Não esqueçamos de Brumadinho

Dois meses depois da tragédia, ainda há 90 desaparecidos

Nesta semana, 25 de março, completou dois meses que estourou a barragem em Brumadinho (MG). Ouvi pela Rádio CBN que 90 pessoas ainda estão desaparecidas! Das diversas histórias, duas me marcaram: um homem desaparecido, pai de uma menina de 6 anos, cuja família tentava esconder o desaparecimento do pai. Mas ela descobriu que ele morreu. E deseja muito realizar o enterro do pai.
A outra é de uma família que a filha que estava grávida e era viúva. Ela também está desaparecida. A espera pelo bebê dava muita alegria e esperança para a família! Mas agora… Algumas pessoas estão tomando medicamentos muito fortes devido ao trauma e à falta de solução do caso.
Quero aqui registrar a brevidade da vida! E também destacar que devemos viver na vontade e para a glória de Deus! Viver com um propósito! Ser feliz e fazer os outros felizes no amor de Cristo!
Com pequenas atitudes: sempre que possível, estar presente! Abraçar, beijar, elogiar, orar com alguém, ligar, se importar com a família e com o próximo!
Ser um cristão verdadeiro e firme no amor, na graça, na fé e na Palavra!
Viva com Esperança! Cristo é a Nossa Esperança! Em breve, Ele voltará!
Ele é a Ressureição e a Vida! Ele venceu a morte!
Ele é Todo Poderoso para também consolar e enxugar dos nossos olhos toda a lágrima! (Ap. 21:4).
Que Deus te abençoe! Vamos continuar em oração pelas pessoas que sofrem. Que as famílias que choram em Brumadinho sejam consoladas para viver com esperança em Cristo! (I Ts 4:18).
 
Sandro Soares de O. Lima, pastor nas IAPs Centro e Toledo (Cascavel – PR), Convenção Paranaense.

Massacre em Suzano (SP)

Sejamos mais solidários, neste mundo que sofre com o pecado

Terceiro mês do ano e mais uma tragédia.Desta vez, em Suzano, Grande São Paulo. Oito pessoas foram mortas em uma escola por dois rapazes que, após dispararem, se suicidaram. Não foi preciso muito tempo pra vermos os comentários. “Ainda bem que se mataram”. “É muito fácil se matar depois de fazer isso”.
Não, gente! Não é fácil. O mundo está caminhando a passos bem largos para o inferno, as pessoas estão pedindo ajuda e o que estamos fazendo? Amigos, familiares estão sofrendo e nós? Não podemos agir como se estas coisas fossem super normais. Isso poderia ter sido na escola do seu filho ou da sua filha. Isso poderia ter sido comigo ou com você.
O mundo sofre com o pecado, que tem infectado cada vez mais as pessoas. Sejamos mais solidários. Exercitemos a mutualidade. Ouçamos as pessoas, aconselhemos, oremos por elas. A humanidade precisa de Deus, a começar pelos nossos vizinhos. Jesus é a esperança da qual todos nós precisamos.
Em vez de julgar, oremos por todas as famílias que perderam seus entes queridos. Que Deus tenha misericórdia!
 
Lucas Timóteo Moraes congrega na IAP em Japurá (PR).

Qual o nome do futuro?

Apesar das perspectivas sombrias, decida confiar em Deus, seja na fartura ou escassez, na guerra ou na paz

O medo do amanhã está cada vez mais estampado nos rostos que encontro. A corrupção de uns poucos assaltam bem mais que os cofres do país, assaltam a paz da alma, a tranquilidade do coração e a saúde do raciocínio. Assaltados em suas possibilidades, pessoas são vitimadas por quadrilhas de terno e gravata, gente que só tem olhos para o ego refletido no espelho, jamais para os milhares que deram seu precioso voto de confiança. Grana não é tudo, e na conta da vida grana significa muito pouco, afinal, perder a confiança num amanhã melhor leva inevitavelmente para esse quadro preocupante: medo.
Mas o medo nunca vem sozinho, vem sempre muito mal acompanhado. Estresse, preocupação, dúvida, incerteza, desequilíbrio, doenças emocionais, incapacidade reflexiva, instabilidade intelectual, falta de foco, desmotivação. Enfim, ontem não foi bom, hoje está um pouco pior, caramba!, que tipo de amanhã nos aguarda? Neste contexto, independente de quem seja, o futuro que se aproxima assusta a cada um.
No lugar de ouvirmos e lermos as vozes do caos que gritam todos os dias nas ruas, na imprensa e na vida, deveríamos ler mais e ouvir mais as palavras milenares de um sábio: “Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em TODOS os seus caminhos, e Ele endireitará as suas veredas.” Provérbios 3:5 e 6 (grifo meu).
Ou confiamos ou não confiamos. Não dá para ser seletivo, em algumas situações eu confio e em outras não. Nada disso. O texto me motiva a confiar no Senhor em TODOS os meus caminhos, sejam caminhos de fartura ou escassez, de guerra ou paz, de vida ou morte.
O tempo perfeito de Deus não é apenas perfeito quando as coisas dão certo, é perfeito também quando tudo parece conspirar contra. Basta olhar para o sepulcro, a esmagadora maioria do povo e das autoridades da época achava que tudo havia terminado, três dias depois o mundo descobriu que estava apenas começando.
Qual, enfim, deve ser o nome do futuro? Como você o chamaria? Vou emprestar a ajuda de um pensamento de Victor Hugo: “O Futuro tem vários nomes. Para os fracos e covardes, chama-se Impossível. Para os comodistas, Inútil. Para os pensadores e valentes, Ideal.”
Neste exato momento podemos escolher, podemos definir o nome que perseguiremos. Mas por favor não compreenda errado. Ideal, no verso de Victor Hugo, não tem nada a ver com ficar rico e tudo dar certo. Ideal está ligado a honra, caráter, luta, coragem e saber enfrentar cada desafio com resignação, ousadia e submissão àquele que cuida da nossa vida.
A palavra final de nossas vidas somente Ele define. Nosso amanhã está escondido nas mãos do Eterno, protegido num futuro incerto para o mundo que não crê, porém um futuro seguro para todo aquele que decidiu nEle confiar e com Ele se relacionar em graça, fé e amor.
 
Pr. Edmilson Mendes integra a equipe do Departamento Ministerial e congrega na IAP em Pq. Italia (Campinas, SP).

Brasil, mostra a tua vergonha na cara!

Nestes tempos de caos absoluto, tudo é permitido, o errado virou certo, tá tudo dominado

Chacina, rebelião, massacre, estupro, pedofilia, suicídio, infanticídio, assassinato, sequestro, roubo, desvio de verba pública, caixa dois, tráfico, libertinagem, pornografia, álcool, drogas, insubordinação, indisciplina, desobediência, desrespeito, malandragem, preguiça, gula, inveja, esperteza, racismo, juros, impostos, (in)justiça, pronto socorro, fila, doença, solidão, rejeição, isolamento, angústia, depressão, pressão, câncer, poluição, sujeira, esgoto, vírus, virose, epidemia, falência, bala perdida, gente perdida, esperança perdida, geração perdida.
O parágrafo acima daria um livro de dez mil páginas se cada palavra fosse dissecada pelos eventos dos últimos anos. E não conseguiríamos escrever tudo, explicar tudo, compreender o motivo de tudo. Cada palavra revela uma porta que leva a um único lugar: ao caos absoluto. Não importa por onde cada um entrou. Uma vez dentro e sem forças para sair, outras portas vão se abrindo e, de desgraça em desgraça, chegamos ao ponto agudo no qual nos encontramos como nação.
Existem outras portas pelas quais cada vez menos pessoas querem entrar. As portas da fé, do amor, da religião, do transcendente, do Cristo. Famílias inteiras, doutores de todas as áreas, universidades, artistas, políticos, tribos, formadores de opinião, cada grupo de sua forma e do seu jeito, vão dizendo não para o Cristo da Bíblia. O volume de gente simplesmente debochando dos valores cristãos e invertendo-os não para de crescer. As boas portas estão lá, destrancadas para quem quiser entrar e experimentar uma nova realidade, mas não, a opção social, política, econômica, cultural e até espiritual, em alguns casos, é a de mantê-las fechadas, pois assim, os “antiquados” valores cristãos não aborrecem os desejos que a carne dessa gente exige.
Escolhas são livres. Mas cada escolha exige um preço a ser pago. Não sai barato, muito menos de graça. A decadência fez morada em nossa nação há décadas. Até quando nossas lideranças de todas as áreas achavam que daria para se esbaldar em pecados, ofensas, explorações, libertinagens e descasos para com a Palavra e o Deus da Palavra? Quando o Criador é colocado de lado na equação da vida, quem perde é a vida. Para confirmar, basta acompanhar o quadro diário que escandaliza todo aquele que ainda não perdeu um mínimo de sensibilidade.
Então, é tudo um castigo de Deus? Absolutamente. Não pense pequeno, não tenha um coração pequeno, nem por um segundo engula teologias que pregam um mesquinho toma-lá-dá-cá. Nada disso. O fator determinante chama-se “abandono”. Ao decidir que Deus não é necessário, que só atrapalha, que Ele não existe, que Cristo é um mito, que é autossuficiente, que Ele tem que ser retirado das escolas, do entretenimento, dos lares, da vida, os homens estão decidindo, na prática, o seguinte: daqui para frente é do nosso jeito, não queremos interferência de nenhuma força que não seja a nossa, abandonamos Deus e todas as suas chatas e ultrapassadas regras. Pronto, Deus simplesmente se retira e o homem fica sozinho, com os poderes que acha que tem, e sozinho se enrola, se confunde, se destrói, se aniquila.
Mas e o amor de Deus que os cristãos tanto falam? Não poderia este amor intervir? Sim, pode. São aquelas portas que citei. Estão ainda destrancadas no correr da história. Basta ter a humildade de abri-las. Porém, como disse, cada vez mais pessoas passam por estas portas e nem querem encostar na maçaneta! Sabem que fé, amor e Cristo são bons, sabem que seriam a melhor “sociedade alternativa” para o caos instalado. A carne, porém, é incansável, é teimosa, é resistente, é doente pelos prazeres que o mundo oferece. Parece louco, e é. A decisão, via de regra, tem sido pagar o preço do caos. “Vamos continuar nos refestelando ao som das festas e propostas da mídia, carnaval taí, os cardápios cada vez mais variados de sexo estão aí, deixa a vida me levar…” E o preço é cobrado, vidas se perdem, gente se destrói, famílias se desintegram, esperanças se enfraquecem, tudo por conta de infelizes e fugazes escolhas que apenas colocam as pessoas para baixo, para baixo, para baixo…para morte.
Alguns insistem. “Tá, mas mesmo assim, se Deus existe Ele poderia mudar o quadro, ou não?” Se a pergunta é repetida, a resposta também é. Para todo aquele que tem tido a coragem e a ousadia de abrir a porta certa num mundo de tantas portas erradas, sim, Deus está mudando o quadro. Falei sobre várias portas que a maioria não quer nem se aproximar. Na verdade todas elas são uma só: Jesus. Quando Jesus é convidado, quando Ele é a prioridade, quando Ele é a primeira escolha, tudo o mais acontece naturalmente. Entram em cena a fé, o amor, o transcendente, a verdadeira religião, que nada mais é senão a religação com o Pai.
Tudo isso acontece no ajuntamento de filhos e filhas, por isso se tratam como “irmãos” – e tantos ignorantes zombam de tal tratamento, enquanto lá no fundo enfrentam a solidão da falta de pelo menos um irmão. Tudo isso é possível no lugar de comunhão. E as perguntas continuam: “Mas tem tanta gente mentirosa e fofoqueira nas igrejas…” Tem sim. Mas onde não tem? Qual família não tem? Qual empresa não tem? O que difere este grupo de fé dos demais não é e nunca foi o grupo em si, mas o Cristo que ali se adora, se exalta e se segue. Embora invisível, são estes grupos que formam o que cristãos no mundo inteiro definem como o corpo de Cristo. Corpo esse que, como estamos assistindo, está sendo deixado de lado para se juntar a corpos que há tempos deixaram de ser morada do Espírito Santo, portanto, templos espirituais vazios de propósito. Foram criados para serem morada de Deus, mas, com atitudes e palavras, expulsaram Deus da morada que os céus escolheram. Definitivamente, escolhas têm um preço, e o preço que a sociedade atual está pagando está muitíssimo alto.
Nilo Roméro, George Israel e Cazuza foram os compositores da poesia “Brasil”. Nela, num trecho, surge o grito de desabafo: “Brasil mostra tua cara. Quero ver quem paga pra gente ficar assim. Brasil qual é o teu negócio? O nome do teu sócio? Confia em mim.” Nos anos 80, essa música funcionou como um protesto contra os escândalos políticos, as desigualdades sociais e as injustiças. Em parte, a música continua funcionando frente à realidade nacional. Mas o quadro hoje é infinitamente pior.
Por isso, meu título: Brasil, mostra tua vergonha na cara. Mas está difícil ver qualquer mínimo movimento que indique vergonha por parte daqueles que mandam, manipulam e comandam as massas. O politicamente correto diz que tudo é permitido, toda forma de sacanagem é válida, o errado virou certo, o que antes corava de vergonha agora recebe gargalhadas de orgulho e ostentação, vale tudo, tudo pode, nada é proibido, tá tudo dominado, tá todo mundo indo pela correnteza do “eu mereço ser feliz” e o resto que se afunde, o importante sou eu, eu, eu, eu…
Finalizo com um pensamento de Alexander Pope: “Um homem nunca deve sentir vergonha de admitir que errou, o que é apenas dizer, noutros termos, que hoje ele é mais inteligente do que era ontem.” Pense nisso. Um pouco de inteligência poderia mudar radicalmente o quadro atual. Ou será que viver em amor, pelo amor e no amor de Cristo não seria inteligente? O evangelho antigo continua sendo a melhor e mais revolucionária proposta de uma vida plena e feliz para o “já” e o que ainda está por vir. Paz!

Leve esta chama com você!

A tocha olímpica nos inspira a pensar em um Deus que nos incendiou com seu amor

Há algumas semanas, temos assistido várias cidades do Brasil recepcionando a tocha olímpica. Sempre é uma emoção. Passada de mãos em mãos por pessoas importantes para a sociedade. Muitos são os que falam sobre isso nas ruas, casas, lojas, empresas, escolas, por todos os lugares onde a tocha está passando. Em cada cidade, o acontecimento é anunciado nos jornais, na TV e também na internet. Em cada lugar, varreram ruas, pintaram calçadas, cercaram avenidas e mudaram o trânsito. Mas em meio a tudo isso, minha mente e meu coração estavam em outra chama. Que não posso chamar de olímpica, mas Divina.
Aqui, em Campo Mourão (PR), enquanto a cidade se preparava para receber a tocha, nossa igreja se preparava para receber a Ceia do Senhor. Enquanto a cidade falava daquela chama, nossa igreja orava para que Deus acendesse uma grande chama na vigília que estaríamos realizando.
Descobri a simbologia por trás do revezamento da tocha. Há muito tempo, quando ainda não havia os meios de comunicação que temos hoje, essa chama passava de cidade em cidade, avisando que as Olimpíadas estavam para começar. Pensando nisso, nós também carregamos uma tocha, não para avisar das Olimpíadas, mas sim, da vinda do Cordeiro, do Filho de Deus.
E em nosso coração está acesa uma grande chama. A chama de um Deus que se fez homem e habitou entre nós, provando que é possível viver em um mundo corrompido pelo pecado, sem pecar. A chama de um Deus que se fez pecado por amor a nós e nos deu a sua vida, abundante, plena e digna de ser vivida. A chama de um Deus que venceu a morte e morte de cruz, ressuscitando ao terceiro dia para declarar ao mundo que nada poderá detê-lo. A chama de um Deus que prometeu vir buscar a sua igreja, composta por todos aqueles que creram nele e que vivem unicamente para adorá-lo.
Essa chama jamais se apagará em nossos corações porque Ele nos incendiou com seu amor. Leve essa chama você também!
Franilson é pastor da Igreja Adventista da Promessa em Campo Mourão (PR).

Ano novo

Olhando para o passado, presente e futuro

Mais um ano que se inicia. Um novo ano, novos objetivos, novas metas e oportunidades. Proponho fazermos cinco perguntas neste momento, como: O que devemos celebrar em relação a 2015? O que devemos esquecer de 2015? O que devemos melhorar em 2016? O que precisamos começar em 2016? O que devemos aprender em 2016? Para termos um ano diferente positivamente, precisamos olhar as circunstâncias com o olhar de Jesus.
Devemos olhar para o passado e agradecer pela fé que venceu a dúvida, a esperança que superou o desespero, a coragem que foi fundamental em meio ao sofrimento, os “nãos” que serviram para o nosso amadurecimento e o sacrifício de Cristo, que venceu a morte, nos garantindo assim a vida eterna (1 Jo 2.25). Olhar para trás ajuda a fazer autocrítica, conservar o coração agradecido, reviver bons momentos e renovar as esperanças.
Devemos olhar para o presente, fazer um balanço de como está a nossa vida pessoal, familiar, profissional, relacional e, acima de tudo, espiritual. Analisar o nosso relacionamento com o próximo, verificar se temos sido realmente mordomos fiéis com tudo o que Deus nos tem dado e se a nossa vida cristã tem O agradado. Decida ser uma pessoa melhor neste ano que está chegando!
Por fim, devemos olhar para o futuro com bastante esperança e alegria, pois Deus nunca se esquecerá de nós (Is 49.15), Jesus prometeu estar conosco até a consumação dos séculos (Mt 28.20) e o Espírito Santo nos guiará sempre em toda a verdade (Jo 16.13). Se agirmos assim, certamente haverá bom futuro para nós, e a nossa esperança não falhará (Pv 23.18).
Mantenha firme os olhos em Cristo, o autor e consumador da nossa fé! Entregue o seu caminho ao Senhor, confie nele e ele agirá! Descanse e espere nele! (Sl 37:5 e 7) Que nesse ano de 2016 você deseje estar no melhor lugar do mundo: o centro da vontade de Deus!
Um feliz 2016 repleto das bênçãos do Senhor!
Ms. Diego da Silva Barros é diretor da União da Mocidade Adventista da Promessa e coordenador de Missões e Evangelismo na IAP em Piedade (Rio de Janeiro, RJ).

O que vem pela frente?

É sempre notório no final do ano as TVs abertas anunciarem as suas atrações, filmes, seriados, novelas etc. O lúdico é alimentado, os produtos comerciais são vendidos e os telespectadores são alimentados com sonhos temporais ilusórios. Depois “adeus ano velho feliz ano novo”, a rotina começa novamente até a próxima data que os termômetros comerciais derem picos de boas vendas novamente. Assim, muitos vão vivendo sem atinar para Cristo, Sua vinda, Sua vontade. Esta é a realidade da pós-modernidade, fé fria, calculista, mais servindo à criatura que ao Criador, as “coisas” de Deus ficam em segundo plano.
Deus já nos falou faz tempo sobre o que virá acontecer, e como será o desenrolar profético… “Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade.” (Isaías 46:10). O fator predominante no ano de 2016 é qual será seu diferencial?
Que tipo de cristão serei em 2016? Aquele que luta com muita garra e abnegação pessoal para que vidas sejam salvas em Cristo, bem como que novos conversos sejam edificados e  ganhem maturidade? Sabemos que Cristo está vindo muito breve, o que nos resta fazer é salvar “alguns com temor, arrebatando-os do fogo.”(Judas 1:23).
Enquanto esse dia não chega, conviva bem em comunhão dentro da arca divina, a Igreja que você congrega. Aprenda com Cristo a perdoar. Faça valer em você e na sua família, nos irmãos de fé, os valores do evangelho de Cristo e, principalmente, a esperança que tem na volta eminente de Cristo. Lembre-se que, para os oito que se salvaram dentro da arca, mesmo com o pacto de Deus com Noé, não foi nada fácil passaram por muitas privações, mas não abandonaram o barco, mesmo que o dilúvio tenha tido duração total de 1 ano e seis dias.
O que vem pela frente na sua vida pessoal? Creia em Cristo, que o escolheu para o louvor da sua glória e viva confirmando a sua fé, sem vacilar, sem “inventar modas”. Continue olhando para o alvo, Cristo. O que vem pela frente? O céu, a Nova Jerusalém, o galardão preparado por Deus para aqueles que amam servir e adorar a Cristo.

"Zé, cuida do menino!"

Imagine a cena: Maria super atarefada depois de um dia inteiro de trabalho. José já encerrou as atividades na carpintaria e está disponível para ajudar, aí, ouve o pedido da esposa, “Zé, cuida do menino!”, e lá vai José acalmar o choro do pequeno Jesus. Já pensou?
A roda de 2015 girou e outro natal chegou. Presépios e cantatas estarão a disposição por todos os lados relembrando a história do menino Jesus, o bebê que nasceu em Belém trazendo paz na terra aos homens de boa vontade.
Saia um pouco do calendário que tem um feriado com extremo apelo comercial e emocional. Agora tente entrar em outro cenário, a humilde casa que abrigou a infância do menino Jesus.
Ele brincava? Chorava? Tinha dor de barriga? Derrubava coisas? Fazia suas manhas? Tropeçava nos primeiros passos? Tenho para mim que sim, tudo isso e muito mais viveu o garoto Jesus. E por vezes, como é natural em qualquer lar, o pai precisava ajudar. Portanto, eu quase consigo ouvir o pedido de Maria, “Zé, cuida do menino!”
Um dia Jesus nasceu no meu coração. Alegria indizível passou a fazer parte de mim. Tudo mudou. E continua mudando até hoje. A forma de ver a vida, como encarar desafios, como me relacionar, enfim, foi e é uma alegria que fez a vida virar 180º.
Hoje, o “Zé” sou eu. A voz que José, o carpinteiro da Galileia ouviu tantas vezes, agora sou eu que ouço: “Zé, cuida do menino!”. Pense na responsabilidade, na diversão, na alegria, na seriedade que é cuidar de um bebê, um garoto, um menino.
Apesar do mundo podre, ameaçador e violento que nos cerca e assusta todos os dias, “cuidar” do menino que nasceu e faz morada em mim possibilita ver o que a vida tenta tirar de nós, a beleza, a doçura, a pureza, o respeito, a decência, o brilho no olhar.
Ser um “Zé” me faz feliz. Ser um “Zé” me faz descer ao nível do menino, ir brincar no chão com o bebê, interagir na linguagem possível ao menino. É só aí que reconhecemos o Salvador. Basta lembrarmos que quem primeiro reconheceu aquele bebê como o Messias foi outro bebê, quando ambos, João e Jesus, ainda estavam no ventre de suas mães.
Jesus nasceu! Preciso cuidar da minha fé e deixar meus ouvidos sempre atentos: “Zé, cuida do menino!”
 
Pr. Edmilson Mendes congrega na IAP em Pq. Itália (Campinas, SP) e integra o Departamento Ministerial – Convenção Geral e Paulista. Fonte: Sou da Promessa

Reinado absoluto

Deus é soberano, acima de qualquer instância de liderança

Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do hades não prevalecerão contra ela” (M. 16.18).
Eleições, aclamações, levantar de mãos, sorrisos, lágrimas, decepções, incertezas, certezas. Essas palavras, sentimentos e ações marcaram o fim de semana decisivo para o povo da Igreja Adventista da Promessa, nossa amada IAP.
Quanta gente saiu feliz, ao ver seus candidatos “prediletos” eleitos; quantos saíram decepcionados por não ter havido eleição; outros saíram chorosos por não ter visto seu candidato eleito. A IAP será presidida no próximo quadriênio (2016-2019) pelo pastor Hermes Pereira Brito, homem com larga experiência administrativa e espiritual. Pr. Hermes foi eleito por aclamação entre palmas, sorrisos e lágrimas de felicidade da Assembleia Geral que estava muito bem representada, com cerca de 1.400 irmãos.
Em sua fala, o atual presidente, Pr. Jose Lima de Farias Filho, disse que a igreja sempre o apoiou e que não seria diferente com o próximo presidente; relembrou o aspecto bíblico da liderança sobre grupos maiores e menores e que, agora, Pr. Hermes é responsável por liderar dezenas de milhares. Pr. Lima, com muito cuidado e visivelmente emocionado, enfatizou o quanto o Evangelho é poderoso e vence preconceitos, uma vez que a IAP tem seu primeiro presidente negro.
As diretorias das Convenções Regionais foram eleitas também, por voto nas urnas e por aclamação da Assembleia. Em todas elas, confiamos que o processo foi dirigido pelo Senhor da Igreja, aquele que cria e levanta líderes segundo o seu coração.
Independente do resultado da eleição e da sua reação, promessista, lembre-se do versículo que usei para iniciar esse artigo. Preste atenção no pronome que Jesus usa para referir-se à Igreja: o pronome possessivo “minha”. A Igreja é de ninguém mais, ninguém menos que Jesus, aquele que morreu e ressuscitou por ela, dando a ela seu precioso sangue para purificá-la de todo pecado e mancha.
Assim, não há motivos para desespero se o “seu” candidato não foi eleito, nem de muita comemoração se foi. Uma vez que a Igreja é de Jesus, ele a conduzirá por meio de homens, sejam eles queridos ou não pelo povo. A Igreja é de Deus, quem a governa é Deus. Quem reina sobre ela é Deus. Ele reina acima de qualquer superintendente regional, presidente geral, assembleia geral ou qualquer casa e cargo institucional. Confiantes no reinado de Cristo sobre sua Igreja, sirvamos a ele por meio dela de todo coração!
Eric de Moura

Está difícil ser cristão

Não basta uma novela bíblica, é necessário uma vida bíblica

Os Dez Mandamentos, graças à novela da Record, se tornou um tema pop. Pelo que parece e se conversa animadamente nos bastidores das TVs, a novela bíblica é um filão muito rentável, vale a pena investir. Afinal, o público aprovou e quer mais, portanto o lucro é praticamente certo.
Mas os Dez Mandamentos, enquanto peça de dramaturgia televisiva é apenas isso, dramaturgia oportunista que conseguiu derrotar a emissora líder de audiência no horário, o que não é pouco, mas no fim é só um bom negócio.
Provavelmente mexeu com a curiosidade e a fé de alguns. Mas não será a régua que irá medir as práticas de vida da grande massa telespectadora. Ou seja, o tema bíblico é mais um produto para brigar no mercado. Mas poderia ser mais que apenas isso se a maioria dos cristãos do nosso Brasil resolvesse viver e interagir coerentemente com a mensagem bíblica. Para isso, seria necessário uma revolução de caráter frente ao ataque que a noiva tem recebido por meio de adultérios, traições, desvios de conduta, quebras de contrato, falsificações ministeriais, estrelismo gospel.
Dia a dia, as dificuldades e desafios para as práticas cristãs só aumentam. Ninguém, minimamente observador, leva a sério uma emissora que atravessa o mar vermelho num programa para fazer sua audiência paralisar numa fazenda com peões literalmente dispostos a qualquer coisa para se darem bem. Parece piada, mas é real e não tem a menor graça.
As pressões, os deboches, as leis, as afrontas, os currículos educacionais, as manifestações quase diárias, as violências amplamente protegidas por governos e ONGs, a sangria dos abusivos e exploradores impostos, a criação e manipulação de regras para favorecer poderosos de todas as alas e partidos, a falta de socorro para gente de bem, as proibições do que é certo e as aprovações do que é errado, o ataque incansável para a desconstrução da família judaico-cristã, a bala, a esperança e a vida perdidas só atestam os miseráveis tempos que vivemos.
A tradução da Bíblia Viva de II Timóteo 3.1 acerta em cheio: “É importante para você saber isto também, Timóteo, que nos últimos dias vai ser muito difícil ser cristão.” Observe que Paulo falava do futuro – “vai ser” – e nós vivemos esse futuro que chegou, “está sendo”.
Para enfrentar este tempo com relevância junto à sociedade na qual estamos inseridos, é necessário bem mais que novela bíblica, é necessário uma vida bíblica.
Eduardo Cunha é um exemplo deprimente do tipo de cristão que a mídia mostra e explora, induzindo incautos a acharem que todos os crentes têm o mesmo perfil. Porém, assim como ele, sabemos que existe muita gente, cada um topando uma corrupção sob medida, de acordo com suas proporções. É a fila furada, a ocupação da vaga exclusiva para deficiente, a cola na prova etc. Enfim, um completo desastre para a mensagem do evangelho, que é muito mais impactante pelo bom testemunho do que pela pregação meramente técnica, pois ninguém mais aceita o “faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço.”
Se os Dez Mandamentos ficarem restritos ao número de capítulos de uma novela, nada mudará. Infelizmente, grupos teológicos reduziram a discussão para “você é da lei ou você é da graça?”, quando na Bíblia, mandamentos são fonte de bênção para uma vida de paz e harmonia. Como bem colocado por um dos meus professores na época de Seminário Presbiteriano do Sul, “a lei é graça e a graça é lei”.
Este é um tempo declaradamente difícil, não precisamos torná-lo ainda mais difícil. A fé continuará vendo os inimigos avançarem, as pragas caírem e o mar se abrir nos limites do desespero. Em outras palavras, vai ser muito difícil suportar as pressões deste tempo, mas em Cristo não será impossível. Siga em frente com confiança, o Deus que abre o mar nos espera na Terra Prometida.
Pr. Edmilson Mendes congrega na IAP em Pq. Itália (Campinas, SP), e integra a equipe do Departamento Ministerial – Convenção Geral e Convenção Paulista.

“Sola Gratia”, somente a graça

Somos totalmente incapazes de salvar-nos ou salvar outras pessoas

Continuando em nossa reflexão, pela proximidade do aniversário da Reforma Protestante, 31 de outubro, vamos abordar o princípio que enfatiza a graça de Deus: Sola gratia (somente a graça).
No século XVI, os homens que fizeram parte da Reforma defenderam com “unhas e dentes” a doutrina bíblica de que a salvação é somente pela graça. É interessante observarmos que além de defender o princípio bíblico da salvação pela graça, os reformadores reforçavam em seus ensinamentos o “sola”, ou seja, a palavra somente: somente pela graça. Conforme esse ensino, a graça não precisa das boas obras dos homens para atender a cobrança do perdão dos pecados. Somente a graça divina pode suprir a exigência deste perdão.
Não podemos ser salvos através daquilo que fazemos e de nossas obras, mas somente a graça divina pode nos livrar das consequências trágicas do pecado. Somos totalmente incapazes de salvar-nos ou de salvar outras pessoas, e por isso, somos também absolutamente dependentes da graça divina. Com relação a esta questão, a Bíblia nos ensina que o pecador é justificado somente pela graça de Deus, por meio da fé em Cristo: “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus” (Efésios 2:8).
Neste caso, a graça consiste no favor imerecido de Deus relacionado a cada um de nós. Não merecemos esse favor, mas o Senhor, em sua soberania, amor e misericórdia, resolveu conceder-nos a sua maravilhosa graça. Em Efésios 2.4 está escrito que Deus nos concedeu a vida por causa da sua misericórdia, “pelo grande amor com que nos amou”. O que fica claro para nós neste versículo? Que a fonte da nossa salvação é o próprio amor e a misericórdia do Senhor.
Eu e você não temos o que oferecer a Deus em troca da nossa salvação, e muito menos podemos ajudá-lo a salvar a nossa vida. O que podemos fazer é reconhecer a graça de Deus, aceitando assim, o seu favor imerecido a nós. Com isso, deixamos de lado a nossa autossuficiência, o nosso orgulho e vaidade, e a nossa arrogância de pensarmos que através das nossas boas obras podemos nos salvar ou salvar a outros. Não esqueçamos que a salvação sempre foi e sempre será pela graça, pelo favor imerecido de Deus ao ser humano. Esta graça veio a todos nós de forma plena e abundante por meio de Cristo. Somente nele o homem pode ser salvo.
É muito importante que reconheçamos a graça de Deus em nossas vidas. Através deste reconhecimento, temos a humildade necessária para sabermos que não somos “super-crentes” e que não temos qualquer direito de “colocar Deus contra a parede”, exigindo qualquer coisa do Senhor ou decretando que ele atenda às nossas vontades. Reconhecer a graça divina significa perceber que estávamos condenados por nossas próprias culpas e pecados, mas que, fomos justificados e perdoados por intermédio da nossa fé no Cordeiro de Deus, que veio tirar o pecado do mundo.
O Senhor, em sua infinita graça, não permitiu que as consequências do pecado destruíssem o ser humano, mas deu a oportunidade para que todo aquele que crer em Jesus seja salvo. Em sua Palavra, Deus é chamado de “Deus de toda a graça” (1Pe 5: 10), o que nos demonstra o quanto a graça divina é importante para nós.
Sola gratia somos salvos, isto é, somente pela graça. Que ao reconhecer e vivenciar essa verdade bíblica possamos ser gratos a Deus por ele ter nos alcançado por meio da salvação em Cristo Jesus. Além disso, que a graça divina nos motive a viver uma vida de santidade e consagração para “aquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2: 9)!
Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infanto Juvenil Regional.

Preservar o meio ambiente como estilo de vida

Se todos reconhecermos que a terra é do Senhor e que somos seus  mordomos, cuidar da natureza e do próximo serão atitudes naturais 

 “Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem. Pois foi ele quem fundou-a sobre os mares e firmou sobre as águas”.                         (Salmo 24:1-2 NVI).
Em 1972, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo (Suécia), a Organização das Nações Unidas instituiu a data de 5 de junho como o Dia Mundial do Meio Ambiente. A fixação dessa data teve como objetivo principal chamar a atenção de todas as esferas da população para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais, que até então eram considerados inesgotáveis.
Mas de nada adianta pensar no meio ambiente apenas neste dia. Vemos que Deus estabeleceu sua criação e sempre cuidou dela. Ao iniciar a leitura da Bíblia Sagrada, nos primeiros capítulos no livro de Gênesis, encontramos a narração da criação do Universo pelo Deus Todo Poderoso. O mundo existente é sustentado pelo Senhor, que chama as estrelas pelo seu nome (Salmo 147:4), que comanda todos os seres vivos, visíveis e invisíveis (Colossenses 1:16-17), que está em todos os lugares, no céu, na terra e no mar (Salmo 139). Tudo está sob o seu controle cheio de amor e graça!
“O mundo me intriga.Não posso imaginar que este relógio exista e não haja relojoeiro”, registrou o escritor e filósofo Voltaire. A Bíblia traz a resposta para este questionamento: “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos”. (Salmo 19:1 NVI).
De toda a criação, o ser humano é o único capaz de matar não para sobreviver, mas simplesmente para destruir, por egoísmo. Os predadores são agressivos por instinto. Os animais caçam para sobreviver. Mas, nós, seres humanos…
Há um grande problema que precisa ser restaurado a cada dia na vida do ser humano: a mudança da natureza agressiva, destrutiva, egoísta, sem amor. O ser humano precisa ser dominado, transformado, convertido pelo grande amor de Deus, o Pai (João 3.16).
Quando o ser humano reconhecer que do Senhor é a terra e que ele nos criou para zelarmos de toda sua criação, a preservação e o cuidado com o próximo e a natureza serão um estilo de vida, não apenas por campanhas ou conscientizações. Louvado seja o Senhor por tudo que ele fez com muito amor!
 
Pr. Sandro Soares de O. Lima, responsável pela IAP em Santana.