O Ministério Pastoral de Jesus revelado na oração do Getsêmani – II

Sacrifício pelo rebanho

No Getsêmani, percebemos detalhes interessantes do maior e perfeito Pastor que o mundo já viu.
Jesus revelou que é preciso sacrifício pelo rebanho. “Em favor deles eu me santifico, para que também eles sejam santificados pela verdade. ” – V. 19. Quando Jesus usou as palavras “me santifico” não estava apenas referindo-se à oração pelos Discípulos, porém, uma entrega maior de vida. Uma impecabilidade. Um afastamento maior do mundo. Um vaso exclusivo para Deus. E isto implica sacrifício. No caso de Cristo, encontra-se o ponto alto, quando foi para cruz. Em nosso caso, quando abandonamos nossos projetos pessoais e materiais, convivência com pessoas queridas… Para ser exemplo de um rebanho e conduzi-los no caminho da verdade.
Ele revelou que o maior objetivo do Seu Ministério era salvar. “Pois lhe deste autoridade sobre toda a humanidade, para que conceda a vida eterna a todos os que lhe deste… Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste… Nenhum deles se perdeu, a não ser aquele que estava destinado à perdição…” – vs 2, 3, 12. Jesus fez muitas coisas: consolou, aconselhou, perdoou, exortou, curou, expulsou demônios, ressuscitou, fez sinais maravilhosos na natureza… Contudo, seu objetivo foi sempre o de salvar. De trazer para perto de si pecadores que cressem nele. O homem é a expressão máxima da glória de Deus pois foi feito à Sua imagem e semelhança. Por isso Ele providencia todos meios para salvá-lo. Podemos realizar muitas coisas em nosso Ministério, mas nada iguala-se ao ato de cooperar com o Senhor, quando este está salvando alguém do lago de fogo e trazendo-o para a eternidade feliz ao seu lado. Nossas pregações, aconselhamentos, palestras, discipulado, visitações deve ter sempre a direção de salvar as pessoas. Jesus é a única possibilidade de salvação. E a pregação da cruz nunca deve envelhecer. É o recado mais urgente e importante que temos para transmitir. Quem convence é o Espírito Santo, mas quem prega somos nós.
Ele revelou que o Seu Ministério era para a glória de Deus. “Eu te glorifiquei na terra…” – v. 6 a. Jesus nunca buscou ostentação pessoal. Aliás, se buscasse, não escaparia das tentações do deserto – Mt 4.1-11. Mas o Filho de Deus venceu Satanás e as suas ciladas. As pedras continuaram a ser pedras, Ele não pulou do pináculo do templo num espetáculo efêmero e não trocou a glória do mundo pelo prazer maior de adorar unicamente ao Pai. Tudo que fez foi para exaltá-lo. Assim, não podemos concorrer com a glória de Deus. Jamais nossas ações devem ser usadas para auto realização. Ele é o Senhor, nós somos servos. Devemos realizar todas as atividades do nosso Ministério para exaltação e glorificação de Deus.

Pr. Elias Alves é responsável pela IAP em Jales (SP) e atua no Departamento Ministerial – Convenção Geral.

Dicas da lição 11 – “Exercício da mente”

Exercício da mente

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Dicas

  • Para o início da lição, realize a seguinte dinâmica para ilustrar os perigos da mente que é corrompida pelo pecado. Para essa dinâmica você vai precisar de 01 objeto pesado ou uma fruta grande (melancia ou jaca). Inicie a dinâmica falando sobre o pecado e suas consequências, reforce também o fardo que o homem carrega quando peca. Depois disso, peça que um aluno fique em pé na frente da turma. Entregue o objeto ou a fruta para este aluno e continuem falando sobre o pecado e suas consequências para a mente e para a vida do ser humano. Enquanto você fala, pergunte ao aluno se o objeto está muito pesado ou se está incomodando. A partir da resposta do aluno, reflita que nossa mente precisa ser renovada e controlada pelo Espírito Santo. Somente assim, conseguiremos nos libertar das implicações e dos prejuízos que o pecado traz para as nossas vidas. Nesse momento, retire o objeto ou a fruta das mãos do aluno e coloquem sobre uma mesa ou cadeira, reforçando que somente uma mente cativa a Cristo pode vencer o pecado.
  • No final do tópico Explicando na Bíblia, distribua uma folha de papel para cada um de seus alunos. A seguir, peça que eles escrevam o que significa ter a mente renovada por Jesus. Logo depois, relacione a resposta de sua sala com o que vocês têm refletido no decorrer da lição.
  • Para ilustrar o tópico Exercitando na vida, peça que seus alunos façam um exercício prático, cujo objetivo é refletir sobre a transformação e a renovação que acontece na vida daquele que recebe a salvação e o Espírito Santo. Para esse exercício você precisa providenciar: 01 porção de milho de pipoca, 01 porção de pipoca, alguns piruás (grãos que não estouraram) e 01 porção de óleo. Mostre para os alunos uma porção de milho de pipoca “natural” e outra de pipoca pronta. Pergunte a eles se sabem o que acontece com o milho para que ele se transforme em pipoca. Deixe que eles respondam e espere as respostas. Provavelmente, os alunos vão falar que após colocar o milho numa panela com óleo e com ação do fogo, os grãos estouram. Debatam a respeito deste processo de transformação do grão duro em pipoca macia. Tal processo pode ser uma ilustração do estado de mudança que ocorre na vida de quem aceita ser renovado por Cristo, através de sua Palavra, o que liberta o homem da casca dura do pecado. No final, você pode distribuir a pipoca aos participantes. Encerre esta ilustração refletindo nisto: o milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre. Assim também acontece conosco. As grandes transformações acontecem quando dedicamos a nossa vida a Cristo e temos a mente renovado pelo Espírito Santo. Quem não vivencia tal renovação, permanece do mesmo jeito a vida inteira. Mas, o que dizer dos piruás (grãos que não estouraram)? São as pessoas que resistem à ação de Deus em suas vidas não possuem as suas mentes transformadas por Cristo. Sendo assim, encerramos esta atividade com a seguinte pergunta: como está a sua mente? Transformada pelo evangelho ou endurecida pelo pecado?
  • Depois do tópico Exercitando na vida, peça que seus alunos deem exemplos práticos de como cada um de nós podemos ter a nossa mente renovada por Cristo. Diga a eles que respondam e meditem na seguinte questão: como podemos exercitar a nossa mente à luz da Bíblia Sagrada?
  • Por fim, peça que eles reflitam em sua vida e no que aprenderam nesta semana, através do estudo da Palavra de Deus. Finalize reforçando aos seus alunos a importância de exercitarem as suas mentes e sujeitá-las a Cristo, conforme a vontade de Deus registrada nas Escrituras.
  • Desafio da semana: Mande para seus alunos e alunas pelo WhatsApp, redes sociais ou exiba em sala, o infográfico com o desafio da semana desta lição.

 

 

Comentários Adicionais

  1. Praticar o conhecimento:
    “A Bíblia parte do pressuposto de que o ser humano é um ser racional, que Deus comunica sua vontade por meio do conhecimento e que os seres humanos são capazes de entender esse conhecimento, mesmo com a mente caída. (Nañez, Rick M. Pentecostal de coração e mente: um chamado ao dom divino do intelecto. Tradução: Ana Schaffer. São Paulo: Vida, 2007, p.44).
  2. Renovação constante:
    “(…) aqueles que uma vez andaram ‘na inutilidade dos seus pensamentos‘ (Ef 4.17) são convidados a serem renovados ‘no [seu] modo de pensar’ (v.23) e a continuamente serem transformados ‘pela renovação da sua mente’ (Rm 12.2; no grego, ‘pensamento’ e ‘mente’ vêm da mesma raiz, nous). E aqueles que desejarem se ocupar de pensamentos puros devem permitir que ‘as coisas do alto’ ocupem a sua mente (Cl 3:1-10) e responder ao chamado com a mente preparada, pronta para agir (1 Pe 1.13).” (Ibidem, p.45).
  3. Centro de decisões:
    “O que está em discussão aqui é o coração como a fonte das atividades do corpo (…). Convém lembrar que os antigos atribuíam as funções do corpo ao coração: suas expressões faciais ([Pv] 15.13), sua língua (12.23; 15.28) e seus outros membros (6.18). O plural se refere às muitas e diversas questões da vida manifestadas nos diferentes membros do corpo. De acordo com Delitzch, a metáfora sugere não apenas que a vida tem suas fontes no coração, ‘mas também que a direção que ela toma é determinada pelo coração.” (Waltke, Bruce. Comentários do Antigo testamento: Provérbios: vol. 01. Tradução: Susana Klassen. São Paulo: Cultura Cristã, 2011, pp.385-386).
  4. Mente de Cristo em nós:
    “Paulo indica que a mente de uma pessoa espiritual precisa estar em harmonia com a mente de Deus. Quando o homem é controlado pelo Espírito de Deus, ele deseja cumprir a lei de Deus, fazer a vontade de Deus e refletir a glória de Deus. A expressão mente de Cristo, (…) significa o conhecimento que o crente tem de Cristo pela ação do Espírito e a apropriação da mensagem do evangelho.” (Kistemaker, Simon. Comentário do Novo Testamento: 1 Coríntios. Tradução: Helen Hope Gordon da Silva. São Paulo: Cultura Cristã, 2004, p.139).
  5. Sondar a mente:
    “(…) sondar (…) denota ação de examinar profundamente todo interior, como se fosse com o auxílio de uma sonda, aparelho com o qual é possível conhecer o fundo do mar, o subsolo, a atmosfera (sonda meteorológica), o espaço (…). Daí a súplica do salmista: ‘Sonda-me [enfia uma sonda dentro de mim], ó Deus, e conhece o meu coração’ (Sl 139.23).” (César, Elben. Práticas devocionais; exercícios de sobrevivência e plenitude espiritual. 4. ed. Viçosa: Ultimato, 2005, pp.78-79).