado antigo: “Quem casa quer casa”?
Quando duas pessoas resolvem se casar e montar uma nova família, uma das primeiras preocupações é com a casa ou apartamento: onde vamos morar?
Quem não quer ter um cantinho seu, de preferência próprio, por menor e mais simples que seja? Isso nos traz segurança, liberdade, privacidade e realização.
No versículo 5 do capítulo 3 de Eclesiastes lemos: “Tempo de destruir e tempo de construir.”
Sim, nossa vida nos dá oportunidades infinitas com relação às coisas que nos chegam às mãos. Tempo de destruir. Parece muito fácil quando vemos um imóvel antigo que está sendo destruído para dar lugar a uma nova edificação. Eles vêm com máquinas e vão derrubando tudo, telhado, paredes etc. Em um tempo muito curto, vemos tudo vir abaixo.
Esse é um exemplo muito bom pensando em destruir. Dar lugar ao novo, refazer, tornar mais bonito, mais eficiente. Porém, quando se destrói uma construção, há a preocupação em aproveitar materiais antigos, o cuidado para não abalar a estrutura, caso se trate de uma reforma, ou ainda limpar bem o terreno, no caso de uma construção totalmente diferente.
Em nossas vidas, passamos também por momentos de destruir, tanto para o bem como para o mal. Muitas vezes nos colocamos em determinadas situações em que é preciso destruir relacionamentos que não são nada bons, destruir hábitos nada saudáveis, destruir vícios que estão acabando com o que há de bom em nós. Estas destruições, embora necessárias e benéficas, trazem dor, sofrimento e tristeza, mas o seu fim é bom, nos trará alegria, esperança e vida.
Muitas vezes, pela nossa natureza pecaminosa, acabamos por destruir coisas boas que temos, amizades de anos, um casamento, uma família, nossa reputação, nosso nome, nosso testemunho, a esperança e alegria de pessoas à nossa volta e tantas outras coisas que são extremamente caras e benéficas para nossa vida. Essa destruição não é nada boa. Faz com que percamos muitas coisas e pessoas. Mas as coisas não terminam aqui, temos a chance de reconstruir.
Essa é uma fase muito mais alegre e gostosa, embora muito trabalhosa.
Quem já teve a oportunidade de construir uma casa sabe o grande privilégio que é. Traz alegria, responsabilidade e muito trabalho, mas um trabalho que vale a pena. Como é gostoso entrar em uma casa que acabamos de construir.
E assim se dá a outra parte deste versículo, tempo de construir. Esse tempo é bem trabalhoso, difícil, demorado, precisa de muito empenho e dedicação, mas o final dele é um grande presente.
Se olharmos para a construção em outros aspectos da nossa vida podemos pensar na construção de amizades, de relacionamentos. Essas coisas demoram anos, mas como é bom, depois de ver o tempo passar, olhar para trás e ver uma amizade bem construída, que resiste a verdades e conselhos. Ou ver um relacionamento que começou tímido e hoje se tornou uma família forte e alicerçada em Cristo, que resiste a grandes tempestades, que gerou filhos bem estruturados, felizes, tementes a Deus, que irão formar novas famílias bem estruturadas e que vivem na dependência de Deus.
Porém precisamos pensar que, ao construir, devemos ficar atentos a todos os detalhes. Se uma parede começa a ser erguida de forma torta, é preciso derrubá-la e começar a construí-la novamente. Não podemos ser desatentos, caso contrário, nossa edificação nos trará danos e não alegrias.
Também precisamos saber o que estamos construindo, qual a finalidade daquela obra. Não devemos construir más companhias, vícios, pecados frequentes. Nossa construção precisa estar preparada para ter Jesus conosco o tempo todo. Se em sua construção Jesus não pode habitar, tem algo de errado nela, pense nisso.
Enfim, em nossa vida temos a oportunidade de tornar todas as coisas que recebemos em nossas mãos em coisas boas. Lemos em Romanos 8:28: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” Todas as coisas que Deus permite que entrem em nossas vidas podemos escolher se tornaremos aquilo um bem ou um mal.
Que possamos escolher o bem sempre. Escolher o que nos leva pra perto de Deus, seja destruindo ou seja construindo.
 
Dsa. Regina Guimarães Longo Mendes congrega na IAP em Pq. Itália (Campinas – SP) e integra a equipe do Departamento Ministerial – Convenção Geral

“…e sereis meus discípulos”

Uma afirmação ainda válida para os nossos dias

Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos” (João 8.31)
“Você quer ser igual a mim?” Na tradição judaica, quando alguém era convidado por um rabino para segui-lo era como se ouvisse esta pergunta.
Será que, quando os discípulos de Jesus ouviram: “Vem e segue-me”, foi essa pergunta que eles ouviram? “Quer ser igual a mim?” Para eles, sem dúvida, tratava-se de um chamado radical – imitar o rabino Jesus. Discípulo é um aprendiz. Ainda na tradição judaica era o Talmid, meninos judeus que, desde os 6 anos, eram levados aos pés dos rabinos para estudar a Torah e a decorarem. Eles eram ensinados até os 10 anos. Os mais interessados, mais inteligentes, eram escolhidos pelos rabinos – mestres judeus, para serem seus Talmidim, ficavam até os 14 anos diariamente com esses rabinos. Eles não aprendiam apenas o Pentateuco, cinco primeiros livros, mas aprendiam todo Antigo Testamento.
Em Israel havia uma recomendação aos Talmidim*: “Cubra-se com a poeira dos pés do seu Rabi”. Isso significava que o Talmid deveria observar tudo o que o seu Rabi falava, fazia e a maneira como vivia, pois, a sua ambição não era simplesmente saber o que o seu rabino sabia, mas era ser semelhante ao seu rabino. Provavelmente os chamados para serem discípulos de Jesus sabiam bem disso. Mas quem sabe eles apenas queriam segui-lo. Pois não era nada fácil ser um Talmid, pois cada rabino tinha o seu conjunto de regras e interpretações, e esse conjunto era chamado de jugo, pois de fato era muito pesado.
Jesus Cristo escolheu o método Rabino/Talmid ou Mestre/Aprendiz para se relacionar com seus discípulos, porém encontramos duas diferenças entre Jesus e os rabinos:

a) Os rabinos colocavam um jugo tão pesado aos seus Talmidim que nem eles conseguiam cumprir e Jesus em todo tempo os criticava por isso. Eles viviam de uma forma, mas queriam que seus Talmidim vivessem de outra, porém, Jesus, além de viver conforme o seu ensino, ainda dizia e diz em Mateus 11.28-30: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.

b) A segunda diferença é que os Talmidim eram meninos extraordinários, faziam parte de uma elite intelectual e privilegiada, mas Jesus chama a todos indistintamente, todos os que quiserem podem ser discípulos de Jesus. Jesus chamou os doze, chamou Paulo, chamou homens e mulheres, judeus e gentios, chamou a mim e a você e ainda continua chamando, porque seu maior desejo é que aprendamos com Ele, para que um dia estejamos plenamente com Ele, eternamente…

Podemos identificar que o chamado é para todos a partir do texto de Lucas 14.25-27 e 33. “Ora, ia com ele uma grande multidão; e, voltando-se, disse-lhe:Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo. Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.
Porque será que Jesus fala com a multidão dessa forma?
A primeira condição é ama-lo acima de tudo v. 26, a nossa família e até mesmo acima da nossa própria vida. Jesus não está pedindo ou ordenando que odiemos nossa família e nem nossa vida, mas Jesus está dizendo que muitas vezes priorizamos a nossa família em detrimento de Jesus, O deixamos em último lugar e não como primazia em nossas vidas. Jesus precisa ser o Centro da nossa vida. Antes de amar as pessoas ao meu redor, preciso amá-lo de todo meu coração, e quando coloco Ele como meu primeiro amor, consigo amar muito melhor as pessoas ao meu redor e até mesmo os meus inimigos.
A segunda condição é carregar a cruz (v.27) – esse tipo de sofrimento vem por causa do amor a Jesus. Levar a nossa cruz não significa de forma alguma sofrer com alguém da nossa família, sofrer com uma doença, e assim vai… Quantas vezes você já ouviu dizer que a cruz é a sogra, o esposo, o patrão… Esse texto não quer dizer nada disso. Tomar a nossa cruz e seguir a Cristo significa estar disposto a identificar-se como cristão publicamente, se preciso, experimentar oposições, sofrimento e até mesmo a morte, tudo por amor ao nome dele.
A terceira condição é a renúncia (v.33) – Jesus Cristo é nosso maior tesouro, nosso bem mais precioso, portanto, precisamos renunciar a tudo que temos e até mesmo quem somos, renunciar nossas paixões, nossos bens, nossos conceitos e viver para Deus. É desapegar desse mundo, é dizer não a muitas coisas que nos trazem um prazer momentâneo para obedecermos a Cristo.
A mim e a você cabe a reflexão: Eu tenho sido discípulo? Eu tenho dado ouvidos à voz do Mestre? O capítulo 14 de Lucas termina da seguinte forma: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!
Reflitamos no que temos sido em Cristo e tomemos uma decisão rápida: Eu quero, eu sou um discípulo de Cristo!
 
Dsa. Eliane Salvador Correa da Silva é diretora da Resofap – Convenção Geral e congrega na IAP em Pq. Edu Chaves (São Paulo, SP).

[*] – http://talmind.blogspot.com.br/2012/01/significado-de-talmidim.html. Postado por Edmilson Aparecido Seraphim às 16:54

Quando o frio invade a igreja…

Não deixe de amar, não seja rebelde e não perca o propósito de Deus em sua vida

“E por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos” (Mateus 24:12 R.A.).
O inverno foi rígido neste ano! Mas a frente fria que passou nas primeiras semanas de junho e julho, nas regiões sul e sudeste do Brasil provocou um despertar para tirar os casacos do guarda roupas e preocupou muita gente! E infelizmente o frio intenso com temperaturas em algumas regiões próximo a zero e outras até abaixo de zero provocou a morte de pessoas. Que tristeza!
É preciso cuidados com o frio! Pois pode provocar doenças respiratórias como gripe, resfriado, alergias, asma e bronquite, com possibilidade até de morte.
Vamos pensar na situação da igreja, será que ela pode ficar fria? Em quais aspectos?
O frio pode invadir a igreja? Pode acontecer, se nas pessoas que a frequentam ocorrer o desamino! Pode começar com um pensamento: “Hoje eu não vou participar do culto porque está frio! Hoje tenho um compromisso”. Assim surgem várias desculpas. Chega ao ponto em que a pessoa esquece que um dia era membro de uma igreja. Mas graças a Deus pela vida dos pastores que não se esquecem das ovelhas de Cristo! E estão sempre a procurar e a chamar pelo nome. E principalmente o Supremo Pastor, o Cristo!
Não se esqueça do que está escrito na carta Aos Hebreus: “Não deixemos de congregar-nos… vedes que o Dia se aproxima” (Hb 10:25).
O frio pode invadir o coração das pessoas quando elas deixam de amar! Amar a Deus, à família, ao próximo e à igreja. Pode começar com críticas, uma palavra mal interpretada, por um descuido sem querer, e talvez por não conversar com o irmão.
E assim acontece que o coração, o amor e a fé esfriaram! (Mateus 24:12).
O frio pode invadir a igreja por causa da rebeldia, dos erros, do coração endurecido à Palavra e ao Espírito Santo! Como aconteceu com a igreja de Laodiceia (Ap. 3:14-22), ficou morna, e Cristo ficou do lado de fora da vida daquela igreja. Ele bate à porta e quer entrar para fazer morada e avivar!
“O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançara misericórdia” (Provérbios 28:13 R.A.).
O frio pode invadir a igreja por ela não ter, ou perder os propósitos da razão de existir! A igreja existe para adorar a Deus, proclamar Jesus Cristo e fazer discípulos. Quando a igreja faz muitas realizações, se ela entra apenas no ativismo religioso, para de crescer e pode começar a morrer! A igreja é viva quando cumpre sua missão, a comunhão com os amados irmãos e também ora a Deus e tem a preocupação da salvação dos familiares, amigos e vizinhos! Não desista da salvação da sua família e de uma vida!
Querido(a), não permita que as “frentes frias” que aparecem venham esfriar o seu amor para com o Senhor da Igreja!
Há pessoas que moram na rua pelos mais diversos motivos, pois saíram de casa. Buscam acolhimento no albergue. Mas no fundo do coração, o desejo é de estar em casa, com o calor da amada família e assim viver feliz! Para aqueles que, talvez, estão no frio da rua e sem igreja, que abandonaram ou sofreram, fica o encorajamento: volte logo para a casa e para os braços do Pai. Ele está esperando por você! A porta está sempre aberta! Com certeza existem pessoas que te amam de verdade. E você será bem acolhido!
Que a nossa oração seja sempre: “Senhor aviva-nos!”. Se envolva na participação do estudo da lição bíblica, frequente e adore ao Senhor nos cultos. Busque ao Senhor de todo o seu coração e forças. Reúna-se com sua família para adorar ao Senhor! Clame por Ele e busque ajuda! E o Senhor será sempre contigo e assim você estará protegido, mas não livre de possíveis tempestades e queda de temperatura. Mas haverá sempre uma chama a inflamar a sua vida: o grande amor do Pai, através da Graça e do poder (calor) do Espírito Santo! Amém!

Período de lembranças

Seja grato por tudo o que viveu e não se esqueça que Deus continua ao seu lado, todos os dias do novo ano

Quantas pessoas procuram manter viva algumas lembranças de familiares, amigos, pessoas que, na jornada da vida surgiram e de repente, foram para longe, personagens públicos, artistas e atletas! Porém, algo ficou gravado e traz boas lembranças…
Lembranças… Quantos ficaram admirados e sem palavras quando foi apresentada a notícia de que o homem pisou na lua!
Lembranças… Do primeiro emprego, o dia em que foi contratado, a primeira semana, o primeiro pagamento, o que foi feito com ele, a experiência profissional adquirida e as conquistas…
Lembranças… Dos atletas que conquistaram medalhas de ouro, da medalha de bronze conquistada, que valeu como se fosse ouro. As seleções que fizeram história mesmo sem ganhar o campeonato mundial, mas deixaram uma lição de amizade, de entrosamento, garra, paixão e vontade de vencer, expressão nítida ao final de cada partida por muito suor e lágrimas!
Lembranças… O dia em que compramos o primeiro carro, a primeira volta, que dificuldade! Envolvido por expectativa, talvez ansiedade, medo, mas com muita alegria pela conquista!
Lembranças… Dia em que conheceu a pessoa amada, cujo amor foi crescendo a cada dia e hoje são felizes!
Lembranças… O dia do nascimento do filho, a expectativa no centro cirúrgico, o primeiro banho, a saída do hospital, os primeiros passos, as primeiras palavras, o dia em que começou a andar de bicicleta e por um segundo a queda e algumas feridas que serviram para o crescimento e aprendizado de que a vida é feita de surpresas e quedas. Mas que é importante sempre levantar e recomeçar…
Lembranças… Do primeiro dia de aula, os professores, os colegas, os lanches, os afetos e os desafetos, as alegrias e as angústias, os erros e os acertos, as lutas com as vitórias e os dias em que faltou pouco para vencer!
Lembranças… No final de ano, as reuniões de família, os bens comprados com o 13° salário e muitas economias realizadas durante o ano! Mas era tudo com muito amor, sinceridade e alegria.
Lembranças… “Não esconderemos dos nossos filhos, mas falaremos aos nossos descendentes a respeito do poder de Deus, o Senhor, dos seus feitos poderosos e das coisas maravilhosas que ele fez. O Senhor deu leis ao povo de Israel e mandamentos aos descendentes de Jacó. Ordenou aos nossos antepassados que ensinassem essas leis aos seus filhos para que os seus descendentes aprendessem, e eles, por sua vez, as ensinassem aos seus filhos. Assim eles também porão a sua confiança em Deus; não esquecerão o que ele fez e obedecerão sempre aos seus mandamentos. Eles não serão como os seus antepassados, um povo rebelde e desobediente, que nunca foi firme na sua confiança em Deus e não permaneceu fiel a ele”. (Salmo 78:4-8 NTLH)
Lembranças… Que somos ovelhas e não bodes (Mateus 25:31-46), que devemos ser mansos e humildes de coração (Mateus 11:29), que devemos celebrar e servir ao Senhor com alegria (Salmo 100).
Lembranças… De orar pelos presos, da hospitalidade, do amor fraternal, da comunhão;, da paz com todos e a santificação que é preciso para ver o Senhor (Hebreus 12:14), de orar e amar os vossos pastores que vos falaram da palavra de Deus e que Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente. (Hebreus 13:1-8)
Lembranças… A vida é um dom de Deus! A família, o presente de Deus! A Palavra de Deus promove vida, alegria, amor e esperança para viver bem!
Lembranças… De Cristo, suas promessas, seus ensinos, os milagres que ele realizou… é importante ter a fé, viver com esperança, porém o mais importante é esperar com fé… com o coração ardendo pelo grande amor de Deus o Pai, que entregou o Filho para morrer e salvar a humanidade, o amor do Filho por nós, sendo nós ainda pecadores e inflamados pelo Espírito Santo que habita e intercede por nós e nos faz lembrar de tudo o que precisamos para vivermos felizes para sempre com Cristo!
Dia após dia e a cada ano novo… Não esqueça, que ele está ao seu lado e permanecerá até o fim! Ele vai voltar! Amém!
 
Pr. Sandro Soares Lima, da Convenção Paranaense

Sempre deem graças!

É… Acreditemos ou não, estamos no último mês de 2015. Tenho a impressão que os dias têm passado voando. Parece que foi ontem que celebrávamos o início de mais um novo ano, e agora ele praticamente se foi. E com que sentimento chegamos ao final de mais esta etapa? Não sei como foi o seu ano, mas quero lhe desafiar a agradecer a Deus.
O título deste texto está presente em Efésios 5:20: “Sempre deem graças por tudo a nosso Deus e Pai, no nome do nosso Senhor Jesus Cristo” (Nova Bíblia Viva). Este trecho bíblico traz um desafio importante para todo cristão: uma chamada às ações de graças. Um cristão não é alguém cheio de choradeiras, lamúrias e lamentações, mas alguém cheio de ações de graças. É o seu caso? Vamos entender este texto?
Em primeiro lugar, reflitamos sobre o significado de ações de graças. O texto diz: deem graças. Mas, o que é ação de graças? É o ato de expressar ou manifestar gratidão, em reconhecimento a benefícios recebidos. Quem o faz, reconhece que as dádivas das quais é alvo não podem ser atribuídas a si próprio. Elas foram concedidas de modo imerecido e amoroso. Quando rendemos ações de graças, de certa maneira, o fazemos como uma resposta a favores imerecidos. Mas, a favores imerecidos da parte de quem?
Em segundo lugar, reflitamos sobre o destinatário das ações de graças. Quem deve receber ações de graças, de acordo com o texto de Efésios, em questão? O texto diz: Deus, o Pai. Ele é a fonte de toda dádiva. Ele é quem está assentado no trono e conduz a história da humanidade. É o Pai quem tem conduzido a sua vida até aqui, e lhe ajudado a superar seus desafios, lutas. É Ele quem esteve ao seu lado nos momentos difíceis! É Ele que, de maneira imerecida, tem nos ajudado! Ao Pai, ações de graças!
Em terceiro lugar, reflitamos sobre a extensão das ações de graças. Pelo quê se deve dar graças? O texto diz: por tudo. Devemos agradecer a Deus por todas as bênçãos que recebemos. William Hendriksen afirma que devemos agradecer por bênçãos físicas ou espirituais; ordinárias ou extraordinárias; passadas, presentes ou futuras; pelas bênçãos recebidas e as ainda não recebidas. Enfim, devemos louvá-lo por tudo. Só não pelo mal. O marido não vai louvar a Deus pelo adultério da esposa. Os pais não vão louvar a Deus pela embriaguez do filho. Os filhos não vão louvar a Deus pela morte dos pais. “Não podemos louvar a Deus por aquilo que ele abomina” (John Stott). Contudo, mesmo nestas situações difíceis, os crentes em Jesus aprenderam a não blasfemarem contra Deus ou discutirem com ele, mas a confiarem no seu amor paterno. Existe um Deus soberano que controla todas as coisas, e, até mesmo situações adversas, podem ser revertidas para o bem (cf. Rm 8:28) e no final das contas, produzir crescimento. Então, frente às tragédias e dissabores causados pela existência do mal, os cristãos devem das graças a Deus por ele ser Deus, e porque podem confiar nele, mesmo diante da dor.
Em quarto lugar, reflitamos sobre a ocasião das ações de graças. Quando devemos agradecer a Deus? O texto diz: sempre. Não existe um único momento em que o nosso Pai amoroso não esteja com o seu olhar sobre nós. Ele nos assiste o tempo todo! O Todo dia é dia de agradecer a Deus. O Pai é bom o tempo todo; o tempo todo é tempo de agradecê-lo. Agradeçamos continuamente! Louvemos antes das batalhas! Louvemos depois das batalhas! Louvemos sempre!
Em quinto lugar, reflitamos sobre a maneira das ações de graças. Como devemos agradecer a Deus? O texto diz: no nome do nosso Senhor Jesus Cristo. É por meio de Jesus que somos agraciados com todas as sortes de bênçãos. Se não fosse Jesus, não poderíamos ser chamados filhos de Deus, não podería-mos ser salvos, não seríamos justificados. É por causa de Jesus que somos o que somos: cristãos. Agra-deça sem esquecer-se que os méritos das bênçãos alcançadas não são seus, mas dele! Ele os alcançou na cruz!
Você pode, agora mesmo, dizer obrigado a Deus, o Pai, em nome de Jesus, por tudo o que viveu em 2015? Pela doce certeza de que o Pai o acompanhou e o acompanha até agora? Faça isso! Faça hoje! Faça sempre: dê graças a Deus!
Pr. Eleilton William de S. Freitas congrega na IAP em Vila Maria e é colaborador do Departamento de Educação Cristã (DEC) da Igreja Adventista da Promessa.

Sentindo na pele o que nós sentimos

“… mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens”. (Filipenses 2.7)

Empatia significa a capacidade de compreender o sentimento ou reação da outra pessoa imaginando-se nas mesmas circunstâncias. Foi exatamente assim que Jesus agiu.
Podemos destacar pelo menos três cenas onde o mestre demonstrou com atitudes “sentir na pele” o que nós sentimos. O primeiro cenário é uma cidade de Samaria, chamada Sicar. Jesus estava cansado, seus pés doíam, seu rosto estava suado e quente sob o sol escaldante do meio-dia. De fato, ele precisava descansar, então parou junto a um poço, despediu-se dos discípulos, certamente se espreguiçou e sentou-se no chão. Foi quando chegou uma mulher samaritana (João 4.6-7).
O segundo cenário é o mar da Galiléia. Ele estava com muito sono, bocejou e os olhos piscavam sem parar. O dia fora longo, agora, a noite havia caído e ele queria apenas tirar uma soneca. Em meio à viagem, ele decide dormir. O sono era tão profundo que nem o trovão, os ventos ou o balanço do barco o acordaram. Somente os gritos desesperados dos discípulos conseguiram interromper seu repouso (Mateus 8:24-27).
O terceiro e último cenário, não menos importante, é Jerusalém. Jesus estava totalmente irado! Podia-se ver em seus olhos. Seu rosto estava vermelho, os punhos estavam cerrados, o que tinha tudo para ser um dia normal no mercado do templo tornou-se um alvoroço. O que era um sorriso na face do Filho de Deus transforma-se em sobrancelhas contraídas e testa enrugada. A única coisa que voou mais alto do que as mesas e cadeiras foram as pombas batendo asas rumo à liberdade (João 2:13-16).
Sim, somos gratos a Mateus, Marcos, Lucas e João por esses retratos da humanidade de Cristo. Ele literalmente se pôs em nosso lugar, calçou nossos sapatos para ver onde apertam, sentiu a dor de perder um amigo, foi traído e cravado numa cruz sem ter culpa alguma. Esse é o Deus que se fez carne e se tornou homem como um de nós. Se o Mestre fez isso por nós, por que não podemos fazer o mesmo pelos outros?
Que Jesus possa nos mostrar como seguir o seu exemplo de profunda identificação. Que, em vez de julgar o nosso próximo, quando ele estiver exausto, triste ou irado, possamos nos colocar em seu lugar, ter compaixão dele e dispor-nos a servi-lo, como o Senhor fez por nós.
Diego da Silva Barros é diretor da UMAP, coordenador de Missões e Evangelismo na IAP em Piedade (Rio de Janeiro) e colaborador da equipe de Capelania Prisional da IAP.

Quero o que é seu!

Como evitar a cobiça, esse pecado sorrateiro

“Vocês cobiçam coisas, e não as têm; matam e invejam, mas não conseguem obter o que desejam. Vocês vivem a lutar e a fazer guerras. Não têm, porque não pedem. Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados, para gastar em seus prazeres.” (Tiago 4:2-3)
Cobiça é o desejo desmedido pelo poder, dinheiro, bens materiais, glórias etc. Acã teve a vida arruinada quando viu entre os despojos de guerra “uma boa capa babilônica” e outros objetos. ele cobiçou para si, escondeu na terra, no meio da sua tenda (Josué 7:21).
Diferentemente de Jó, que orava e buscava viver uma vida integra. Este homem de Deus fez um concerto, uma aliança com seus olhos de não se fixar numa virgem (Jó 31:1). Ele sabia que “sua fixação” poderia fazê-lo pecar contra Deus, moralmente falando. É preciso tomar cuidado com a porta da entrada da cobiça: os nossos olhos.
Há um alerta para nós que diz: “Os olhos do homem nunca se satisfazem“ (Prov.27:20). É preciso domar os nossos olhos para que não sejam corrompidos pelo pecado que  nos assedia. “Compre colírio para ungir os seus olhos e poder enxergar.
(Apocalipse 3:18). Em outras palavras,tome cuidado, santifique os teus olhos no seu dia a dia .”Portanto, se teus olhos forem bons, teu corpo será pleno de luz.“ (Marcos 6:22).
Somos assediados por alta tecnologia, “homens de mídia e de marketing feroz” com pensamentos malignos que, dia e noite, trabalham para dissimulação desta sociedade já corrompida e perversa, através da pornografia em todas as escalas de difusão. Ela está presente em novelas, seriados, filmes, big brother, internet etc. O pior é que muitos têm se alimentado da pornografia: adolescentes, Jovens, idosos, casais e, pasmem, até crianças inocentes.
O que fazer?  Tomar cuidado com o que tem alimentado os nossos olhos. “Não porei coisa má diante dos meus olhos.” (Salmos 101:3).
Seguir princípios bíblicos morais em todo lugar que estivermos e saber que a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens não provém do Pai, mas do mundo (I João 2:16).
Entender,  segundo o texto, que os “nossos conflitos” e as nossas guerras” provêm da cobiça. O querer algo não é errado, mas querer às custas do outros ou por causa de ciúmes é cobiça maligna.
Até o pedir a Deus é comprometido quando a cobiça é o mote principal do pedido: para gastar nos próprios deleites e apetites carnais. Com a cobiça, vêm também atreladas: inveja, ódio, insatisfação, luxúria, soberba, arrogância, cegueira total de Deus, afastamento da comunhão e indiferença . Deus nos livre da cobiça e nos conserve em santificação.
Pr. Omar Figueiredo dos Santos é responsável pelas IAPs em Jardim Paineira e Itaquera, na Convenção Paulistana Leste.