O cinturão da verdade

No calor das batalhas, somente a verdade permanece

Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade” – Ef 6.14 (a)
A primeira peça em destaque da armadura do soldado do Senhor é o cinturão. Paulo o denomina como o “cinturão da verdade”. O cinturão prendia não apenas a cintura, mas a região lombar. Com o cinturão ele prendia as roupas antes das demais peças da armadura, carregava a espada, era aliviado nas longas caminhadas, tinha equilíbrio e liberdade nos momentos das batalhas.
Isto nos lembra que a verdade deve estar em nosso íntimo, fazendo parte do nosso caráter. A verdade nos dá também segurança autenticando nossas atividades. Nos mantém em pé diante de acusações que venham ocorrer, produzindo alívio moral, emocional e espiritual. A verdade nos dá ainda a leveza e a destreza no momento em que temos que avançar contra o reino das trevas. É ela que nos autoriza, nos tornando aptos à simplicidade de carregar e manejar com autoridade a espada, a Palavra de Deus.
E como a verdade é indispensável! A Palavra de Deus é fonte da verdade (Jo 17:17). Jesus também é a expressão máxima da verdade que traz liberdade (Jo 14:6; 8:32; 36). Por isso, ela deve nos envolver como um cinturão para vencermos o pai da mentira (Jo 8:44). Toda a verdade está em Cristo e nas Escrituras. Assim como o cinturão dava liberdade e segurança para o soldado agir, é preciso conhecer e viver a verdade que está em Jesus, expressa nas páginas do Livro dos Livros. Primeiro como caráter e depois como conteúdo para ensino. Filosofias, crenças falsas, tradições humanas… Nada dessas crenças suportam o calor das batalhas. Somente a verdade permanece.
Em meio a tantos escândalos e mentiras de falsos cristãos, de “falsos evangelhos”, o Senhor te convida para fazer a diferença, para ser verdadeiro, íntegro, corajoso, que vive e proclama a verdade.
Se assim for, ouvirá um dia: “… Muito bem, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.” – Mt. 25:21.

Pastor Elias Alves Ferreira é responsável pela IAP em Jales (SP) e integrante da equipe do Departamento Ministerial – Convenção Geral.

Em guerra – A busca da excelência

Revesti-vos de toda a armadura de Deus…” – Ef 6.11

Como soldados de Cristo devemos buscar o melhor. Não podemos desprezar nenhum detalhe da armadura. Temos que considerar:
Primeiro, que a armadura é de Deus. O primeiro passo é sempre o Divino. Ele nos chama, nos capacita e disponibiliza as condições para vencermos. Isto é demonstração clara da graça de Deus. A armadura é doação do Senhor. A compreensão disso nos faz servos humildes, sabendo que todo dom perfeito vem do alto, do nosso Pai – Tg 1.17, e o Ministério só tem sentido quando é exercido em lealdade e para a glória dEle.
Segundo, aceitar o que Deus oferece – Revesti-vos. Esta é a nossa parte. Quem nos convoca oferece as armas certas. Antes do campo de batalha, a armadura. Acima das vestes visíveis, as invisíveis, das humanas, as espirituais. Não podemos sair de qualquer forma, achando que o nosso comissionamento, por si próprio, nos fará vitoriosos. Que apenas a nossa reflexão teológica será suficiente para nos sustentar.
Terceiro, a busca da excelência – “toda a armadura”. Deus oferece uma armadura completa, não devemos desprezar as partes que a compõem. As batalhas são exaustivas. E a armadura é riquíssima em seus detalhes e todos os dias precisamos dela. Por outro lado, há sempre algo novo para aprender. Aprendemos muito quando lemos, participamos de aulas ou palestras. Tudo isso é bom e recomendável. Nos faz práticos e convictos. Faz parte na busca da excelência. Porém, não desprezemos ninguém. Mesmo os irmãos mais humildes, também nos ensinam coisas indispensáveis para o desenvolvimento do Ministério. Um jovem, um idoso, uma pessoa simples que nunca estudou, pode nos dar dicas importantes. Em 1 Co 12:22, 23 lemos: “Antes, os membros do corpo que parecem ser mais fracos são necessários; e os membros do corpo que reputamos serem menos honrados, a esses revestimos com muito mais honra; e os que em nós não são decorosos têm muito mais decoro”.
Em todas as atividades, façamos o nosso melhor. Queiramos tudo que venha de Deus. Não desprezemos nada que a graça Divina nos disponibiliza. E não esqueçamos que Deus pede o melhor da nossa parte, porque Ele nos deu o Seu melhor, Jesus Cristo.

Pr Elias Alves Ferreira é responsável pela IAP em Jales e integra a equipe do Departamento Ministerial – Convenção Geral.

Em guerra

A força do soldado!

Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder.”- Ef 6.10
Paulo havia escrito a sua carta aos irmãos de Éfeso sobre a soberania e glória de Cristo, da salvação exclusiva pela graça, da riqueza da oração, da beleza da Igreja e sua funcionalidade através de chamados específicos, da grandeza do casamento e da família, no entanto, ao encerrar, não deixa de alertar: “Estamos em guerra”!
E se estamos em guerra, devemos nos considerar soldados. A primeira qualidade é a aptidão física, a nossa força. Não há regimento em que a prioridade não seja exercício físico. De igual forma, como soldados espirituais, devemos ser fortes espiritualmente.
Porém, essa força não deve estar centrada em nós mesmos. Não podemos nos fortalecer sozinhos. Não é errado procurar fazer o nosso melhor, aliás devemos, mas as ações de quem serve a Cristo devem receber a autenticação divina. Não é pela capacidade humana, porque esta credencial é de Cristo. Ele fez tudo por nós e devemos em tudo, ser dependentes dEle. Perceba que não é pelo Senhor, e sim “no Senhor”. Então, para ter esse fortalecimento devemos renunciar a nós mesmos e fazer uma entrega sem reservas à Jesus. Neste ambiente, nos fortalecemos na graça e na salvação, percebendo a boa, a perfeita e agradável vontade do Senhor (Rm 12:2). Primeiro Ele, depois trabalhar para Ele. Simbolicamente: primeiro os joelhos, depois as mãos.
O sucesso de um ministério não se mede somente pela intelectualidade ou pela oratória, mas pela vida devocional.
Em comunhão com Cristo, assuntos bíblicos conhecidos produzem vigorosas transformações na Igreja pela autoridade com que são transmitidos, por que são “…na força do seu poder”. Este “dinamis” que fala o original estará sempre à disposição de quem procura agradar ao Senhor acima de tudo. Seja forte, para a glória de Cristo!

Pr Elias Alves Ferreira, Demi – Convenção Geral

DICAS DA LIÇÃO 12 – SOMOS IGREJA: “Ser igreja é… Saber que há uma guerra”


1. A lição 12 tem por objetivo ressaltar que estamos numa guerra espiritual que é constante. Por isso, devemos conhecer o nosso inimigo, nossas armas e a maneira de nos comportamos nessa guerra. Baixe os slides relativos a essa lição, que se encontram no seguinte endereço: http://portaliap.org/slides-licao-somos-igreja/. Outro recurso que vai ajudar são os comentários desta lição, que se encontram disponíveis em: http://portaliap.org/wp-content/uploads/2015/07/301-2013-abr-jun_COMENTARIOS-ADICIONAIS-Ok.pdf. Estes comentários tratam de alguns pontos interessantes, como: “a batalha” e a “armadura de Deus”.
2. Para a introdução desta lição, utilize como exemplos dados de uma guerra, como da 1ª ou da 2ª guerras mundiais. Que países estavam guerreando entre si, quem venceu, quais os motivos da guerra e quais as suas consequências para esses países. Para levantar esses dados, utilize livros didáticos ou sites relacionados ao assunto. Por meio desses exemplos, demonstre que uma guerra é vencida por meio da utilização de estratégias corretas, por meio da preparação do exército e por meio da utilização de armas corretas.
3. No tópico 2, “Conhecendo as armas para a batalha”, você pode trabalhar a questão da armadura espiritual. A armadura que Paulo utiliza como referência, em Efésios, era uma armadura romana. Para entender melhor o que o apóstolo expressa, procure em livros ou na internet figuras de soldados romanos que estão vestidos com a armadura. Conforme você for especificando os itens e qual a utilidade deles para um soldado romano, é importante relacionar com a armadura espiritual de Efésios e sua utilidade para o cristão.
4. Professor, durante o desenvolvimento da lição, você pode utilizar o vídeo do youtube: http://www.youtube.com/watch?v=KpjKjL8i7vM. Nele, o comandante militar do leste demonstra a importância do preparo do exército, no que se refere ao treinamento e à utilização das armas para o combate, por exemplo. Da mesma forma, como participantes do exército de Cristo, devemos estar prontos para a batalha e utilizar as armas que estão registradas em Ef 6: 10 -18.
5. No tópico II, “Para a Igreja viver”, divida a classe em grupos de dois ou três e peça que estes debatam a respeito da importância da oração e da comunhão, no que se refere à guerra espiritual. Peça que os grupos compartilhem suas contribuições. Reforce que a oração e a comunhão são princípios que devem ser colocados em prática por todos os soldados do exército de Cristo.
Que, nessa guerra espiritual em que vivemos, possamos praticar os princípios ensinados pela palavra de Deus, para que sejamos mais do que vitoriosos em Cristo Jesus.