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Rebeca Andrade: “Eu sou preta e vou representar todo mundo. No esporte não tem que ter isso!”

 

Rebeca Andrade, atleta de 22 anos, natural de Guarulhos, na Grande São Paulo, foi a primeira mulher brasileira a vencer duas provas na mesma edição dos Jogos Olímpicos. Na última quinta-feira (29), Rebeca conquistou a primeira medalha olímpica da ginástica artística feminina. Nesta prova, o individual geral, vale a soma das notas dos quatros aparelhos e define a ginasta mais completa do mundo. A brasileira terminou na segunda colocação com 57,289 pontos, garantindo a medalha de prata para o Brasil. A primeira colocação ficou com a americana Sunisa Lee com a pontuação 57,433.

Neste domingo (01) a já medalhista conseguiu mais um marco histórico na conquista da medalha de ouro, no salto da ginástica artística com a pontuação média de 15,083, superando as favoritas para o podium. A americana Mykayla Skinner pegou a prata e fez 14,916 e a sul-coreana Seojeong Yeo, ficou com o bronze e média de 14,733.

A história de Rebeca Andrade é uma história de superação, determinação e muito apoio. Seu sonho começou quando ainda era uma criança de 4 anos, em um projeto social local, onde recebeu o apelido de “Daianinha de Guarulhos”, uma referência a Daiane dos Santos, vencedora de nove medalhas de ouro em campeonatos mundiais no solo entre 2003 e 2006.

Rebeca enfrentou dificuldades financeiras quando estava iniciando sua carreira, chegou a dormir na casa de seus treinadores para ir treinar. Ela lembra que sua mãe ia trabalhar a pé para lhe dar o dinheiro da condução ou seu irmão a levava de bicicleta aos treinos. Ela sofreu três lesões no joelho, a última em 2019, chegou a pensar em desistir da vida de atleta, mas sua mãe a incentivou a continuar firme.

Falando sobre o fato de ser mulher e negra, Rebeca Andrade, afirmou: “Eu sou preta e vou representar todo mundo. Preto, branco, pardo, todas as cores, verde, azul e amarelo. No esporte não tem que ter isso, você tem que representar todo mundo”. Rebeca está correta, sua fala nos faz refletir e nos dá uma belíssima lição em um tempo de “guerras ideológicas” e “preconceitos estruturais”, além de reforçar o combate ao racismo e reforçar a igualdade entre as pessoas.

Pois, segundo a Bíblia, não temos diversas raças, apenas uma. Em Gênesis, Deus criou a raça humana, o que separou as pessoas umas das outras, fazendo distinções por causa da cor da pele ou outras questões sociais foi a entrada do pecado no mundo.

Todavia, olhando para o Evangelho de Jesus, temos esta percepção: Não há mais judeu nem gentio, escravo nem livre, homem nem mulher, pois todos vocês são um em Cristo Jesus (Gl 3:28). Ou seja, não apenas no esporte, mas nas mais diversas áreas da sociedade, o preconceito encontrado é um efeito do pecado em nós que encontra verdadeira solução em Cristo, ele nos ajuda a ter uma compreensão correta de nós mesmos e dos outros, pois nossa identidade é redimida: E agora que pertencem a Cristo, são verdadeiros filhos de Abraão, herdeiros dele segundo a promessa de Deus (Gl 3:29). Portanto, é necessário voltar-se para a pessoa de Jesus e reconhecer sua obra salvífica para desfrutar sua paz e vencer os males deste mundo.

Em seu agradecimento, Rebeca atribui a conquista do ouro a bondade de Deus, ao afirmar: “Deus é bom o tempo todo”. Em conversa com o narrador Galvão Bueno, sua mãe, dona Rosa, revelou: “Somos evangélicos, então nos preparamos espiritualmente, com muita oração”.

Que o exemplo de Rebeca e sua família nos inspire a buscar em Deus o preparo espiritual em nossa vida pessoal e que o Evangelho de Jesus, nosso Senhor e Salvador, norteie nossa visão de mundo, para superarmos as barreiras instauradas pelo pecado, vivendo na dependência da graça de Deus, em todas as áreas da vida.

 

Mateus Almeida | é Teólogo, Pastor da Promessa em Itatiba e Bragança Paulista e Líder do Ministério de Ensino da Convenção Paulista.

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