Redescobrindo o Brasil

Pátria amada, idolatrada ou esquecida?
Em 22 de abril, o Brasil completa 518 anos. Nesta data, em 1500 d.C., as caravelas da esquadra portuguesa, comandada por Pedro Álvares Cabral, chegaram ao litoral sul do atual estado da Bahia. De lá pra cá, muitas foram as descobertas e redescobertas em território nacional. Muitas são as histórias que remontam a nação brasileira. Esta data e os documentos registrados sobre a descoberta do Brasil são de suma importância para compreendermos a origem e a luta de nosso povo, para obter e manter a verdadeira “ordem e progresso” em nosso País até os dias de hoje.
No entanto, nossa pátria tem sido esquecida por muitos. Talvez, a maior razão seja o que de ruim já aconteceu e continua acontecendo em nossa nação, em função dos líderes que a governam. Contudo, a despeito de tanta corrupção abrigada, que resulta em tantos outros males, precisamos continuar a luta para resgatarmos nosso valor, como brasileiros. Afinal, é isso o que fazemos decente e honestamente, quando acordamos e batalhamos a cada novo dia, com esperança de um futuro melhor para nossos filhos e netos. Não podemos desistir do Brasil, tampouco esquecê-lo, precisamos redescobri-lo. Precisamos redescobrir nosso amor pelo Brasil. Mas como isso é possível? Olhando para Bíblia, a maior carta de amor de Deus pelas nações corrompidas através do pecado e todo mal nativo dele.
É da vontade de Deus que nossa pátria seja amada, o que Deus não quer, é que ela seja idolatrada. Mas, como estabelecer uma linha de equilíbrio entre o amor e a idolatria por nosso Brasil? Se você é cristão como eu, temos dupla cidadania, a terrena e a celestial. Aprendemos com a Bíblia, que a partir do Evangelho de Deus, temos de viver aqui sem nos esquecermos de lá. Podemos comprovar esta verdade, quando lemos o conteúdo da carta que Jeremias enviou de Jerusalém aos líderes, que ainda restavam entre os exilados, aos sacerdotes, aos profetas e a todo o povo que Nabucodonosor deportara de Jerusalém para a Babilônia (Jr 29.1; cf. vs. 4-23).
Como deveria ser a vida e o relacionamento do povo de Deus na perversa, sanguinária e pagã Babilônia? Primeiro Deus diz para eles se estabelecerem nas cidades e se multiplicarem, para manterem assim sua identidade como povo:
 
Construam casas e habitem nelas; plantem jardins e comam de seus frutos. Casem-se e tenham filhos e filhas; escolham mulheres para casar-se com seus filhos e deem as suas filhas em casamento, para que também tenham filhos e filhas. Multipliquem-se e não diminuam” (vs 5-6).
 
Além disso, e o que é mais impressionante, Deus manda o povo prestar serviço a Babilônia: “Busquem a prosperidade da cidade para qual eu os deportei e orem ao Senhor em favor dela, porque a prosperidade de vocês depende da prosperidade dela”.
A orientação do Senhor, mesmo diante de tudo o que a Babilônia representava de ruim para o povo de Deus, enquanto estivessem lá, é que este deveria não apenas aumentar sua tribo, mas também usar seus recursos para o bem comunitário. Os judeus exilados não atacariam, não desprezariam, nem fugiriam da cidade, mas a amariam e buscariam sua paz enquanto cresciam e se estabeleciam nela. É assim também que devemos viver nas cidades espalhadas pelo nosso Brasil afora. Somos convocados a ser os melhores patriotas possíveis desta nação, sobretudo, se de fato, recebemos o evangelho de Jesus. Temos de amar nossa nação, a partir do bairro onde moramos, sendo bons vizinhos, excelentes profissionais, cidadãos exemplares em nossas obrigações tributárias.
Enfim, a situação do País pode melhorar se seus cidadãos forem melhores a partir das pequenas coisas e mais elementares para a convivência. Além disso, se quisermos um Brasil melhor, precisamos conhecer mais sobre a política nacional e porque não seguir carreira (se esta for a vocação) ou preparar nossos filhos para serem políticos honestos e tementes a Deus?Pois é Deus quem governa através destes (Pv 8.15-16).
Deus ama nossa pátria, nós também devemos amá-la, sobretudo, pelas pessoas que dela fazem parte, pois estas são criadas à imagem do Deus Criador, conforme sua semelhança. E a morte de Cristo foi para redimir todas as coisas criadas, inclusive a nossa nação. Se você é brasileiro, ame sua pátria, existe muita riqueza nela, celebre sua história, Porém, jamais troque a glória de Deus. Nossa pátria deve ser amada, sim, idolatrada, não!
Este é o mal da humanidade: deixar a glória de Deus por causa de desejos carnais (cf. Rm1:18-32).Quando não vivemos para a glória de Deus, acima de tudo, então aderimos à idolatria. Sigamos o conselho de Pedro, o apóstolo de Jesus:
 
Amados, insisto em que, como estrangeiros e peregrinos no mundo, vocês se abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma. Vivam entre os pagãos de maneira exemplar para que, naquilo em que eles os acusam de praticarem o mal, observem as boas obras que vocês praticam e glorifiquem a Deus no dia da sua intervenção (1 Pedro 2:11,12).
 
Que possamos viver como viveu o nosso Senhor Jesus, quando veio do céu para uma pátria terrena. Ele viveu na terra como cidadão judeu, mas sem esquecer que era do céu, mas tinha uma missão aqui e para lá voltaria. Pois, assim como o Pai o enviou, fomos enviados por Jesus para sermos e fazermos discípulos em seu nome (Jo 17:4 e 18; 20:21). Deus abençoe o Brasil através do seu povo, que aqui participa de sua missão redentora, pela sua graça, para que todos os brasileiros vivam para gloria do único que é digno de recebê-la.
 
Pr. Mateus Silva de Almeida é responsável pela IAP em Piracicaba e Rio Claro (SP).
 
 

Insegurança jurídica

Só as leis de um Juiz perfeito e santo são eternas

Se perguntássemos a Platão qual o papel de um juiz, ele diria: “O juiz não é nomeado para fazer favores com a justiça, mas para julgar segundo as leis.” Seguindo no campo da suposição, imagine que nesta conversa alguém fizesse a seguinte objeção: “Mas as leis são difíceis e complexas para serem interpretadas por quem, como nós, não estudou…” Como estamos num bate papo imaginário, temos a liberdade de colocarmos juntos um filósofo de quatro séculos antes de Cristo, Platão, na mesma conversa com um contemporâneo dos tempos de Jesus, Sêneca, que passaria na frente de Platão e responderia: “A lei deve ser breve para que os indoutos possam compreendê-la facilmente.”
Se continuasse minha pesquisa, seria possível deixar interminável a conversa acima, tantas são as frases e citações que versam sobre lei, justiça e direito. Seria como se perder na floresta de Nárnia e ficar sujeito às ameaças da feiticeira branca, tamanho o emaranhado de interpretações, recursos, embargos, petições, depoimentos, delações, gravações, vídeos, códigos, instâncias, tribunais, acusação, defesa, promotoria, juízes, advogados, habeas corpus, requerimentos.
Faço parte dos leigos. Como a imensa maioria, estou acompanhando como posso este capítulo da história do nosso país. Um termo que não citei no parágrafo acima tem sido constantemente reclamado por esquerda e direita, assim como tem sido alertado e criticado por analistas e jornalistas: insegurança jurídica. Todos, em uníssono, tentam mostrar os perigos que a nação corre por conta da tal insegurança jurídica.
Uma situação já vivida por todos nós, na infância, explica. Lembra quando estávamos jogando qualquer jogo? Primos, irmãos e colegas de escola disputando cada lance, vibrando e empolgados com cada jogada, fosse um jogo de mesa tipo dominó, ludinho, batalha naval, dama, ou um jogo de bola, não importa, a adrenalina ia lá em cima, causada pela empolgação do jogo. Aí, do nada, um mau perdedor, simplesmente resolvia mudar a regra do jogo ou dar uma outra interpretação.
Pronto, a alegria era transformada em discussão, briga e cara feia, tudo acompanhado de protesto: “Pô, não é certo mudar a regra do jogo durante o jogo!” É isso. O risco das inseguranças jurídicas, de leis que mudam em curtos espaços de tempo, de leis que, conforme o caso, recebem a interpretação mais conveniente, é exatamente este: abalar relacionamentos e inviabilizar o bom convívio social.
Chegamos ao ponto. Leis precisam de segurança. Leis precisam ser estáveis. Leis, para tanto, precisam ser equilibradas por amor e justiça. Leis precisam ser eternas. Por tudo isso, leis precisam ser escritas na solidez de uma rocha e, de preferência, escritas e definidas por um Juiz perfeito e totalmente santo. Como bem afirmou Tiago em sua carta no capítulo 1 e versículo 17, tal lei só poderia vir “… do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.”
Eis a boa nova do evangelho eterno, eis a segurança da maravilhosa e imerecida Graça que recebe todo aquele que crê no Filho. O espírito da lei contido nos Dez Mandamentos são palavras de vida, é luz para o caminhante, é orientação segura para as decisões da vida, é, enfim, a pavimentação espiritual que dirige cada passo com confiança e fidelidade ao Deus legislador, o Único que legisla com vistas à nossa plena felicidade e realização. Fomos por Ele salvos graciosamente. Por isso, voluntariamente e prazerosamente, queremos andar pelos caminhos desta lei perfeita e jamais voltarmos à escravidão das leis que regem este velho e corrompido mundo. Éramos inseguros, no entanto agora, em Deus, temos segurança jurídica, afetiva, espiritual, comunitária e eternamente salvadora.

Pr. Edmilson Mendes congrega na IAP em Pq. Itália (Campinas, SP) e atua no Departamento Ministerial – Convenção Paulista e Geral.

O "fervor" de Pedro

O ataque ao ator, durante a Páscoa, nos fez lembrar do apóstolo impulsivo

No último final de semana, entre as celebrações da Páscoa, todos ficaram chocados com a reação de um homem que assistia ao espetáculo em Nova Hartz, interior do Rio Grande do Sul. Ao ver o ator Samir Rodrigues, que encenava um dos soldados, “ferir” Jesus crucificado com uma lança, o homem invadiu o palco e agrediu o ator com um capacete. Felizmente, pessoas acudiram e os ferimentos provocados foram leves. Mas foi impossível não associar, de certa forma, a reação do homem enraivecido, com a do apóstolo Pedro, que cortou a orelha de um dos soldados romanos, quando estes prenderam Jesus.
Simão Pedro, petros (grego), pequena pedra, pedrinha é um destes enigmáticos personagens que amamos em sua disposição e solicitude quanto aos interesses do Reino. O antecipador, o “atirado”, com sua personalidade corajosa, irrequieta. Um sujeito “duro na queda” inicialmente, micro empresário pesqueiro, que se tornou pescador de homens, após Jesus chamá-lo.
É Interessante salientar que sua percepção sobre o Filho de Deus era nítida, porém o seu “fervor humano” quase sempre o levava a colocar a “carroça diante dos bois”. Era ansioso, quase sempre queria soluções imediatas, mesmo que tivesse que usar expedientes nada pedagógicos: negação, mentira, descompromisso, violência etc.
Não poupou nem a sogra doente que teria de fazer comida para os seus convidados que, eu acredito, ele não tinha a avisado que iria levar. Jesus estava entre os seus convidados e providenciou a cura daquela mulher que logo após os serviu: “Saindo da sinagoga dirigiu-se Jesus à casa de Simão. A sogra de Simão estava atormentada, ardendo em febre, e rogaram a Jesus que a ajudasse de alguma forma. Estando Ele em pé próximo a ela, inclinou-se e repreendeu aquela febre, que no mesmo instante a deixou. Ela rapidamente se levantou e passou a servi-los.” (Lucas, 4.38-39).
O “fervor humano” tem atrapalhado muitos de nós que amamos a Cristo,  mas que temos a síndrome de Gabriela (…eu nasci assim…). Posturas que nos levam à inadimplência espiritual e social.
A mudança em Pedro ocorreu quando o Senhor, já preso, olhou nos seus olhos, o fitou com seu olhar cálido, meigo, sofredor. Eu acredito que flashes dos melhores momentos vivenciados com o Mestre Jesus irradiaram a mente e o coração do apóstolo, que empreendeu fuga na escuridão da noite. Suas lágrimas foram autênticas, diante daquele que é a perfeição divina, confrontando nossas falhas (Lucas 22.62).
O Olhar de Jesus faz nos ver a grande misericórdia de Deus em dar atenção a nós. Pedro saiu daquela escuridão mais convicto, mais discípulo, mais cristão. Seu “fervor humano” desapareceu neste incidente, divisor de águas em sua vida.
“Você me ama?” Foi o ápice, o auge da pergunta de Jesus que iria acabar de vez com seu “fervor humano”. “Mais dEle e menos de mim” passou a ser o alvo de Pedro, e deve ser o nosso também.

Pr. Omar Figueiredo congrega na IAP em Pq. Edu Chaves (São Paulo – SP)

Unanimidade na imprensa

Morte de Billy Graham foi noticiada nos grandes veículos de comunicação em todo mundo

A morte do evangelista Billy Graham gerou comoção em milhões de fiéis e teólogos ao redor do mundo.  Porém, o pastor americano, considerado o mais influente da história do século XX, foi notícia nos grandes veículos de comunicação do Brasil e mundo afora.
Uma lida nos sites de TV’s e jornais nos permite entender porque Graham foi um grande nome cristão no mundo.
O G1 (Portal de notícias da Globo) destacou que “Graham conseguiu atrair as massas, que o seguiam através de seus programas de rádio e televisão. Ele propagava sua mensagem também por linhas telefônicas e satélites.”¹
A edição on-line do jornal espanhol El País, em português, mostrou: “Graham foi uns dos pastores mais influentes da história (….) dos Estados Unidos, um verdadeiro transformador da vida religiosa nacional.” O jornal ainda destaca que ele “ajudou George W. Bush a superar o alcoolismo e é apontado como o responsável pelo renascimento religioso do ex-presidente republicano (2001-2009).” El País ainda disse que “a empresa de pesquisas Gallup incluiu regularmente Graham entre as 10 figuras mais admiradas no mundo.”²
A Folha de São Paulo divulgou algumas opiniões de Graham. Sobre judeus liberais ele os acusou de “controlarem a mídia nos EUA e serem aqueles por trás da pornografia, em conversa gravada com o então presidente Nixon”. Sobre questões ligadas à sexualidade: “…condenou o casamento gay (“declínio moral”) e transgêneros, atacados em seu site por “desonrarem a bondade da criação de Deus”; Sobre a igualdade racial, a Folha noticiou: “Foi amigo de Martin Luther King e, em 1953, removeu pessoalmente cordões que separavam brancos de negros numa cruzada no Tennesse”. A Folha também informou que o pastor pregou até na Coréia do Norte³.
A vida de Billy Graham foi mostrada na BBC de Londres, nas TV’S americanas como a CNN e ABC News; na Al Jazeera do Catar; na rádio francesa RFI. Aqui no Brasil, foi destaque nos telejornais e nos sites de grandes revistas, como a Isto é e Veja, para mostrar apenas alguns exemplos. Como diria o autor de Hebreus, nos faltaria tempo para elencar todos os veículos que noticiaram sua morte (Hb 11.32).
A vida deste pastor mostra que é possível, em meio a fama e prestígio, ser fiel a Deus no conhecimento que Ele tinha. Numa época em que é tão difícil ter bons exemplos de pastores famosos, Billy Graham preenche as manchetes com a bagagem de quem “combateu o bom combate, encerrou a carreira e guardou a fé” (2 Tm 4.7) Sem dúvida, a graça de Deus o conduziu. Ele divulgou as boas novas do evangelho, e junto com seu discurso, sua vida foi um grande testemunho a respeito de Jesus Cristo.

Andrei Sampaio Soares é diácono, congrega em Pedreira (Zona Sul de SP) e é editor do alemportal.com

Billy Graham

Um legado de esperança para gerações

Há alguns anos, em uma de suas obras, Billy Graham[1] afirmou: “Anos atrás eu nunca teria sonhado que chegaria a mais de 80 anos de idade, mas a vida costuma nos surpreender, e nenhum de nós pode prever quão longa será nossa jornada. […]sabendo que algum dia nossa jornada irá terminar e que embarcaremos em uma nova — que durará para sempre.”
Em novembro deste ano, ele completaria um centenário. Mas, aprouve a Deus interromper sua jornada terrena, na manhã desta quarta-feira (21), assegurando o que ele continuamente expressava com plena esperança que, ao fim desta, uma nova e eterna jornada o aguardara. Ele adaptou a fala de Dwight Lyman Moody (um de seus evangelistas preferidos – um verdadeiro herói para ele) e sempre afirmava: “Algum dia você vai ler ou ouvir que Billy Graham está morto. Você não acredite em nada disso. Eu ficarei mais vivo do que eu agora. Eu apenas mudei meu endereço. Eu irei à presença de Deus.”[2] Sobretudo, “talvez o legado duradouro de Graham fosse sua capacidade de apresentar o evangelho no idioma da cultura. Ele fez isso brilhantemente, fazendo uso inovador de tecnologias emergentes – rádio, televisão, revistas, livros, uma coluna de jornal, filmes, transmissões de satélite, Internet – para espalhar sua mensagem”.[3]
Segundo Ed Stetzer,[4] Billy Graham disse: “Eu vou pregar até que não haja falta no meu corpo. Fui chamado por Deus, e até que Deus me peça para me aposentar, não posso. Seja qual for a força que tenho, seja qual for o tempo que Deus me deixa, será dedicado a fazer o trabalho de um evangelista, enquanto eu viver. […] Descobri que, quando eu apresento a mensagem simples do Evangelho de Jesus Cristo, com autoridade, citando a própria Palavra de Deus, Ele leva essa mensagem e a faz sobrenatural para o coração humano”.
O destaque é que apesar de sua relevância, reconhecido pelas autoridades mais importantes do mundo, como um embaixador de Deus, Billy Graham, afirma: “Ele faz”. Para ele, os milhões que foram alcançados pela sua pregação, o foram porque Deus o fez. Com humildade e sempre bem humorado – mesmo enfermo há alguns anos,sempre se apresentava bem disposto, a despeito de sua idade avançada, para partilhar o evangelho da Graça, de forma profunda, porém, simples, conforme a cultura de seus ouvintes. Podemos considerá-lo um verdadeiro herói da fé, o qual acrescenta seu exemplo a tão grande nuvem de testemunhas de Cristo que nos rodeia, encorajando-nos a livrarmo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, para continuarmos correndo com perseverança a corrida que nos é proposta (cf. Hb 11 – 12:1).
De fato, Billy Graham nos deixa um legado de esperança para gerações. Como Davi, ele serviu ao propósito de Deus em sua geração, adormeceu, foi sepultado e seu corpo também irá decompor-se (cf. At 13:36). Mas, o evangelho que ele pregou é o evangelho de Jesus Cristo, aquele a quem Deus ressuscitou e não sofreu decomposição (At 13:37). Foi a Ele que Billy Graham dedicou sua fidelidade e esperança e é por ele que devemos viver. Se quisermos ser fiéis a Jesus, temos de ser e fazer discípulos no poder do Espírito Santo de todas as gentes, como o Senhor do evangelho nos comissionou, em Mateus 28:18-20. Billy Graham aceitou este chamado, é dele a frase: “A Salvação é de graça, mas o discipulado custa tudo o que temos.”[5] Você está disposto a este custo?
Utilizando todos os recursos possíveis que temos a nossa disposição, que também possamos servir ao reino de Deus em nossa geração, para ensinar as boas novas de salvação em Cristo, com clareza e integridade, ao máximo de pessoas possível. Assim, viveremos com fidelidade ao propósito de Deus para nossa vida, para a cultura atual. Caso você ainda não seja um discípulo de Jesus, experimente! Custa tudo, mas não há preço que o pague.

Pr. Mateus Silva de Almeida é responsável pela IAP em Piracicaba e Rio Claro (SP).


NOTAS
1. Graham, Billy. A jornada: como conquistar a fé que nos guiará pelo resto denossas vidas / Billy Graham; tradução de Alexandre Martins. – Rio deJaneiro: Thomas Nelson Brasil, 2007.
2. http://www.christianitytoday.com/ct/2018/february-web-only/billy-graham-viral-quote-on-death-not-his-d-l-moody.html (Acesso: 22/02/18).
3. http://www.christianitytoday.com/ct/2018/billy-graham/died-billy-graham-obituary.html (Acesso: 22/02/18).
4. http://www.christianitytoday.com/edstetzer/2018/february/reflections-on-passing-of-rev-billy-graham-one-of-greatest-.html (Acesso: 22/02/18).
5. https://frasescristas.wordpress.com/2012/05/09/frases-de-billy-graham/ (Acesso: 23/02/18).

A voz do Cenáculo se fez ouvir

Naquele 24 de janeiro, o Pr. João Augusto se levanta da mesa após o jantar; entra no seu quarto para orar e o milagre de Pentecostes o encontra

O Senhor Jesus Cristo havia ressuscitado. Dali até o dia em que subiria definitivamente para os céus, passariam quarenta dias. Neste período, o Senhor daria as últimas instruções para os seus discípulos. Entre elas, após a sua ascensão, deveriam retornar para a cidade de Jerusalém, onde deveriam esperar o cumprimento da promessa feita pelo Pai, de que “derramaria do seu Espírito sobre toda a carne”, conforme profetizado por Joel.
Quarenta dias se passaram. Terras de Betânia, anjos nos céus, o Senhor flutua, arrebatado, deixa a terra e é recebido pelos anjos nos céus: “Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória. Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra”. Sl 24:7,8.
Os discípulos retornam para Jerusalém. Entram no Cenáculo. Sete dias orando. Estão assentados. Jerusalém está em festa. Pentecostes. Cinquenta dias se passaram desde o início da festividade: a Páscoa. Muitos fazem as malas, preparam os animais, compram comida para a longa viagem de retorno. Judeus de 17 nacionalidades estão lá. Mas o melhor da festa estava por vir.
No apagar das luzes, na última cena. É o último dia das festas e algo glorioso acontece. Há uma voz poderosa e estranha vinda de um Cenáculo! O fenômeno atrai milhares. Todos em volta daquela pequena casa de alguns dos discípulos de Cristo, cuja sala de jantar no andar superior se tornou palco de um dos maiores acontecimentos da história: “começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”. Atos 2:4.
Alguns zombavam: “Estão cheios de mosto”. (Atos 2:13) Outros glorificavam: “temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.” (Atos 2:11). Pedro explica o fenômeno: “Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne” (Atos 2:17). Mas, como bem ensinou o apóstolo, a voz do Cenáculo não se calaria ali: “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.” (Atos 2:39).
Em 1932, a história se repete
Ano de 1932 e a mesma voz se fez ouvir. Um homem simples, alagoano da cidade de Murici, por nome de João, recebe o batismo no Espírito Santo, conforme experiência apostólica registrada em Atos 2. Numa casinha simples, na cidade de Paulista (PE), num domingo quente do verão nordestino, a noite estava chegando. Naquele 24 de janeiro, ele se levanta da mesa após o jantar; entra no seu quarto para orar e o milagre de Pentecostes o encontra.
Ah! como a história se repete. Não pedi para ser batizado com o Espírito Santo, mas aquele que prometeu o Consolador aos seus discípulos e O deu lá no Cenáculo e, posteriormente, à Sua Igreja, respondeu à minha oração. Em línguas estranhas e glorificações ao Pai e ao Cordeiro Exaltado, o Espírito Santo completou em meu ser a obra excelsa da Trindade. Possuído do gozo que experimentava o meu coração, levantei-me da oração e glorifiquei a Deus pelo que havia recebido”, registrou o pr. João Augusto da Silveira, o fundador da Igreja Adventista da Promessa. A voz que veio do Cenáculo invadiu o coração do pastor. A voz do Cenáculo foi ouvida naquele casebre! Glória a Deus!
Já se vão 86 anos de nossa história denominacional. Com alegria e responsabilidade, a IAP tem dado sua modesta, mas importante, contribuição na semeadura do evangelho de Cristo. Olhando para trás, estas décadas são testemunhas de muitas lutas e vitórias, tristezas e alegrias, choros e risos. Mas, “até aqui nos ajudou o Senhor“.
Esta amada “senhora” tem semeado o evangelho de Jesus Cristo em solo brasileiro e em outras nações, apregoando a regeneração, a justificação pela fé, a adoção, a santificação e a glorificação. Olhando para o presente, testemunhamos um novo tempo! De Movimento à Igreja! Do interior para a cidade! Do quase anonimato para publicações respeitadas! Lindos templos! Literaturas excepcionais! Presente em todos os Estados do Brasil! De alguns para milhares! “Grandes coisas fez o Senhor por nós e por isso estamos alegres”.
No futuro, novos desafios nos aguardam. Santidade inegociável! O Espírito Santo, que tem agido em nosso meio de forma tão especial, governa a Igreja de Cristo. Como o Verbo precisou de um corpo para que, humanizado, cumprisse seu ministério, o Espírito Santo precisa de um corpo para cumprir sua obra. Este corpo é a Igreja. Ele está na Igreja; Ele cuida da Igreja. Ele zela pela Igreja. Como parte da Igreja de Cristo, universal, invisível, sejamos crédulos na mesma promessa: “Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai: mas ficai na cidade de Jerusalém até que do alto sejais revestidos de poder”.
Que sejamos alcançados com a mesma voz: “E começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (Atos 2:4). E que vivamos intensamente esta dádiva: “Porque a promessa vos pertence a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.” At 2.39.

Pr. Alessio Gomes, responsável pela IAP em Vila Maria (São Paulo, SP).

Idade não é problema

Menina de 11 anos desenvolve projetos de assistência em seis cidades

Ela começou emprestando duas cadeiras de rodas que conseguiu de doação e aos poucos foi conseguindo mais doações. Hoje, o Projeto Esperança conta com 62 cadeiras de rodas e de banho, vinte muletas, vinte andadores, duas camas hospitalares e dois colchões.
“O projeto empresta os equipamentos para pessoas que não têm condições de comprar ou alugar e quando não precisam mais, elas devolvem para Clara Luz emprestar novamente para outras pessoas”, contou a mãe da menina, Claristana Hermida, em entrevista.
Para o aniversário de 11 anos, no próximo dia 13, Clara teve uma nova ideia inspiradora. “Este ano ela vai comemorar de forma diferente, na Brinquedoteca do Hospital do Câncer de Uberlândia. Em vez de ganhar presentes, ela quer doar brinquedos para as crianças que fazem tratamento contra o câncer”, contou o pai, Luis Hermida.
Ele disse que Clara Luz foi convidada a ser a Embaixadora do Aniversário Solidário, que é uma ação desenvolvida pelo Grupo Luta pela Vida. Ela vai ajudar a angariar recursos para o hospital, que é mantido por doações, para terminar o 3º e 4º andares, onde funcionarão os transplantes de medula e o centro cirúrgico.
A comemoração do aniversário da Clara Luz será no dia 24 de janeiro, às 7h30 da manhã, horário em que as crianças chegam para fazer a quimioterapia.
Menina prodígio
Clara Luz Marques Caldas Hermida está no 7º ano do Ensino Fundamental, no Colégio Adventista de Uberlândia, e começou cedo nas causas sociais.
“Quando tinha apenas cinco anos de idade estava passando uma temporada no Rio de Janeiro na mesma época que houve o desmoronamento das encostas na região serrana. Ela ficou muito sensibilizada com a situação dos desabrigados e quis ajudar, mas a família já estava voltando para Uberlândia e não houve tempo”, contou a mãe.
Alguns anos depois, assistindo a um clipe do cantor Justin Bieber, gravado no Haiti com a realidade das pessoas que sofriam as consequências da guerra civil, Clara quis ir até o Haiti para ajudar aquelas pessoas, mas sua mãe disse que não era possível naquele momento.
“Então, aos oito anos de idade, ela criou um projeto ao qual deu o nome de Projeto Esperança. A finalidade é ajudar pessoas com necessidades”, lembra Claristana.
Clara Luz também realiza festas para as crianças do seu bairro no Dia das Crianças, Páscoa e Natal. A menina distribui brinquedos, ovos de chocolate e realiza brincadeiras para a criançada.
“Ela distribui cestas básicas para famílias carentes da cidade. Realiza bazares para angariar recursos para a realização das festas e para a compra das cestas básicas. Na Páscoa de 2017, foram distribuídos 500 ovos de chocolate”, lembra o pai.
“Na festa do Dia das Crianças de 2017, Clara distribuiu 800 brinquedos, cachorro-quente, refrigerante, pipoca e algodão doce para todos os presentes, cerca de 1300 pessoas. Para estas duas últimas festas, conseguiu alguns parceiros que ajudaram com doações”, conta.
O pai conta ainda que, no Natal, foram distribuídos 80 brinquedos (sem festa). Durante todo o ano de 2017, foram distribuídas 350 cestas básicas.
Os bazares antes aconteciam na garagem da casa da família, uma vez por mês, com doações de roupas e calçados. Hoje, o bazar é realizado todos os sábados num cômodo que é a sede do projeto, também na residência onde moram.
A sede fica em Uberlândia (MG) desde junho de 2017. E sempre que possível, Clara envia cadeiras de rodas para essas localidades e as pessoas responsáveis se encarregam de distribuí-las.
O projeto é mantido com os recursos conseguidos através dos bazares e de doações. “Não tem recurso público”, garantem os pais.
Escritora
Aos 11 anos, Clara Luz se tornou escritora ao publicar o livro “A loja de doces da Clarinha”.
A história é sobre uma personagem que mobiliza a comunidade em que vive para criar uma cooperativa, para que os pais consigam sustentar suas famílias e as crianças – que antes trabalhavam vendendo os produtos produzidos em seus sítios – tenham tempo de ir para escola e de brincar.
Este, é o primeiro de uma série de cinco livros. São histórias fictícias, escritas por Clara Luz. Neles, a personagem tenta mudar o mundo com pequenas atitudes que levam alento às pessoas.

Publicado originalmente em: https://ciberia.com.br/menina-cria-projeto-de-ajuda-a-necessitados-e-ja-tocou-a-vida-de-centenas-de-pessoas-31478

Jesus é o Messias

A forte luz que destruiu a escuridão nasceu entre nós!

Apolo, com argumentos fortes, derrotava os judeus nas discussões públicas, provando pelas Escrituras Sagradas que Jesus é o Messias. (Atos 18.28)
Um pregador sem as Escrituras Sagradas não tem conhecimento, não tem argumento, não tem autoridade nem tem o que dizer. Como provar que Jesus é o Messias sem conhecer o rolo de Isaías, aquele que o etíope lia na viagem de volta a Etiópia? Nesse rolo está escrito que:
Uma jovem grávida daria à luz um filho e poria nele o nome de Emanuel (Is 7.14);
O povo que andava na escuridão veria uma forte luz (Is 9.2);
O servo do Senhor seria rejeitado e desprezado por todos, suportaria dores e sofrimento sem fim, seria maltratado, preso, condenado, levado para o matadouro, expulso do mundo dos vivos, morto e enterrado com os ricos (Is 53.3-9);
Esse mesmo servo tomaria sobre si nossa dor, nossas enfermidades, nosso pecado, nossa culpa, nosso castigo (Is 53.14);
Esse servo seria tratado como criminoso, sofreria o castigo que nós merecíamos e ofereceria sua vida como sacrifício para tirar os nossos pecados (53.12);
O servo aguentaria tudo humildemente e não diria uma só palavra em meio ao seu sofrimento (Is 53.7).
Recitando ou lendo essas passagens proféticas, Apolo conseguia convencer os judeus e os não judeus convertidos ao judaísmo de que o Jesus que sofreu, morreu, e ressuscitou em Jerusalém menos de 20 anos antes era de fato o prometido e esperado Messias.
Esse era também o ministério de Paulo, principalmente nas sinagogas judaicas: “Este Jesus que estou anunciando a vocês é o Messias” (17.3). O trabalho dos missionários era demonstrar, provar ou convencer que Jesus é aquela forte luz que destruiu a escuridão!

Rev. Elben Cesar (1930-2016), trecho retirado de Refeições Diárias – No partir do pão e na oração.
Publicado em http://ultimato.com.br/sites/elbencesar/2017/12/19/jesus-e-o-messias/

Sou o seu tesouro

Lembre-se de mim, neste 10 de dezembro

Fui escrita há mais de dois mil anos. Já tive modelos frágeis, hoje sou forte, sou até aplicativos, fico aberta nas casas. Fico empoeirada, mas as pessoas não me lêem.
Tenho muitas mensagens para ensinar, acalmo as pessoas no desespero mas elas não lembram de me ler na alegria. Fico esquecida, na correria da semana.
Estou ali, no cantinho da gaveta ou na cabeceira da cama.
Eu sou a Bíblia Sagrada e meu dia é comemorado no segundo domingo de dezembro. Muitos só lembram de mim no fim de semana, isso quando meu dono vai à igreja. Se ele viaja, muitas vezes, não sou levada na mala.
Sou o melhor presente para dar a alguém. Às vezes, me oferecem para as crianças quando nascem, mas nem falam para elas sobre mim. Elas ficariam encantadas com minhas histórias.
Desejo que isso mude. Há muitas pessoas que arriscam suas vidas para me ler, pessoas são mortas por saber tudo o que sei. Anseio que os que me tem, aproveitem essa chance. Se algum dia, me lerem de verdade, que aprendem a nunca me esquecer.
Estou cheia de heróis e exemplos a serem seguidos. Se as pessoas me lessem, haveria menos perigos. Eu conto as coisas que já foram , para ensinar você hoje. E também aviso sobre as coisas que virão. Sou a palavra de Deus para os homens.
Lembre-se de ler minhas páginas.

Rebeca Dalava, membro da IAP em Cascavel e Toledo (PR)

Dobre os joelhos e ore, até que você e Deus sejam amigos íntimos

Completando 99 anos de idade, o evangelista Billy Graham oferece um conselho simples, mas profundo

No seu 99º aniversário, o evangelista mundialmente famoso Billy Graham convidou as pessoas a buscarem uma estreita relação com Deus e lerem a Bíblia todos os dias.
Graham disse em um vídeo na última terça-feira que ele continua orando por um “despertar espiritual”, mas disse que isso só pode acontecer se as pessoas “entregarem suas vidas a Jesus Cristo”.
Ele continuou dizendo que, antes de mais nada, as pessoas precisam fazer “tudo o que possível para seguir os passos de Jesus”, que definiu como uma vida na qual as pessoas “se amam, ajudam umas às outras” e vivem de acordo com os ensinamentos de Cristo.
É o Espírito Santo que ajuda as pessoas a viver um “estilo de vida profundo” que é focado em “amor, gentileza e paciência”, ressaltou o pastor.
Graham incentivou as pessoas a lerem a Bíblia todos os dias, aconselhando-as a começarem com o Evangelho de Lucas, no Novo Testamento. Quanto ao Antigo Testamento, ele disse que eles podem começar com o primeiro verso de Gênesis.
“Dobre seus joelhos e ore até que você e Deus se tornem amigos íntimos”, ele sugeriu, acrescentando que a “alegria e a paz” que resultam de tal relação são indescritíveis.
Legado
Vários pastores, jornalistas e pessoas que conheceram o evangelista da Carolina do Norte compartilharam suas curtas reflexões sobre a vida e o ministério do pregador no mesmo vídeo.
Rick Warren, pastor da igreja Saddleback, no sul da Califórnia, disse: “Humildade, integridade e generosidade: Billy Graham mostrou ter estas três virtudes”.
Greta Van Susteren, ex-âncora da Fox News, CNN e NBC News, comentou: “A maioria das pessoas diz que ele é o pastor dos Estados Unidos, mas isso é ainda é pouco para descrevê-lo”.
O apresentador de TV e rádio Larry King observou a dedicação de Graham a Jesus.
“Ele respondeu minhas perguntas, mas sempre se voltava para pensamentos, como ‘Cristo é o seu salvador, Cristo te ama, Cristo está comigo”, lembrou.
O músico cristão Michael W. Smith observou que Graham muitas vezes se encontra no topo das listas de pessoas que a maioria admira.
O filho de Billy Graham, pastor Franklin, que é presidente da Associação Evangelística Billy Graham e da Bolsa do Samaritano, revelou em outubro que haverá destaques especiais das oito décadas de ministério do evangelista ao entrar em seu 100º ano.
“Como família, estamos muito agradecidos de que ele ainda esteja conosco. Sua mente está boa, mas ele está mais tranquilo nos dias de hoje. Ele não pode mais ver nem ouvir tão bem, mas sua saúde é estável”, disse Franklin Graham.

Fonte: guiame.com.br / com informações do Christian Post

A Reforma, a Igreja e a Palavra

Não se trata de um movimento estático, escrito nos livros empoeirados da história

“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mt 16.18)
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2 Tm 3.16-17)
Estava certa vez numa rua famosa de São Paulo, a Conde de Sarzedas (conhecida como rua dos evangélicos). Lá conheci um irmão presbiteriano, que me disse em determinado momento de nossa conversa: “não há nada mais para se pensar depois da Reforma”.
Fiquei abismado. Tempos depois, li que um dos pilares do movimento diz em latim: “Eclesia reformata et semperreformanda secundum verbum Dei” (Igreja reformada e sempre se reformando de acordo com a Palavra de Deus) . Vamos meditar como este slogan (frase sintetizadora) da Reforma, cujo personagem principal foi Lutero, nos incentiva a sempre Reformar!
1. Não existe nenhuma Reforma a ser feita, se não levar em conta a igreja. (Mt 16.18)
Não há pensamento mais revolucionário que a igreja, pois, seu conceito tirado do grego “eklesia“, conceito político e secular, que eram grupos para debater as demandas da cidade, na aplicação do Cristo, ganha novo significado, como diz “O Doutrinal”: é uma comunidade que existe em torno de Jesus, retirada do pecado pela graça dele, quando as pessoas colocam sua fé em Cristo, o recebendo a ordem de serem seus seguidores (discípulos) e seus missionários no mundo, seja na sua rua ou nas nações.
Uma reforma evangélica passa pela mentalidade equivocada de uma geração que pensa que o congregar foi dispensado da experiência cristã. Lembremos do mandamento primitivo de não deixarmos de congregar (Hb 10.25). Nas palavras do papa Bento XVI: “[É mentiroso] (…) o slogan que esteve em evidência há alguns anos: ‘Jesus, sim, Igreja, não’. Este Jesus individualista é um Jesus de mentira. Não podemos entender Jesus sem a realidade que Ele criou e através do qual se comunica [a Igreja]”.
A ideia de cristãos sem igreja é uma falácia e contradição, pois no Novo Testamento, não há cristão sem congregar. Não há possibilidade de amar a Cristo e não amar seu Corpo. Ou seja, de nada adianta o espírito revolucionário, os acalorados debates virtuais, a mais verdadeira crítica, se aquele que a faz não leva em conta a vivência da igreja.
Lutero não foi um crítico sem congregar, mas suas críticas ao catolicismo foram levantadas por aquilo que ofendia a Deus e as Escrituras, e que deixavam a igreja longe do propósito original, conforme Mateus 16.16-18.
Por outro lado, a igreja como instituição tem recebido algumas críticas. E até algumas coisas ditas pelos “desigrejados” (como calúnias, traições e outros escândalos como justificativa do afastamento), podem, em parte, ser tratadas não apenas como problema de gente revoltada, mas, como diria o teólogo Walter McAlistar, “sintomas de uma igreja doente”.
Precisamos então de uma renovação do nosso amor pela igreja. Um amor que critica, mas propõe mudanças. Um amor que mostra os defeitos, mas corrige-os. Um amor que, enquanto julga o mau como diz a Escritura, acolhe em misericórdia o pecador e o cura, pelo poder do Espírito..
A igreja sempre precisa desse movimento como aquela autoavaliação que o discípulo faz na Ceia do Senhor. Sempre precisamos perceber nossas mazelas e pecados, mas precisamos também olhar para o Dono da Igreja e para os exemplos ao nosso redor, que numa linguagem apocalíptica, são aqueles que não mancharam suas vestes com o pecado, mostrando aos mais fracos que são sustentados pela graça. Até a volta de Jesus, a igreja está crescendo, mesmo nas suas quedas, quando clama a misericórdia de Deus.
A Reforma, então, não é um movimento estático e escrito apenas em livros empoeirados pela história, mas ela é a atualização da ação de Deus, em homens e mulheres inflamados pela palavra de Deus. Como diz:”Eclesia reformata et semperreformanda“. Igreja reformada e sempre se reformando…
2. Não existe nenhuma Reforma a ser feita, se não levar em conta as Escrituras. (2Tm 3.16-17)
O slogan em que meditamos ainda diz que essa Reforma é: …secundum verbum Dei, ou seja, a Reforma constante deve ser de acordo com a Palavra de Deus. Nisto não se encaixam as muitas igrejas e denominações, comunidades e seitas que surgiram de doutrinas contrárias à Escritura (ainda que por um anjo ou apóstolo). A multiplicação das igrejas atuais revela mais uma briga de poder do que de convicção doutrinária. Nas palavras do bispo Robson Cavalcantti, é tanta mulher para Cristo, que transformaram a noiva dele em um harém.
A Reforma, porém, é uma volta às Escrituras e contraria a frase da moda: “Pregue o Evangelho em todo tempo. Se necessário, use palavras” que alguns teólogos discordam que seja de Francisco de Assis, afinal, Jesus era poderoso em Palavras e obras (Lc 24.19) e mesmo que os céus manifestem a glória de Deus, a Lei do Senhor é incomparável e indispensável, como diria o salmista (Sl 19).
Lutero descobriu nas Escrituras a volta a uma fé genuína e verdadeira. Foi lendo a Bíblia que a Reforma aconteceu. Por exemplo, o reformador de 1517, descobriu que um texto da Bíblia Vulgata Latina foi mal traduzido. O texto era o de Mateus 4.17, que dizia para “fazer penitência” (uma justificativa para que se pagasse as indulgências – aquele pagamento pelo perdão divino). Ele entendeu que, no grego, a expressão significava “mudança de mente”, sugerindo uma transformação interna e externa.
E foi meditando em Rm 1.17, que diz: “visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé”., que o reformador alemão teve sua visão de Deus e da sua salvação modificada. Ele disse: “Por fim, pela misericórdia de Deus, meditando dia e noite, prestei atenção ao contexto daquelas palavras. (…)”. Foi o entendimento destes textos que gerou toda uma transformação, não só teológica, mas também social. Nas Palavras do teólogo Michael Reeves: “Para obter uma reforma substancial, foi necessária a atitude de Lutero, que as Escrituras são a única base segura para a convicção da fé (sola Scriptura).”
Já vivemos tempos em que os evangélicos brasileiros eram conhecedores profundos das Escrituras. Já tivemos pessoas que aprenderam a ler na Bíblia. Atualmente, guardada as exceções, nossos dias são marcados por analfabetismo bíblico. Às vezes, os revolucionários crentes que esbravejam raiva contra muita coisa errada, entretanto, não conhecem e nem praticam as Escrituras. Temos de amar as Escrituras, conhecendo-as e praticando-as. Para que a Igreja sempre se reforme!
Uma volta às Escrituras, somada a sua prática e à busca pelo poder do Espírito, são necessárias para se reformar. Hoje, a Igreja necessita ter coragem de assumir, no mundo da “pós-verdade” e da fakenews, a bandeira da Bíblia como a verdade suprema de suas vidas e da qual o mundo pode se beneficiar de seus valores.
Profetas, reis e apóstolos foram inspirados para escrever a Escritura, como nos diz Pedro (2 Pe 1.21). Homens foram movidos pelo Espírito, ou seja, eles foram orientados pelo Espírito, como o vento que levanta ao céu uma pipa, a escreverem o texto sagrado, sem perderem suas personalidades e raciocínios. Hoje, precisamos, pelo mesmo Espírito, sermos iluminados ou esclarecidos no entendimento da verdade, pois a Bíblia é a palavra iluminadora de Deus (Sl 119.105).
Vimos, então, que a Igreja sempre se reforma de acordo com a Palavra de Deus. Sem dúvida alguma, esta é uma oportunidade especial dada por Deus para a Igreja refletir e mudar, sempre reformar! Um dos legados da Reforma foi a Bíblia, na língua e na mão do povo. Partindo deste ponto, respondamos algumas perguntas em oração:
1. Como está sua relação com a Igreja?
2. Como está sua interação com a Bíblia?
3. Como você pode colaborar para modificar alguma coisa errada na igreja local, e assim contribuir com a Igreja Brasileira?
Pense. Ore!

Andrei Sampaio Soares é diácono na IAP em Pedreira (São Paulo, SP), professor do Cetap e colaborador do Departamento de Educação Cristã, além de articulista do Além Portal (www.alemblog.com.br)

O drama em Janaúba e o Calvário

Uma tragédia que nos faz lembrar do sacrifício de Jesus por nós

Na semana passada, o Brasil chorou diante da tragédia que ocorreu no Município de Janaúba, norte de Minas Gerais. Na ocasião, o vigilante da creche, Damião Soares dos Santos, provocou um incêndio durante o horário da recreação no Centro Municipal infantil Gente Inocente, onde estavam mais de setenta crianças. Conforme relatos, ele jogou combustível nas crianças, em funcionários e nele mesmo, agravando o impacto ao abraçar algumas delas.
Esse fato, como o de Realengo (RJ) em 2011, no qual um jovem matou 11 alunos em uma escola, vem nos alertar acerca das nossas crianças: elas tiveram suas vidas interrompidas e outras tantas ficarão com marcas eternas, inclusive na “alma”. Isso tudo demonstra também uma humanidade perdida, um país violento, frágil e sem Deus.
A professora da Escola Gente Inocente, Helley Abreu Batista, de 43 anos, foi apontada como heroína, pois deu sua vida para ajudar seus alunos que agonizavam; mesmo em chamas, salvou da morte quase 25 crianças, porém não suportou as queimaduras e morreu. Em seu lugar, seus familiares receberam várias homenagens pelo gesto de amor da professora.
O drama em Janaúba nos lembra do Calvário.
Se em Janaúba houve morte de “gente inocente”, no Gólgota um inocente também expirou. Na cruz do Calvário, Jesus morreu de maneira brutal sem ter cometido delito algum: foi traído, abandonado, julgado, chicoteado, esbofeteado, blasfemado… Teve os pés e as mãos pregados em uma cruz, deram-lhe vinagre em vez de água para beber e sofreu pela insanidade e decadência do ser humano.
Os evangelhos testemunham de seu sacrifício da redenção.
Como a professora Helley em Janaúba, Jesus também morreu salvando, doou a sua vida por toda a humanidade. Na cidadezinha mineira houve um culpado pelas tantas mortes; no Gólgota, todos éramos culpados, foram os nossos pecados que penduraram Jesus em uma cruz.
“Está consumado” (Jo 19.30). Estas foram as últimas palavras de Jesus e têm um significado maravilhoso. A expressão pode ser traduzida por “Tetelestai” que significa: dívida quitada. Jesus nos declarou inocentes e livres da culpa do pecado. Jesus nos garantiu uma morada eterna (Jo 14). Lá não haverá mortes de inocentes e “Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”.(Ap 21:4). Por isso caminhemos esperançosos com o “Tetelestai” de Jesus em nossos corações.

Pr. Thiago Rivoredo Braga é diretor financeiro da Convenção Norte

Ainda precisamos de uma Reforma?

Nosso desafio diante de uma sociedade secularista

No dia 31 de outubro, o início da Reforma Protestante alcançará um marco significativo: a celebração dos 500 anos. Em 1517, a atitude do monge agostiniano Martinho Lutero de pregar as 95 teses na porta do Castelo de Wittenberg causou um grande “reboliço” naquela época, tornando-se assim o estopim para uma reforma sem precedentes na igreja cristã medieval. Tanto Lutero quanto os demais reformadores objetivavam um retorno aos ensinamentos contidos na Palavra de Deus. Mas, no ano em que a Reforma Protestante comemora os 500 anos de seu início podemos nos perguntar: “será que ainda precisamos de uma Reforma”? E ainda: “qual é a necessidade de lembrarmos um acontecimento de tantos anos atrás”?
Somente a graça (Sola gratia), somente a fé (Sola fide), somente Cristo (Solus Christus), somente as Escrituras (Sola Scriptura) e somente a Deus glória (Soli Deo gloria) ficaram conhecidos como os 5 pontos principais da Reforma. Será que estes princípios bíblicos ainda precisam ser resgatados, vividos, ensinados e proclamados nos dias de hoje? A resposta é sim, com certeza! Em meio a uma sociedade que prega o pluralismo, o relativismo, o secularismo e tantos outros “ismos” que existem, é fundamental que cada um de nós, como discípulos de Jesus, voltemos às Escrituras, ao Evangelho e ao Senhorio de Cristo. Até mesmo em algumas igrejas vemos ensinamentos e práticas que não têm qualquer base bíblica, muito pelo contrário. Desta forma, é importante refletirmos que, em meio a tantas ideias, opiniões, sugestões ou pontos de vistas contrários à Palavra de Deus, somos chamados por Deus para defendermos corajosamente a verdade que liberta e a salvação pela graça mediante a fé em Jesus Cristo.
Além disso, podemos ver a necessidade de uma reforma a partir de cada um de nós. Sendo assim, precisamos refletir a respeito de nossa fidelidade a Deus e à sua Palavra. Nossas vidas pertencem ao Senhor: foi ele que nos criou, nos amou e enviou o seu Filho Jesus para nos salvar das consequências trágicas do pecado e da morte. Por isso, devemos viver para a glória de Deus, reconhecendo que ele é a nossa prioridade e o 1º lugar em nossas vidas. A correria do cotidiano pode fazer com que esqueçamos a razão principal de existirmos: glorificarmos a Deus e amá-lo de todo o nosso coração, alma e entendimento. No entanto, ter um relacionamento íntimo e sincero com Cristo é o propósito de Deus para todos nós.
Desde que Adão e Eva pecaram, ao longo da história da humanidade, sabemos que a natureza humana permanece a mesma, afundada em pecado. Alguns dos problemas e situações do século da Reforma tendem a repetir-se em nossa sociedade nesta geração em que vivemos. Todavia, o Deus Todo – Poderoso continua falando ao mundo hoje, com a sua mensagem de arrependimento, salvação, graça e perdão. Precisamos, portanto, em oração e dependência divina, ter a coragem de proclamar e viver a mensagem do evangelho de Jesus, custe o que custar. A boa notícia é que Deus tem usado a vida de muitos homens e mulheres que se dispuseram em suas mãos. O mundo em que vivemos ainda precisa de uma reforma proporcionada pela Palavra de Deus, e certamente ele quer usar nossas vidas para impactar e transformar esta geração.
“Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém.” – Romanos 11: 36.

Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infantojuvenil Regional da Convenção Noroeste Paulista

Tudo em nome da arte

Eventos expõem crianças a prejuízos Emocionais

Ensina o teu filho no caminho em que deve andar…
O Museu de Artes Moderna (MAM) de São Paulo nesta quinta e sexta-feira foi além dos limites artísticos e afrontou a família. O “Espetáculo” mostrou o ator Wagner Schwartz apresentando-se completamente nu ao lado de crianças. Um amargo e infeliz episódio defendido pela cúpula moderna como “arte”. O que estão fazendo com nossas crianças? É o fim da inocência e o desastre de uma infância roubada. Em Porto Alegre, o banco Santander, numa “suposta exposição de artes” colocou diante de alunos de escolas públicas e particulares, quadros e pinturas de nudez, sexo ilícito, imoralidade total, ignorando princípios morais, blasfemando contra a pessoa de Jesus.
A palavra de Deus nos orienta e nos alerta sobre essas questões. O livro de Provérbios é recheado de ensinamentos. Segundo Wilkilson, “a palavra chave em Provérbios é SABEDORIA, a capacidade de viver com habilidades” (Livro: Descobrindo a Bíblia pág 202). É no livro de Provérbios que encontramos uma bela instrução aos pais para nossas crianças: “Eduque a criança no caminho em que deve andar, e até o fim da vida não se desviará dele.” (Pv 22:6 NTLH).
Devemos nos importar sim em instruir nossas crianças e isto deve ser feito com amor e dedicação. Resgatar valores e devolver o sorriso e a inocência de uma criança é papel de todos nós. Não podemos aceitar essa cultura imoral defendida pelo MAM e Santander. Devemos nos posicionar e em favor de nossas crianças, para protegê – las dessa geração má.
O evangelho precisa ser anunciado aos pequenos, Jesus é o nosso maior exemplo de atenção e amor às crianças “Deixem que as crianças venham a mim e não proíbam que elas façam isso, pois o Reino do Céu é das pessoas que são como estas crianças” (Mt 19:14 NTLH).

Pr. Thiago Rivoredo Braga é secretário na Convenção Norte na Igreja Adventista da Promessa.

Qual é o X da questão para as Gerações Y e Z?

Vamos logo às definições: se você tem entre 15 e 20 anos, você é comumente considerado um integrante da Geração Z. Se você tem entre 21 e 34 anos, você é da Geração Y (ou também Geração do Milênio). Entre 35 e 49 anos, escreve aí: Geração X. Ainda temos os baby boomers (50 a 64 anos) e a Geração Silenciosa (65 anos ou mais). Se você está nessas faixas lendo esse texto, seja bem-vindo!
A galera das Gerações Y e Z desenvolvem sua visão de mundo, conhecimentos e experiência em e através de plataformas digitais. “Compartilhar” já significou repartir um pedaço do lanche e “postar” já foi entendido como selar uma carta e leva-la aos Correios para que em alguns dias o destinatário pudesse receber para ler o que estava escrito (à mão) nas folhas contidas dentro do envelope. Essas palavras e tantas outras tem contextos digitais para a galera da Y e da Z.
Os dilemas estão diante deles: novas e emergentes profissões, um mercado que valoriza cursos e experiências sócio culturais que agreguem valor aos seus currículos, novas tecnologias que caminham para a computação cognitiva e a tal da Internet das coisas (I.O.T, em inglês), diversidade de gênero, responsabilidade sócio ambiental, terrorismo, espiritualidade e fé…
Como não temos espaço, nesse texto, para continuar abrindo mais horizontes, vamos focar em um ponto: Para uma juventude com tantos e complexos desafios, onde a espiritualidade e a fé se encaixam? Talvez, um compartimento da rotina, confinada a um dia da semana? Uma questão de foro íntimo sendo desenvolvida sem apoio institucional? Uma fé líquida que desvaloriza qualquer doutrina com cheiro de século passado? Um êxtase “espiritual” e momentâneo, que não impacta em nada a profissão, o namoro, o consumo e o entretenimento?
Como resgatar uma sólida fé em Jesus naqueles que ainda frequentam as igrejas? E, mais, como levar as Gerações Y e Z a compartilharem o evangelho aos seus amigos e para as próximas gerações?
Essa era a preocupação de Moisés diante das novas gerações de sua época, como se observa em Deuteronômio. Como eles encarariam os desafios de seu tempo para que a fé de seus pais se mantivesse viva em Canaã. Há quem diga que a idolatria e a dificuldade de transmitir a fé para as novas gerações foram os dois grandes fatores do declínio da fé em Israel.
O grande Moisés tem uma resposta. Ele sabia o X da questão para as novas gerações de então e ouso dizer que o X da questão para a juventude atual continua o mesmo: educação, que envolva conhecimento racional (conhecer a lei e a história da redenção) e relacional (pais, professores, pastores e amigos que andam juntos as milhas da fé diante das crises e desafios que se apresentam para cada geração).
Precisamos aprender a ensinar e a assumir responsabilidades. Pais precisam assumir o papel de fonte primeira do ensino e desenvolvimento da fé de seus filhos (isso mesmo pais, não dá para lavar as mãos e acharem que professores de Escola Bíblica e líderes de jovens farão o seu serviço ou consertarão tudo que vocês deixaram de fazer). Professores, líderes de jovens e pastores não podem desistir da galera porque algumas famílias não realizam a sua parte. Deus nos chamou para liderar, discipular e servir para essas gerações. Assim, encontrar alternativas, estuda-los, buscar novas abordagens para um tempo de tamanhas transformações, tudo isso, confesso e concordo, são tarefas pesadas e recheadas de obstáculos, tentativas e erros. Nada é desculpa para desistir das novas gerações. Precisamos encontrar maneiras para que o ensino fiel, constante e transformador da Palavra de Deus possa fazer diferença na nossa galera e, então, eles impactem outros de sua geração e, por fim, quando passarmos o bastão, eles assumam a responsabilidade por levar a fé para as gerações que virão, até que Cristo volte e possamos, cada um a seu tempo, ter a paz no coração com a certeza que cumprimos nossa parte na missão de Deus, no tempo que coube, cabe ou caberá a cada um de nós.
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PARTICIPE DO CONGRESSO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ NA ASSEMBLEIA GERAL DE NOVEMBRO/2017
Inscrições pelo site: http://backup.portaliap.org/congressodeeducacao/


Publicado originalmente em fumap.portaliap.org