Vencendo Batalhas

Há histórias incríveis relatadas no Livro dos livros, e elas têm uma relevância atemporal, principalmente por uma característica que permeia a essência de absolutamente todas elas. Eu falo da fé demonstrada por seus protagonistas nas respectivas situações em que foram colocados, e que se tornaram marcos épicos de referência para uma sociedade cristã que ainda mantém firme, os seus passos nessa jornada terrena.

Um desses personagens, apesar de não ter o seu nome relatado em Hebreus 11, possui também, uma enorme relevância. Começando pelo ‘simples’ fato de que, o seu mentor foi ninguém menos que Moisés, um dos poucos homens na terra que tiveram o privilégio de ter um vislumbre da presença de Deus na dimensão humana.

O mentor foi incrível, e o discípulo foi completamente fundamental para os planos de Deus naquela geração. Josué foi o único (além de Calebe) a entrar na Terra que havia sido prometida. Mais do que isso, ele foi a principal ferramenta de Deus para isso. A construção do líder que ele se tornou, se deu em um enorme processo, longo, doloroso, desgastante e praticamente sem recompensas! O que o movia, ressalto mais uma vez, era a sua fé!

Fé no Deus que o havia colocado diante dessa grande guerra por tornar o povo escolhido de Deus, efetivamente (e depois, com a vinda de Jesus, definitivamente), livre! O processo foi composto de muitas batalhas, das quais, na maioria das vezes, ele [Josué], era apenas coadjuvante! Desde as primeiras tratativas de Moisés com o Faraó, até o momento em que o povo acampava nos arredores de Jericó, Josué viveu intensamente cada uma dessas batalhas. Só foi possível vencer cada uma delas, devido à fé naquilo que, mesmo não fazendo sentido, e nem mesmo parecendo possível, ele sabia que veio do Deus vivo!

É fundamental que eu e você, façamos o exercício de nos perguntar se estamos lutando a mesma guerra de Josué, porque se a resposta for sim, precisaremos da fé que ele teve para atravessar cada uma daquelas batalhas, para chegarmos ao final da jornada alcançando de Deus o sentimento de dever cumprido, como sabemos que foi com esse grande homem na história da fé que nós acreditamos ainda hoje!

Como vencer a tentação

Mateus 4:1: “Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo”.

Em nossa batalha cristã, por vezes somos colocados diante de situações em que precisamos vencer a tentação. Somos levados a desertos que provam nossa fé e conduta. No entanto, é importante lembrarmos que não estamos sós nessa luta. O escritor aos Hebreus registrou: “Porque, tendo em vista o que ele mesmo – Jesus Cristo – sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo tentados” (Hb 2:18).

Jesus, ao tornar-se homem, foi levado ao deserto para ser tentado. Ele obteve vitória e nos mostrou que é possível vencer e triunfar sobre Satanás. Cristo não se deixou levar pela necessidade do momento. Apesar de estar num deserto e com fome, não cedeu às vontades do inimigo. Seu estado aparentemente frágil nunca foi de fato sinal de fraqueza. Ele venceu através de sua confiança no Pai e com o conhecimento da Palavra.

Quando você sentir que está no deserto, cercado por tentações, resista ao Diabo. Use o conhecimento que tem das Escrituras.

Agarre-se com todas as suas forças a Deus, Confie no Senhor. Não se renda ao pecado para suprir suas necessidades, não venda sua salvação por uma oferta de Satanás, a recompensa do Senhor será grandiosa se você perseverar até o fim.

Saiba que em Deus, suas forças serão renovadas, sua fé será fortalecida e se tornará inabalável. Você sairá desse deserto mais forte e preparado para enfrentar tudo o que vier pela frente.

Siga os passos de Jesus “Pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado (Hebreus 4:15)

Por Mary Ivany – Colaboradora do MJGeral

Post lançado dia 20/01/2021

Dia de batalha

Portanto tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, permanecer firmes.” – Ef 6.13

Ministério é sinônimo de guerra. Afinal, estamos lidando com a questão mais importante da vida, que é a salvação. Fazer com que pessoas que vivem nesta terra, respirando este mundo e seus prazeres, a desejar a eternidade ao lado do Senhor, é um desafio diário.
Além disso, a Bíblia fala de um “dia mau”. E o que vem a ser isso? Embora tenha-se a interpretação futurística, o contexto da carta está tratando de assuntos práticos. Não ignoramos o posicionamento escatológico da grande tribulação, que os dias que antecedem a vinda de Cristo serão mais difíceis – 2 Tm 3.1-5. Mas cremos que este termo pode ser observado em toda a história da Igreja. Este “dia mau” pode ser interno, de dentro da própria Igreja ou externa, de fora para dentro. A Igreja é composta de gente falha, pecadora, que dá oportunidade para o adversário agir. Essa expressão nos faz entender que, além das lutas diárias, há determinados períodos em que as batalhas são mais intensas. É um dia em que as trevas resolvem oprimir e atacar o povo de Deus com muita intensidade.
Muitos definem “este dia”, de forma figurada, como uma tempestade de areia no deserto, um terremoto, um furacão, um assalto relâmpago, uma bomba camuflada que explode… algo que chega de repente, complicando tudo, roubando esperança e a alegria de viver.
Não estava previsto na agenda e de repente, um escândalo, uma forte tentação, uma má notícia, uma divisão, uma traição, uma injustiça, ou mesmo algo simples quase transforma num palco de guerra. E por causa dessas coisas geram-se despesas, reuniões desgastantes, viagens, tempo, tristezas e perdas.
Bom seria se a caminhada da Igreja fosse sempre em “céu de brigadeiro” e não houvesse tribulações. Mas não é assim no ministério pastoral e devemos estar preparados. De vez em quando, enfrentamos um dia como esse. O Senhor deseja que sejamos vigilantes e alertou: “…sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas. ” – Mt 10.16. Precisamos destas duas virtudes equilibradas: prudência e simplicidade. Ele também deseja que façamos tudo e ainda assim permaneçamos firmes, inabaláveis, de pé.
O dia mau é permitido, não para nos derrotar, mas para nos fazer fortes e crescer na graça e companhia dEle.

Pr. Elias Alves Ferreira integra a equipe do Departamento Ministerial – Convenção Geral.