Saindo da crise

Pare para pensar: quantas vezes você ouviu a palavra “crise” nos últimos 15 dias? Se parou só agora para pensar nisso, vai perceber que a mesma palavra foi usada em várias situações diferentes, mas todas relacionadas a fatos que provocam adrenalina, tensão, medo e preocupação. O fato é que as crises não tornam a vida mais fácil de viver, afinal, não existe crise boa, não é mesmo? Na real, as crises doem. Algumas vezes no corpo, outras vezes na alma.

Observe Moisés, gerado no Egito em meio a uma crise. Sua mãe ainda não sabia o sexo, mas vivia a tensão, o medo e angústia de saber que, sendo menino, ele seria morto, segundo o decreto de Faraó. Todo esse turbilhão de sentimentos era absorvido por ele ainda no ventre. Ao nascer, teve que ficar escondido e depois foi rejeitado por força da situação. Viveu como filho adotivo em um lar que odiava seu povo, sua família e na adolescência, por não aceitar ser chamado de egípcio foi maltratado. Na fase adulta, carregou a culpa de matar um homem, fugiu e viveu no deserto por quarenta anos.

Tudo o que aconteceu na vida dele foi traumático o suficiente para gerar uma crise. Antes ele era um homem poderoso em suas palavras, quarenta anos depois, é um homem com complexo de inferioridade e insegurança que se sente incapaz de falar em público. No entanto, ele supera e sai da crise! Quer saber como isso aconteceu?

Primeiro, Moisés teve um encontro com Deus (Êxodo 3). Superar crises não é um processo fácil para ninguém, mas se Deus tem espaço na sua vida para direcionar suas decisões, o caminho para sair se torna mais acessível.

Segundo, Moisés enfrentou o passado e aceitou o desafio do presente, acreditando na promessa do futuro. Às vezes tudo que nós precisamos é dar um passo para trás, resolver o que ficou pendente, desbloquear sentimentos, perdoar, se reencontrar e seguir adiante.

Terceiro, ele aceitou a ajuda do seu irmão. Deus sabia o quanto Moisés precisava de alguém que lhe desse segurança, confiança e trouxe Arão para perto, isso o ajudou a enfrentar os desafios, a acreditar no potencial e capacidade que tinha, a se aproximar de sua família e seu povo.

Conte com a ajuda de pessoas dispostas a te ajudar, profissionais, amigos, familiares. Não rejeite o apoio de quem te ama. Dividir torna tudo mais leve. Ao sair da crise, Moisés se tornou um homem admirado, respeitado, amado. Em sua difícil liderança, demonstrou compaixão, amor, perdão, resiliência.

Aprendemos com Moisés que para sair de qualquer crise, é preciso dar o primeiro passo e fazer a escolha certa. Crises sempre existirão. Como você vai lidar com elas é que fará toda diferença!

Ahh e não deixe de ler os textos de Hebreus 11: 23–29 e Atos 7: 20–44.

Cristo é a razão da nossa esperança

Mesmo em meio às crises, podemos viver contentes

“Não estou dizendo isso porque esteja necessitado, pois aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância. Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece”. (Filipenses 4: 11-13).
Ao longo destes últimos dias, estamos atentos às notícias e ao desenrolar dos acontecimentos relacionados à paralisação dos caminhoneiros em nosso país. Uma das razões principais pelas quais essa paralisação chama a nossa atenção é justamente as suas consequências e as repercussões para a vida e o cotidiano de cada um. A paralisação dos caminhoneiros nos mostra como esse grupo de trabalhadores é imprescindível para a economia de nosso país. Não vamos aqui fazer uma análise política ou social da greve, mas a partir desse acontecimento, reforçar que Cristo é aquele que nos sustenta e nos fortalece, mesmo em meio à crise e à escassez.
Em Filipenses 4: 11- 13, o apóstolo Paulo apresenta-se como alguém que já havia vivenciado vários tipos de situações: tanto boas quanto ruins. Ele já havia participado de refeições abundantes, mas também sabia o que era a crise, escassez e fome. Paulo já havia vestido belas roupas, e em outras situações, havia tido apenas o indispensável. O Império Romano vivenciou também suas crises, e certamente Paulo viu de perto algumas delas. O fato é que este homem, por causa de seu relacionamento com Deus e sua entrega a ele, aprendeu o grande motivo para não se desesperar em meio às crises: a presença de Cristo Jesus em sua vida.
A nossa esperança e o nosso contentamento não podem estar baseados nas circunstâncias externas que vivemos, mas naquele que é fiel e que nunca falhará: o nosso Salvador, Cristo Jesus. Em nosso dia a dia enfrentamos todo o tipo de situações, mas o que faz a diferença em nossa vida é reconhecermos que Cristo cuida de nós, nos fortalece e é a razão de nossa esperança. Isso não faz de nós pessoas alienadas e que não se preocupam com a situação da nossa nação. Pelo contrário, pelo fato de crermos na Bíblia Sagrada temos a oportunidade e a responsabilidade de orar pelo nosso país e exercer a nossa cidadania da melhor forma possível, conforme a orientação da Palavra de Deus. No entanto, a partir do momento em que entregamos nossas vidas a Cristo e o buscamos de todo o coração reconhecemos também que a razão da nossa esperança e de nosso contentamento é ele, e não determinada pessoa ou circunstância. Por isso, podemos afirmar que podemos enfrentar qualquer tipo de situação, pois é Cristo quem nos fortalece, cuida de nossa vida e não nos abandona.
Sendo assim, seja enfrentando um momento tranquilo e de fartura, seja enfrentando um período de instabilidade e escassez, confie no cuidado e na suficiência de Cristo, pois ele é a razão da nossa fé e esperança. Além disso, justamente pelo fato de reconhecermos a suficiência de Jesus – o Autor e Consumador da nossa fé, somos convocados a interceder pelo nosso país e a exercermos nossa cidadania para a glória de Deus.

Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infantojuvenil Regional da Convenção Noroeste Paulista.

Crise no ES

Oremos por nossos irmãos

A crise na segurança pública no estado do Espírito Santo já matou 70 pessoas, de sexta feira até hoje. O país assiste, estarrecido, como as cidades da grande Vitória se transformaram numa terra sem lei. Mas, nós, como cristãos, devemos fazer mais do que simplesmente assistir ao noticiário: devemos orar!
Vamos clamar para que haja paz, para que a segurança seja restabelecida e que Deus guarde a população. Vamos nos lembrar dos nossos irmãos, que clamam por nossa intercessão!
 

Europa em crise

Somente a riqueza de Deus não envelhece e não sofre depreciação
A crise financeira do continente europeu é assunto das principais manchetes no mundo. A instabilidade na economia europeia nos faz refletir o quanto os tesouros dessa vida são efêmeros. Uma região do globo, marcada pelas riquezas de suas conquistas, passa por um momento de incerteza nas  finanças. Nesse momento de escassez no velho mundo constatamos a veracidade das palavras do mestre:  “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.
Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.”
(Mateus 6:19-21).

Tudo o que temos nessa vida tem “prazo de validade”. Nada proveniente deste mundo pode ser considerado eterno. Com o passar do tempo, objetos envelhecem, dinheiro perde o valor, bolsas de valores despencam, riquezas são roubadas. Parece cena de um filme melancólico, pois o ser humano passa uma vida construindo o seu “castelo” e o vê desmoronando como se todo seu esforço tivesse sidoem vão.  Dianteda insegurança das riquezas dessa vida somos desafiados a refletir sobre a razão da nossa existência. Se todas as coisas são passageiras, para qual fim devemos trabalhar?
O Salvador da humanidade nos mostra que o maior tesouro dessa vida não está registrado no cartório de imóveis de uma cidade, na conta de uma agência bancária ou em algum tipo de aplicação financeira. Jesus jamais rechaçou a prosperidade oriunda de um trabalho honesto, mas ressaltou que o coração do homem deve buscar tesouros ainda mais preciosos. Segundo o Rei dos reis, o coração dos que temem a Deus precisa se alojar na maior das riquezas, a qual esse mundo jamais poderá oferecer.
A riqueza recomendada por Jesus não perde a validade, não envelhece, não sofre depreciação, não pode ser roubada. Jesus apresentou a vida eterna como principal tesouro a ser buscado (Jo 3:16-17; 6:47, 54; 10: 28; Rm 6:23; I Tm 6:19 I Jo 2:25; Jd 21). As conquistas dessa vida perderão completamente o sentido se a salvação for desprezada. O que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Mc 8:36; I Cor 15:19).
A vida eterna oferecida por Jesus garante vida abundante, saúde, moradia,  segurança,  amor, paz, alegria e tudo aquilo que atende aos anseios humanos (Jo 10:10; Jo 5:24, 14:1-2; Ap 21:4, 22, 23; 22:2). Essa riqueza jamais poderia ser adquirida pelos recursos dessa vida. O preço desse tesouro era alto demais para ser comprado por homens pecadores. Jesus, sendo perfeitamente santo, pagou o preço morrendo no calvário. Adquiriu com seu sangue puro essa preciosidade, chamada vida eterna. O sucesso na vida material é uma verdadeira “montanha russa”.
As circunstâncias econômicas nas quais estamos inseridos nem sempre nos permitirão alcançar o sucesso desejado.  Por essa razão, o Cristo de Deus nos recomenda a investir nossa vida no “cofre celestial”, onde nossa maior riqueza estará guardada. Com o nosso coração no lugar certo, não nos surpreenderemos com as voltas que esse mundo dá, pois enquanto os homens se preocupam com o ouro e a prata “nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.” (II Pe 3:13).
Pr. José Wilbert Magalhães é vice-superintendente da Convenção Litoral e Leste Paulista

Luz no fim do túnel

A crise pode ser uma oportunidade, se nos voltarmos a Deus
 A Bíblia fala sobre ela há muito tempo! À medida que a volta do Senhor se aproxima, ela alcança maiores proporções (II Tm 3). Hoje, ela tem sido uma das principais manchetes dos noticiários. Temos nos acostumado a ouvir e até nos arriscamos a falar sobre ela. Ela está cada vez mais próxima a nós e, direta ou indiretamente, nos afeta. Ela é a CRISE!
Crise na família, crise na saúde, crise na educação, crise na segurança, crise moral, crise nos relacionamentos, crise política. No Ministério dos Transportes, há quase dois meses, um esquema de cobrança de propinas foi descoberto, o diretor-geral do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antônio Pagot, caiu e mais de 20 funcionários foram exonerados. No Ministério do Turismo, empresas de fachada e de propriedade de membros que faziam parte do esquema, foram usadas para direcionar licitações e firmar convênio em que recursos eram desviados. Crise nas nações: Líbia, Egito, protestos na Jordânia, Iêmen, Argélia, Mauritânia, Síria, Arábia Saudita, Bahrein, Marrocos, Sudão e Omã. Crise na paz: Londres em Guerra, atentado na Noruega. Crise na economia: Grécia não consegue dinheiro emprestado para se financiar; Estados Unidos no vermelho, risco de calote americano. Crise na natureza: terremoto e furacão em Nova Iorque.
Não podemos deixar de pensar em tudo isso no aspecto espiritual. Afinal, não estamos imunes à crise. As crises vividas em todos esses ambientes citados são, sem dúvida, reflexo do distanciamento do homem do seu criador! Portanto vivemos também uma crise espiritual.
Essa crise espiritual é percebida e sentida em nossos cultos. Muitas vezes começa nos púlpitos, através das heresias pregadas, da enxurrada de palavras sem unção do Espírito, da pregação que infla o nosso ego, desprovida de abnegação e de cruz (Mc 8.34), e se reflete em nosso dia a dia.
Olhe para as nossas Escolas Bíblicas! Há mais ou menos trinta anos elas foram substituídas, abolidas ou quase não existem em muitas igrejas, sob o argumento de não serem atrativas e por falta de participação. Sejamos sinceros! Olhe para o horário em que as pessoas chegam à Escola Bíblica e ao culto, e muitas, sem a mínima motivação ou interesse. A crise não é apenas política, econômica, familiar, sócio – ambiental, a crise é, sobretudo, espiritual.
Entretanto, sob todos os aspectos, principalmente o espiritual, a crise pode ser uma oportunidade!
Olhemos para a Bíblia. Há muito tempo atrás, no Salmo 46, o salmista já nos indicava um mundo em crise, uma natureza em crise (v. 2,3 ); nações em crise (v. 6,9). Os cenários vividos por nós hoje, são descritos anos trás. Para ele, a crise não impõe medo ou terror (v2)! Ela é vista como uma oportunidade e isso nos ensina muito!
 
A crise é uma oportunidade de reconhecer que as coisas não vão bem!
Só podemos escapar dela se acreditarmos que ela existe. Por isso, admita a crise! Reconheça seus problemas, suas dificuldades, seus erros. No meio dela, podemos nos arrepender da nossa desonestidade, dos nossos esquemas, dos nossos pecados! Afinal, nada há encoberto que não seja revelado (Mt 10.26), e de Deus não se zomba, pois tudo que o homem semear, também ceifará (Gl 6.7).
 
A crise é uma oportunidade de colocar Deus no centro da sua vida!
Num cenário crítico, os versículos 4 e 5 são uma declaração consoladora da presença poderosa e sustentadora de Deus no meio da sua cidade. Está faltando Deus nas nossas vidas no meio da crise! É a sua oportunidade de reavaliar sua vida e restabelecer Deus como sua prioridade (Mt 6.33).
 
A crise é uma oportunidade de pensar sobre o que tem sido sua segurança.
Para onde você corre em tempos de crise? Só existe estabilidade física, emocional, espiritual, econômica, familiar, ambiental, ou em qualquer outro aspecto, em Deus! Ele é o nosso refúgio e fortaleza, nosso socorro! (v1).
 
A crise é uma oportunidade para fortalecer sua fé na soberania de Deus.
Deus não perdeu o controle e muito menos o interesse em nós! O nosso desafio é descansar em sua soberania. Observe a declaração do v. 8: “Venham, e vejam as obras do Senhor!”. Ele é o Deus que faz, é aquele que dirige e que permite a história. A crise existe sob a soberania de Deus!
 
Em último lugar, a crise é uma oportunidade para vencer a autossuficiência. Não somos e não podemos nada sem Deus(Jo 15.6)!  Engana-se quem pensa que suas estratégias, sua inteligência, seus métodos falíveis, o livrarão. Deus se revela como refugio, fortaleza, socorro bem presente na hora da crise! Ele ajuda, ele efetua, somente ele põe fim as guerras! “Aquieta-vos” (v.10), nos diz o Senhor, literalmente, “parem de lutar”, não confiem em si mesmos! Na crise, ele é o único a ser exaltado.
 
Pr. Alexandro Jorge da Silva é responsável pela IAP em Jundiaí (SP).