Na busca por um relacionamento abençoado, devemos observar os mandamentos instituídos por Deus ao homem e à mulher
“Então o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar; E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão.” (Gênesis 2:21-22).
Ninguém conhece a natureza humana mais do que o Senhor. O Deus criador conhece detalhadamente cada ser humano. Ele sabe quais são nossas necessidades, desde as menos importantes até as mais importantes. Dentre essas necessidades conhecidas por Deus, podemos destacar uma em especial, a sociabilidade. Fomos criados com instintos sociáveis. Em cada ser humano existe uma carência de companhia, afeto, amor, amizade, carinho etc.
Há um sentimento de dependência em todos nós. O sábio Salomão em Eclesiastes 4:9-10 nos ensina que “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante.”
O primeiro homem do universo amargou um período de solidão. A Bíblia diz que Adão se sentia só. Ao contemplar a situação de Adão, o próprio Deus declarou “Não é bom que homem esteja só…” (Gn 2:18 a). Diante de verdades como essa, precisamos reconhecer que somos carentes, dependentes e necessitamos relacionamentos.
Ao instituir o casamento, Deus estava providenciando um meio de suprir essa carência humana. Daí então, da própria carne masculina, o Senhor formou a mulher, configurando assim o primeiro casamento. Adão, outrora carente de companhia, afeto, amor, carinho e amizade, recebe de Deus alguém que atenderia toda essa demanda. A partir daquele momento se iniciava um ritual abençoado por Deus, no qual o “homem deixaria seu pai e sua mãe, e se uniria à sua mulher, e ambos se tornariam numa só carne”.
O casamento verdadeiramente é uma providência divina para todo ser humano. Por essa razão ele deve ser considerado uma benção para todos os que se casam.
Outro fato importante a ser destacado é a intenção divina de perpetuar o matrimônio. Deus projetou o casamento como uma providência permanente contra a solidão humana. Limitar a benção de Deus a um curto ou até um longo período de convivência seria duvidar dos bons propósitos do Senhor para o matrimônio.
Jesus, ao se referir sobre o assunto, afirmou que a benção divina sobre o casamento permanece até que a morte separe o casal (Mt. 19:10-12). Muitos casais não desfrutam dessa benção permanente devido à desobediência aos princípios divinos para o casamento. Se um casal deseja a benção permanente para o matrimonio é necessário atender as expectativas de Deus prescritas na Bíblia Sagrada.
Efésios 5:22-33 nos diz “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos. Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém odiou a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja; Porque somos membros do seu corpo, da sua carne, e dos seus ossos. Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne. Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja. Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulherreverencie o marido.”
As palavras da Bíblia, sem qualquer tipo de comentário, dão excelentes recomendações que, quando obedecidas, resultam em bênçãos para vida a dois. No entanto podemos destacar no texto alguns mandamentos implícitos para o casal, os quais são: respeito entre si; o amor que deve ser semelhante ao amor de Cristo pela igreja; o cultivo de uma vida de comunhão com a palavra de Deus; a responsabilidade com os deveres domésticos tanto do homem como da mulher; o compromisso de serem uma só carne até o fim da vida, descartando a possibilidade do divórcio. Esses são alguns pilares transmitidos pelo apóstolo Paulo que fortalecem o matrimônio, a fim de que este seja um portador das infinitas bênçãos dos céus.
O Senhor da criação compreende as fraquezas humanas. Ele sabe quais sãos suas carências existenciais. O criador entende o quanto a solidão é patológica ao homem. Assim sendo, providenciou o casamento para que o homem viva bem todos os dias da sua vida (Ec 9:9).
Pr. José Wilbert Magalhães é vice-superintendente na Convenção Litoral e Leste Paulista