#Uni21On – Fé em tempos de ceticismo

Mulher com mochila de estudante. Ao fundo a foto da cidade, ambiente urbano, e a lolomarca do evento

Olá pessoal, vem aí o #Uni21On – Fé em tempos de ceticismo, um evento imperdível!

✅ Encontro 100% Online e Gratuito⠀

A transmissão será pelo Canal do Youtube, e contamos com a participação de todos.

📌 Aguardem mais informações, logo, logo, daremos mais detalhes.

 

Um grande abraço.

#promessa #promessistasbrasil #ministeriodejovensgeral #mjgeral #uni21on

Mulher com mochila de estudante. Ao fundo a foto da cidade, ambiente urbano, e a lolomarca do evento

Não esqueçamos de Brumadinho

Dois meses depois da tragédia, ainda há 90 desaparecidos

Nesta semana, 25 de março, completou dois meses que estourou a barragem em Brumadinho (MG). Ouvi pela Rádio CBN que 90 pessoas ainda estão desaparecidas! Das diversas histórias, duas me marcaram: um homem desaparecido, pai de uma menina de 6 anos, cuja família tentava esconder o desaparecimento do pai. Mas ela descobriu que ele morreu. E deseja muito realizar o enterro do pai.
A outra é de uma família que a filha que estava grávida e era viúva. Ela também está desaparecida. A espera pelo bebê dava muita alegria e esperança para a família! Mas agora… Algumas pessoas estão tomando medicamentos muito fortes devido ao trauma e à falta de solução do caso.
Quero aqui registrar a brevidade da vida! E também destacar que devemos viver na vontade e para a glória de Deus! Viver com um propósito! Ser feliz e fazer os outros felizes no amor de Cristo!
Com pequenas atitudes: sempre que possível, estar presente! Abraçar, beijar, elogiar, orar com alguém, ligar, se importar com a família e com o próximo!
Ser um cristão verdadeiro e firme no amor, na graça, na fé e na Palavra!
Viva com Esperança! Cristo é a Nossa Esperança! Em breve, Ele voltará!
Ele é a Ressureição e a Vida! Ele venceu a morte!
Ele é Todo Poderoso para também consolar e enxugar dos nossos olhos toda a lágrima! (Ap. 21:4).
Que Deus te abençoe! Vamos continuar em oração pelas pessoas que sofrem. Que as famílias que choram em Brumadinho sejam consoladas para viver com esperança em Cristo! (I Ts 4:18).
 
Sandro Soares de O. Lima, pastor nas IAPs Centro e Toledo (Cascavel – PR), Convenção Paranaense.

A Bíblia é o livro do Cordeiro

Do Gênesis ao Apocalipse, transpira a obra gloriosa de Cristo
  “Não há dúvida de que é grande o mistério da piedade: Deus foi manifestado em corpo, justificado no Espírito, visto pelos anjos, pregado entre as nações, crido no mundo, recebido na glória. ” – 1 Tm 3.16
 
Neste dia da Bíblia – 2º domingo de dezembro – devemos lembrar que Jesus é o personagem central. Porém, não somente da Bíblia e sim de todo o Universo: “Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém.” – Jo 11.36. Quando falamos de Jesus, falamos do Jesus Bíblico e não do “histórico” que muitos querem construir. O Bíblico para nós é suficiente, pois traz consigo todo o A.T, suas profecias e seus sinais inequívocos. A Bíblia é o Livro do Cordeiro, do Gênesis ao Apocalipse transpira a obra gloriosa de Cristo que foi consumada na cruz. Ele é Soberano em tudo, a fonte e a finalidade de toda a existência. Ele é inesgotável e sobrepõe tudo e em todas as dimensões. Mas apesar disso, sabendo que é impossível abraçar o Infinito, podemos lembrar de alguns nomes que a Bíblia descreve, porque anunciam prismas de Sua infinitude.
Jesus Cristo é o Alfa e Ômega, Autor da vida, Bom Pastor, Caminho, Verdade e Vida, Cordeiro de Deus, Desejado das Nações, Deus forte, Emanuel, Estrela da Manhã, Eu Sou, Filho do Homem, Homem de Dores, Leão de Judá, Luz do Mundo, Maravilhoso Conselheiro, Messias, Mestre, Nazareno, Pai da Eternidade, Pão da Vida, Príncipe da Paz, Raiz de Jessé, Rei dos Reis, Ressurreição e Vida, Renovo, Salvador, Santo e Justo, Senhor dos Senhores, Ungido, Verbo, Videira Verdadeira…
Mas não esqueçamos, Ele é muito mais. Os pregadores do primeiro século da Era Cristã, foram considerados como aqueles que “transtornaram o mundo” ou se preferir “viraram o mundo de cabeça para baixo. ” Porque é impossível encontrar Jesus e ficar como está.  Jesus continua o mesmo, impactando, transformando, transtornando, mas acima de tudo, amando e salvando
Para a Sua glória.
 
Elias Alves Ferreira congrega na IAP em Boqueirão (Curitiba – PR) e integra a equipe do Ministério de Vida Pastoral (MVP).

Um lamento sobre o Museu Nacional

É importante, sim, olhar para o passado; a própria Bíblia nos ensina

No dia 2 de setembro, uma notícia deixou uma grande parte dos brasileiros estarrecidos: o incêndio no Museu Nacional, na cidade do Rio de janeiro e que destruiu a maior parte de seu rico acervo e de suas dependências. Este acontecimento certamente causou comoção entre a população em geral, entre estudiosos, pesquisadores e todos aqueles que reconhecem a importância de um local desse para a história e cultura de nosso país.
Como historiadora, carioca e uma frequentadora apaixonada do lugar, confesso que fiquei muito triste em ver a imagem de um dos maiores patrimônios artísticos, históricos, culturais e científicos do mundo ser devorado pelas chamas. Solidarizo-me também com os professores, pesquisadores, cientistas e toda a equipe que trabalhou e trabalhava nas dependências do Museu Nacional, mesmo enfrentando os dilemas e desafios de funções acadêmicas que não são muito valorizadas no Brasil.
O que aconteceu com o Museu Nacional me fez refletir sobre o valor do passado para nós. Nas páginas da Bíblia Sagrada, existe uma orientação muito interessante: “Lembrem-se dos dias do passado; considerem as gerações há muito passadas. Perguntem aos seus pais, e estes lhes contarão, aos seus líderes, e eles lhes explicarão.” (Deuteronômio 32: 7).
Moisés estava incentivando o povo a olhar para o passado, considerando o agir, a graça e a misericórdia de Deus. Os israelitas estavam prestes a entrar na Terra Prometida, o que poderia fazer com que se esquecessem do passado. Todavia, eles foram avisados que deveriam lembrar-se constantemente do que Deus havia feito por eles: de escravos, o Senhor fez deles um povo livre e prestes a morar numa terra que produzia leite e mel. Com certeza, eles tiveram experiências dolorosas no passado, mas até mesmo tais situações deveriam ser lembradas com o objetivo de aproximá-los de Deus. Seja em meio às vitórias, seja em meio às derrotas, os israelitas foram motivados a olhar para o passado tendo em vista o cuidado do seu Deus Soberano, Senhor e Libertador.
Se formos pensar no nosso próprio passado, cada um de nós vai observá-lo de forma única. Para alguns, o passado foi uma experiência tão ruim que preferimos esquecê-lo. Já para outros, o passado foi a melhor fase da vida, deixando alguns de nós presos numa redoma de nostalgia e saudosismo. Através da Bíblia Sagrada, aprendemos que o passado deve ser encarado não como algo que nos aprisione ou que nos sufoque, mas sim como uma motivação para nos aproximarmos cada vez mais de Cristo, nosso Deus, Senhor e Salvador. Se vivemos maravilhosas experiências no passado, precisamos agradecer a Cristo por seu cuidado, seu favor e sua graça sempre derramados sobre nós. Além disso, devemos estreitar cada vez mais nosso relacionamento com ele, que é o Senhor do nosso passado, presente e futuro. Todavia, se tivemos experiências terríveis e dolorosas no nosso passado, ou se vivemos afastados de Cristo, tenhamos em mente que Jesus é aquele que nos cura, nos restaura, nos liberta e nos salva. É nele, e somente nele, que podemos viver plenamente.
Por fim, lembrarmo-nos do nosso passado é importante sim, pois dessa forma reconhecemos que fomos libertos da escravidão do pecado para vivermos o presente e o futuro num relacionamento profundo com Cristo. Da mesma forma, é fundamental refletirmos que o propósito de Deus para todos nós é que nosso presente (e nosso futuro consequentemente) sejam dedicados a Jesus Cristo, o Deus que veio em forma de homem e que morreu numa cruz em nosso lugar, para que nossos pecados fossem perdoados. Em Cristo, o nosso passado torna-se instrumento de aprendizado, já o presente consiste numa vida plena e abundante (mesmo em meio às lutas, problemas e adversidades) e o futuro está alicerçado na fé e esperança de uma vida eterna com o Deus que era, é e há de vir (Ap 1: 8).
Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP), é vice-diretora do Ministério Infantojuvenil Regional da Convenção Noroeste Paulista e atua no Ministério de Vida Pastoral da Convenção

Feliz Dia dos Pais!

O Filho se torna o Pai; e o Pai, se torna o Filho

Há menos de um ano sou pai, 11 meses de pura felicidade, bondade e noites mal dormidas adentraram nossa vida. As três melhores coisas no mundo quando vêm acompanhadas de um filho. No dia 2 de setembro de 2017, o Théo nasceu, trazendo um novo sentido pra minha vida e de toda minha família. Quem diria que os cabelos brancos do Ed, meu pai, seriam tão precisos? Que todo o carinho da dona Rê, minha mãe, seria cirúrgico? Eu (rs)!
Sempre tive como herói meu pai – haja vista a montagem que fiz pra ele alguns anos atrás. Tanto que, quando pequeno, sempre falei que me casaria aos 25 anos, como ele. Cresci, amadureci e me esqueci completamente desta obrigação. E não é que, com 25 anos eu me casei? Foi no momento do casamento que eu vi toda a responsabilidade que meu pai tinha como marido, provedor e pastor da casa, afinal, dali em diante, era comigo.
Depois de um ano e meio, veio o Théo (Theleco para os íntimos). E acredite se quiser, eu nasci exatamente no mesmo tempo de casados dos meus pais ou seja, depois de um ano e meio. Quando eu me dei conta disso, pensei: “estou mantendo o padrão do meu pai”, e com muito orgulho.
Mas e agora? Dali em diante era o Théo que tinha que resolver fazer as coisas como o pai dele. E não é que esse menino resolveu me imitar? Assim como eu, aos seis meses ficou em pé. Como eu, é um menino que não para, que sempre está em movimento e querendo fazer algo. Para alguns, é a minha cara (rs). Se você é pai, sabe que ter um filho parecido com a gente nos enche de alegria. Meu pensamento é: “será que ele vai me admirar como eu admirava meu pai?” Espero que no futuro ele diga “sim”.
O Théo tem a vida toda pela frente. Em algumas coisas irá se parecer comigo, em outras com a minha esposa, a Tau. Mas será que ele terá orgulho de mim e me verá como espelho?
No filme “Superman Returns”, de 2006, Kal-El tem um filho com Lois Lane e, num dado momento, ele diz a frase do título: “o filho se torna o pai; e o pai, se torna o filho”. Quando ouvi isso no cinema me vieram muitos pensamentos. Como a herança que meu pai deixará quando chegar o momento dele tirar o time de campo. Como as coisas em que me espelhava em meu pai. Como a responsabilidade que terei de cuidar dele e ajudá-lo, quando ele envelhecer.
Mas, um outro pensamento naquele dia me veio à cabeça: o momento da crucificação de Jesus. Naquele momento, Deus, o Pai, chorou, e lamentou por demais a morte do Filho. Por sua vez, o Filho cumpriu sua missão. Mais importante, ambos, Pai e Filho, choraram e cumpriram a missão pois, enquanto agem de forma separados – Pai, Filho e Espírito Santo – também são um. A missão de um era a missão de todos.
Quando penso nessa singularidade da Triunidade, lembro da missão que Cristo tinha e do seu exemplo para nós, seus discípulos.
Neste dia dos Pais relembre deste chamado que todo cristão tem, a começar em casa, sendo um bom pai, e espalhando essa boa-nova para onde quer que você for.
Feliz dia dos pais! Feliz dia do Pai!
 

Matheus Longo Mendes é publicitário, congrega na IAP do Parque (Campinas, SP) e lidera a Base J (ministério de jovens).

Família sob nova direção

Nosso bem mais precioso deve ser a fé em Jesus

“Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, àqueles que, mediante a justiça de nosso Deus e Salvador Jesus Cristo, receberam conosco uma fé igualmente valiosa.” 2 Pedro 1:1
Você sabe qual é a pedra mais preciosa do mundo? Conforme alguns sites de notícias, o mineral mais precioso do mundo é o jadeíte, um mineral raríssimo e difícil de ser encontrado. Somente para termos uma ideia de seu valor, num leilão em Hong Kong, 0,5 milímetros desse mineral foi vendido por 9,3 milhões de dólares. Um quilate de jadeíte custa cerca de 3 milhões de dólares. É ou não é uma jóia extremamente preciosa? São vários fatores que atribuem valor às pedras preciosas: sua beleza, durabilidade e a raridade com que uma pedra é encontrada na natureza. Além disso, a tradição e a moda podem influenciar no valor, proporcionando que um mineral se torne uma pedra preciosa.
A Bíblia vai enfatizar algo que é muito mais valioso e importante do que qualquer jóia ou pedra: a fé. Ela é o que de mais precioso nós e nossa família podemos ter. Uma família sob nova direção possui uma fé preciosa.
1. Uma família sob nova direção recebe uma fé preciosa
Conforme a Bíblia Sagrada, a fé é preciosa porque ela está posta em Jesus. Quando nós e nossa família cremos nele como Salvador, nossos pecados são perdoados e somos declarados justos diante de Deus. É esta fé preciosa que nos ajuda a reconhecermos que estávamos mortos em nossos pecados e que somente em Cristo temos salvação. Tal fé é um presente, uma dádiva de Deus para nossas famílias. Atualmente vemos muitas famílias depositando a fé no dinheiro, na segurança financeira, no trabalho, na faculdade, somente para citar alguns exemplos. Mas, a Palavra de Deus nos ensina que a fé preciosa está centrada na pessoa de Cristo Jesus, no reconhecimento de que sem ele nada podemos fazer.
Desta forma, uma reflexão é importante: que fé nossa família tem reconhecido? A quem temos adorado em nossos lares? Que a fé preciosa em Cristo Jesus seja o alicerce do nosso lar.
2. Uma família sob nova direção cultiva uma fé preciosa
Além de recebermos, devemos cultivar essa fé preciosa em nossa família através de um relacionamento profundo, sincero e constante com Cristo. E de que forma podemos fazer isso? Através da oração, da leitura e estudo de sua Palavra.
Como família devemos separar diariamente um período do nosso dia para cultivarmos esta fé preciosa, seja individualmente, seja coletivamente. Os afazeres, a correria, a rotina do dia a dia não podem impedir que nossa família deixe de se relacionar com Cristo, o Deus da nossa salvação.
3. Uma família sob nova direção pratica uma fé preciosa
É interessante observarmos que uma das consequências diretas de reconhecermos e cultivarmos a fé preciosa em Cristo Jesus é a mudança de vida proporcionada pelo Espírito Santo. A partir do momento em que nossa família serve a Cristo, ela também pratica a fé através de relacionamentos restaurados, do exercício do perdão mútuo, de palavras e de pensamentos sujeitos a Cristo e de atitudes que refletem os ensinamentos de Jesus que se encontram na Palavra de Deus. Certamente isso não acontece de um dia para o outro e nem sempre é fácil, em muitos casos é um processo lento, demorado e que envolve sofrimento, pois somos quebrantados por Deus para que tenhamos o caráter de Cristo e sejamos seus imitadores. Com isso somos impulsionados a praticar a fé preciosa que confessamos.
4. Uma família sob nova direção compartilha a fé preciosa
A família que está sob nova direção tem a missão de compartilhar para as outras pessoas a respeito de Cristo, aquele que a tirou das trevas e a trouxe para a sua maravilhosa luz. O fato de ter sido alcançada pelo evangelho precisa ser a grande motivação para que eu, você e nossas famílias não fiquemos calados, mas que compartilhemos a respeito da fé preciosa em Jesus para várias outras famílias.
A salvação em Cristo é o maior presente que o Deus concedeu às famílias. Desta forma, como famílias sob nova direção somos convocados por Jesus a irmos, fazermos discípulos dele e ensinar outras famílias tudo o que Jesus tem ordenado.

Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infantojuvenil Regional da Convenção Noroeste Paulista.

Gente parada não marcha

Marcha para Jesus e Parada LGBT recebem tratamento diferente na imprensa

Quinta, 31/05/18, aconteceu em São Paulo a Marcha para Jesus. Três dias depois, no domingo, aconteceu, também em São Paulo, a Parada do Orgulho LGBT. São dois eventos consolidados na agenda da cidade. Todo ano, em dias muito próximos, ruas e avenidas famosas de São Paulo são tomadas pelos representantes de cada segmento.
A imprensa, como sempre, escancara sua preferência deixando bastante claro qual agenda prioriza. Um dia após a Marcha para Jesus, na sexta, num cantinho da página de determinado jornal, saiu a notícia com o seguinte título: “Marcha para Jesus reúne milhares e vira palanque”. Na segunda, 04/06/18, no mesmo jornal, no espaço de uma página, saiu a notícia com o seguinte título: “Parada LGBT critica políticos conservadores – Manifestantes abordam as próximas eleições com muito humor.”
No caso da Marcha para Jesus, ao associar “palanque” com “fé”, a intenção do evento já vai para o ralo e, como sabemos, muitos são leitores apenas de manchetes, não se dão ao trabalho de ler, questionar, confirmar informações e refletir. Já na manchete da Parada LGBT a construção gramatical é bem mais generosa, afinal, criticar políticos e debochar das eleições através do humor atrai simpatizantes e conquista pontos de todos os setores, tão enojados e cansados que estamos dos políticos e seus esquemas.
Eu li ambas as matérias. Embora os tratamentos diferentes nas manchetes, as semelhanças são enormes. Tanto na Marcha quanto na Parada houve palanque. Em ambos os eventos aconteceram a presença de políticos discursando e levantando suas bandeiras. Em ambos os eventos aconteceram protestos contra políticos e suas corrupções. Em ambos os eventos aconteceram gritos com pedidos que fazem parte da preferência da agenda de cada um. Em ambos os eventos milhares marcharam, sorriram e declararam publicamente suas preferências, convicções e lutas.
Então por que o tratamento desonesto na divulgação? Como já disse, a simpatia ideológica da maioria dos profissionais da imprensa é que define como se narra cada história. Mesmo que sejam iguais nos roteiros, é possível negativar ou positivar ideologias através de gramáticas no mínimo questionáveis em suas reais intenções.
Somos um povo culturalmente num beco sem saída. De um lado uma mídia que só faz debochar dos valores judaico-cristãos. Do outro lado atores, músicos, cantores, intelectuais, cada um com sua arte e conhecimento contribuindo para a desconstrução da família como concebida em Genesis 1 e 2. Atrás, vestido com a armadura da lei e do poder, pressiona o estado, aprovando e mudando leis conforme a força de cada grupo e seu lobby, administrando os recursos públicos apenas para se servir e não para servir.
O que fazer em momentos tão críticos? Marchar! Foi exatamente isso que Deus ordenou em Êxodo 14:15: “… dize aos filhos de Israel que marchem”. Marchar pra onde exatamente? Bem, naquele caso era marchar para a única direção possível e não menos assustadora, o mar. De cada lado, montanhas intransponíveis, atrás Faraó e seu exército com sede de sangue.
Precisamos nos dispor a obedecer pela fé a mesma ordem. Entregar os pontos e render-se aos inimigos está fora de questão. Seguir em frente, por mais impossível que pareça, é o único caminho que a fé aponta e é só o que podemos fazer. Abrir caminhos, portas, possibilidades, enfim, tornar possível o impossível, é só com Deus. Sempre foi assim e assim continua sendo.
Quanto aos eventos em si, evidente que se fosse obrigado a escolher, eu marcaria presença na Marcha. Porém respeito o direito de ambos e faço minhas as palavras de Voltaire: “Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até o último instante seu direito de dizê-las”. Sobre a Marcha, nunca fui, penso que devo manifestar minha fé e convicções bíblicas através do meu testemunho diário. Mas também não concordo com as críticas que leio em relação à Marcha por parte de muitos evangélicos, pois entendo que os que vão o fazem com fé genuína e, ademais, minha opinião não é a única. Assim como meu jeito de adorar e expressar minha fé, existem outras formas e maneiras tão legítimas quanto, ou seja, princípios são colunas que devem ser preservadas, já questões tradicionais, litúrgicas, regionais e afins mudam de tempos em tempos, portanto, merecem sempre uma atitude de tolerância e respeito.
Esse texto, em si, não deixa de ser um tipo de “marcha”. Os dias são trabalhosos e cada vez mais difíceis. As pressões e tensões são cada vez mais assustadoras. Ninguém escapa. Continue crendo. A história da salvação sempre foi assim, quando tudo parecia perdido, a salvação chegou. Águas de todos os lados engolindo o planeta e uma arca salvou os que escolheram pela fé entrar nela. Uma lâmina afiada pronta para matar Isaque e um cordeiro surgiu para ocupar o seu lugar. Uma tumba lacrada na certeza de terem matado o Cristo e, no terceiro dia, terremoto e ressurreição. Tudo isso me lembra que gente parada não marcha. Marche. O caminho e o socorro para cada um é Ele quem garante e de forma emocionante nos conforta em Hebreus 13:5: “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.”

Pr. Edmilson Mendes congrega em IAP Pq. Itália (Campinas, SP) e integra o Ministério de Vida Pastoral (MVP) – Convenção Paulista e Geral.

Cristo é a razão da nossa esperança

Mesmo em meio às crises, podemos viver contentes

“Não estou dizendo isso porque esteja necessitado, pois aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância. Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece”. (Filipenses 4: 11-13).
Ao longo destes últimos dias, estamos atentos às notícias e ao desenrolar dos acontecimentos relacionados à paralisação dos caminhoneiros em nosso país. Uma das razões principais pelas quais essa paralisação chama a nossa atenção é justamente as suas consequências e as repercussões para a vida e o cotidiano de cada um. A paralisação dos caminhoneiros nos mostra como esse grupo de trabalhadores é imprescindível para a economia de nosso país. Não vamos aqui fazer uma análise política ou social da greve, mas a partir desse acontecimento, reforçar que Cristo é aquele que nos sustenta e nos fortalece, mesmo em meio à crise e à escassez.
Em Filipenses 4: 11- 13, o apóstolo Paulo apresenta-se como alguém que já havia vivenciado vários tipos de situações: tanto boas quanto ruins. Ele já havia participado de refeições abundantes, mas também sabia o que era a crise, escassez e fome. Paulo já havia vestido belas roupas, e em outras situações, havia tido apenas o indispensável. O Império Romano vivenciou também suas crises, e certamente Paulo viu de perto algumas delas. O fato é que este homem, por causa de seu relacionamento com Deus e sua entrega a ele, aprendeu o grande motivo para não se desesperar em meio às crises: a presença de Cristo Jesus em sua vida.
A nossa esperança e o nosso contentamento não podem estar baseados nas circunstâncias externas que vivemos, mas naquele que é fiel e que nunca falhará: o nosso Salvador, Cristo Jesus. Em nosso dia a dia enfrentamos todo o tipo de situações, mas o que faz a diferença em nossa vida é reconhecermos que Cristo cuida de nós, nos fortalece e é a razão de nossa esperança. Isso não faz de nós pessoas alienadas e que não se preocupam com a situação da nossa nação. Pelo contrário, pelo fato de crermos na Bíblia Sagrada temos a oportunidade e a responsabilidade de orar pelo nosso país e exercer a nossa cidadania da melhor forma possível, conforme a orientação da Palavra de Deus. No entanto, a partir do momento em que entregamos nossas vidas a Cristo e o buscamos de todo o coração reconhecemos também que a razão da nossa esperança e de nosso contentamento é ele, e não determinada pessoa ou circunstância. Por isso, podemos afirmar que podemos enfrentar qualquer tipo de situação, pois é Cristo quem nos fortalece, cuida de nossa vida e não nos abandona.
Sendo assim, seja enfrentando um momento tranquilo e de fartura, seja enfrentando um período de instabilidade e escassez, confie no cuidado e na suficiência de Cristo, pois ele é a razão da nossa fé e esperança. Além disso, justamente pelo fato de reconhecermos a suficiência de Jesus – o Autor e Consumador da nossa fé, somos convocados a interceder pelo nosso país e a exercermos nossa cidadania para a glória de Deus.

Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infantojuvenil Regional da Convenção Noroeste Paulista.

O mito da mãe perfeita

Cobre-se menos e desfrute das alegrias da maternidade

Certamente, a maternidade é uma das fases mais importantes da vida da mulher. Para uma grande parte de nós, mães, a vida também se divide em “antes dos filhos nascerem” e “depois dos filhos nascerem”. Ser mãe é um presente, uma dádiva, um privilégio do Senhor para nós. Não é por acaso que Deus utiliza o amor materno para ilustrar o seu grande amor por mim e por você (Is 49: 15).
No entanto, sabemos também que a maternidade é um grande desafio, que muitas vezes tem os seus “altos” e “baixos”: o seu filho fala “eu te amo, mamãe” com o olhar mais doce e carinhoso da terra, mas logo em seguida, quase a enlouquece por brigar com o irmão. Existe até um ditado popular que diz: “Ser mãe é padecer no paraíso”. E em meio a todas essas questões, nós, mães, acabamos criando em nossas cabeças um mito: o mito da mãe perfeita.
Acho que uma das perguntas que sempre nos fazemos ao longo do maravilhoso (mas, desafiador) caminho da maternidade é: será que tenho sido uma mãe boa mãe? E aqui, o sentido é quase este: “será que acertei em todas as minhas palavras e atitudes ao lidar meu filho? Eu não devia ter deixado ele comer aquele doce antes do jantar… Ah, Senhor, acho que não disciplinei minha filha da forma como deveria”… Ou então: “Deus, estou tão confusa, acho que não devia ter corrigido minha filha da forma que fiz… Hoje estou tão cansada, acho que vou fazer um miojo para eles jantarem… Nossa, o filho da minha amiga com sete anos já sabe resolver uma equação de 1º grau, enquanto o meu mal lê ou escreve. Será que a culpa é minha?”
Quem nunca deixou o filho assistir mais televisão para poder arrumar a casa ou para ter mais alguns momentos de sossego, que atire a primeira pedra. Ou, quem nunca prometeu para si mesma que o filho não iria vê-la irritada ou impaciente, mas depois de poucos minutos perdeu a paciência com o menino? Todos esses pensamentos e situações certamente passam pela nossa cabeça. Muitas vezes, trazem culpa e pressão para as nossas vidas. Pressão e culpa desnecessárias e acabam nos trazendo muito desgaste e estresse, diga-se de passagem. Isso acontece justamente por causa de uma concepção de perfeição da maternidade: é o mito da mãe perfeita. Nós construímos em nossas mentes um tipo de mãe que não existe!
Não me entendam mal: como mães e servas de Deus precisamos estar no centro da sua vontade e fazer o melhor que pudermos para os nossos filhos. Devemos amá-los, cuidar deles e educá-los conforme os princípios bíblicos. Mas, a partir do momento em que eu penso que vou alcançar a perfeição na maternidade, isso só vai me causar angústia, mágoa, desespero e confusão. Porque não somos perfeitas, assim como nossos filhos não o são. Na verdade, o que acontece é que não estamos preparadas para lidar com as nossas falhas como mães. E não tem jeito, fazemos o nosso melhor, mas erramos e somos pecadoras, o que também se reflete na maternidade (talvez até mais do que em outras situações). Erramos quando não deveríamos falhar, falamos quando deveríamos calar, ou ficamos em silêncio quando deveríamos dialogar.
A maternidade é difícil. É linda, maravilhosa, um presente, mas ainda assim, é difícil. Por isso, reconhecer que falhamos e somos imperfeitas é muito importante porque nos aproxima da graça e do amor de Deus. É ele quem vai nos ajudar, dar sabedoria e fortalecer em nossos melhores (e piores) momentos da maternidade. Por isso, quando nos desfazemos do mito de que somos perfeitas, reconhecemos nossas imperfeições e defeitos, o que nos aproxima do Senhor. É ele que age em nossas vidas, nos ajudando a ser uma mãe conforme o seu coração.
Além disso, saber de nossas limitações nos dá a chance de ensinar a nossos meninos e meninas que também erramos e isso faz com que eles aprendam que é possível errar, mas que podemos consertar o erro, pois temos um Deus que nos perdoa e nos ajuda a acertar da próxima vez. Da mesma forma, reconhecer verdadeiramente que não somos mães perfeitas tira um grande peso e uma enorme pressão de nossos ombros, o que nos ajuda a vivenciar a maternidade com mais leveza, alegria e prazer. Certamente, esta é a vontade do Senhor para nós e para nossos filhos e filhas.
Sendo assim, gostaria de finalizar este texto refletindo nas seguintes questões com você, minha amiga mãe: você é capaz de perceber o impacto maravilhoso que está deixando na vida de seus filhos? Independentemente do fato de você trabalhar fora ou em casa. Fique tranquila, sei que você já cometeu erros, mas eu também os tenho cometido. Mas, você também consegue se lembrar das vezes em que acertou, ajudada por Deus? E os momentos em que esteve presente para o seu menino ou sua menina?
Pode ter sido sentada às 3 horas da manhã aninhando uma criança que teve um pesadelo. Ou fazendo almoço com uma dispensa bem limitada. Abrindo mão de algo que você precisa para que seus filhos possam ter o que necessitam. Ajudando numa tarefa de história. Dizendo não e impondo limites. Lendo um capítulo da Bíblia. Dobrando as roupas. Ouvindo as histórias do seu filho ou de sua filha, ou dos dois. Rindo e gargalhando. Limpando rostos sujos de comida. Pendurando desenhos na parede ou na porta da geladeira. Vendo-os dormir. Orando com eles ou por eles. Ensinando a respeito de Jesus.
Que o Senhor ajude a cada uma de nós a sermos mães conforme o seu coração: com limitações e imperfeições, mas que vivenciam a graça de Deus e são fortalecidas em Cristo!

Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infantojuvenil Regional da Convenção Noroeste Paulista.

Dia das Mães

É uma data festiva para você?

No próximo domingo, será celebrado o Dia das Mães. Essa data teve origem no Brasil em 1932, quando o então presidente Getúlio Vargas, a pedido das feministas da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, oficializou a data no segundo domingo de maio. A iniciativa fazia parte da estratégia das feministas de valorizar a importância das mulheres na sociedade, animadas com as perspectivas que se abriram a partir da conquista do direito de votar, em fevereiro do mesmo ano. (Fonte: Wikipédia).
As mídias preparam lindas propagandas com muitos corações e músicas melodiosas. Há festas nas escolas, as lojas são decoradas, há promoções nos comércios, enfim, existe uma grande movimentação pra celebrar essa data.
Mas, é uma data festiva para você?
Talvez, como eu, você seja feliz e tenha motivos para celebrar por ter filhos e por ter uma mãe, mas talvez essa data traga a você lembranças amargas. Talvez sua gravidez foi indesejada, talvez você não goste de ser mãe ou talvez você deseje intensamente ser mãe, mas por alguma razão não pode. Talvez essa data seja dolorosa porque a sua amada mãe já não está mais viva e você não pode dar aquele abraço carinhoso. Pode ser que você tenha uma mãe maravilhosa, presente, amiga, mas pode ser que sua mãe tenha problemas, vícios, e é você quem se torna responsável por ela. Pode ser que você converse com sua mãe todos os dias pelo telefone, WhatsApp, ou pessoalmente, passando em sua casa para um cafezinho, mas pode ser que você tenha discutido com ela e não estão se falando.
Pode ser que hoje você esteja se sentindo culpada por trabalhar muito e não ter tanto tempo para seus filhos, ou por ter perdido a paciência e dito coisas erradas e se sentir uma péssima mãe. Você pode ter abortado e rejeitado um filho.
São tantas realidades, são tantos sentimentos… então, como encarar esse dia?
Crendo que absolutamente todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28), crendo que absolutamente tudo o que Deus faz é bom e perfeito. Portanto, se sua mãe é amável ou não, estando presente ou não, você tendo filhos ou não, absolutamente tudo está debaixo do controle do nosso Amado Pai e Ele está usando tudo isso para aperfeiçoar o caráter de Cristo em sua vida.
A Bíblia diz ainda em Romanos 12.18: “Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens”, Também em Mateus 18:15, diz: “Se um irmão pecar contra você, fale com ele em particular”. Faça o que for possível, peça perdão a sua mãe ou madrasta, peça perdão aos seus filhos, mas não permita que as adversidades sejam maiores que o amor de Cristo em sua vida.
Se você puder celebrar esse dia, faça-o! Mas se você não puder celebrar, glorifique ao Senhor que te ama e está cuidando de você, com um amor que não muda, não falha e não abandona!
Feliz dia do Criador das mães, dos pais, dos filhos, da vida!

Dsa. Danúbia Guarnieri é casada com Pr. Anderson Guarnieri, mãe do Caleb e da Lía. Atualmente, serve ao Senhor na IAP na Argentina.

Trabalho – benção ou maldição?

Desde o Éden, o homem sente realização por planejar e executar suas tarefas

“O homem sai para seu trabalho, para o seu labor até o pôr-do-sol. Quão numerosas são as tuas obras, ó Senhor! Fizeste-as todas com perfeita sabedoria. A terra está repleta de tuas criaturas”. (Salmos 104.23-24 – K. James).
Vez ou outra ouvimos alguém dizer: “Mente vazia é oficina de Satanás.” De fato, o ócio é uma coisa ruim, pois o nosso corpo é uma “máquina” em constante funcionamento idealizada pelo criador para exercer os seus devidos movimentos.
Nossos pais, no Jardim do Eden, tinham o que fazer, e o trabalho era uma benção com sua rotina, sem maiores preocupações ou estresse. Penso eu que a única boa ansiedade que tinham era com a viração do dia, no pôr-do-sol, quando acabavam suas tarefas e Deus os visitava.
Era com muita alegria e afetividade que eles o recebiam. Imagino que cada dia eles tinham novidades para falar com Deus acerca das suas variadas obras: uma planta que desabrochou suas lindas pétalas floridas, a simetria das formigas e o seu trabalho organizado e cronometrado.
Adão, como lavrador, certamente semeava e via o progresso de sua plantação como benção de Deus, e o melhor, Ele podia agradecer pessoalmente o Seu criador pelos Seus feitos. Imagino a alegria de Deus antes da nódoa do pecado.
O texto do salmista fala sobre o trabalho, labor na rotina diária. (Labor significa trabalho, tarefa, labuta, é uma palavra com origem no latim labore, pressupõe uma atividade racional, onde o indivíduo tem que pensar, raciocinar).
Adão exercia no Eden suas funções, ele deve ter raciocinado bastante para nomear todos os animais domésticos, as aves do céu e a todas as feras (Gn 2.20).Foi um trabalho muito eficaz.
Igualmente, quando realizamos um trabalho que foi planejado, vem uma satisfação e alegria pelo dever cumprido. Segundo o salmista, o sair para trabalhar e voltar no término do dia é uma benção
Concluímos dizendo que o trabalho honesto e diligente é uma benção em muitos sentidos, pois ele está incluso entre as “numerosas, variadas obras perfeitas do Senhor” conforme nos ensina o salmista. Glórias a Deus pelo trabalho.

Pr. Omar Figueiredo congrega na IAP em Pq. Edu Chaves (São Paulo – SP)

Redescobrindo o Brasil

Pátria amada, idolatrada ou esquecida?
Em 22 de abril, o Brasil completa 518 anos. Nesta data, em 1500 d.C., as caravelas da esquadra portuguesa, comandada por Pedro Álvares Cabral, chegaram ao litoral sul do atual estado da Bahia. De lá pra cá, muitas foram as descobertas e redescobertas em território nacional. Muitas são as histórias que remontam a nação brasileira. Esta data e os documentos registrados sobre a descoberta do Brasil são de suma importância para compreendermos a origem e a luta de nosso povo, para obter e manter a verdadeira “ordem e progresso” em nosso País até os dias de hoje.
No entanto, nossa pátria tem sido esquecida por muitos. Talvez, a maior razão seja o que de ruim já aconteceu e continua acontecendo em nossa nação, em função dos líderes que a governam. Contudo, a despeito de tanta corrupção abrigada, que resulta em tantos outros males, precisamos continuar a luta para resgatarmos nosso valor, como brasileiros. Afinal, é isso o que fazemos decente e honestamente, quando acordamos e batalhamos a cada novo dia, com esperança de um futuro melhor para nossos filhos e netos. Não podemos desistir do Brasil, tampouco esquecê-lo, precisamos redescobri-lo. Precisamos redescobrir nosso amor pelo Brasil. Mas como isso é possível? Olhando para Bíblia, a maior carta de amor de Deus pelas nações corrompidas através do pecado e todo mal nativo dele.
É da vontade de Deus que nossa pátria seja amada, o que Deus não quer, é que ela seja idolatrada. Mas, como estabelecer uma linha de equilíbrio entre o amor e a idolatria por nosso Brasil? Se você é cristão como eu, temos dupla cidadania, a terrena e a celestial. Aprendemos com a Bíblia, que a partir do Evangelho de Deus, temos de viver aqui sem nos esquecermos de lá. Podemos comprovar esta verdade, quando lemos o conteúdo da carta que Jeremias enviou de Jerusalém aos líderes, que ainda restavam entre os exilados, aos sacerdotes, aos profetas e a todo o povo que Nabucodonosor deportara de Jerusalém para a Babilônia (Jr 29.1; cf. vs. 4-23).
Como deveria ser a vida e o relacionamento do povo de Deus na perversa, sanguinária e pagã Babilônia? Primeiro Deus diz para eles se estabelecerem nas cidades e se multiplicarem, para manterem assim sua identidade como povo:
 
Construam casas e habitem nelas; plantem jardins e comam de seus frutos. Casem-se e tenham filhos e filhas; escolham mulheres para casar-se com seus filhos e deem as suas filhas em casamento, para que também tenham filhos e filhas. Multipliquem-se e não diminuam” (vs 5-6).
 
Além disso, e o que é mais impressionante, Deus manda o povo prestar serviço a Babilônia: “Busquem a prosperidade da cidade para qual eu os deportei e orem ao Senhor em favor dela, porque a prosperidade de vocês depende da prosperidade dela”.
A orientação do Senhor, mesmo diante de tudo o que a Babilônia representava de ruim para o povo de Deus, enquanto estivessem lá, é que este deveria não apenas aumentar sua tribo, mas também usar seus recursos para o bem comunitário. Os judeus exilados não atacariam, não desprezariam, nem fugiriam da cidade, mas a amariam e buscariam sua paz enquanto cresciam e se estabeleciam nela. É assim também que devemos viver nas cidades espalhadas pelo nosso Brasil afora. Somos convocados a ser os melhores patriotas possíveis desta nação, sobretudo, se de fato, recebemos o evangelho de Jesus. Temos de amar nossa nação, a partir do bairro onde moramos, sendo bons vizinhos, excelentes profissionais, cidadãos exemplares em nossas obrigações tributárias.
Enfim, a situação do País pode melhorar se seus cidadãos forem melhores a partir das pequenas coisas e mais elementares para a convivência. Além disso, se quisermos um Brasil melhor, precisamos conhecer mais sobre a política nacional e porque não seguir carreira (se esta for a vocação) ou preparar nossos filhos para serem políticos honestos e tementes a Deus?Pois é Deus quem governa através destes (Pv 8.15-16).
Deus ama nossa pátria, nós também devemos amá-la, sobretudo, pelas pessoas que dela fazem parte, pois estas são criadas à imagem do Deus Criador, conforme sua semelhança. E a morte de Cristo foi para redimir todas as coisas criadas, inclusive a nossa nação. Se você é brasileiro, ame sua pátria, existe muita riqueza nela, celebre sua história, Porém, jamais troque a glória de Deus. Nossa pátria deve ser amada, sim, idolatrada, não!
Este é o mal da humanidade: deixar a glória de Deus por causa de desejos carnais (cf. Rm1:18-32).Quando não vivemos para a glória de Deus, acima de tudo, então aderimos à idolatria. Sigamos o conselho de Pedro, o apóstolo de Jesus:
 
Amados, insisto em que, como estrangeiros e peregrinos no mundo, vocês se abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma. Vivam entre os pagãos de maneira exemplar para que, naquilo em que eles os acusam de praticarem o mal, observem as boas obras que vocês praticam e glorifiquem a Deus no dia da sua intervenção (1 Pedro 2:11,12).
 
Que possamos viver como viveu o nosso Senhor Jesus, quando veio do céu para uma pátria terrena. Ele viveu na terra como cidadão judeu, mas sem esquecer que era do céu, mas tinha uma missão aqui e para lá voltaria. Pois, assim como o Pai o enviou, fomos enviados por Jesus para sermos e fazermos discípulos em seu nome (Jo 17:4 e 18; 20:21). Deus abençoe o Brasil através do seu povo, que aqui participa de sua missão redentora, pela sua graça, para que todos os brasileiros vivam para gloria do único que é digno de recebê-la.
 
Pr. Mateus Silva de Almeida é responsável pela IAP em Piracicaba e Rio Claro (SP).
 
 

Insegurança jurídica

Só as leis de um Juiz perfeito e santo são eternas

Se perguntássemos a Platão qual o papel de um juiz, ele diria: “O juiz não é nomeado para fazer favores com a justiça, mas para julgar segundo as leis.” Seguindo no campo da suposição, imagine que nesta conversa alguém fizesse a seguinte objeção: “Mas as leis são difíceis e complexas para serem interpretadas por quem, como nós, não estudou…” Como estamos num bate papo imaginário, temos a liberdade de colocarmos juntos um filósofo de quatro séculos antes de Cristo, Platão, na mesma conversa com um contemporâneo dos tempos de Jesus, Sêneca, que passaria na frente de Platão e responderia: “A lei deve ser breve para que os indoutos possam compreendê-la facilmente.”
Se continuasse minha pesquisa, seria possível deixar interminável a conversa acima, tantas são as frases e citações que versam sobre lei, justiça e direito. Seria como se perder na floresta de Nárnia e ficar sujeito às ameaças da feiticeira branca, tamanho o emaranhado de interpretações, recursos, embargos, petições, depoimentos, delações, gravações, vídeos, códigos, instâncias, tribunais, acusação, defesa, promotoria, juízes, advogados, habeas corpus, requerimentos.
Faço parte dos leigos. Como a imensa maioria, estou acompanhando como posso este capítulo da história do nosso país. Um termo que não citei no parágrafo acima tem sido constantemente reclamado por esquerda e direita, assim como tem sido alertado e criticado por analistas e jornalistas: insegurança jurídica. Todos, em uníssono, tentam mostrar os perigos que a nação corre por conta da tal insegurança jurídica.
Uma situação já vivida por todos nós, na infância, explica. Lembra quando estávamos jogando qualquer jogo? Primos, irmãos e colegas de escola disputando cada lance, vibrando e empolgados com cada jogada, fosse um jogo de mesa tipo dominó, ludinho, batalha naval, dama, ou um jogo de bola, não importa, a adrenalina ia lá em cima, causada pela empolgação do jogo. Aí, do nada, um mau perdedor, simplesmente resolvia mudar a regra do jogo ou dar uma outra interpretação.
Pronto, a alegria era transformada em discussão, briga e cara feia, tudo acompanhado de protesto: “Pô, não é certo mudar a regra do jogo durante o jogo!” É isso. O risco das inseguranças jurídicas, de leis que mudam em curtos espaços de tempo, de leis que, conforme o caso, recebem a interpretação mais conveniente, é exatamente este: abalar relacionamentos e inviabilizar o bom convívio social.
Chegamos ao ponto. Leis precisam de segurança. Leis precisam ser estáveis. Leis, para tanto, precisam ser equilibradas por amor e justiça. Leis precisam ser eternas. Por tudo isso, leis precisam ser escritas na solidez de uma rocha e, de preferência, escritas e definidas por um Juiz perfeito e totalmente santo. Como bem afirmou Tiago em sua carta no capítulo 1 e versículo 17, tal lei só poderia vir “… do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.”
Eis a boa nova do evangelho eterno, eis a segurança da maravilhosa e imerecida Graça que recebe todo aquele que crê no Filho. O espírito da lei contido nos Dez Mandamentos são palavras de vida, é luz para o caminhante, é orientação segura para as decisões da vida, é, enfim, a pavimentação espiritual que dirige cada passo com confiança e fidelidade ao Deus legislador, o Único que legisla com vistas à nossa plena felicidade e realização. Fomos por Ele salvos graciosamente. Por isso, voluntariamente e prazerosamente, queremos andar pelos caminhos desta lei perfeita e jamais voltarmos à escravidão das leis que regem este velho e corrompido mundo. Éramos inseguros, no entanto agora, em Deus, temos segurança jurídica, afetiva, espiritual, comunitária e eternamente salvadora.

Pr. Edmilson Mendes congrega na IAP em Pq. Itália (Campinas, SP) e atua no Departamento Ministerial – Convenção Paulista e Geral.

O "fervor" de Pedro

O ataque ao ator, durante a Páscoa, nos fez lembrar do apóstolo impulsivo

No último final de semana, entre as celebrações da Páscoa, todos ficaram chocados com a reação de um homem que assistia ao espetáculo em Nova Hartz, interior do Rio Grande do Sul. Ao ver o ator Samir Rodrigues, que encenava um dos soldados, “ferir” Jesus crucificado com uma lança, o homem invadiu o palco e agrediu o ator com um capacete. Felizmente, pessoas acudiram e os ferimentos provocados foram leves. Mas foi impossível não associar, de certa forma, a reação do homem enraivecido, com a do apóstolo Pedro, que cortou a orelha de um dos soldados romanos, quando estes prenderam Jesus.
Simão Pedro, petros (grego), pequena pedra, pedrinha é um destes enigmáticos personagens que amamos em sua disposição e solicitude quanto aos interesses do Reino. O antecipador, o “atirado”, com sua personalidade corajosa, irrequieta. Um sujeito “duro na queda” inicialmente, micro empresário pesqueiro, que se tornou pescador de homens, após Jesus chamá-lo.
É Interessante salientar que sua percepção sobre o Filho de Deus era nítida, porém o seu “fervor humano” quase sempre o levava a colocar a “carroça diante dos bois”. Era ansioso, quase sempre queria soluções imediatas, mesmo que tivesse que usar expedientes nada pedagógicos: negação, mentira, descompromisso, violência etc.
Não poupou nem a sogra doente que teria de fazer comida para os seus convidados que, eu acredito, ele não tinha a avisado que iria levar. Jesus estava entre os seus convidados e providenciou a cura daquela mulher que logo após os serviu: “Saindo da sinagoga dirigiu-se Jesus à casa de Simão. A sogra de Simão estava atormentada, ardendo em febre, e rogaram a Jesus que a ajudasse de alguma forma. Estando Ele em pé próximo a ela, inclinou-se e repreendeu aquela febre, que no mesmo instante a deixou. Ela rapidamente se levantou e passou a servi-los.” (Lucas, 4.38-39).
O “fervor humano” tem atrapalhado muitos de nós que amamos a Cristo,  mas que temos a síndrome de Gabriela (…eu nasci assim…). Posturas que nos levam à inadimplência espiritual e social.
A mudança em Pedro ocorreu quando o Senhor, já preso, olhou nos seus olhos, o fitou com seu olhar cálido, meigo, sofredor. Eu acredito que flashes dos melhores momentos vivenciados com o Mestre Jesus irradiaram a mente e o coração do apóstolo, que empreendeu fuga na escuridão da noite. Suas lágrimas foram autênticas, diante daquele que é a perfeição divina, confrontando nossas falhas (Lucas 22.62).
O Olhar de Jesus faz nos ver a grande misericórdia de Deus em dar atenção a nós. Pedro saiu daquela escuridão mais convicto, mais discípulo, mais cristão. Seu “fervor humano” desapareceu neste incidente, divisor de águas em sua vida.
“Você me ama?” Foi o ápice, o auge da pergunta de Jesus que iria acabar de vez com seu “fervor humano”. “Mais dEle e menos de mim” passou a ser o alvo de Pedro, e deve ser o nosso também.

Pr. Omar Figueiredo congrega na IAP em Pq. Edu Chaves (São Paulo – SP)