Arte, a mãe das desculpas

Exposição em Porto Alegre escancara zoofilia, pedofilia e pornografia

O Santander Cultural, em Porto Alegre (RS), investiu quase um milhão de reais, usando os benefícios fiscais da lei Rouanet, numa exposição que fez apologia declarada à zoofilia, pedofilia e pornografia, além de afrontar e debochar de personagens e símbolos religiosos de alguns segmentos da fé cristã. Crianças já visitaram a exposição, tanto acompanhada de seus responsáveis, quanto em grupos de escola, com o objetivo de fazerem trabalhos para valer nota.
Após um forte protesto nas redes sociais, o banco não resistiu e suspendeu a exposição no dia 10/09/17 e emitiu um comunicado se desculpando por qualquer ofensa que tenha causado. No comunicado, alega que não tinha intenção de agredir ou atacar os valores e a fé, apenas que acredita na pluralidade e nas diversas expressões de arte. A retratação é boa, mas tardia, muitos clientes simplesmente cancelaram suas contas no banco de tão inconformados e indignados que ficaram com o fato.
Quando eu soube, pela internet consegui ver alguma coisa. Deplorável, infame, nojento, degradante, podre, estas palavras ainda não são suficientes para explicar a tal exposição. Mas precisamos nos perguntar por que um banco detentor de uma marca como o Santander coloca quase um milhão de reais numa exposição de nível muito abaixo do que poderíamos chamar de baixo? Qual o objetivo de escancarar zoofilia, pedofilia e pornografia sob o escudo da… arte?!?
Infelizmente, para cristãos que prezam, valorizam e procuram praticar os valores judaico cristãos, o Santander “errou a mão”, achou que já dava para expor as taras de uma minoria e que ia ficar tudo bem, mas não deu. Por enquanto. A guerra filosófica continua selvagem, desconstruir valores segue sem trégua. Tivesse o Santander e seus mentores tirado as “artes” mais escandalosamente declaradas sobre a decadência da moral, tudo passaria, e passaria como sendo… “arte”. É tudo apenas uma questão de tempo, o desmoronamento de nossa sociedade segue a passos largos.
Todo dia, a qualquer hora, na TV aberta ou fechada, na internet, exposições semelhantes estão lá. E todas por trás do mesmo rótulo: é arte. Dizem que é uma forma do artista expressar seus sentimentos, opiniões, protestos e inspirações. E pronto. Se é arte, nada mais precisa ser explicado, esclarecido, impedido. Se é arte, pode tudo. Não é exatamente assim que se declaram artistas o tempo todo? Não é isso que temos assistido em performances acadêmicas em salas de aula e espaços públicos? E tudo em nome da … arte.
Mas tem o lado positivo desta história. O grito dos insatisfeitos, indignados e ofendidos foi ouvido. Porém o grito só foi dado, como já afirmei, porque a dose foi muito acima do suportável. Penso que deveríamos estar mais atentos, alertas, críticos e atuantes também com as doses homeopáticas, pois tenho visto muita gente tomando uma gotinha a cada dia, achando que não causará qualquer dano e, quando vê, o estrago já foi feito numa família desfeita, num suicídio consumado, numa depressão incurável, numa insensibilidade espiritual incompreensível.
Proteste com sua fé, seus joelhos, sua herança contida nas promessas que nunca falharam, só assim as “exposições” pensadas para aniquilar você cessarão. Não aceite arte como desculpa. A arte está declarada no firmamento, nos dons que Deus deu aos homens, porém o inferno, percebendo o poder que a arte tem, usurpa um conceito, o deturpa e tenta empurrar seus valores por goela abaixo de toda uma geração sob a fachada da arte.
Você é mais, foi feito com dignidade, a arte que foi gravada em você atende por um nome que nos define e, por mais que tentem destruir e depravar, a centelha desta definição habita em você e nela se encontram os verdadeiros propósitos da vida, chama-se Imago Dei. Sim, nascemos para expressar a imagem e semelhança do Criador, e assim será independentemente dos ataques e afrontas que são sistematicamente orquestrados, pois quem zela pelo que somos é Ele, Aquele que eternamente se apresenta como o Eu Sou.

Pr. Edmilson Mendes congrega na IAP em Pq. Italia (Campinas, SP) e integra o Departamento Ministerial – Convenção Geral e Convenção Paulista

Porque a vida é trem bala

Além de ser vapor, sombra, conto ligeiro, navio veloz, flor do campo, a vida da gente é também trem-bala, como diz última estrofe da música composta e cantada pela paranaense Ana Vilela: “Segura teu filho no colo / Sorria e abrace teus pais enquanto estão aqui / Que a vida é trem-bala, parceiro / E a gente é só passageiro prestes a partir”.
Porque a vida é trem-bala, viva e curta apenas o agora. Não viva inquieto com o ontem nem com o amanhã. O ontem é história. O amanhã é mistério. O agora é oferta de Deus para você. Preste atenção apenas no que Deus está fazendo agora e não se inquiete com o que pode ou não acontecer amanhã. Se tiver de lidar com uma situação difícil, Deus estará lá para ajudar você (Mt 6:34).
Porque a vida é trem-bala, aprenda a viver contente em todo lugar e em qualquer situação. Você pode todas as coisas naquele que lhe fortalece (Fp. 4:13), inclusive se alegrar quando a figueira não floresce, quando as parreiras não dão uvas, quando não há azeitonas para apanhar, quando não há ovelhas nos campos, quando não há gado nos currais (Hc 3:17).
Porque a vida é trem-bala, não deixe nada para ser feito depois. Chega de ensaio, de teoria, de treino, de análise. Tudo o que você tiver que fazer, faça logo e faça o melhor que puder. E, sobretudo, faça com prazer! Pode ser a sua única chance, pois, junto com os mortos, para onde você vai mais cedo ou mais tarde, não há nada a fazer nem o que pensar (Ec. 9:11).
Porque a vida é trem-bala, aproveite a vida com a mulher que Deus lhe deu. Alegre-se com ela, que é amável como um anjo, linda como uma flor – nunca deixe de se deleitar em seu corpo. Ame-a como Cristo amou a igreja, mas ame-a também como o amado de Cantares de Salomão amou a sua amada. Nunca ache que o amor está garantido para sempre, mas conquiste a mesma mulher todos os dias (Pv 5:18)!
Porque a vida é trem-bala, jogue fora o seu registro de ofensas. Quem ama, não guarda mágoas (I Co 13:5). O verbo “guardar” é um verbo contábil, que significa calcular, registrar, computar. As pessoas mais infelizes são aquelas que fazem questão de anotar e lançar no livro fiscal do seu ser cada ofensa que sofreu ao longo da vida.
Porque a vida é trem-bala, enfim, aprenda a doar tempo para os amores da sua vida. Doe com alegria do muito ou do pouco tempo que ainda lhe resta neste mundo (I Pd 4:2) para o seu cônjuge, pai, filho, amigo, irmão, família, Deus… Tenha com eles um tempo a sós, sem pressa, para conversar ou mesmo para ficar juntinhos em silêncio.

Pr. Genilson Soares da Silva é pastor da IAP em Vila Camargo (Curitiba – PR).

Qual o nome do futuro?

Apesar das perspectivas sombrias, decida confiar em Deus, seja na fartura ou escassez, na guerra ou na paz

O medo do amanhã está cada vez mais estampado nos rostos que encontro. A corrupção de uns poucos assaltam bem mais que os cofres do país, assaltam a paz da alma, a tranquilidade do coração e a saúde do raciocínio. Assaltados em suas possibilidades, pessoas são vitimadas por quadrilhas de terno e gravata, gente que só tem olhos para o ego refletido no espelho, jamais para os milhares que deram seu precioso voto de confiança. Grana não é tudo, e na conta da vida grana significa muito pouco, afinal, perder a confiança num amanhã melhor leva inevitavelmente para esse quadro preocupante: medo.
Mas o medo nunca vem sozinho, vem sempre muito mal acompanhado. Estresse, preocupação, dúvida, incerteza, desequilíbrio, doenças emocionais, incapacidade reflexiva, instabilidade intelectual, falta de foco, desmotivação. Enfim, ontem não foi bom, hoje está um pouco pior, caramba!, que tipo de amanhã nos aguarda? Neste contexto, independente de quem seja, o futuro que se aproxima assusta a cada um.
No lugar de ouvirmos e lermos as vozes do caos que gritam todos os dias nas ruas, na imprensa e na vida, deveríamos ler mais e ouvir mais as palavras milenares de um sábio: “Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em TODOS os seus caminhos, e Ele endireitará as suas veredas.” Provérbios 3:5 e 6 (grifo meu).
Ou confiamos ou não confiamos. Não dá para ser seletivo, em algumas situações eu confio e em outras não. Nada disso. O texto me motiva a confiar no Senhor em TODOS os meus caminhos, sejam caminhos de fartura ou escassez, de guerra ou paz, de vida ou morte.
O tempo perfeito de Deus não é apenas perfeito quando as coisas dão certo, é perfeito também quando tudo parece conspirar contra. Basta olhar para o sepulcro, a esmagadora maioria do povo e das autoridades da época achava que tudo havia terminado, três dias depois o mundo descobriu que estava apenas começando.
Qual, enfim, deve ser o nome do futuro? Como você o chamaria? Vou emprestar a ajuda de um pensamento de Victor Hugo: “O Futuro tem vários nomes. Para os fracos e covardes, chama-se Impossível. Para os comodistas, Inútil. Para os pensadores e valentes, Ideal.”
Neste exato momento podemos escolher, podemos definir o nome que perseguiremos. Mas por favor não compreenda errado. Ideal, no verso de Victor Hugo, não tem nada a ver com ficar rico e tudo dar certo. Ideal está ligado a honra, caráter, luta, coragem e saber enfrentar cada desafio com resignação, ousadia e submissão àquele que cuida da nossa vida.
A palavra final de nossas vidas somente Ele define. Nosso amanhã está escondido nas mãos do Eterno, protegido num futuro incerto para o mundo que não crê, porém um futuro seguro para todo aquele que decidiu nEle confiar e com Ele se relacionar em graça, fé e amor.
 
Pr. Edmilson Mendes integra a equipe do Departamento Ministerial e congrega na IAP em Pq. Italia (Campinas, SP).

Thirteen reasons why I can live

Mesmo que você esteja passando por desilusão, desespero, violência e solidão

Oi, é a Hannah. Hannah Baker. Não ajuste seu… seja lá o que estiver usando para ouvir isso. Sou eu, ao vivo e em estéreo. Sem promessa de retorno, sem bis e, dessa vez, sem atender a pedidos. Pegue um lanche. Acomode-se. Porque eu vou contar a história da minha vida. Mais especificamente, por que minha vida terminou. E se você está ouvindo essa fita, você é um dos porquês…”. Essas são algumas das frases mais marcantes da série produzida e exibida pela Netflix, “13 Reasons Why”. Tal série tem sido muito comentada por causa de sua proposta principal: apresentar para os telespectadores os 13 motivos (ou pessoas) que influenciaram Hannah Baker, uma adolescente de 17 anos, a cometer suicídio.
Nossa proposta aqui não é discutir ou dar um veredicto final no sentido de podermos ou não assistir a essa série. Neste artigo, o objetivo é apresentar 13 razões pelas quais cada um de nós pode decidir viver, por mais que estejamos enfrentando a desilusão, o desespero, a violência e a solidão. Você quer conhecer essas 13 razões?
1. Você é amado por Deus.
“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16). Na Bíblia Sagrada, está escrito que existe alguém que nos ama muito: Deus! O amor de Deus por mim e por você é tão grande, tão intenso e tão profundo que ele enviou Jesus Cristo para morrer numa cruz, para nos dar a paz necessária para vivermos neste mundo tão caótico e também para nos conceder a salvação e a vida eterna.
2. Você é acolhido por Deus.
“Ainda que me abandonem, pai e mãe, o Senhor me acolherá.”
(Salmos 27:10). Mesmo que a solidão, o vazio e a sensação de abandono cheguem ao nosso coração, ainda assim, existe alguém que não nos abandona e que está sempre ao nosso lado. E, esse alguém é o Deus que criou os céus, a terra e criou a cada um de nós. Em momentos de angústia, de desespero, de extrema solidão você pode buscar ao Senhor Deus, pois ele não o desemparará, mas te acolherá com graça e misericórdia.
3. Você tem um propósito de vida
“Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês”, diz o Senhor, “planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro”. (Jeremias 29:11). Quais são os seus planos? O que você deseja fazer ou realizar? Ou ainda: o que fez com que você perdesse a vontade de sonhar e de planejar? Independente do que planejamos (ou deixemos de planejar) para nós, é importante saber que os planos de Deus para cada um de nós são muito mais maravilhosos que os nossos. Dentre esses planos, Deus deseja dar a você paz, perdão e uma razão muito especial pela qual viver: o melhor amigo, o Salvador Jesus Cristo.
4. Você é fortalecido e sustentado em Deus
“Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade.” (Salmos 46:1). Existem situações em nossas vidas que parecem que vão nos derrotar. São problemas, frustrações, decepções que nos levam a questionar se conseguiremos superá-las e vencê-las. Mas, você pode ter a certeza de que mesmo que “o mundo desabe sobre a sua cabeça”, a partir do momento em que sua vida está nas mãos de Cristo, ele o fortalece, o sustenta e ajuda você a vencer e ultrapassar qualquer desafio, um dia de cada vez. Não há problema, luta, decepção ou dificuldade que Jesus não possa nos ajudar a enfrentar!
5. Você é consolado por Deus
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação, que nos consola em todas as nossas tribulações,” (2 Coríntios 1:3,4). Deus vê todas as nossas lágrimas, o nosso choro e a nossa tristeza. Não se desespere, pois não há lágrimas que não possam ser enxugadas por Deus e não existem tristezas que ele não possa consolar! Ele é o nosso melhor consolo e nosso grande abrigo.
6. Você é convidado a encontrar descanso em Deus
“Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso”. (Mateus 11: 28). Este convite de Jesus é para você! Você tem se sentido cansado e sem uma perspectiva de vida, ou tem se sentido sobrecarregado com dúvidas, incertezas ou questionamentos? Jesus Cristo convida você a entregar a vida a ele! Certamente, problemas e dificuldades continuarão existindo, mas ao entregarmos nossa vida a Cristo você terá a certeza de que ele lhe dará descanso e refrigério, graça e misericórdia.
7. Deus ouve a sua oração
“Eu clamo pelo Senhor na minha angústia, e ele me responde.” (Salmos 120:1). Nós não temos a garantia que viveremos uma vida que seja um “mar de rosas”. Luto, enfermidades, problemas na escola, faculdade, trabalho ou família podem surgir para cada um de nós. Mas, temos a garantia de que se buscarmos com sinceridade a Deus em oração, ele ouvirá o nosso clamor e nos responderá, conforme a sua vontade soberana. Ao dedicarmos nossa vida a Cristo e o buscarmos de todo o nosso coração, ele ouvirá a nossa oração e atenderá o nosso clamor!
8. Deus cuida de você
“Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês”. (1 Pedro 5: 7). O que tem causado ansiedade em sua vida? Será aquele sonho desfeito, o projeto que não deu certo, alguém que lhe virou as costas num momento em que mais precisava ou um problema que parece não ter solução? Seja o que for que esteja deixando você ansioso, creia em Cristo e confie nele! A Palavra de Deus garante que Cristo cuida de você, e ele faz isso porque te ama e deseja o melhor para a sua vida. Exercite sua fé e dedique ao Senhor Jesus a sua vida. Apresente a ele o que tem afligido você, o que tem te deixado ansioso e confie que ele fará o melhor por você!
9. Deus concede a você a oportunidade de um recomeço
“Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis. Renovam-se cada manhã; grande é a tua fidelidade!” (Lamentações 3:22,23). Cada dia é um recomeço dado por Deus para cada um de nós. O fato de enfrentarmos todo o tipo de situações não significa que Deus não nos ama! É o amor de Deus por nós que nos ajuda a ultrapassar as dificuldades. É por causa do amor de Deus que temos a oportunidade de recomeçarmos a cada manhã. A cada dia, a cada manhã eu e você podemos vivenciar um relacionamento com Deus e experimentar da sua fidelidade. Você está pronto para um recomeço com o Senhor?
10. Você é perdoado por Deus
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1:9). Todos nós somos pecadores (aceitemos este fato ou não) que precisam desesperadamente da graça de Deus e do seu perdão. Mas, a boa notícia é que não importa o quanto já erramos ou como nossos pecados são graves! Deus, por sua infinita misericórdia, nos perdoa e nos dá uma nova vida através de Jesus Cristo. O que é necessário para recebermos esse perdão? Aproximarmo-nos de Deus, pela fé em Cristo Jesus e entregarmos nossas vidas a ele.
11. Você tem um grande e fiel amigo
“Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido”. (João 15:15). A amizade é um presente de Deus para cada um de nós. Ter um amigo é tão bom! E quando temos aquele melhor amigo, nossa vida fica mais alegre e mais completa. Mesmo que não tenhamos muitos amigos ou que nos sintamos desamparados e solitários, podemos contar com a amizade de alguém muito especial: Jesus Cristo! Ele é fiel e nele a gente pode sempre confiar. Cristo entende os nossos dilemas, nos consola em meio ao choro e se alegra com as nossas vitórias… Permita que ele seja o seu melhor amigo, pois ele é a única pessoa que nunca deixará você sozinho!
12. Você pode encontrar uma fonte de esperança
“Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo.” (Romanos 15:13). As decepções, as frustrações e os problemas podem fazer com que nos sintamos inseguros e desesperançados. Mas, existe alguém que enche o nosso coração de esperança. Quem ele é? Esse alguém é Jesus Cristo! A partir do momento em que confiamos nele, o Espírito Santo passa a habitar em nossos corações e nos concede a alegria, a paz e a esperança para vivermos, mesmo que tenhamos que enfrentar momentos difíceis.
13. Em Cristo, você vive uma vida plena e abundante
“(…) eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente”. (João 10:10). Esta é maravilhosa promessa de Cristo para cada um de nós: uma vida abundante. Isso não significa que não teremos problemas, que não passaremos por aflições ou que não desanimaremos diante de algumas situações, mas quer dizer que, ao entregarmos nossa vida a Jesus, ele preencherá o vazio do nosso coração, fortalecerá e sustentará a nossa vida e guiará os nossos passos. Ele encherá os nossos dias com sua misericórdia, sua graça e seu favor. Ele nos concederá paz, perdão e salvação. Estará sempre conosco e nunca nos desamparará ou abandonará!
Gostaríamos de finalizar esta reflexão lembrando que todos nós enfrentamos problemas, lutas e decepções (seja em maior ou menor grau). No entanto, o fato é que, ao buscarmos a Cristo, entregarmos nossa vida a ele e dedicarmos todos os nossos dias ao Salvador, encontramos não somente 13, mas inúmeras razões e motivos pelos quais vivermos!

Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infantojuvenil Regional da Convenção Noroeste Paulista

Reforma previdenciária

Não pode prevalecer a insegurança

Ainda que o foco das discussões tenha mudado nos últimos dias, em função dos escândalos envolvendo o presidente Michel Temer, sabemos que o assunto da Reforma Previdênciária voltará à discussão em breve. As posições da sociedade são as mais diversas: muitos são os que apoiam, muitos são os contrários.
A Comissão Especial da Reforma da Previdência se reuniu e votou aprovando o Parecer (manifestação especializada de um assunto). A PEC 287 foi aprovada por 23 votos sim e 14 votos não, sem nenhuma abstenção.
Para alguns, a conta será paga pelos já sofridos trabalhadores, aposentados, pensionistas, servidores, não havendo alteração para os já privilegiados, políticos e classes minoritárias. Para outros, a economia somente se restabelecerá caso a Reforma Previdenciária seja aprovada.
Entre os pontos principais do relatório estão a idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, para que seja reconhecido o direito à aposentadoria por idade paga pelo INSS, além da exigência de pelo menos 25 anos de contribuição. Altera também as regras para a Pensão por Morte, com o impedimento da cumulação de pensão com aposentadoria, além de outras medidas.
Houve grande impacto e busca desesperadora de reserva de direito junto às Agências do INSS, além de uma grande busca também em todos os canais de atendimento: fone 135, internet e demais canais.
Há 30 anos trabalho como servidora do INSS e, neste período, participei de várias reformas, como a introdução da Lei 8213 de 1991, reforma de 1998 e agora os esforços para a nova reforma previdenciária.
Há várias medidas que foram introduzidas nesse período para melhor, principalmente em 1991, garantindo e estendendo direitos. Vemos também grandes discrepâncias, onde classes foram desprestigiadas e outras privilegiadas pela ação do lobby político.
O lema da Previdência Social brasileira é a garantia dos direitos do trabalhador e sua família. Prevenção é o destaque e, se assim fosse feito, a aposentadoria seria melhor planejada e haveria mais debates sobre o assunto.
Muitas discussões ainda restam. A Reforma Previdenciária pode ou não ser votada e promulgada. O que não pode prevalecer é a insegurança. Para aqueles que estão com seus direitos reservados, garantidos, acalmem-se! Para os que estão entrando no mercado de trabalho, previnam-se!
Há necessidade de mudanças? Certo que sim! Não podemos ver a Previdência Social sofrer os danos que outras Previdências pelo mundo afora sofreram, com falências, calotes e outras situações. Não podemos também concordar que haja um sacrifício dos trabalhadores e notável privilégio de alguns. É certo que deveria haver também melhor preparo, uma educação previdenciária ao longo dos anos, em nosso lar, nos vínculos empregatícios, em nossas escolas, nas faculdades.
Caro leitor, havendo aprovação, aprovada será. Havendo texto ou voto contrário, poderá ficar tudo como está. E como estará sua vida, nossa vida, nossos projetos?
É certo que haverá impacto em nossa vida cotidiana. No entanto, nosso coração, nosso alvo, nossas alegrias não dependem dessa ação.
¨Uns confiam em carros, outros em cavalos…¨ nos afirma o texto de Salmos 20 verso 7. Qual é nossa confiança? No governo X ou Y? Jamais! Nossa confiança e alvo estão em nosso Redentor!
Nossa parte é ler sobre tudo, nos informar sobre tudo, planejar, mas sobretudo orar pelos que nos dirigem, para que haja sabedoria em todas as coisas. Tudo está sob os olhares do Altíssimo e a Soberania de Deus é sobre todos os homens que detêm o poder e sobre nós, seus filhos!

Lucimara Toste de Oliveira Gonçalves congrega na IAP em Londrina (PR) e é gestora da Agência de Atendimento de Demandas Judiciais do INSS.

“Trem-bala”

Qual é o legado que você está disposto a deixar?

Há alguns dias, escutei uma música popular que tem feito muito sucesso: a canção “Trem-bala”, de autoria de Ana Vilela. Essa música tem uma letra bem interessante, pois fala sobre o valor de aproveitarmos o que realmente importa na vida e também valorizar ao máximo os momentos que temos com aqueles que amamos. Conforme a letra da canção, precisamos considerar que a vida é como um “trem-bala”, ou seja, passa muito rápido e cada um de nós, na verdade, é um passageiro que está prestes a partir. É muito interessante a comparação entre a vida e o “trem-bala”: ambos passam de forma muito rápida e, às vezes, imperceptível para aqueles que fazem parte, tanto de um quanto do outro.
Refletindo justamente no quanto a vida é breve e rápida, o Salmo 144. 4 nos ensina que “O homem é como um sopro; seus dias são como uma sombra passageira”. Precisamos lutar diariamente contra a tentação de esquecermos a brevidade da vida e da arrogância de uma vida distante da vontade de Deus. É imprescindível considerarmos, à luz da Palavra de Deus, que nossa vida é menos de uma névoa. Nossa existência é como uma sombra: estamos aqui agora, mas de repente, nossa vida chega ao fim. E com isso, todos os nossos planos, projetos, afetos, sonhos, desejos e sentimentos são enterrados juntamente conosco. Essa é uma verdade que, às vezes, não lembramos ou não queremos perceber. E assim, vivemos sem considerar que, um dia, nossa imprevisível vida também chegará ao fim.
Quando meditamos nestas questões, compreendemos a importância de vivermos de forma mais plena e abundante possível e de termos as prioridades corretas. Não podemos nos esquecer que a vida é muito breve e passa num “piscar de olhos”. O que as Escrituras Sagradas nos ensinam sobre isso? Em primeiro lugar, que nossa vida é um presente de Deus. Ele nos concedeu a vida por causa de seu grande amor e misericórdia. Eu e você não existimos por acaso e nem somos o resultado de um “acidente” biológico, mas nascemos e existimos porque um Deus maravilhoso nos deu o dom da vida.
O propósito de Deus para cada um de nós é que tenhamos uma vida plena e abundante. Para isso, é preciso que entreguemos nossa vida a Cristo e o reconheçamos como o Senhor e Salvador de nossa vida. Nossa esperança deve estar alicerçada em Deus, o Autor da vida. Além disso, devemos priorizar e valorizar os nossos relacionamentos: seja com o nosso cônjuge, seja com os nossos filhos, seja com nossos pais, seja com nossos amigos. O fato é que as pessoas que estão à nossa volta são muito mais importantes do que quaisquer bens ou recursos financeiros que consigamos conquistar e adquirir.
Sendo assim, gostaria de finalizar esta reflexão com as seguintes questões: qual é o legado que você está disposto a deixar? O que você gostaria que fosse esculpido em sua lápide? No final de sua vida, se você tivesse a oportunidade de assistir a um filme com as principais cenas de tudo o que você viveu, o que veria? A proposta de Deus para cada um de nós é que possamos compreender e considerar a brevidade da vida. Ao mesmo tempo, que possamos viver para adorar e glorificar a Cristo, o Senhor da vida, investindo e valorizando os relacionamentos que ele nos tem concedido. A cada dia somos chamados por Deus para vivermos de forma plena e abundante em Jesus.

Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infantojuvenil Regional da Convenção Noroeste Paulista

Jesus é o centro

O trabalho não pode comprometer nosso relacionamento com Deus e com a família
 
No dia 1 de maio comemora-se o Dia do Trabalho. Neste ano, temos observado vários debates e reflexões que dizem respeito a uma série de mudanças no que se refere ao trabalho. Aproveitando essa data, estaremos refletindo sobre algumas orientações bíblicas. Para isso, podemos considerar a seguinte questão: qual é a forma correta de encararmos o trabalho? As respostas são as mais variadas: para alguns, é um mal necessário. Para outros, o trabalho é tão importante que está num grau de prioridade maior na vida daquela uma pessoa. Essas pessoas acreditam que para vencerem um mercado de trabalho cada vez mais consumista e competitivo, precisam colocar sua vida profissional acima de sua família e de sua própria saúde. Ainda para outros, o trabalho é apenas um meio de trazer subsistência para a família. E para você, o que o trabalho representa?
Conforme a Palavra de Deus, para termos uma visão correta a respeito do trabalho, é fundamental que o encaremos de forma equilibrada. Ou seja, sem cometer excessos tanto de um lado quanto do outro. Somos incentivados pelas Escrituras a sermos trabalhadores e a não nos deixarmos dominar pela preguiça (Pv 6: 6-11). No entanto, também somos orientados a não trabalharmos em excesso. Muito pelo contrário, em meio a uma rotina exaustiva e cansativa de trabalho, é muito importante que descansemos, renovemos as nossas forças e aprofundemos o nosso vínculo com o Senhor, além de estarmos junto da nossa família (Ec 4: 6; Ex 20: 10). Sendo assim, o nosso envolvimento com a vida profissional não deve ser tão grande a ponto de descuidarmos de nosso relacionamento com Deus, com nossa família ou ainda a ponto de prejudicarmos nossa saúde. Certamente, a vontade de Deus no que se refere ao nosso trabalho não é que trabalhemos exaustivamente até a morte!
Além disso, um dos aspectos mais importantes a respeito do trabalho é que lá, no local em que exerço minha vida profissional, eu também posso e devo cumprir a minha missão como servo e discípulo de Cristo. Missão de compartilhar a respeito do amor de Deus, de sua misericórdia, de sua graça e da transformação que ele deseja realizar na vida de todos aqueles que firmam sua fé em Jesus. É no trabalho que temos a oportunidade de compartilharmos sobre o grande amor de Cristo através de nossas vidas. Certamente, em nosso ambiente de trabalho conhecemos várias pessoas que necessitam da salvação que somente Jesus pode dar. E temos o privilégio de abençoar a vida de todos os que trabalham conosco.De forma semelhante, não podemos esquecer que no lugar em que batalhamos pelo pão de cada dia também temos a oportunidade de glorificarmos a Deus e de cumprirmos a sua vontade.
Concluindo, a proposta do Senhor para nós é que exerçamos nossa vida profissional considerando os princípios bíblicos para o trabalho e reconhecendo que somos chamados por Deus para proclamarmos, no ambiente profissional, as virtudes daquele que nos tirou das trevas para a sua maravilhosa luz!
 
Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infantojuvenil Regional
 
 

Jonas e o grande peixe

Será que precisamos de uma “Baleia Azul” para acordar?

Hipoteticamente, imagine um jovem que já não recebe mais o carinho do pai e da mãe. É um rapaz que já não acredita mais em seus amigos, pois eles o abandonam e só o buscam quando precisam. Esse jovem não recebe apoio na igreja que frequenta. Porém, no meio de uma crise existencial gigantesca e, mergulhado numa situação como esta, surge uma suposta solução. Aparece algo que, aparentemente, pode suprir este vazio: neste mar de decepções e desilusão, desponta uma “baleia azul”.
Tenho certeza que, nas últimas semanas, você ouviu falar muito nesta “baleia azul”. Este jogo surgiu na Rússia e tem levado pessoas ao suicídio, sobretudo jovens e adolescentes. A proposta é que os jogadores cumpram 50 desafios, sendo que o último deles é cometer o suicídio. De acordo com a imprensa, já houve vários casos de vítimas do jogo, aqui no Brasil.
Quando li a respeito deste jogo fiquei pensando numa história muito famosa da Bíblia Sagrada. Após ser chamado por Deus para ir pregar em Nínive, Jonas tenta fugir da presença de Deus e pega um navio sentido à cidade de Társis. Mas no meio do caminho, uma grande tempestade sobrevém sobre a embarcação e os tripulantes ficam com medo. Diante disso, eles começam a se questionar porque uma grande tempestade estava os afligindo até que Jonas lhes conta que estava fugindo de Deus. Ao saberem disso, lançam Jonas no mar.
Ao ser jogado no mar, Deus envia um grande peixe que engole Jonas e o leva até a cidade de Nínive. Não sabemos ao certo se este grande peixe era realmente uma baleia, pois a Bíblia diz apenas sobre um peixe muito grande. Contudo, o fato é que Jonas, dentro da baleia, se deparou com um grande desafio. Agora ele repensa sobre tudo o que havia feito, sobre sua rebeldia perante Deus. Mas acima de tudo, este encontro com o grande peixe o fez perceber o quanto estava longe de Deus.
Diante disso, penso que estes jovens, que estão jogando “Baleia Azul” estão tentando, de alguma forma, fugir de suas realidades, fugir de suas famílias que não lhes dá atenção, dos seus círculos de amizades que não os acolhem. Ou talvez estejam fugindo de si mesmos, pois não conseguem enxergar Deus. Qual o nosso papel como cristãos, à vista disso? Nossa função é mostrar Jesus a essas pessoas.
Enquanto vemos nossos jovens morrendo “na boca” da “Baleia Azul”, podíamos estar mostrando Jesus, o único capaz de trazer sentido pra vida. De acordo com pesquisas, os jovens têm perdido a fé de uma maneira assustadora, e na busca de algo que lhes dê sentido e satisfação, esta juventude se entrega a tudo que este mundo oferece. No entanto, após perceberem que nada disso faz sentido, então eles se recolhem.
Recolhem-se em seus quartos escuros, como se fosse um cais em frente a um mar de solidão e desespero. E ali lançam suas vidas ao mar para serem abocanhados pelas “baleias azuis”. Basta um clique na tela do celular para que eles sejam apanhados e tenham suas vidas completamente falidas. Basta um descuido por parte dos jovens, uma falta de atenção por parte dos pais. É apenas isso que basta para que esta juventude tenha sua vida interrompida.
Jonas teve de se deparar com um grande peixe, para que um filme passasse em sua mente e ele então percebesse o quão longe estava de Deus. Será que precisamos esperar que nossos filhos, irmãos ou amigos se deparem com a “Baleia Azul” para perceber isso? Claro que não. Hoje, em momento oportuno ou não, falemos de Deus para os nossos jovens.
Fico triste ao ver dentro de muitas igrejas jovens distantes de Deus. Eles frequentam os cultos, cantam e tocam no grupo de louvor, mas seus corações estão longe, muito longe de Deus.
Se você é jovem, fale de Cristo nos seus círculos de amizade. Deus pode usar você para salvar vidas que, muitas vezes, estão indo em direção à alguma “Baleia Azul”. Diante de tudo isso, eu me questiono: Jonas já teve seu grande peixe, será que precisamos de uma baleia?! Definitivamente, não!

Lucas Timóteo Moraes, seminarista pela Convenção Paranaense, é estudante de teologia no Centro de Estudos Teológicos Adventista da Promessa (CETAP).

Comer, beber, vestir

Transformar a vida nisso gera muita ansiedade inútil

Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós.” (I Pe 5:7)
A realidade humilhante do desemprego, a impotência da doença atroz, o assombro do acidente grave, tudo isso e muito mais tem o poder de abalar a estrutura psicológica e física de qualquer ser humano.
Ante tamanho estresse, a ansiedade pede licença pra morar na alma humana como uma porta interna aberta para outras patologias mais graves que tem seu habitat nas profundezas do ser.
Não por acaso a palavra de Deus determina de forma contundente que os seguidores de Jesus não devem viver ansiosos por nada, absolutamente nada. Isso porque Deus, que fez a estrutura do ser, sabe que a ansiedade enraizada, petrificada, cristalizada, adoece. Doença emocional e física. A pessoa envelhece rápido. A Bíblia Sagrada é categórica: a ansiedade é inútil! Não serve pra nada.
Demos atenção ao que Jesus ensina sobre isso: ele diz que o cristão ansioso é igual ao incrédulo que vive de um lado para o outro correndo somente atrás do que comer, beber e vestir (Mt 6:32). Transformam a vida em comida, bebida e roupa. Só isso. Que pobreza de espírito!
Como livrar-se da ansiedade? Resposta com o apóstolo Paulo: “Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças”. (Fp 4:6)
Na prática é assim: toda vez que algo desagradável acontece, antes que a preocupação se agigante na alma, leve-se a questão a Deus por meio de oração e ações de graças, ou seja, em vez de estresse oração, em vez de reclamação gratidão. Por que assim? Porque a oração junto com a gratidão faz a memória lembrar que Deus já fez grandes coisas no passado e isso diminui muito a pressão interna, levando a pessoa a orar e a estar tranquila.
E qual a obra final disso? Resposta, de novo, com o apóstolo Paulo: “e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.”
Pronto: a paz de Deus toma o lugar da ansiedade. Não é magnifico?
É por isso que Pedro manda: “lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” E Jesus arremata: “Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura?” (Mt 6:27)
Que diz você diante disso? Só há uma coisa a fazer: oração e ações de graças a Deus. Já!

Pr. José Lima, segundo secretário da Convenção Geral

O túmulo vazio

Não estamos sós porque Ele ressuscitou

“Não está aqui, porque ressurgiu, como ele disse. Vinde, vede o lugar onde jazia” (Mt 28:6)
O vazio, o silencio, a decepção, a ausência, a impotência, a orfandade, a falta de significado, foi tudo o que restou na mente, alma e coração dos discípulos depois que Jesus morreu e foi sepultado.
Deixar quem amamos num túmulo e voltar pra casa, eis uma experiência atroz! Você olha o quarto, as roupas, o calçado, o retrato… Nada parece fazer sentido. A pessoa não está ali. Corpo que treme, alma que geme, olhos que se derramam. A morte é um horror humano. Três dias sem Jesus, três dias sem seu amparo, amor, carinho e proteção. Quem suporta?Dureza, dureza!
Mas, passado esse tempo profético “as marias” foram ao túmulo, e lá, ouviram de um poderoso anjo a notícia arrebatadora: “Não está aqui!” Como assim? “Porque ressurgiu, como ele disse.” Parecem incrédulas. “Vinde, vede o lugar onde jazia.” Vazio, túmulo totalmente vazio.
Joelhos no chão, mãos e olhos pra cima, bocas em louvor e honra Àquele que vive eternamente.
Pranto estancado, tristeza brecada, batimento acelerado, respiração ofegante, esperança que explode…
“Vamos, ide depressa, e dizei aos seus discípulos que ressurgiu dos mortos”. É o anjo de Deus apressado, a falar: “Eis que vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis.”
As “marias”, os discípulos e Jesus, num encontro inesquecível, num monte da Galiléia, no lugar eternamente marcado para a volta dele aos céus, de onde virá outra vez para buscar os que Ele redimiu com seu precioso sangue.
Atenção: o tempo que os salvos tiveram que ficar sem Jesus passou, acabou, encerrou. Nunca mais estarão sós, pois seu Senhor está vivo eternamente e recebeu todo o poder no céu e na terra.
Atenção: você crê na onipresença de Jesus? Espero que sim! Porque Ele de fato está em todos os lugares do universo simultaneamente, a excesso de um lugar, o túmulo.
Neste momento, Ele está aí, do seu lado, te olhando, sorrindo pra você, e lhe dizendo: “Filho, filha, não temas os graves desafios da vida nem a morte, eu a venci, e tenho em minhas mãos a tua vida. Eu te ajudo, te protejo e te amo. Vai dar tudo certo. Qualquer coisa pode falar comigo, tá bom?”

Pr José Lima de Farias, segundo secretário da Convenção Geral da IAP

Cristo, nossa Páscoa!

A morte e ressurreição de Jesus, o Cordeiro imolado em nosso lugar, nos trouxe libertação

Chocolates e coelhinhos que põem ovos! Para os mercadores, este é um ótimo período. É um consumo sem fim. Mas o significado verdadeiro da Páscoa tem sido esquecido até mesmo no meio cristão. Para você, pode haver a hipótese de que esta época do ano se resuma, de fato, apenas a chocolates e coelhinhos. Mas é sempre bom pensar no sentido real que esta celebração deve nos trazer.
A Páscoa simbolizava libertação. Antes da décima praga ser enviada sobre o Egito, Deus havia pedido para que Moisés celebrasse a Páscoa juntamente com o povo. Eles deveriam matar um cordeiro ou cabrito por família, e passar o sangue do animal nos batentes de suas casas, pois assim, quando Deus visitasse a cidade com a morte, Ele não feriria as casas que estivessem marcadas (Ex 12).
Assim como o povo do Egito foi liberto da sentença de morte que passaria pela cidade através do sangue que estava sobre suas portas, assim também nós fomos libertos da sentença de morte que estava sobre nós. Isso aconteceu quando Deus enviou seu filho para morrer em nosso lugar. A Palavra de Deus nos diz que nós estávamos mortos em nossos próprios pecados (Cl 2:13), mas Deus nos deu vida através de Jesus.
Quando Jesus chegou até João Batista, quando este estava pregando o arrependimento dos pecados, João logo declarou algo a respeito de Jesus. Ele diz: Este é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. (Jo 1:29). Não é interessante o fato de João ter se referido a Jesus como o Cordeiro de Deus? Isso acontece também em Apocalipse quando lemos a respeito do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo (Ap 13:8). Este que foi morto na eternidade é o próprio Cristo.
Assim como um cordeiro tinha de ser morto para que a morte não alcançasse o povo no Egito, Jesus, o Cordeiro que se entregou por nós, foi morto para que a sentença de morte não nos alcançasse, de modo que agora temos vida nele. Em Atos, vemos que o Filho de Deus foi entregue pelo conselho determinado e pela presciência de Deus, contudo, os ímpios o mataram (At 2:23). Ou seja, a própria Triunidade Divina, decidiu que Jesus se entregaria para morrer em nosso lugar.
Através da morte de Cristo, qualquer pessoa que se render de maneira verdadeira a Ele, já não vive mais sob a sentença do pecado. Agora, o apóstolo Paulo pergunta: Quem trará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica; quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou, pelo contrário, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus e intercede por nós (Rm 8:33-34). Já não há acusação nem condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus.
É interessante o fato de Paulo dizer que Cristo Jesus é quem morreu, ou antes, quem ressuscitou. Isso nos aumenta a alegria, pois agora temos a esperança de que, não seremos apenas livres da sentença do pecado, como também um dia, quando Cristo voltar, seremos livres da presença do pecado que nos assedia. Em sua primeira carta aos Coríntios, Paulo diz que, se Cristo não ressuscitou, a nossa fé é inútil e ainda estamos em nossos pecados (1Co 15:17).
Assim como no Egito a Páscoa era sinal de libertação, para nós também é. Paulo ousa dizer que Cristo, nosso cordeiro pascal, já foi crucificado (1Co 5:7). A morte e a ressurreição de Jesus, o Cordeiro imolado em nosso lugar, nos trouxe libertação, pois foi o próprio Deus que nos libertou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção, isto é, o perdão dos nossos pecados (Cl 1:13-14).
Pelo Cordeiro pascal que foi morto, convido você a meditar em uma melodia de Gerson Borges:
Salvador maravilhoso,
Deus que tomou meu lugar
Cordeiro entregue ao calvário
Morto pra nos salvar
Ô ôô, morto pra nos salvar.
[…]
Por isso nós te adoramos
Por isso vamos louvar
Pois dessa graça que sara
Só tu nos podes dar
Ô ôô, só tu nos podes dar.

Lucas Timóteo Moraes, seminarista pela Convenção Paranaense, é estudante de teologia no Centro de Estudos Teológicos Adventista da Promessa (CETAP).

Moscas de meias

Para Deus, não existe nada em toda a sua criação que não tenha valor

Assim como você, não dou muita atenção para mosca. Se uma vem me rondar, trato logo de afastá-las para longe. Mas, no início desta semana, soube de uma coisa legal sobre as moscas da região dos altos picos suíços. As moscas dali não são como as moscas daqui. As dessa região nascem com “meias”.
Meias? Sim. As patas dessas moscas têm bem mais pelos do que as demais que vivem em regiões mais quentes. Quem as fez assim? Não foi o acaso. Deus as criou assim. Deus sabe das coisas. Sabe que essas moscas não iriam aguentar o clima frio, sem essas “meias”. Como diz um irmão de uma das igreja aqui da região: “Esse é o nosso Deus”.
Eu não faço ideia de quanto tempo de vida têm as moscas, mas não deve ser muito. Mas, mesmo assim, Deus cuida delas, dando-lhe “meias” e “luvas” para o frio. Para Deus, não existe nada em toda a sua criação que não tenha valor. Assim sendo, aborte da sua mente essa ideia de que Deus não se liga em você.
Você vale muito mais do que uma mosca, pois foi criado um pouco menor do que os anjos (Sl 8:5). E se Deus cuida de uma mosca, não vai cuidar de você? Vai cuidar, sim. Cuidou ontem, cuida hoje e vai cuidar amanhã. Vai cuidar sempre. Assim, acalme a sua alma!

Pr. Genilson Soares da Silva, responsável pela IAP em Vila Camargo (Curitiba – PR)

Correndo com perseverança

Não sabemos o que 2017 nos trará mas devemos avançar sempre!

Entramos há pouco em 2017, logo, o ano de 2016 será uma folha dobrada no tempo. Ocorre-nos de, ouvindo a leitura do escritor bíblico “aos Hebreus”1, desenvolver esta reflexão.
Que a nossa jornada terrena é remarcada por correrias ninguém duvida e nem discorda.
Consideremos o emblemático ano de 2016, que deu adeus ao presente e ingressou no passado. Este ano também terá uma folha que registrará a sua história e que também será dobrada e traz uma série de indagações.
Ninguém, em sã consciência, reúne condições de responder às inúmeras perguntas sobre o que irá acontecer e como será este 2017.
“O futuro a Deus pertence” é a resposta que frequentemente se ouve. E ela está correta. Faltam-nos condições para sabermos o que acontecerá, não somente no restante de 2017, mas até mesmo daqui a um minuto.
A propósito, a Palavra Bíblica inspirada referindo-se à ansiosa solicitude pela nossa vida adverte: “não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal”, que parafraseamos: bastam, para cada dia, os seus problemas, as suas vicissitudes, até mesmo em face do que expressa o verso 27 do mesmo capítulo 6 do Evangelho S. Mateus, no sentido de que os nossos cuidados, por maiores e mais legítimos que sejam, não podem acrescentar um côvado2 que seja à nossa estatura e, nem mesmo um minuto a mais em nossa existência, sabido que “Os meus tempos estão nas Tuas mãos…”3.
Oportuno considerar que, ao mesmo tempo em que não devemos ser presas de preocupações desmedidas quanto à nossa vida, com o que teremos para comer, beber e vestir, visto que aquele que cuida muito bem de nós, cuida igualmente das aves, alimentando-as, e vestindo de forma belíssima o frágil lírio do campo4, não devemos cruzar os braços, nem sermos relapsos e nem deixar de considerar o que o escritor da Epístola aos Hebreus remarca no verso primeiro do capítulo 12.
Não somos ilhas e nem estamos num deserto. Estamos permanentemente rodeados de testemunhas e, por isso mesmo, não podemos permitir que embaraços de qualquer ordem turbem a nossa jornada e nos desviem de Cristo, que é o autor e consumador de nossa fé.
Correr com persistência a carreira que nos está proposta quer dizer, em outras palavras, uma situação de certeza, de confiança, de tal modo que nada obnubile a nossa visão do alvo proposto e nem nos desestimule na continuação da jornada, por mais espinhosa e cheia de percalços que ela seja.
Significa mais: não arrepiarmos a carreira. Avançar sempre. Esteja claro o dia ou carregado de nuvens escuras, prenunciando tempestades ou não. Mesmo em circunstâncias tais, reprisando o poeta amazonense: “Faz escuro, mas eu canto”5, devemos levantar a cabeça e correr perseverantemente. Afinal, são os embates da jornada que nos enrijecem, da mesma maneira como os ventos fortes enrijecem o bambu e a palmeira.
“Corramos, pois, perseverantemente, sem olhar nem para a direita e nem para a esquerda, mas com os olhos fixos no alvo, no prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”6.
Perseverar sempre. Parar, desistir, nunca. Correr perseverantemente tendo Cristo como alvo, eis o segredo.


1Epístola aos Hebreus, cap. 12 e verso 1:”Portanto, visto que nós também estamos rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta”.
2S. Mateus, capitulo 6 e verso 34.
3Livro dos Salmos, nº 35 e verso 15 primeira parte.
4Mateus, capítulo 6 e versos 25 a 31.
5Poeta Thiago de Mello
6Carta de Paulo aos Filipenses, cap. 3 e verso 14.

Igreja Adventista da Promessa

Que Deus preserve tua essência pura, humilde e bela

Pessoas e lugares humildes,
Histórias e enredos simples,
Narrativas e circunstâncias comuns,
Biografias sem holofotes,
Nordestinos, pernambucanos na origem,
Gente a se avolumar silenciosamente ao longo do tempo,
A contaminar diversas paragens do Brasil e do mundo.
Sem dólares, sem euros, sem libras, mas plenos do Espírito Santo,
Sem programa na TV, sem pregadores celebridades, sem poder político, mas com uma alegria que o dinheiro não compra.
Assim tu nascestes, Igreja Adventista da Promessa, como quem vem “da Galiléia” rumo “a Jerusalém”.
Que nas grandes capitais e nos ambientes urbanos Deus preserve a tua essência pura, humilde e bela,
Cuja fonte é Jesus, Salvador manso e humilde de coração,
Só assim poderás cumprir tua santa missão.
Parabéns por teus 85 anos!
Para a glória de teu fundador: Deus.

Pr. José Lima de Farias Filho, segundo Secretário Geral da IAP

Brasil, mostra a tua vergonha na cara!

Nestes tempos de caos absoluto, tudo é permitido, o errado virou certo, tá tudo dominado

Chacina, rebelião, massacre, estupro, pedofilia, suicídio, infanticídio, assassinato, sequestro, roubo, desvio de verba pública, caixa dois, tráfico, libertinagem, pornografia, álcool, drogas, insubordinação, indisciplina, desobediência, desrespeito, malandragem, preguiça, gula, inveja, esperteza, racismo, juros, impostos, (in)justiça, pronto socorro, fila, doença, solidão, rejeição, isolamento, angústia, depressão, pressão, câncer, poluição, sujeira, esgoto, vírus, virose, epidemia, falência, bala perdida, gente perdida, esperança perdida, geração perdida.
O parágrafo acima daria um livro de dez mil páginas se cada palavra fosse dissecada pelos eventos dos últimos anos. E não conseguiríamos escrever tudo, explicar tudo, compreender o motivo de tudo. Cada palavra revela uma porta que leva a um único lugar: ao caos absoluto. Não importa por onde cada um entrou. Uma vez dentro e sem forças para sair, outras portas vão se abrindo e, de desgraça em desgraça, chegamos ao ponto agudo no qual nos encontramos como nação.
Existem outras portas pelas quais cada vez menos pessoas querem entrar. As portas da fé, do amor, da religião, do transcendente, do Cristo. Famílias inteiras, doutores de todas as áreas, universidades, artistas, políticos, tribos, formadores de opinião, cada grupo de sua forma e do seu jeito, vão dizendo não para o Cristo da Bíblia. O volume de gente simplesmente debochando dos valores cristãos e invertendo-os não para de crescer. As boas portas estão lá, destrancadas para quem quiser entrar e experimentar uma nova realidade, mas não, a opção social, política, econômica, cultural e até espiritual, em alguns casos, é a de mantê-las fechadas, pois assim, os “antiquados” valores cristãos não aborrecem os desejos que a carne dessa gente exige.
Escolhas são livres. Mas cada escolha exige um preço a ser pago. Não sai barato, muito menos de graça. A decadência fez morada em nossa nação há décadas. Até quando nossas lideranças de todas as áreas achavam que daria para se esbaldar em pecados, ofensas, explorações, libertinagens e descasos para com a Palavra e o Deus da Palavra? Quando o Criador é colocado de lado na equação da vida, quem perde é a vida. Para confirmar, basta acompanhar o quadro diário que escandaliza todo aquele que ainda não perdeu um mínimo de sensibilidade.
Então, é tudo um castigo de Deus? Absolutamente. Não pense pequeno, não tenha um coração pequeno, nem por um segundo engula teologias que pregam um mesquinho toma-lá-dá-cá. Nada disso. O fator determinante chama-se “abandono”. Ao decidir que Deus não é necessário, que só atrapalha, que Ele não existe, que Cristo é um mito, que é autossuficiente, que Ele tem que ser retirado das escolas, do entretenimento, dos lares, da vida, os homens estão decidindo, na prática, o seguinte: daqui para frente é do nosso jeito, não queremos interferência de nenhuma força que não seja a nossa, abandonamos Deus e todas as suas chatas e ultrapassadas regras. Pronto, Deus simplesmente se retira e o homem fica sozinho, com os poderes que acha que tem, e sozinho se enrola, se confunde, se destrói, se aniquila.
Mas e o amor de Deus que os cristãos tanto falam? Não poderia este amor intervir? Sim, pode. São aquelas portas que citei. Estão ainda destrancadas no correr da história. Basta ter a humildade de abri-las. Porém, como disse, cada vez mais pessoas passam por estas portas e nem querem encostar na maçaneta! Sabem que fé, amor e Cristo são bons, sabem que seriam a melhor “sociedade alternativa” para o caos instalado. A carne, porém, é incansável, é teimosa, é resistente, é doente pelos prazeres que o mundo oferece. Parece louco, e é. A decisão, via de regra, tem sido pagar o preço do caos. “Vamos continuar nos refestelando ao som das festas e propostas da mídia, carnaval taí, os cardápios cada vez mais variados de sexo estão aí, deixa a vida me levar…” E o preço é cobrado, vidas se perdem, gente se destrói, famílias se desintegram, esperanças se enfraquecem, tudo por conta de infelizes e fugazes escolhas que apenas colocam as pessoas para baixo, para baixo, para baixo…para morte.
Alguns insistem. “Tá, mas mesmo assim, se Deus existe Ele poderia mudar o quadro, ou não?” Se a pergunta é repetida, a resposta também é. Para todo aquele que tem tido a coragem e a ousadia de abrir a porta certa num mundo de tantas portas erradas, sim, Deus está mudando o quadro. Falei sobre várias portas que a maioria não quer nem se aproximar. Na verdade todas elas são uma só: Jesus. Quando Jesus é convidado, quando Ele é a prioridade, quando Ele é a primeira escolha, tudo o mais acontece naturalmente. Entram em cena a fé, o amor, o transcendente, a verdadeira religião, que nada mais é senão a religação com o Pai.
Tudo isso acontece no ajuntamento de filhos e filhas, por isso se tratam como “irmãos” – e tantos ignorantes zombam de tal tratamento, enquanto lá no fundo enfrentam a solidão da falta de pelo menos um irmão. Tudo isso é possível no lugar de comunhão. E as perguntas continuam: “Mas tem tanta gente mentirosa e fofoqueira nas igrejas…” Tem sim. Mas onde não tem? Qual família não tem? Qual empresa não tem? O que difere este grupo de fé dos demais não é e nunca foi o grupo em si, mas o Cristo que ali se adora, se exalta e se segue. Embora invisível, são estes grupos que formam o que cristãos no mundo inteiro definem como o corpo de Cristo. Corpo esse que, como estamos assistindo, está sendo deixado de lado para se juntar a corpos que há tempos deixaram de ser morada do Espírito Santo, portanto, templos espirituais vazios de propósito. Foram criados para serem morada de Deus, mas, com atitudes e palavras, expulsaram Deus da morada que os céus escolheram. Definitivamente, escolhas têm um preço, e o preço que a sociedade atual está pagando está muitíssimo alto.
Nilo Roméro, George Israel e Cazuza foram os compositores da poesia “Brasil”. Nela, num trecho, surge o grito de desabafo: “Brasil mostra tua cara. Quero ver quem paga pra gente ficar assim. Brasil qual é o teu negócio? O nome do teu sócio? Confia em mim.” Nos anos 80, essa música funcionou como um protesto contra os escândalos políticos, as desigualdades sociais e as injustiças. Em parte, a música continua funcionando frente à realidade nacional. Mas o quadro hoje é infinitamente pior.
Por isso, meu título: Brasil, mostra tua vergonha na cara. Mas está difícil ver qualquer mínimo movimento que indique vergonha por parte daqueles que mandam, manipulam e comandam as massas. O politicamente correto diz que tudo é permitido, toda forma de sacanagem é válida, o errado virou certo, o que antes corava de vergonha agora recebe gargalhadas de orgulho e ostentação, vale tudo, tudo pode, nada é proibido, tá tudo dominado, tá todo mundo indo pela correnteza do “eu mereço ser feliz” e o resto que se afunde, o importante sou eu, eu, eu, eu…
Finalizo com um pensamento de Alexander Pope: “Um homem nunca deve sentir vergonha de admitir que errou, o que é apenas dizer, noutros termos, que hoje ele é mais inteligente do que era ontem.” Pense nisso. Um pouco de inteligência poderia mudar radicalmente o quadro atual. Ou será que viver em amor, pelo amor e no amor de Cristo não seria inteligente? O evangelho antigo continua sendo a melhor e mais revolucionária proposta de uma vida plena e feliz para o “já” e o que ainda está por vir. Paz!

Prossigamos e atravessemos o Jordão!

“Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem se desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar”, Josué 1:9
Uma das épocas que mais chama a minha atenção é o período em que um ano está finalizando e outro está começando. Durante esses momentos de “transição”, alguns de nós geralmente fazemos uma retrospectiva de nossas vidas, além de nos planejarmos e elaborarmos uma lista dos objetivos e metas para o próximo ano. Da mesma forma, ao pensarmos no ano que passou nos lembramos das dificuldades, das lutas, mas também das alegrias e das vitórias que tivemos (seja em maior ou menor proporção). Por outro lado, quando pensamos no ano que está começando, refletimos nos desafios que talvez enfrentemos e também, nas conquistas que poderemos alcançar.
O povo de Israel também enfrentou vários momentos de transição e um deles está registrado em Josué, capítulo 1. O líder Moisés havia morrido, e o novo líder escolhido por Deus – Josué – era o encarregado de comandar os israelitas na tarefa de conquistar a região de Canaã, terra prometida por Deus para o seu povo. Esse era o momento. Essa era a oportunidade concedida pelo Senhor para que a sua promessa se concretizasse.
Certamente, nós também temos nossos sonhos, nossos projetos de vida, nossos propósitos para o ano de 2017: seja no nosso casamento, na nossa família, no nosso trabalho, nos nossos estudos, na nossa vida financeira e principalmente, na nossa vida espiritual. E esse momento de transição entre um ano e outro é também ideal para “atravessarmos o nosso Jordão” e deixarmos para trás tudo aquilo que nos impede de amar a Deus e de servi-lo de todo o nosso coração. É também uma ótima ocasião para firmarmos o objetivo de cumprir os propósitos do Senhor para a nossa vida: nos apegarmos ainda mais a ele e aprofundarmos o nosso relacionamento com o “Deus de toda a graça”. Mas, para que isso aconteça, nós devemos confiar que mesmo que enfrentemos crises e turbulências, o Deus Soberano está no controle de todas as coisas. É justamente esse Deus que animou Josué e o impulsionou a atravessar o rio Jordão.
Além disso, é preciso que tiremos os nossos olhos do deserto, e firmemos nossa visão em Jesus, o Autor e Consumador da nossa fé e da nossa salvação. Certamente, para vários de nós, o ano de 2016 foi um momento de perda, de tristeza e de choro, no entanto, a misericórdia e a graça do Senhor foi para nós fonte de alento, refrigério e consolo. E a maravilhosa notícia é que Deus continua conosco, nos ajudando e nos fortalecendo, nos dando alegria e paz.
Por isso, prossigamos para o ano de 2017 com a convicção de que aconteça o que acontecer, se a nossa fé estiver firmada em Cristo Jesus, testemunharemos o favor de Deus sendo derramado sobre a nossa vida, independente do que tenhamos que viver. É o Senhor quem nos concede força e coragem para que nós ultrapassemos o Jordão da desesperança, da falta de fé, da ausência de compromisso com a oração e a leitura da Bíblia, da falta de perdão, somente para citar alguns exemplos. Igualmente, é Deus que nos faz avançar em direção ao que deve ser o mais importante projeto de nossa vida: ser um discípulo de Cristo.
Sendo assim, ao meditar em Josué 1: 9 e escrever esta reflexão, a minha oração é que o Senhor nosso Deus, nos ajude a superarmos o nosso “Jordão”, nos sustente por sua graça e nos fortaleça a fim de que, venha o que vier, o ano de 2017 seja marcado pelo nosso amor, comprometimento e dedicação a Cristo!
 
Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infantojuvenil Regional