Novo templo no Chile

IAP em Nacimiento se alegra diante do Senhor por ter novamente um local de culto


Em fevereiro de 2010, um grande terremoto abalou o Chile, deixando 723 mortos. Entre as construções afetadas, estava a IAP em Nacimiento, parcialmente destruída e sem condições de uso.
Durante todos esses anos, os irmãos do Chile oraram e ofertaram para que um novo templo fosse erguido. Para glória de Deus, no dia 5 de agosto, eles celebraram ao Senhor com grande júbilo, por terem um novo templo para adorar ao Senhor. Deus seja louvado pela fidelidade do seu povo e por seu imenso amor.
 

Novo terremoto no Nepal e na Índia

Continue orando pelo povo tão afligido daquela região


Um novo terremoto, de magnitude 7,3, atingiu o Nepal e a Índia na manhã de hoje, matando 41 pessoas e ferindo cerca de 1.070. Nas cidades indianas fronteiriças com o Nepal, morreram cinco pessoas.
Mas tivemos notícias de nossos missionários na Índia que, graças ao livramento de Deus, estão bem. Por favor, continue orando por eles.
Vamos clamar também por misericórdia e socorro do Senhor para o povo tão sofrido daquela região, que vai levar muitos anos para se reerguer. O terremoto de 25 de abril matou 8 mil pessoas no Nepal.

Oremos pelo Nepal e pela Índia

Missionário da IAP relata a situação de caos naquela parte do planeta
 

Estarei relatando noticias pessoais e gerais sobre o terremoto que
ocorreu no Nepal e Índia no ultimo Sábado (25) e Domingo(26).
Em primeiro lugar, quero agradecer a Deus por estarmos bem. Estávamos no apartamento de um amigo quando sentimos o primeiro tremor.  Descemos pelas escadas até o térreo. Ali já havia muitos moradores assustados e muita correria na rua.
Como moramos em casa decidimos vir para cá e esperar. Preparei uma
mochila pequena em caso de evacuação. Quando houve o segundo tremor, saímos para a rua. Meus filhos estavam achando “divertido” esse pega-pega
generalizado sem noção do que estava acontecendo.
Enquanto isso, no Nepal, a situação era devastadora. O primeiro terremoto foi de magnitude 7.9, seguido de outro de 6.7. Havia muita gente em casa  e nas igrejas já que o Sábado é o dia oficial de descanso no Nepal. No Domingo teve outro terremoto e vem se sentindo outros tremores de escala menor desde então.
No Nepal, já passa de 4.000 mortos e mais de 7.000 feridos. Há falta de  água, comida e medicamentos. Pra piorar, tem chovido e feito frio. As
pessoas estão dormindo em campos abertos ou em acampamentos com
barracas.
Muitas estradas estão bloqueadas devido aos deslizamentos de terra,
deixando muitos vilarejos isolados. Há um êxodo de nepaleses tentando
sair do país por terra em direção à India. Ravi é esposo da irmã que
trabalha em nossa casa e está no Nepal. Ele tinha ido ver a mãe que está
muito doente. Ele está bem, mas não consegue retornar à India.
As escolas e prédios públicos estão fechados. O governo da India
decretou 72 horas de estado de alerta porque pode ocorrer outros
tremores.
Pós trauma
As construções são muito mal feitas. Há vários prédios apresentando
rachaduras e as pessoas ficam se perguntando quantos tremores estas
estruturas suportarão.
As pessoas estão apreensivas.
Como ajudar o Nepal
Algumas pessoas me escreveram perguntando como poderiam ajudar ou até mesmo vir como voluntário.
Minha orientação é que não venham e nem enviem mantimentos. O estado é crítico. O exercito e organizações especializadas em catástrofes estão
levando os primeiros socorros. Não sou contra o voluntariado, mas nao é
o momento. Este país vai levar anos para ser reconstruído, com certeza,  teremos oportunidades de ajudar, não só levando o alívio para o físico,  como também levar esperança para alma. No momento só boa vontade não vai ajudar.
Como ajudar a India
Houve 72 mortes na India. Tem um vilarejo no estado de Bihar que faz
fronteira com o Nepal que foi todo arrasado. Alguns irmãos em
Cristo conhecidos nossos perderam suas casas. Gostaríamos de enviar
alguma ajuda. Eles estão precisando de comida, lonas para fazer barracas
e medicamentos. Caso você queira ajudar pode entrar em contato com a
Junta de Missões.
https://www.facebook.com/juntademissoes?fref=ts
O que podemos fazer no momento sem restrição é orar. Orar ao Criador dos Nepaleses e estrangeiros que se encontram em uma situação desesperadora.
Que o Criador tenha misericórdia do vale do Nepal. Um lugar tão lindo
mas que hoje geme. Que muitos possam neste momento se voltar a Deus por meio de Cristo Jesus.

Um ano do terremoto

Uma irmã de Santiago (Chile) lembra o horror daquele dia, mas também o livramento de Deus
No dia 26/02/10 saímos da cidade onde moramos (Santiago), no Chile, para Nacimiento, onde, no sábado (dia 27) teríamos a reunião da Assembleia. Fomos para a casa do meu sogro e às 3h30 da madrugada acordamos sendo movidos por um terremoto de 8.8 graus. A casa inteira se movia, parecia que estávamos dentro de um liquidificador, caía sobre nós muita poeira, livros de uma estante, não conseguíamos sair do quarto onde estávamos eu, meu esposo Pr. Juan Miguel e nossa filha, Brenda. Nos abraçamos e começamos a clamar por misericórdia a Deus. Ficamos chorando abraçados, parecia que nunca ia parar.

Quando os movimentos começaram a diminuir, saímos do quarto, descendo a escada com meus sogros, cunhada e sobrinho, no escuro, em meio a uma tremenda desordem, cacos de vidro no chão etc. Graças a Deus, milagrosamente ninguém se cortou. Saímos para fora da casa e ficamos dentro do carro até amanhecer, pois fazia muito frio e a terra continuava tremendo. Na segunda noite, também ficamos dentro do carro, em um campo de futebol, onde também estavam várias pessoas dormindo em cabanas, pois alguns estavam com suas casas danificadas. Nos supermercados, só podiam entrar dez pessoas a cada vez e já estavam faltando algumas coisas. Ficamos três dias sem nenhum meio de comunicação, água, luz, combustível racionado, sem dinheiro, pois os caixas eletrônicos também não funcionavam. E um aperto no coração muito grande, por não  poder nos comunicar com nossa filha Sandy e nossa família, no Brasil. Graças a Deus, nessa cidade onde estávamos, depois de uma semana as coisas começaram a se regularizar, sendo que em outras cidades, a 100 quilômetros, estava um caos total por causa do tsunami que entrou arrasando tudo e deixando muitos mortos.
Em meio a tudo isso, nossa igreja teve que ser demolida, pois caiu a parte da frente, apenas ajudamos a tirar algumas coisas de dentro. Ajudamos a organizar mantimentos para levar a outra cidade (Curanilahue) onde havia dez famílias de irmãos da nossa igreja que estavam precisando de ajuda.
Fomos para ficar três dias, acabamos ficando 15. Nossa filha, Brenda, adoeceu em função de tudo o que estava ocorrendo, mas logo se recuperou, graças a Deus. Voltamos para nossa casa pensando que encontraríamos tudo desordenado e, milagrosamente, estava tudo no lugar.
Como Deus é misericordioso, aqui estamos com a graça e a misericórdia dele! Pedimos que continuem orando pelo Chile, que orem pelo trabalho missionário neste país. E que Deus continue sendo misericordioso conosco.
Dsa. Suely dos Santos Valdebenito, da IAP em Santiago, Chile.

Terra: uma irmã, por vezes, hostil!


O tsunami no Japão nos faz lembrar que, um dia, a hostilidade da “irmã natureza” dará lugar ao ambiente amistoso de novos céus e nova terra
“Albert Einstein fez, certa vez, a mais importante pergunta de todas: ‘O universo é um lugar amistoso?’* Há quem diga que sim. E há base para se afirmar isso. A terra é o único planeta do nosso sistema solar que oferece condições climáticas e orgânicas necessárias para a existência dos seres humanos. O que nos leva a entender que este planeta fora criado especialmente para abrigar a nossa espécie. As evidências disso estão por toda parte.

Por exemplo, “se a lua estivesse mais próxima da Terra, resultaria em marés enormes, que fluiriam sobre a terra nas planícies e provocariam erosões nas montanhas (e com os continentes nivelados, calcula-se numa estimativa, que a água cobriria a terra na altura de 24135 km)” *. E “se ela girasse mais lentamente em torno do seu próprio eixo, toda a vida morreria na hora, ou por congelamento à noite por falta de calor do sol, ou por excesso de calor durante o dia” *. Isso prova que este planeta foi minuciosamente arquitetado e milimetricamente criado para nos receber e nos abrigar.  De fato, a terra é como uma mãe que afaga seus filhos no abrigo de seus ternos braços. Não é a toa que alguns ambientalistas a chamam, apaixonadamente, de “Mãe Terra”.
Mas, falando nisso, de onde será que eles tiraram essa idéia de chamá-la de “mãe”? Da Bíblia é que não foi! As Escrituras Sagradas apresentarem a terra não como nossa mãe – como o fazem os ambientalistas –, mas como nossa irmã. Isso mesmo, afinal de contas, temos o mesmo pai: o Criador. Para G. K. Chesterton, o ponto principal do cristianismo era a afirmação de que “a natureza não é nossa mãe: ela é nossa irmã”*.  Somos gerados a partir da ação amorosa e criativa de Deus. Aliás, por sermos irmãos, na queda, a terra teve o mesmo destino que o nosso: a corrupção.
O apóstolo Paulo, ao escrever aos romanos, diz que a natureza, juntamente com toda a humanidade, encontra-se em um estado de “escravidão e decadência” (Rm 8.20 NVI). Quando caímos, ela também caiu conosco. Desde lá, as coisas não foram mais as mesmas. Em nossa alma, nasceu o mal, com todas as suas tristes nuanças e em nossa “irmã natureza”, coitada, os “espinhos e ervas daninha” (Gn 3.18 NVI). A harmonia do Éden deu lugar à desarmonia do cosmo. Ela nem é sempre hostil, é verdade. Pra sermos honestos, em sua maioria, nós é que somos. Mesmo assim, às vezes ela se revolta, mostrando toda sua força e fúria indócil.

A catástrofe natural que ocorreu no dia 11 de março de 2011 no Japão é prova de que a terra é uma irmã, por vezes, hostil. Desta vez, não fomos diretamente responsáveis pela tragédia, pelo menos é o que dizem os especialistas.  O tsunami, bem como o terremoto que o provocou, foi considerado um evento “normal”, pelo fato de ter sido desencadeado por um fenômeno natural, como é o movimento das placas tectônicas. Ainda assim, a incrível força com que ele varreu o litoral do país e a inexplicável violência com que matou milhares de pessoas nos faz lembrar o quanto a natureza pode ser agressiva. A verdade é que não sabemos o que dizer diante de desastres naturais como este. Não podemos emitir juízos, tão pouco explicar sistematicamente o evento e suas causas. As perguntas certamente surgem em nossas mentes, como de costume.
Entretanto, nestes momentos devemos seguir o exemplo do Jesus. Ele também presenciou uma tragédia natural enquanto esteve aqui na terra. Um acontecimento inesperado surpreendeu a todos em Jerusalém: uma torre em um bairro da cidade caiu – provavelmente por causas naturais, como fortes ventos – deixando 18o mortos (Lc 13.4). Jesus não afirmou ser Deus o culpado pelo incidente, assim como não explicou a todos o “porquê” das tragédias naturais. Isso nos ensina que diante das calamidades é preciso confiar no caráter do bom Deus e não ficarmos afoitos por encontrar culpados ou respostas. Resta-nos solidarizar com as vítimas de enchentes, tufões, tsunamis, terremotos ou tornados sem a mínima pretensão de oferecer uma explicação plausível. Os japoneses não precisam de respostas neste momento, mas de conforto e afeto humano. É isso que nós, cristãos, devemos oferecer a eles.

Ainda assim, mesmo que nos falte resposta para a tragédia natural do Japão, resta-nos, contudo, uma viva esperança: um dia, as tragédias e as catástrofes naturais terão um fim! Que os que sofrem por esta tragédia saibam disso! Quando Jesus voltar, a hostilidade de nossa velha “irmã natureza” dará lugar ao ambiente amistoso de novos céus e nova terra. “Pois a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus” (Rm 8.21). Até lá, que Deus nos ajude!
Kassio F. P. Lopes é missionário em Corumbá (MS).

1- Philip Yancey. Alma Sobrevivente. Sou Cristão, Apesar da Igreja. Ed. Mundo Cristão, 2004, p. 56.
3- Idem.
4- G. K. Chesterton. Ortodoxia. Ed. Mundo Cristão, São Paulo 2008, p. 185.