Japão: o retrato da limitação humana

O Japão está de luto, apesar do baixo número de mortos causado pelo terremoto de magnitude 9, seguido por um tsunami que atingiu fortemente a costa nordeste, na sexta feira, dia 11 de março. Trata-se de uma das piores catástrofes ocorridas no mundo. Até esta data, há mais de 4.000 mortos e cerca de 9 mil desaparecidos. Muitas famílias japonesas choram os seus mortos, o Japão sofre as consequências da calamidade e o mundo, lamenta de “mãos atadas”. Há falta de alimento, a comunicação é limitada e as estradas, intrafegáveis. A devastação é enorme, assim como o desespero daqueles que perderam familiares e tudo o que tinham. Muitas cidades costeiras se transformaram em verdadeiras zonas de lixo.
Mas o país estava preparado para o pior. Foi bem sucedido em comparação ao Haiti, que sofreu um terremoto de magnitude menor, mas com o número de mortos bem superior, que chegou a mais de 200 mil.
Com o terremoto e com o tsunami, as autoridades japonesas já contavam. Todavia, não esperavam a explosão de três reatores na usina nuclear localizada na cidade de Fukushima.

A Agência Internacional de Energia Atômica confirma que houve liberação de radiação na atmosfera após a explosão.* Agora, uma nova e grave crise instalou-se ali, a crise nuclear. Para ter dimensão da gravidade da situação, o acidente em Fukushima atingiu o grau 6; o grau máximo é 7! O país volta a conviver com a terrível lembrança de 6 de agosto de 1945, quando a bomba nuclear foi jogada sobre a cidade de Hiroshima.
Por mais que uma nação esteja preparada, nem sempre poderá evitar que o mal lhe sobrevenha. O homem tem as suas previsões baseadas em suas estatísticas, as quais são precisamente calculadas por meio de um grande aparato tecnológico. Mas ainda assim, não consegue ter a noção de tudo o que possa, de fato, vir a lhe acontecer. Queiramos ou não, as nossas ideias ou ideologias, as minúcias do nosso conhecimento em várias áreas da ciência não são suficientes para atender a todos os nossos anseios. E por que não? Por que somos limitados! O Criador é ilimitado, onisciente, onipresente e onipotente, mas a criatura, não. Diante da tragédia, a nossa limitação se torna ainda mais nítida.
Em relação aos acontecimentos estranhos que ocorrem na vida humana, Deus é enfático em sua afirmação a respeito da limitação humana: Com toda a sua sabedoria, os seus sábios não poderão explicá-las, e o conhecimento dos que são instruídos não adiantará nada (Is 29:14b). O que fazer diante dessa realidade? Buscar refúgio em Deus, poisele é o nosso refúgio e a nossa força, socorro que não falta em tempos de aflição (Sl 46:1) e confiar na sua misericórdia. O salmista conclama a todos: Abram o coração para Deus, pois ele é o nosso refúgio (Sl 62:8b). As pessoas erram quando confiam somente nas próprias forças. Quando imaginam que conseguirão chegar muito longe sem a ajuda divina. Esse é um pensamento equivocado. Evitemos cair no mesmo erro.
Ms. Jailton Sousa Silva, colaborador do DEC (Departamento de Educação Cristã) da Igreja Adventista da Promessa.

Terra: uma irmã, por vezes, hostil!


O tsunami no Japão nos faz lembrar que, um dia, a hostilidade da “irmã natureza” dará lugar ao ambiente amistoso de novos céus e nova terra
“Albert Einstein fez, certa vez, a mais importante pergunta de todas: ‘O universo é um lugar amistoso?’* Há quem diga que sim. E há base para se afirmar isso. A terra é o único planeta do nosso sistema solar que oferece condições climáticas e orgânicas necessárias para a existência dos seres humanos. O que nos leva a entender que este planeta fora criado especialmente para abrigar a nossa espécie. As evidências disso estão por toda parte.

Por exemplo, “se a lua estivesse mais próxima da Terra, resultaria em marés enormes, que fluiriam sobre a terra nas planícies e provocariam erosões nas montanhas (e com os continentes nivelados, calcula-se numa estimativa, que a água cobriria a terra na altura de 24135 km)” *. E “se ela girasse mais lentamente em torno do seu próprio eixo, toda a vida morreria na hora, ou por congelamento à noite por falta de calor do sol, ou por excesso de calor durante o dia” *. Isso prova que este planeta foi minuciosamente arquitetado e milimetricamente criado para nos receber e nos abrigar.  De fato, a terra é como uma mãe que afaga seus filhos no abrigo de seus ternos braços. Não é a toa que alguns ambientalistas a chamam, apaixonadamente, de “Mãe Terra”.
Mas, falando nisso, de onde será que eles tiraram essa idéia de chamá-la de “mãe”? Da Bíblia é que não foi! As Escrituras Sagradas apresentarem a terra não como nossa mãe – como o fazem os ambientalistas –, mas como nossa irmã. Isso mesmo, afinal de contas, temos o mesmo pai: o Criador. Para G. K. Chesterton, o ponto principal do cristianismo era a afirmação de que “a natureza não é nossa mãe: ela é nossa irmã”*.  Somos gerados a partir da ação amorosa e criativa de Deus. Aliás, por sermos irmãos, na queda, a terra teve o mesmo destino que o nosso: a corrupção.
O apóstolo Paulo, ao escrever aos romanos, diz que a natureza, juntamente com toda a humanidade, encontra-se em um estado de “escravidão e decadência” (Rm 8.20 NVI). Quando caímos, ela também caiu conosco. Desde lá, as coisas não foram mais as mesmas. Em nossa alma, nasceu o mal, com todas as suas tristes nuanças e em nossa “irmã natureza”, coitada, os “espinhos e ervas daninha” (Gn 3.18 NVI). A harmonia do Éden deu lugar à desarmonia do cosmo. Ela nem é sempre hostil, é verdade. Pra sermos honestos, em sua maioria, nós é que somos. Mesmo assim, às vezes ela se revolta, mostrando toda sua força e fúria indócil.

A catástrofe natural que ocorreu no dia 11 de março de 2011 no Japão é prova de que a terra é uma irmã, por vezes, hostil. Desta vez, não fomos diretamente responsáveis pela tragédia, pelo menos é o que dizem os especialistas.  O tsunami, bem como o terremoto que o provocou, foi considerado um evento “normal”, pelo fato de ter sido desencadeado por um fenômeno natural, como é o movimento das placas tectônicas. Ainda assim, a incrível força com que ele varreu o litoral do país e a inexplicável violência com que matou milhares de pessoas nos faz lembrar o quanto a natureza pode ser agressiva. A verdade é que não sabemos o que dizer diante de desastres naturais como este. Não podemos emitir juízos, tão pouco explicar sistematicamente o evento e suas causas. As perguntas certamente surgem em nossas mentes, como de costume.
Entretanto, nestes momentos devemos seguir o exemplo do Jesus. Ele também presenciou uma tragédia natural enquanto esteve aqui na terra. Um acontecimento inesperado surpreendeu a todos em Jerusalém: uma torre em um bairro da cidade caiu – provavelmente por causas naturais, como fortes ventos – deixando 18o mortos (Lc 13.4). Jesus não afirmou ser Deus o culpado pelo incidente, assim como não explicou a todos o “porquê” das tragédias naturais. Isso nos ensina que diante das calamidades é preciso confiar no caráter do bom Deus e não ficarmos afoitos por encontrar culpados ou respostas. Resta-nos solidarizar com as vítimas de enchentes, tufões, tsunamis, terremotos ou tornados sem a mínima pretensão de oferecer uma explicação plausível. Os japoneses não precisam de respostas neste momento, mas de conforto e afeto humano. É isso que nós, cristãos, devemos oferecer a eles.

Ainda assim, mesmo que nos falte resposta para a tragédia natural do Japão, resta-nos, contudo, uma viva esperança: um dia, as tragédias e as catástrofes naturais terão um fim! Que os que sofrem por esta tragédia saibam disso! Quando Jesus voltar, a hostilidade de nossa velha “irmã natureza” dará lugar ao ambiente amistoso de novos céus e nova terra. “Pois a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus” (Rm 8.21). Até lá, que Deus nos ajude!
Kassio F. P. Lopes é missionário em Corumbá (MS).

1- Philip Yancey. Alma Sobrevivente. Sou Cristão, Apesar da Igreja. Ed. Mundo Cristão, 2004, p. 56.
3- Idem.
4- G. K. Chesterton. Ortodoxia. Ed. Mundo Cristão, São Paulo 2008, p. 185.

Liberdade no Egito?


Confiados em sua própria força, os egípcios comemoram a vitória sobre a ditadura. Mas que desafios vão enfrentar: um mar para atravessar ou uma longa caminhada no deserto?
Houve um tempo, centenas de anos antes de Cristo, em que a nação dos hebreus viveu sob regime de escravidão, no Egito, sob a tirania do faraó Ramsés. Naquela época, incapaz de uma iniciativa eficaz para dar fim ao sofrimento, o povo foi liderado por um profeta, que recebera do próprio Deus tal incumbência. A liberdade, enfim, chegava aos israelitas. Não pelas próprias forças, tampouco empunhando armas – visto que pouco podiam fazer diante do poder do exército de Ramsés. Mas pela mão daquele que decidira libertá-los: o próprio Deus.
Moisés, hebreu de nascimento e egípcio de criação, foi o instrumento escolhido pelo Todo-Poderoso para a missão que parecia impossível. Como não há barreira que seja intransponível para Deus, os hebreus marcharam para fora dos domínios de faraó e puderam comemorar com grande festa. Aquele dia foi para eles como um memorial para ser lembrado através das gerações (Êx 12:40-42), porque os tirou da terra do Egito.
A história está se repetindo, num certo sentido. Mas, desta vez, não são os israelitas que comemoram a libertação, mas os próprios filhos da nação egípcia. Na data que entra para a história como o “Dia da Vitória”, centenas de milhares de pessoas comemoram com uma oração na praça Tahrir, no Cairo, o fim da opressão vivida sob a ditadura de Hosni Mubarak.
Os egípcios do nosso tempo lutaram trinta anos até conseguirem a liberdade – que hoje em dia atende pelo nome de “democracia”. Agora que acreditam tê-la alcançado, pergunto se estão, realmente, livres. Quais os próximos passos da caminhada? Que desafios os aguardam? Há um mar para atravessar ou uma longa caminha a ser feita no deserto? Há uma cidade que mana leite e mel a ser habitada? Há promessas de um nova e definitiva liberdade a ser conquistada no futuro?
São duas grandes vitórias, certamente. A dos hebreus, no passado e, agora, a dos egípcios. O paralelo que desejo construir entre esses dois diferentes momentos históricos, contudo, apresenta uma diferença essencial, que põe fim a qualquer comparação. Falta aos egípcios contemporâneos a figura do profeta Moisés e a presença do Deus de Israel, que promoveu com força e poder incomparáveis a alforria dos oprimidos do passado. Falta a noção da ação sobrenatural, do mover de Deus enquanto, por outro lado, sobra autoconfiança e crença na conquista pelo mérito meramente humano – a julgar pela euforia orgulhosa dos personagens históricos do feito mais recente, amplamente exibida em todos os meios de comunicação.
A ocasião nos faz lembrar que lutar por nossos direitos, resistir à opressão e ser vitorioso na batalha são coisas que devemos buscar sempre. Mais importante que isso, porém, é entender que muito melhor é encarar os desafios da vida com a ajuda de Deus, reconhecendo que é ele quem cuida, dirige e luta por nós.
Com Deus, a comemoração dos egípcios certamente seria mais alegre e completa. Como Moisés, eles poderiam dizer: “cantarei ao Senhor, porque gloriosamente triunfou (…). O Senhor é a minha força, e o meu cântico; ele se tem tornado a minha salvação; é ele o meu Deus, portanto o louvarei; (…) O Senhor é homem de guerra; Jeová é o seu nome. Lançou no mar os carros de Faraó e o seu exército; (…) Quem entre os deuses é como tu, ó Senhor?”. (Êx 15:1-4, 11)
Pb. Marco Murta

Reforma ortográfica


Esther Braga
Há sempre resistência às mudanças; afinal, adaptar-se a elas é um processo lento e gradativo que depende de muitos fatores até que seja “assimilado”. Nossa língua portuguesa, ao longo de sua história, vem mudando e hoje vivemos a Reforma Ortográfica, um acordo firmado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste. No Brasil, foi aprovado pelo Decreto Legislativo n° 54, de 18/4/1995. Observem que as negociações datam da década de 90 do século passado e somente em 2009 passaram a vigorar (as “coisas” não acontecem da noite para o dia!).
As principais mudanças ocorridas foram: a introdução das letras K, W e Y utilizadas de fato mas não de direito; a eliminação do trema (freqüente › frequente), que permanece nas palavras estrangeiras e em suas derivadas (Müller, mülleriano); não se usa mais o acento nos ditongos abertos (européia › europeia), apenas nas palavras em que eles as finalizam (papéis, herói); o I e U tônicos dos hiatos já não recebem o acento quando vierem depois de um ditongo (feiúra › feiura), porém, se a palavra for oxítona e eles estiverem em posição final ou seguidos de S, o acento permanece (tuiuiús, Piauí); não se acentuam as palavras terminadas em ÊEM e ÔO (lêem › leem; vôos › voos); também não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla/pela, pêlo/pelo… com exceção dos pares pôde/pode, pôr/por e nos verbos ter e vir e derivados como manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc (eles têm; ele mantém, eles mantêm).
Quanto ao uso do hífen, deveremos usá-lo nos prefixos diante de palavra iniciada por h (anti-higiênico, sobre-humano – a exceção de subumano); no prefixo além, aquém, ex, pós, pré, pró, recém, sem e vice (ex-aluno, pós-graduação, sem-terra, vice-governador); nos prefixos cuja vogal e consoante se repetem na palavra seguinte (anti-inflamatório, super-resistente – a exceção das vogais duplicadas em cooperar, coordenação); nos prefixos sub quando a próxima palavra se inicia por r (sub-região, sub-raça); nos prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal (circum-navegação, pan-americano); antes dos sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim (capim-açu, Igarapé-Açu); e para ligar palavras que ocasionalmente se combinam (ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo, Belém-Brasília).
Ufa!!! Não é fácil assimilar, vai demandar tempo, mas… a gente chega lá no “além-mar” (ainda com hífen). De qualquer forma, do ponto de vista prático, esse acordo deixou a desejar (eu teria feito uma reforma mais radical, mas… quem sou eu, né?); se a intenção, além de “unificar” (isso é outra história que “dá muito pano pra manga”) era simplificar, certas “regras” se tornaram muito mais complexas. Estão aí os “hífens” que não nos deixam mentir, não é mesmo?
Mestre em Linguística, especialista em Língua Falada e Ensino do Português, professora há 21 anos e aluna da Faculdade de Teologia Adventista da Promessa (FATAP) – Extensão Norte.

Homenagem a um santo homem de Deus

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“Eis que tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus” (II Re 4.9).
Qual o conceito que as pessoas em geral têm do pastor? Quem dera todos tivessem uma percepção senão igual, ao menos próxima da que tinha a mulher sunamita a respeito do profeta Eliseu, cujo personagem analisamos para representar a figura do pastor. Ela disse a seu marido: “Eis que tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus”.
Quero chamar a atenção para duas expressões contidas nesta declaração. A primeira é “tenho observado”. Note que tal declaração não tinha como causa primária uma espécie de revelação do Espírito Santo (algo sobrenatural), embora reconheçamos sua influência nessa declaração. A constatação de que Eliseu era um santo homem de Deus aconteceu após um período de observação quanto à sua maneira de ser, de pensar e de agir.
Uma forte relação de confiança foi desenvolvida entre Eliseu e a mulher sunamita, até que ela propôs ao seu marido a construção de um pequeno quarto em sua residência, exclusivamente para hospedarem-no sempre que passasse por ali. Eis aqui um indicativo de que um santo homem de Deus, o pastor, é pessoa digna de confiança.
A segunda expressão é “este que passa sempre por nós” . Isso revela o comportamento de um homem que se relacionava com as pessoas, que as visitava em suas casas e que as conhecia de perto. Eliseu ilustra uma importantíssima ação pastoral que demonstra a preocupação e o cuidado do pastor para com as pessoas redimidas por Jesus.
Há outra atitude do profeta Eliseu que merece destaque e está registrada em II Reis, cap. 5. 15 e 16. Após ter sido utilizado por Deus como instrumento para a cura de Naamã, chefe do exército do rei da Assíria, este ofereceu presentes a Eliseu, porém, ele nos ensinou duas lições dignas de louvor. A primeira é que um santo homem de Deus não é um mercenário, ou seja, não usa o nome de Deus, a Palavra de Deus, e muito menos o poder de Deus, em proveito próprio, objetivando lucrar com isso. A pecha de mercenários, atribuída a pastores que se autodenominam homens de Deus – situação muito comum nos nossos dias, infelizmente – não se harmoniza com o caráter e tampouco com as ações de um “santo” homem de Deus, reconhecido como tal, não por si mesmo, mas pelos outros.
A segunda, é que um santo homem de Deus não adota um comportamento de bajulação para com os mais favorecidos financeiramente, nem para com as pessoas investidas de autoridade, como se elas fossem mais importantes e merecedoras de maior respeito e de maior consideração em relação às demais. Eliseu nos mostra que um santo homem de Deus não se submete a isso e nem precisa desse tipo de artifício em seu ministério. Observe o tratamento dado a Naamã em II Reis 5.9-11.
Por fim, outro aspecto que pesou para credenciar o profeta Eliseu como um santo homem de Deus, foi sua autoridade espiritual, exercida não com base em conhecimento teórico, mas como fruto de sua vida com o próprio Deus.
Caríssimo pastor promessista, sabemos que você é um pequeno servo do Deus Altíssimo. Considere-se assim, aja assim e viva assim. Por outro lado, como consequência de sua maneira de ser e de servir, a exemplo do profeta Eliseu, almejamos que as pessoas e as igrejas que você pastoreia ou já pastoreou tenham-no em alta estima e consideração, assim como nós o temos.
A Ele, por Ele e para Ele, toda a honra e toda a glória, hoje e sempre. Amém!
Diretoria Geral Executiva

Tempo de estar calado, e tempo de falar

““… tempo de estar calado e tempo de falar.” (Ec. 3:7)
Em todo o tempo, a criança está observando o adulto e construindo, a partir desse olhar, sua visão de mundo, de igreja e de sociedade.

Dsa. Abizail Dias do Nascimento
Quantos líderes não estão envolvidos em problemas, dificuldades no ministério, nos relacionamentos conjugais ou até mesmo em situações adversas no meio cristão, sem se darem conta de suas palavras? Conversam com alguém dentro do carro, em uma das dependências de sua casa, ou até mesmo numa visita a parentes ou amigos e desabafam sentimentos ou ressentimentos que angustiam a vida cristã. Em momentos como esse, se faz realmente necessário uma conversa, um aconselhamento pastoral e até mesmo uma busca de ajuda a profissional na área terapêutica.
Quando citamos essas dificuldades que são inerentes a todos os seres humanos, e principalmente no cotidiano daqueles que estão em cargos de liderança, lembramos dos espectadores que podem estar ao lado, ouvindo discussões tão acaloradas. São nossos queridos filhos! Estarão eles presentes nessas horas tão difíceis, quando situações extremas estão sendo desabafadas? Quantos pais discutem casos pessoais ou alheios nas dependências do carro, no caminho da igreja para casa, com seus filhos atentos ao que está sendo falado!
A Palavra de Deus nos orienta que existe tempo para tudo, deve existir também um tempo para as conversas particulares, um tempo reservado e, de preferência, com pessoas adultas.
Se pensarmos melhor sobre o assunto, observaremos que, se a situação está sendo tão difícil para o líder naquele momento, quanto mais para aquela criança que está ao lado, que não tem maturidade psicológica e espiritual para compreender o que está sendo falado.
Muitas questões são resolvidas com uma boa conversa entre cônjuges, companheiros de ministério, reuniões de conselho, mas continuam em aberto na mente da criança que presenciou o momento da explosão emocional. Como conseqüência disso, a visão da criança poderá ficar distorcida de tal forma que desenvolva resistências tanto em relação às pessoas envolvidas quanto aos cargos e programações de liderança.
Como podemos falar para nossos filhos que a igreja é o melhor lugar para eles se não vivermos essas palavras no nosso cotidiano, se mostrarmos somente as dificuldades no relacionamento entre cristãos? Somos responsáveis por aquilo que plantamos, se plantamos no coração dos nossos filhos ressentimentos, ódio e mágoa estaremos colhendo no futuro comportamentos inadequados ao nosso olhar, mas que correspondem àquilo que falamos e não damos conta de quanto os prejudicamos.
Eles precisam sentir amor pela causa, amor pelo evangelho de Cristo, amor pelos irmãos, para que possam ser motivados por esse amor. Através do exemplo em casa, devem saber que existem situações adversas que são solucionadas com um bom diálogo, com sabedoria, com oração, sem contenda, para que possam no futuro se posicionar da mesma forma.
Estaremos ensinando quando nos calamos ou falamos, quando dialogamos ou discutimos, quando oramos ou tomamos uma atitude precipitada, quando nos mostramos humildes ou arrogantes. Em todo o tempo, a criança está observando o adulto e construindo, a partir desse olhar, sua visão de mundo, de igreja e de sociedade. Por isso, não podemos nos esquivar de nossa responsabilidade como pais e líderes cristãos.
Vamos zelar pela família e valorizar o trabalho que Deus nos confiou. Da mesma forma, vamos cuidar da saúde mental e espiritual dos nossos filhos, para que sintam o desejo de colocar seus dons e talentos na obra do Mestre, não nos esquecendo que deles depende a igreja do amanhã. Se hoje priorizarmos a educação de nossas crianças, com certeza, teremos jovens e adultos dispostos a dar continuidade ao trabalho já iniciado, porque terão prazer na igreja do Senhor!
Dsa. Abizail G. M. D. Nascimento é pedagoga e psicopedagoga. Congrega na IAP em Vila Nhocuné (São Paulo) e atua ao lado do marido, Pr. Gildasio, no Departamento Ministerial da Região Paulistana Leste.
Crianças vêem, crianças fazem – Assista

Dsa. Ridethe Ramos de Souza, uma serva do Senhor que serviu a muitos


“… Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam.” Ap. 14:13
Ridethe nasceu em 21 de Janeiro de 1938, filha de Severino Ramos e Silva e de Adélia Souza e Silva, em Lucianópolis (SP). Foi criada na Igreja Adventista da Promessa, na igreja de Ubirajara (SP). Foi batizada pelo saudoso Pastor Francisco Tabanez, quando tinha 12 anos. Logo que se tornou membro da igreja, assumiu o cargo de secretária da Escola Bíblica, que ocupou por diversas vezes, além de ter sido professora de crianças e também de senhoras.
Fez o curso primário em Ubirajara. Como na cidade não havia ginásio e seu desejo de continuar estudando era incontido, mudou-se para Santa Cruz do Rio Pardo (SP). Foi morar numa pensão juntamente com seu irmão, Gidalte. Tempos depois sua família foi também para Santa Cruz.
Terminado o curso ginasial (como era a denominação da época), fez o primeiro ano científico, pensando em cursar Odontologia. A vida financeira mudou e ela resolveu cursar o técnico em Contabilidade, em 1959. Naquele ano, ficamos noivos. Eu era missionário e pastoreava a IAP em Vila Maria. Casamo-nos em 21 de junho de 1960, depois de cinco anos de namoro e noivado.
Após o casamento, fomos morar em Paranavaí (PR), onde assumi um grande campo pastoral, com 29 igrejas e congregações. Durante o restante daquele ano, Ridethe não pôde estudar e me acompanhou por todo o campo, em condições muito difíceis, ora pelos meios de transportes, ora pelas acomodações e ora pela infestação de insetos.
Em 1961 voltou a estudar, terminou o Curso Técnico de Contabilidade e ocupou vários cargos na igreja de Paranavaí: professora, tesoureira e presidente da Umap, além de ser a zeladora da igreja. Depois de cinco anos no Paraná, já com nossa filha Denise, nos mudamos para o Rio de Janeiro, onde tomei posse como presidente da Região Leste. Logo no início, ela montou uma escola para alfabetizar crianças das vizinhanças da igreja e, com isso, despertou o desejo e a vocação para ensinar. Fez o curso Normal (magistério) sendo a primeira colocada da turma, o que lhe valeu ser contratada como professora para lecionar na mesma escola onde se formou, para a quarta série do primeiro grau.
Concorreu a um concurso para professores do Estado do Rio de Janeiro, foi aprovada e passou a lecionar na Escola Amapá. Sempre prestigiou os estudos. Fez o vestibular da Universidade Souza Marques, sem fazer cursinho, onde foi a primeira colocada no Curso de Letras (Português e Inglês). Já graduada, foi contratada para ensinar Português na Faculdade de Teologia – Seminário Unido, com uma classe de 24 alunos, todos pastores, onde lecionava à noite. Durante o dia, dava aulas para “crianças especiais” na Escola N.S. da Glória, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, durante cerca de cinco anos.
Na igreja de Piedade e na Região Leste, exerceu diversas atividades, inclusive na Resofap. A propósito, o nome “Resofap” foi criação da Região Leste, sendo depois adotado por toda a Igreja Adventista da Promessa. Depois de estudar e trabalhar na Região Leste, nasceu nosso segundo filho, Cassiano Júnior. Depois de 15 anos no Rio de Janeiro, nos mudamos para São Paulo, quando fui eleito presidente do Presbitério.
A Diretoria Geral da Igreja a contratou como Revisora de toda literatura, função que exerceu durante 20 anos. Em 1980 foi eleita primeira secretária da Fesofap, sendo reeleita em 1984. Durante esses oito anos na Federação, teve a oportunidade de visitar todas as Resofaps do Brasil e até da Argentina.
Além de revisora das literaturas da IAP – O Restaurador, Oásis, O Clarim, Revista Ministerial, além das Lições Bíblicas – o que lhe tomava todo o dia, ministrava aulas de Português para as três turmas do Seminário (IBAP), todas as noites, chegando em casa sempre depois das 23 horas. Era professora por vocação. Tinha imensa alegria de ter sido professora da maioria dos nossos pastores, nos 14 anos que esteve no IBAP, inclusive dos membros da Diretoria Geral, das Regiões e dos Departamentos.
Essa foi a Ridethe. Eficiente, organizada, pontual, submissa, estudiosa, responsável, querida e amada por todos.
Em 27 de novembro de 2008 deixou de viver, de se mover; mas sempre existirá, conforme lemos em Atos 17:28 (Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração). Existirá para Deus, para mim, seu marido, e para todos que a amaram.
Pr. Cassiano Domingos de Souza

Projeto contra a homofobia

Gostaria de contribuir um pouco mais com o debate sobre o PLC 122/2006, “que pune a discriminação contra homossexuais”, cuja enquete esteve em andamento na página do Senado Federal.
Desta vez, minha colaboração é no sentido de permitir a você um julgamento pessoal sobre essa questão. A gente ouve vozes alarmadas, gente pedindo que você vá lá e vote “não” e acaba se sentindo manipulado.
Então, minha colaboração é a seguinte: envio em anexo todo o texto do parecer da Senadora Fátima Cleide, na Comissão de Assuntos Sociais (parecer aprovado na Comissão, na forma de um substitutivo).
http://canalbiblico.blogspot.com/2010/07/plc-12206-relatorio-da-senadora-fatima_05.html
Como ficaria o PLC 122/2006 se fosse promulgado hoje

Para facilitar seu entendimento da matéria, já que o PLC 122 altera uma lei já existente, eu fiz u ma consolidação. Ou seja, pego as alterações propostas e as insiro na lei alterada, de modo a você poder ler o texto final, passado a limpo, como ele ficaria se fosse promulgado hoje. Não é o caso; tem muita água para passar por baixo dessa ponte, ainda. Coloquei as alterações em outra cor para facilitar o entendimento das últimas mudanças.
Se esse assunto lhe interessar, leia o texto, leia a argumentação da Senadora e faça sua própria avaliação. Sem alarde, sem induções pró ou contra (muita gente tem escrito, perguntando se deve responder sim ou não à enquete do Senado; e eu tenho evitado uma resposta desse tipo).
Espero, com isso, estar ajudando você a adquirir uma consciência crítica e livre sobre um tema tão controvertido e que tem alarmado os cristãos.
Rubem Amorese
Consultor Legislativo no Senado Federal e presbítero na Igreja Presbiteriana do Planalto

Há trabalho para você!


Com a ajuda de Deus, a equipe de capelania já implantou duas igrejas no Presídio Feminino de Santana (SP), mas precisa de mais pessoas, para atingir outros pavilhões
Talita Mendes
Todos os sábados, a equipe de capelania prisional da IAP, liderada pelas missionárias Léa de Paula e Solange, Dsa. Leni de Oliveira e Dá. Eliseu, está no Presídio Feminino de Santana – SP, cumprindo o mandato de Cristo, de pregar o evangelho a todas as pessoas.
No dia 21 de novembro de 2009, com auxílio do Pr. Jessé (IAP em Vila Progresso – SP), os irmãos estiveram lá para uma missão especial: celebrar o batismo de nove mulheres, seguido pela ceia do Senhor, da qual participaram 29 pessoas, para a glória de Cristo!
Foi um momento emocionante e especial, em que tivemos a certeza de que houve grande festa no céu (Lc 15:7) pelas vidas que ali se renderam aos pés de Jesus e o confessaram como único Senhor e Salvador.
Rute, a líder da Sociedade Feminina Adventista da Promessa no Pavilhão I, contou que encontrou na IAP um amor que não havia conhecido em lugar nenhum. “Através do amor demonstrado pelas missionárias comigo, pude me aproximar e conhecer Jesus. Sou outra mulher, com a graça do Senhor! E o que recebi, estou tentando transmitir às outras meninas”.
Além dos cultos realizados aos sábados com cerca de 60 mulheres, todos os dias elas se reúnem, compartilham as dificuldades, cantam louvores e oram juntas.
Mas ainda faltam muitas vidas para serem alcançadas ali, por isso o trabalho de evangelismo é constante. Com auxílio de Simone, a segunda líder, Rute leva os folhetos trazidos pelas missionárias da IAP e distribui nos quartos, aproveitando o momento para oferecer uma oração e deixando o convite para o culto do próximo sábado.
Entre as que já fazem parte do grupo de mulheres cristãs, está Kátia, de 30 anos, que sonha em ser escritora. Ela fez questão de mostrar seus poemas e revelou que gosta muito do livro de Salmos, já que é um livro cheio de poesias. Contou ainda que vai escrever sobre a história da sua vida e a mudança que Cristo fez, com o objetivo de incentivar outras mulheres a também servirem a ele.
Outro grupo, no Pavilhão II, também já foi alcançado e está servindo a Jesus! Glórias a Deus por isso! A líder desse outro grupo, Maria Hungria, disse que já tinha ouvido falar de Jesus quando era mais nova, mas que só lhe falaram do amor, não lhe falaram das provas que teria de enfrentar para segui-lo. Quando chegou o período da provação, infelizmente, se distanciou dele.
Ela contou que, quando saiu da igreja, era extremamente tímida, mas que sempre lhe diziam que ela iria voltar e ainda seria uma missionária. Segundo ela, achava graça dessas palavras. Hoje ela testemunha: “Onde eu iria ouvir sobre o amor de Jesus? Aqui dentro. Onde eu iria perder a timidez? Aqui dentro. Talvez tenha sido necessário chegar até aqui, mas ainda vou pra lugares distantes falar do que Jesus fez por mim”.
Apesar de não conhecer Rute, Maria reafirmou suas palavras: “Nós sabemos que a evangelização é o mais importante. Então levamos folhetos, fazemos cultos todos os dias, contamos testemunhos e oramos juntas”.
Há oportunidade para a equipe de capelania da IAP em outro pavilhão, mas faltam trabalhadores para esta tarefa. Pode ser que Deus esteja chamando você, para cumprir o que a Bíblia nos manda em Hebreus 3:13:”lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, e dos mal tratados, como sendo-o vós mesmo também no corpo”.
Talita Mendes é relações-públicas e congrega na IAP em São Caetano do Sul (SP).

Belo Horizonte (MG)

Aproveitando um final de semana de aula da Fatap, a Região Mineira realizou no domingo pela manhã um evento voltado para a vida familiar do pastor. Ocorreu no dia 14 de maio, no colégio Caetano Azeredo, em Belo Horizonte (MG), local onde acontecem as aulas da Fatap, e contou com a presença de quase todos os pastores e esposas da Região. Os que não puderam participaram, de municípios mais distantes, serão convidados para os próximos programas do Departamento Ministerial Regional.
O Pr. Luiz Alberto, ao lado de sua esposa, Dsa. Efigênia (o casal ministerial da Região Mineira), aproveitou para disseminar as informações colhidas durante o Treinamento para Pastores Ministeriais, realizado em Atibaia (SP) pelo Demi Geral, em março de 2011. Após um maravilhoso café da manhã, em que os casais foram presenteados com uma foto de ambos no Congresso Ministerial em Juatuba, em 2010, eles receberam instruções sobre os temas:
– As armadilhas para o casamento
– Ministério e finanças
– Vida devocional do pastor
– Esposa do pastor: solução ou problema?
– Infidelidade virtual
“Alguns pastores se manifestaram, trazendo boas contribuições para a palestra, ajudando a dar melhor interpretação e compreensão dos pontos. As intervenções oportunas do Pr. Otoniel Alves, diretor financeiro da IAP, ajudou em muito na execução do trabalho”, relata o Pr. Luiz Alberto.
Ele destaca ainda a colaboração da Diretoria Regional, na viabilização do evento, e as diaconisas Sonia, Anilda, Eudis, irmã Nayara e o Pr. Essueiro.

Projeto Guatemala

A reunião administrativa da Junta Geral Deliberativa (JGD) da IAP, que aconteceu de 29 a 31 de maio último, abordou diversos assuntos relacionados à IAP na Argentina, Brasil, Chile, Espanha e Portugal e ainda sobre o Projeto Guatemala.
O Projeto Guatemala é uma parceria entre a Junta de Missões e as Convenções Distrito Federal, Paulistana Leste e Paranaense, que visa à implantação da IAP na América Central: Guatemala (Cidade da Guatemala), Honduras (Tegucigalpa) e Nicarágua (Manágua).
Depois de meses de negociação, a transferência do pastor Tito Orantes, que há quatro anos pastoreia a IAP em Galzontes (El Salvador) entra na fase de definição, podendo acontecer no mês de julho de 2011. A família do irmão Arturo Rodas espera pela implantação da IAP na Guatemala há dois anos.
A convite da Junta de Missões, o pastor Tito Orantes está em visita missionária ao Brasil. Ele chegou ao país no dia 26 de maio, onde permanecerá até o dia 24 de junho, visitando as igrejas das Convenções parceiras do Projeto Guatemala.
Oremos para que tudo seja encaminhado pelo Senhor e que a IAP possa dar seus primeiros passos na Guatemala nos próximos meses.

Convenção Baixo Amazonas

A Convenção Baixo Amazonas da Igreja Adventista da Promessa batizou 200 pessoas no mês de junho de 2011. O Senhor da seara tem fertilizado os campos e o Espírito Santo tem feito florescer o evangelho nos corações daqueles que ouviram a mensagem de salvação.
Louvamos a Deus pelos resultados alcançados. Foram 200 vidas que desceram às águas batismais somente no mês de junho (período escolhido para batismos em todos os campos da Convenção). Os números revelam o amor, a alegria e a dedicação de líderes e irmãos pela causa do mestre, testemunha o pastor Moisés Sarrazin, diretor do Departamento de Evangelismo Regional.