Fé e dominio

Tiago trata em sua epístola a língua de uma forma singular (3: 1-12), quando vamos ao verso 4, e as figuras de: controlar o cavalo com freio e o navio com leme, percebemos serem imagens recorrentes no antigo Mediterrâneo, que seriam entendidas por todos, assim como no caso do cavalo que era um animal utilizado para o transporte de pessoas e cargas, e ambos precisavam destes instrumentos para o seu controle.

Já no versículo 5, temos o exemplo de como uma floresta pode ser incendiada por uma pequena fagulha de fogo, da mesma forma temos na língua um pequeno membro que pode incendiar muitas pessoas. Não é a toa que o salmista nos alerta: “Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios” (Salmos 141:3). Não se deve amaldiçoar as pessoas, que foram feitas à imagem de Deus (Tiago 3:9-12).

A língua é cheia de veneno mortal. Lashon hara’ (literalmente “língua do mal”) no judaísmo se refere à fofoca, calúnia, boato, difamação e outros maus usos da fala. O Talmude a condena severamente: se alguém fala lashon hara’, é como se ele negasse a Deus… o pecado de lashon hara’ é classificado igualmente aos pecados de idolatria, imoralidade sexual e assassinato.

Os três pecados nomeados são aqueles pelos quais, um judeu preferia perder sua vida a cometê-los.

Os antigos rabinos ainda ensinavam que ninguém deveria dizer: “Que meu próximo seja envergonhado’, pois assim você estaria envergonhando aquele que foi criado à imagem de Deus” (sobre Gênesis 5:1). O que dizer sobre nosso tempo de cancelamentos e fake news? Quando vidas têm sido destruídas na internet em pouco tempo?

Vale pensar de qual lado da torcida nós estamos? Se do lado para ver o circo pegar fogo, ou para que as pessoas sigam bem suas vidas…
Lembre-se que nossa melhor pregação é nossa vida, portanto de nada irá adiantar dominarmos nosso corpo, mas deixarmos que nossa língua entregue o que está em nosso coração.

Fé e ação

O apóstolo Tiago nestes versículos leva-nos a refletir sobre como ser um cristão autêntico. É fácil para a comunidade cristã afirmar que ser Cristão é ser parecido com Jesus Cristo e seguir os seus ensinamentos. No entanto, praticar o cristianismo pedido e ensinado por Cristo exige renúncias, bem como, a tão falada palavra “empatia”.

Muitas vezes somos levados pelo comodismo e não conseguimos enxergar as necessidades básicas do outro, ou seja, o alimento, a roupa, o calçado, entre outras coisas. Levamos o alimento espiritual e esquecemos- nos do que está escrito em Tiago 2:14-26“De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo? Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: ‘Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se’, sem porém lhe dar nada, de que adianta isso? Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta. Mas alguém dirá: ‘Você tem fé; eu tenho obras’. Mostre-me a sua fé sem obras, e eu lhe mostrarei a minha fé pelas obras. Você crê que existe um só Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios creem – e tremem! Insensato! Quer certificar-se de que a fé sem obras é inútil? Não foi Abraão, nosso antepassado, justificado por obras, quando ofereceu seu  ilho Isaque sobre o altar? Você pode ver que tanto a fé como as suas obras estavam atuando juntas, e a fé foi aperfeiçoada pelas obras. Cumpriu-se assim a Escritura que diz: ‘Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça’, e ele foi chamado amigo de Deus. Vejam que uma pessoa é justificada por obras, e não apenas pela fé. Caso semelhante é o de Raabe, a prostituta: não foi ela justificada pelas obras, quando acolheu os espias e os fez sair por outro caminho? Assim como o corpo sem espírito está morto, também a fé sem obras está morta”.

Outras vezes, somos tão ousados, que justificamos a nossa falta, afirmando que as obras não salvam. É certo que apenas Jesus Cristo salva, foi Ele quem derramou seu precioso sangue por nós e nenhuma obra humana pode libertar e salvar os que se acham perdidos. Todavia, precisamos entender que as boas obras foram preparadas para os salvos e que a fé sem as obras, é morta em si mesma. Sendo assim, despertemo-nos!

Você sabia que a humanidade está passando por um momento de crise? Que neste exato momento, pessoas estão morrendo de fome, perdendo seus empregos e sendo despejados de suas casas? É tempo de agirmos, não precisamos de muito. Usando o que temos, é possível fazermos a diferença e verdadeiramente seguirmos os ensinos de Jesus.

Fé e sabedoria

O homem sem fé é “alguém que tem a mente dividida e é instável em tudo o que faz” – Tiago 1:7-8

A aula pode começar com um enfático “DEUS não existe e acreditar no contrário é sinônimo de ignorância e estupidez”… seus pensamentos voam porque então você é um dos estúpidos, e um dos ignorantes! Afinal sua crença não avançou como a ciência e você ainda acredita em DEUS!

Na rodinha de amigos frases como “cada um na sua”, “cada cabeça um sentença”, “o que é certo pra você não é pra mim”, “afinal tudo é relativo”… podem me fazer pensar que absolutos realmente são coisas do passado, que minhas antes certezas agora são só um saco de dúvidas.

Se talvez você já se sentiu assim, eu preciso te dizer: não se jogue assim tão facilmente nessa teia, nessa ideia de quem sabe mais tem sempre razão! Não caia com tanta facilidade em palavras jogadas ao vento, pois a certeza do homem pelo homem é tão profunda quanto uma colher de sopa, nossas convicções tão fortes como um fino fio de algodão…

Afinal… o que dizer de um DEUS que pode equilibrar o universo nas pontas de seus dedos, e que em um único segundo pode percorrer toda sua imensidão? O que pensar de um DEUS que possui completa consciência de quem é e todo Seu poder?

E em um ponto completamente oposto, o que dizer do homem que desde as primeiras filosofias se pergunta “porque estamos aqui, quem somos, por que existimos?”? O que falar de um homem que ao mesmo tempo em que se enche de conhecimento, fica tão distante da sabedoria?

Cada pergunta como esta me deixa maluco… maluco por pensar que todo meu esforço e todo o meu descaso; toda meu conhecimento e toda minha falta de sabedoria; todo o meu prostrar e toda minha arrogância não assustam e nem surpreendem a DEUS!

A cada segundo que penso ter encontrado a resposta, sou lembrado que “antes que meu corpo tivesse forma, ELE já me conhecia”, que a voz que deu existência ao tudo é substituída por suas mãos a moldar cada detalhe de meu corpo. Sou lembrado que enquanto bato a cabeça procurando respostas onde pouca verdade há, procurando respostas onde ELE não está, ELE carinhosamente, através de si mesmo, através da natureza, através de seu sacrifício, me diz… “eu sou o caminho, eu sou a verdade, eu sou a vida!”

Enquanto eu continuo me perguntando “porque estou aqui, quem sou, por que existo?”… ELE rapidamente me responde que nEle, não só eu, mas todos nós, “nos movemos, vivemos e existimos”!

#Uni21On – Fé em tempos de ceticismo

Mulher com mochila de estudante. Ao fundo a foto da cidade, ambiente urbano, e a lolomarca do evento

Olá pessoal, vem aí o #Uni21On – Fé em tempos de ceticismo, um evento imperdível!

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A transmissão será pelo Canal do Youtube, e contamos com a participação de todos.

📌 Aguardem mais informações, logo, logo, daremos mais detalhes.

 

Um grande abraço.

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SUPERANDO AS DIFICULDADES

Ester foi uma mulher hebreia que se casou com um gentio. Ela salvou seu povo de um genocídio, e assim preservou a linha messiânica que inclui Rute e Boaz através de quem veio Jesus. O livro de Ester é um “drama”, podendo ser transformado numa peça teatral ou um filme cinematográfico de grande sucesso devido todas as tramas, crises, personagens significativos com os quais qualquer um de nós identificaria fácil, fácil. Mas não se trama de ficção, tudo foi real, e bem real!

Hoje fechamos nossa série de reflexões sobre fé e coragem, e se tratando de Hebreus 11, poderíamos fazer esse encerramento com muitos outros exemplos incríveis não é mesmo? Porém, acho justo fechar com Ester que nos traz ensinos fantásticos sobre superação de dificuldades. Nem vou entrar no mérito de suas qualidades nítidas e sempre citadas em muitas das pregações que já ouvimos… sua beleza autêntica e destacável dentre outras mulheres, sua pureza (virgindade) que foi determinante para que ela pudesse entrar no tal concurso de beleza.

Vamos destacar aqui sua fé e coragem que foi tão determinante na história, pois no momento da crise que iria massacrar o povo de Deus, ele a usou para mudar o rumo da trama maquiavélica orquestrada por Hamã (Ester 3: 5-9). Bem, o resto da história vocês já conhecem. O que aprendemos com isso tudo?

  • Dificuldades/Crises sempre existiram, e da mesma forma Deus sempre esteve no controle de todas elas, então te pergunto: Porque Deus não estaria no controle agora? Pense!
  • Todo momento de crise ou de dificuldade tem um propósito, não pense que as coisas acontecem por um acaso – Ester 4: 1-14
  • Sempre houveram homens e mulheres de Deus, obedientes, cheios de fé, coragem e confiança, não neles mesmos, mas no Deus todo Poderoso, que era, que é e sempre será o GRANDE EU SOU!

Deus glorioso, mantenedor da fé, gestor implacável de crises e ajudador nas horas de dificuldade. Tenha fé e seja alguém que será lembrado (a) por sua coragem e obediência assim como foi a Rainha Ester!

Um grande abraço,

Vivendo o extraordinário – aprendendo com Davi

“Que direi pois de… Davi… que da fraqueza tirou força…”Hb. 11:32a – 34b

O que podemos aprender com a história de vida desse grande servo de Deus chamado Davi?

Davi, o homem segundo o coração de Deus, não estava isento de passar por momentos difíceis em sua vida. Quero destacar um dos momentos da história de vida do Rei Davi que nos leva a refletir em diversas situações das quais vivenciamos em nosso dia a dia: momentos onde andamos pelos desertos, nos isolamos em nossas cavernas, crises existenciais onde nossa fé é colocada a prova. Então vem comigo para o Salmo 63.

Foi escrito por Davi em um dos piores momentos de sua vida. Ele se encontrava no deserto de Judá, escondido para não ser morto por seu próprio filho. Já imaginou ser traído por seu próprio filho? Ter que fugir, correr e se esconder para não ser morto por alguém que você viu crescer, que devotou amor, que um dia lhe chamou de pai? Pois era essa a situação enfrentada por Davi neste salmo. Davi não estava apenas em um deserto geográfico, mas sob tudo em um deserto espiritual. Todos nós, passamos por desertos na vida. O deserto pode ser a falta de emprego, a morte de alguém que amamos muito, o divórcio, o esfacelamento das relações familiares, a depressão, a falta de fé, enfim, são situações em nossas vidas que se assemelham a um deserto. Um deserto existencial; um deserto espiritual. Momentos de crise e intensa dor. Quem já não enfrentou? O deserto é inevitável. Todos passarão por ele, não por uma vez apenas, mais por diversas. O salmo 63 nos ensina que o deserto nunca deve ser visto como uma experiência onde imaginamos que Deus esqueceu-se de nós, que não está ao nosso lado; provando ainda mais a nossa fé ou colocando em xeque nossa espiritualidade. Muito pelo contrário. O deserto ocupa um lugar central na espiritualidade cristã. Na Bíblia todos os grandes homens que desfrutaram de comunhão e intimidade com Deus passaram pelo deserto. Abraão, Isaque, Jacó, José, Moisés, Elias e até mesmo o filho de Deus, nosso Salvador, Jesus Cristo. O deserto é o palco do encontro entre Deus e nossas particularidades. É o lugar onde conhecemos a Deus e a nós mesmos. Onde nasce uma fé firme, solidificado no solo da dor.

Davi nos ensina que o deserto é lugar de encontro com Deus. Nele a alma sedenta é farta; o coração desejoso é abastado; a alma faminta é saciada em Deus, no seu Filho Jesus e Espírito Santo consolador. O deserto é benéfico porque provoca sede. Sede de Deus, de seu amor, de sua companhia e presença. Para ser saciado é preciso ter sede. Para ser abastecido é necessário ter fome. Que possamos em nossa vida aprender dia a diai, mesmo em meio as nossas imperfeições, compreender o que Deus tem para nós e viver segundo o coração de Deus. Que Ele nos fortaleça em todo tempo.

Vencendo Batalhas

Há histórias incríveis relatadas no Livro dos livros, e elas têm uma relevância atemporal, principalmente por uma característica que permeia a essência de absolutamente todas elas. Eu falo da fé demonstrada por seus protagonistas nas respectivas situações em que foram colocados, e que se tornaram marcos épicos de referência para uma sociedade cristã que ainda mantém firme, os seus passos nessa jornada terrena.

Um desses personagens, apesar de não ter o seu nome relatado em Hebreus 11, possui também, uma enorme relevância. Começando pelo ‘simples’ fato de que, o seu mentor foi ninguém menos que Moisés, um dos poucos homens na terra que tiveram o privilégio de ter um vislumbre da presença de Deus na dimensão humana.

O mentor foi incrível, e o discípulo foi completamente fundamental para os planos de Deus naquela geração. Josué foi o único (além de Calebe) a entrar na Terra que havia sido prometida. Mais do que isso, ele foi a principal ferramenta de Deus para isso. A construção do líder que ele se tornou, se deu em um enorme processo, longo, doloroso, desgastante e praticamente sem recompensas! O que o movia, ressalto mais uma vez, era a sua fé!

Fé no Deus que o havia colocado diante dessa grande guerra por tornar o povo escolhido de Deus, efetivamente (e depois, com a vinda de Jesus, definitivamente), livre! O processo foi composto de muitas batalhas, das quais, na maioria das vezes, ele [Josué], era apenas coadjuvante! Desde as primeiras tratativas de Moisés com o Faraó, até o momento em que o povo acampava nos arredores de Jericó, Josué viveu intensamente cada uma dessas batalhas. Só foi possível vencer cada uma delas, devido à fé naquilo que, mesmo não fazendo sentido, e nem mesmo parecendo possível, ele sabia que veio do Deus vivo!

É fundamental que eu e você, façamos o exercício de nos perguntar se estamos lutando a mesma guerra de Josué, porque se a resposta for sim, precisaremos da fé que ele teve para atravessar cada uma daquelas batalhas, para chegarmos ao final da jornada alcançando de Deus o sentimento de dever cumprido, como sabemos que foi com esse grande homem na história da fé que nós acreditamos ainda hoje!

Saindo da crise

Pare para pensar: quantas vezes você ouviu a palavra “crise” nos últimos 15 dias? Se parou só agora para pensar nisso, vai perceber que a mesma palavra foi usada em várias situações diferentes, mas todas relacionadas a fatos que provocam adrenalina, tensão, medo e preocupação. O fato é que as crises não tornam a vida mais fácil de viver, afinal, não existe crise boa, não é mesmo? Na real, as crises doem. Algumas vezes no corpo, outras vezes na alma.

Observe Moisés, gerado no Egito em meio a uma crise. Sua mãe ainda não sabia o sexo, mas vivia a tensão, o medo e angústia de saber que, sendo menino, ele seria morto, segundo o decreto de Faraó. Todo esse turbilhão de sentimentos era absorvido por ele ainda no ventre. Ao nascer, teve que ficar escondido e depois foi rejeitado por força da situação. Viveu como filho adotivo em um lar que odiava seu povo, sua família e na adolescência, por não aceitar ser chamado de egípcio foi maltratado. Na fase adulta, carregou a culpa de matar um homem, fugiu e viveu no deserto por quarenta anos.

Tudo o que aconteceu na vida dele foi traumático o suficiente para gerar uma crise. Antes ele era um homem poderoso em suas palavras, quarenta anos depois, é um homem com complexo de inferioridade e insegurança que se sente incapaz de falar em público. No entanto, ele supera e sai da crise! Quer saber como isso aconteceu?

Primeiro, Moisés teve um encontro com Deus (Êxodo 3). Superar crises não é um processo fácil para ninguém, mas se Deus tem espaço na sua vida para direcionar suas decisões, o caminho para sair se torna mais acessível.

Segundo, Moisés enfrentou o passado e aceitou o desafio do presente, acreditando na promessa do futuro. Às vezes tudo que nós precisamos é dar um passo para trás, resolver o que ficou pendente, desbloquear sentimentos, perdoar, se reencontrar e seguir adiante.

Terceiro, ele aceitou a ajuda do seu irmão. Deus sabia o quanto Moisés precisava de alguém que lhe desse segurança, confiança e trouxe Arão para perto, isso o ajudou a enfrentar os desafios, a acreditar no potencial e capacidade que tinha, a se aproximar de sua família e seu povo.

Conte com a ajuda de pessoas dispostas a te ajudar, profissionais, amigos, familiares. Não rejeite o apoio de quem te ama. Dividir torna tudo mais leve. Ao sair da crise, Moisés se tornou um homem admirado, respeitado, amado. Em sua difícil liderança, demonstrou compaixão, amor, perdão, resiliência.

Aprendemos com Moisés que para sair de qualquer crise, é preciso dar o primeiro passo e fazer a escolha certa. Crises sempre existirão. Como você vai lidar com elas é que fará toda diferença!

Ahh e não deixe de ler os textos de Hebreus 11: 23–29 e Atos 7: 20–44.

Cobiça, de Êxodo a 2021

Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.

Quem olha para o décimo mandamento com a perspectiva do tempo atual talvez não consiga encontrar contexto ou aplicação. E se trocarmos os alvos da cobiça? A mulher, ok, dá pra manter. Mas, jumento, boi, serva, servo etc são coisas do contexto da época em que os mandamentos foram escritos. Todavia, o princípio permanece vivíssimo.

Em 2004, o ator de Hollywood Ethan Rawke estrelou um filme chamado Roubando Vidas (Taking Lives). No enredo, James ou Martin, é um jovem que desde muito cedo procura por pessoas que tenham uma vida interessante que lhe atraem e, para assumir os seus lugares ele as mata. A vida dele não o satisfaz e por isso ele se passa pelas suas vítimas, assumindo identidade, profissão etc.

Puxa, Ton. Para falar sobre cobiça você traz um filme tão pesado? Explico: talvez, o valor que os mandamentos têm tido atualmente tenha sido diminuído. Mas, não porque de fato perderam sentido, mas porque não estamos mais conseguindo fazer paralelos quanto a sua aplicação.

Quando eu era pequeno, confesso à vocês que tinha uma inveja dos amigos que tinham avôs. Eu tive minhas duas avós, mas não tive os avôs que se foram muito cedo. Era muito legal ouvir as histórias dos meus amigos com seus avôs. Eu tinha uma pontinha de inveja, mas não queria tomá-los para mim.

A inveja, natural do ser humano e que deve ser combatida, é diferente de cobiça. A cobiça cria um problema para o cobiçoso. Ele não se satisfaz com aquilo que tem e isso o torna ingrato perante a Deus. Portanto, o cobiçoso peca pela inveja implícita e pela ingratidão explicita.

Por isso, te convido a fazer um exercício: quando você observa a vida de seus amigos você sente inveja ou cobiça? Inveja é querer ter algo que as pessoas têm. Um carro igual, uma viagem para o mesmo lugar, um emprego na mesma empresa ou melhor. Cobiça é querer o carro, fazer a viagem, ter o emprego do amigo. Impossível? Olhem para Davi, o homem segundo o coração de Deus. Vacilou por uns instantes e deu no que deu. Cobiçoso e ingrato, quis ter a mulher de seu principal comandante e amigo. Se Davi vacilou …

Já quis ter o ministério do amigo? Já quis ter o namorado ou namorada do amigo ou amiga? Quem respondeu que sim, te convido a orar porque isso é pecado. Quem respondeu que não, te convido a orar para que não peque.

Não é pecado querer ter coisas, progredir, ter alguém como espelho, batalhar e conseguir. Pecado é invejar e cobiçar o que o outro tem. Que a amizade profunda do Espírito Santo esteja sempre com vocês.

 

Um abraço

Fala falsa!

“Não darás falso testemunho contra o teu próximo”Êxodo 20:16

Chegamos ao nono mandamento! E quando aqui chegamos a realidade é um soco no estômago. Usar palavra falsa é simplesmente mentir! Mentir. Numa época em que a palavra “mentira” é substituída por “inverdades”, “faltou com a verdade”… em uma época em que mentir não nos deixa nem com o rosto vermelho, a Palavra de DEUS permanece imutável!

Mas fato é que isso não é novo. O afastamento inicia-se quando demos ouvidos à primeira mentira. Satanás questiona a Palavra de Deus: “É assim que Deus disse? …mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis”(Gênesis 3:1-4). Ele questiona a Palavra de Deus. Você já parou para pensar nisso? Tudo começa com o questionamento da Palavra de Deus. Ele mente, ele deturpa, ele diz que Deus “faltou com a verdade”. Com isso em mente, como trazer isso para a importância do nono mandamento?

Sendo bem direto, dizer falso testemunho é mentir (literalmente, sem maquiagem) para prejudicar o seu irmãozinho… Deus abomina isso! Duas coisas ruins num mesmo mandamento: mentir e prejudicar o próximo! Isso aparece muito na Bíblia, mas penso que somente dois exemplos são suficientes: Estevão – “não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele [Estevão] falava. Então subornaram alguns homens para dizerem: ‘Ouvimos Estêvão falar palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus’. Com isso agitaram o povo e prenderam à Estêvão” – (Atos 6:10-12); e Jesus – “Os líderes estavam procurando um depoimento falso contra Jesus, para que pudessem condená-lo à morte. Mas nada encontraram, embora se apresentassem muitas falsas testemunhas”(Mateus 26:59,60).

Muitos de nós temos caído nessa. Mentimos sobre nosso irmão, sobre nosso colega de trabalho ou de estudo, sobre um(a) namorado(a) – e acrescente quem você quiser aqui, você já entendeu! E fazemos isso para nos beneficiar, para ganhar a disputa, para ser o(a) escolhido(a). Triste né?! Mas será que não pecamos assim? Pense um pouquinho. Pois é! E não é isso que nosso Deus espera de nós! Então se liga e pare com isso já! Peça perdão a Deus, às pessoas que você magoou ou prejudicou e deixe o Espírito Santo te alcançar e te transformar.

O salmista, “homem segundo o coração de Deus” pede: “Ensina-me a fazer a tua vontade, pois és o meu Deus. O teu Espírito é bom; guie-me por terra plana.” – Salmos 143:10. ‘Não é fácil Senhor, mas eu quero. Que o Teu bom Espírito Santo me ajude, me guie no caminho dEle’. É assim que parafraseio o salmista… é isso que penso que ele queria dizer aqui.

Aceite a proposta do Espírito Santo de viver por Ele, através dEle, a partir das decisões que Ele escolhe pra você, a partir das palavras que escolhe pra nós, a partir das atitudes que alegram o coração de Deus. Viva não na carne, não a partir do fruto que destrói. Viva no Espírito, a partir do fruto que é “amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio”Gálatas 5:22-23. Amém!

Não Furtarás

Além daquilo que você já sabe de cor e salteado, quero lembrar de algumas outras maneiras as quais nós acabamos caindo nesse pecado. Quantos livros em PDF, músicas ou filmes você tem baixado em seu celular ou computador? Sim, baixar cópias ilegais é uma forma de furto, porque você está obtendo algo que teve um custo, e alguém está sendo lesado, ou seja, furtado!

Quantas vezes você colou na escola? Sim também colar é uma forma de furto ou engano, que também está associado a mentira, que é outro pecado que já vimos aqui. Relaxar no horário do expediente, é outra maneira de roubar, nesse caso quem paga pelo seu tempo de trabalho. Esbanjar algo que não é seu, infringe da mesma maneira. Do lado do empregador superfaturar algo, ou pagar menos do que o justo enganado alguém que esteja sendo lesado “ou furtado”.

No Gênesis Deus fala ao homem dizendo: “Do suor do seu rosto comerás o teu pão” – 3:19. Temos nesse princípio bíblico de que devemos conseguir as coisas pelo nosso esforço, ou seja suor mesmo. Assim como o salmista diz: Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. Salmos 128:2.

Podemos nos perguntar ainda como lidamos com o jeitinho brasileiro? Quando pensamos em um governo que arrecada trilhões de reais e não nos dá retorno, além de corrupção e mais corrupção? Ai quando temos a opção de comprar algo sem nota fiscal obtendo desconto o fazemos, ou quando podemos pagar menos imposto fazemos o possível pra maquiar nossas contas. Estamos roubando da mesma forma que criticamos, porque não existe almoço grátis, alguém paga por ele.

“O pior dia da vida de um homem é o dia em que ele senta e planeja como conseguir alguma coisa por nada”-  Thomas Jefferson. Paulo também nos dá uma orientação para saímos desse pecado: “Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade” – Efésios 4:28

Ao contrário do furto, temos o exemplo do Bom Samaritano, os assaltantes furtaram e ele voluntariamente deu (Lucas 10-30-36). Nosso desafio é nos doarmos como Cristo o fez na cruz, por amor aos nossos pecados, inclusive os pecados os furtos.

OS ADÚLTEROS

Chegamos ao sétimo mandamento desta série. E antes que você pense que não tem nada a ver contigo, só porque não é casado, preciso dizer que este texto também é para você!

Sim! “Não adulterarás” é uma ordem para casados e para solteiros também. Explico melhor.

Há um princípio que rege o mandamento. Trata-se de um preceito sobre pureza sexual. Este mandamento não é apenas uma proibição para casados fazerem sexo fora do casamento, mas para que homens e mulheres, casados ou não, tratem da sua sexualidade com santidade.

Isso está claro no ensino de Jesus sobre este mandamento. Veja: “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Não cometa adultério’. Eu, porém, lhes digo que quem olhar para uma mulher com cobiça já cometeu adultério com ela em seu coração” (Mt 5:27,28).

Em seu ensino, Jesus amplia a compreensão da lei de Deus. Nosso Senhor está nos ensinando que o adultério não se consuma na cama, mas no coração. Ou seja, o mandamento estabelece um princípio para o comportamento sexual saudável. Alguém já disse que Deus criou o sexo seguro e o chamou de casamento. É isso! O casamento é o ambiente certo para a prática saudável da sexualidade.

Os discípulos de Jesus compreenderam a extensão do seu ensino. Paulo disse que se você não puder controlar seus impulsos sexuais, é melhor casar do que arder em desejo (I Co 7:9).

Então, faça o que a bíblia diz e fuja da impureza! (I Co 7:18). Não exponha seu corpo mais do que o necessário. Conquiste o coração da outra pessoa fazendo-a se encantar por seu caráter, não por seu corpo.

Seja paciente, e em oração, espere o seu casamento para apreciar a nudez de alguém. Se estiver difícil, procure ajuda de algum cristão maduro.

Lembre-se que quando a tentação chegar, Deus também envia um escape para você! (I Co 10:13).

Glorifique a Deus no seu corpo!

Abraço

Não mate!

Paz de Cristo!

Existe muita coisa que poderia ser dita sobre esse mandamento, mas analisaremos apenas três aspectos. Em primeiro lugar, Deus é favor da vida!

Durante a escravidão no Egito, o povo de Israel suportou um sofrimento que causava a morte física e emocional. Então os israelitas alimentavam ódio contra os egípcios. Esse sofrimento banalizou o verdadeiro valor da vida, e alimentava nos israelitas o desejo de vingança mortal contra os outros. Eles acreditavam que era justo matar os inimigos. Mas depois que eles foram livres de faraó para servirem ao Senhor em aliança, Israel deveria abandonar a vingança que gera morte, e abraçar a vida em comunidade. Em segundo lugar, o povo de Israel precisava aprender que Deus é contra a violência. No Egito eles foram vítimas de muitas situações de violência. O ato violento de matar outra pessoa foi banalizado no mundo antigo e a violência era tanto a regra como a porta de entrada para o assassinato. Assim, Uma vez livres da escravidão, os israelitas também deveriam se livrar da violência, por causa do Deus da paz que estava ao lado deles. Em terceiro lugar, “é proibido matar”. Salvo as exceções de juízo divino, tirar a vida do semelhante não era uma opção. Cabe somente a Deus o direito de tirar a vida de alguém, já que Ele é o doador da vida e soberano governante do universo. A preservação e a proteção da vida devia prevalecer a todo custo. Israel precisava ser diferente e desenvolver uma cultura de vida e não de morte, tomando por base o caráter do Deus doador da vida.

Enquanto os povos pagãos daquela época banalizavam a vida matando uns outros, Israel deveria proteger e valorizar a vida em toda sua abrangência, porque aprenderam que cada ser humano carrega a imagem e semelhança de Deus. Bem, agora que sabemos de tudo isso, e daí? Vamos comparar o texto com a nossa vida!!! Se somos jovens cristãos então devemos ser a favor da vida, sempre! Precisamos nos posicionar a favor da vida que vem de Deus, abandonando e lutando contra o sofrimento que gera morte física, espiritual e emocional.

Precisamos abandonar a violência! Todo ato de morte é um ato de violência que pode ser cometido contra meu semelhante ou conta nós. Gestos, palavras, comportamentos e sentimentos que geram violência também podem mantar uma pessoa física, emocional e espiritualmente. Você sabia disso? Deus não admite que seus filhos pratiquem atos de morte. Ele nos salvou dando sua vida para que fôssemos proibidos de matar. Já pensou nisso? Isso significa que é proibido matar a fé , a esperança, o amor, a doutrina, os sonhos, a vida… mas é permitido viver intensamente a vida que Só Deus proporciona!!!

Então, vivamos a vida que Deus nos deu! Paz!

Honra e promessa

Todo adolescente sonha com o dia em que terá 18 anos. Todo filho pensa que se estivesse no lugar do seu pai ou da sua mãe, faria diferente, e melhor; eu também já pensei assim, e cresci ouvindo meu pai dizer: “O caminho por onde você está andando eu já andei!”

O quinto mandamento fala de honrar os pais. A palavra honra significa ser pesado, precioso. Pense numa pepita de ouro do tamanho dos seus pais. Eles são os tesouros que Deus colocou na sua vida, e você deve cuidar, proteger e admira-los por isso. É tanto de uma ordem, quanto de um privilégio.

Pense em Jesus! José e Maria eram preciosos para ele, e os honrou como seus pais. É claro que eles pecaram como pais, assim como os seus pais pecam contra você. Mas em nenhum momento você verá Jesus os desobedecendo. Este mandamento, também traz uma promessa preciosa. Não trata necessariamente de viver muitos anos, pois sabemos de bons filhos que viveram pouco. Mas se trata de viver intensamente os dias que Deus te dá diante do próprio Deus. O objetivo de Deus é dizer a você o que ele disse a Jesus: “Este é meu filho amado, em quem tenho prazer!”

Será que seus pais podem dizer isso de você? Se você não honra seus pais, como espera honrar a Deus? Uma última coisa: está com dificuldades com seus pais? Experimente nascer de novo, nascer de Deus, do Espírito. Não se trata de legalismo no fim, e sim de uma nova natureza, a do Filho de Deus.

O dia que DEUS abençoou

Já ouviu essa frase? “Vai descansar do que rapaz? Não faz nada, só come e dorme!”.

No dia da benção, como estamos? Todo dever relativo ao trabalho foi cumprido nos dias anteriores (seis dias trabalharas), desta forma nossa mente está pronta para descansar, missão cumprida mente livre. Para quem descansa por preguiça, é simples, não coma (“Se alguém não quiser trabalhar, também não coma” – 2 Tessalonicenses 3:10).

O sábado é uma recompensa do Pai para aqueles que entenderam a parte dos 6 dias no mandamento, Ele próprio “entendeu” no trampo lá em gênesis. Neste contexto curtir a benção não é resultado apenas do conhecimento das letras, mas do exercício FUNCIONAL DIÁRIO do princípio, o sábado precisa estar nos nossos movimentos naturais, quando isso acontece os efeitos são inevitáveis.

Essa realidade não será eterna. Quero dizer que em nossos dias aqui na terra nós vivemos os “seis dias” e dentro deles podemos curtir parte do sabor verdadeiro daquilo que viveremos quando Jesus voltar.

Se liga, nos céus não vamos mais sextar! Só vai ser sábadooou! Saem as expectativas e entra a realidade.

“Nos resta um repouso” Hebreus 4:9