Não podemos negar que o mal existe e atua de forma sutil
“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes permanecer firmes contra as ciladas do Diabo; pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniquidade nas regiões celestes.” – Ef 6. 11, 12
Temos três adversários gigantescos: O mundo (1 Jo 2.15-17), a carne, (Rm 7.18-25) e o diabo (Ef 6).
Em relação a este último, precisamos de equilíbrio e discernimento. Não podemos demonizar tudo (flores, animais, objetos, cores…), e culpar o Diabo por tudo. Isso é imaturidade. que pode até mesmo gerar distúrbios emocionais. Por outro lado, não podemos negar que o mal existe e atua de forma sutil. Basta lembrarmos de alguns episódios bíblicos como o Jardim do Éden, a história de Jó, as tentações de Jesus e veremos o Maligno atuando. A Bíblia ainda o chama:
- Anjo caído – (Is 14.12-17; Ez 28.12-19).
- Tentador – Mt 4.3.
- Pai da mentira – Jo 8.44.
- Assassino, ladrão e destruidor – Jo 10.10.
- Adversário que ataca como leão – 1 Pe 5.8.
- Acusador – Ap 12.10.
Quando Paulo escreve aos Efésios, não está supervalorizando o Diabo. É que com certeza, a guerra estava ocorrendo entre os irmãos, no nível humano. Não estavam enxergando as armadilhas espirituais. Então lhes diz que o mal existe, age organizadamente, com astutas “ciladas”, ardilezas, promovendo e atuando de forma espiritual através das “iniquidades”. As obras da carne são solos férteis para a semeadura maligna.
Pensemos nisso em nosso campo pastoral quando ocorrer divisões, escândalos, destruição de famílias, o pecado dominando, palavras ferinas… Podemos ter certeza que antes, durante ou após, veremos as trevas agindo. Muitos sendo fantoches nas mãos do Inimigo ao invés de instrumentos do Senhor.
O que fazer nestes momentos? Desistir? Jamais! Soldado do Senhor não se rende! “Sujeitai-vos, pois, a Deus; mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós.” Tg 4.7. Para Deus a gente se entrega, para o mal a gente resiste. Irmãos a gente acolhe, ama incondicionalmente, perdoa, ajuda. Já o destruidor e suas obras a gente rejeita.
Não precisamos saber as coisas profundas de Satanás (Ap 2.24) e nem o ignorar. Precisamos de sabedoria, de discernimento, de vigilância e crescer na comunhão do Senhor que é o Todo-Poderoso e deseja que fiquemos firmes em nosso propósito de vida. Para isso fomos chamados. Quanto mais luz, menos trevas; mais Bíblia, menos ignorância; mais verdade, menos mentira; mais confissão, menos ressentimentos; mais amor, menos feridas abertas; mais Jesus, menos o mal.
Pr. Elias Alves Ferreira é integrante da equipe do Departamento Ministerial – Convenção Geral.