Jesus é o centro

O trabalho não pode comprometer nosso relacionamento com Deus e com a família
 
No dia 1 de maio comemora-se o Dia do Trabalho. Neste ano, temos observado vários debates e reflexões que dizem respeito a uma série de mudanças no que se refere ao trabalho. Aproveitando essa data, estaremos refletindo sobre algumas orientações bíblicas. Para isso, podemos considerar a seguinte questão: qual é a forma correta de encararmos o trabalho? As respostas são as mais variadas: para alguns, é um mal necessário. Para outros, o trabalho é tão importante que está num grau de prioridade maior na vida daquela uma pessoa. Essas pessoas acreditam que para vencerem um mercado de trabalho cada vez mais consumista e competitivo, precisam colocar sua vida profissional acima de sua família e de sua própria saúde. Ainda para outros, o trabalho é apenas um meio de trazer subsistência para a família. E para você, o que o trabalho representa?
Conforme a Palavra de Deus, para termos uma visão correta a respeito do trabalho, é fundamental que o encaremos de forma equilibrada. Ou seja, sem cometer excessos tanto de um lado quanto do outro. Somos incentivados pelas Escrituras a sermos trabalhadores e a não nos deixarmos dominar pela preguiça (Pv 6: 6-11). No entanto, também somos orientados a não trabalharmos em excesso. Muito pelo contrário, em meio a uma rotina exaustiva e cansativa de trabalho, é muito importante que descansemos, renovemos as nossas forças e aprofundemos o nosso vínculo com o Senhor, além de estarmos junto da nossa família (Ec 4: 6; Ex 20: 10). Sendo assim, o nosso envolvimento com a vida profissional não deve ser tão grande a ponto de descuidarmos de nosso relacionamento com Deus, com nossa família ou ainda a ponto de prejudicarmos nossa saúde. Certamente, a vontade de Deus no que se refere ao nosso trabalho não é que trabalhemos exaustivamente até a morte!
Além disso, um dos aspectos mais importantes a respeito do trabalho é que lá, no local em que exerço minha vida profissional, eu também posso e devo cumprir a minha missão como servo e discípulo de Cristo. Missão de compartilhar a respeito do amor de Deus, de sua misericórdia, de sua graça e da transformação que ele deseja realizar na vida de todos aqueles que firmam sua fé em Jesus. É no trabalho que temos a oportunidade de compartilharmos sobre o grande amor de Cristo através de nossas vidas. Certamente, em nosso ambiente de trabalho conhecemos várias pessoas que necessitam da salvação que somente Jesus pode dar. E temos o privilégio de abençoar a vida de todos os que trabalham conosco.De forma semelhante, não podemos esquecer que no lugar em que batalhamos pelo pão de cada dia também temos a oportunidade de glorificarmos a Deus e de cumprirmos a sua vontade.
Concluindo, a proposta do Senhor para nós é que exerçamos nossa vida profissional considerando os princípios bíblicos para o trabalho e reconhecendo que somos chamados por Deus para proclamarmos, no ambiente profissional, as virtudes daquele que nos tirou das trevas para a sua maravilhosa luz!
 
Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infantojuvenil Regional
 
 

Jonas e o grande peixe

Será que precisamos de uma “Baleia Azul” para acordar?

Hipoteticamente, imagine um jovem que já não recebe mais o carinho do pai e da mãe. É um rapaz que já não acredita mais em seus amigos, pois eles o abandonam e só o buscam quando precisam. Esse jovem não recebe apoio na igreja que frequenta. Porém, no meio de uma crise existencial gigantesca e, mergulhado numa situação como esta, surge uma suposta solução. Aparece algo que, aparentemente, pode suprir este vazio: neste mar de decepções e desilusão, desponta uma “baleia azul”.
Tenho certeza que, nas últimas semanas, você ouviu falar muito nesta “baleia azul”. Este jogo surgiu na Rússia e tem levado pessoas ao suicídio, sobretudo jovens e adolescentes. A proposta é que os jogadores cumpram 50 desafios, sendo que o último deles é cometer o suicídio. De acordo com a imprensa, já houve vários casos de vítimas do jogo, aqui no Brasil.
Quando li a respeito deste jogo fiquei pensando numa história muito famosa da Bíblia Sagrada. Após ser chamado por Deus para ir pregar em Nínive, Jonas tenta fugir da presença de Deus e pega um navio sentido à cidade de Társis. Mas no meio do caminho, uma grande tempestade sobrevém sobre a embarcação e os tripulantes ficam com medo. Diante disso, eles começam a se questionar porque uma grande tempestade estava os afligindo até que Jonas lhes conta que estava fugindo de Deus. Ao saberem disso, lançam Jonas no mar.
Ao ser jogado no mar, Deus envia um grande peixe que engole Jonas e o leva até a cidade de Nínive. Não sabemos ao certo se este grande peixe era realmente uma baleia, pois a Bíblia diz apenas sobre um peixe muito grande. Contudo, o fato é que Jonas, dentro da baleia, se deparou com um grande desafio. Agora ele repensa sobre tudo o que havia feito, sobre sua rebeldia perante Deus. Mas acima de tudo, este encontro com o grande peixe o fez perceber o quanto estava longe de Deus.
Diante disso, penso que estes jovens, que estão jogando “Baleia Azul” estão tentando, de alguma forma, fugir de suas realidades, fugir de suas famílias que não lhes dá atenção, dos seus círculos de amizades que não os acolhem. Ou talvez estejam fugindo de si mesmos, pois não conseguem enxergar Deus. Qual o nosso papel como cristãos, à vista disso? Nossa função é mostrar Jesus a essas pessoas.
Enquanto vemos nossos jovens morrendo “na boca” da “Baleia Azul”, podíamos estar mostrando Jesus, o único capaz de trazer sentido pra vida. De acordo com pesquisas, os jovens têm perdido a fé de uma maneira assustadora, e na busca de algo que lhes dê sentido e satisfação, esta juventude se entrega a tudo que este mundo oferece. No entanto, após perceberem que nada disso faz sentido, então eles se recolhem.
Recolhem-se em seus quartos escuros, como se fosse um cais em frente a um mar de solidão e desespero. E ali lançam suas vidas ao mar para serem abocanhados pelas “baleias azuis”. Basta um clique na tela do celular para que eles sejam apanhados e tenham suas vidas completamente falidas. Basta um descuido por parte dos jovens, uma falta de atenção por parte dos pais. É apenas isso que basta para que esta juventude tenha sua vida interrompida.
Jonas teve de se deparar com um grande peixe, para que um filme passasse em sua mente e ele então percebesse o quão longe estava de Deus. Será que precisamos esperar que nossos filhos, irmãos ou amigos se deparem com a “Baleia Azul” para perceber isso? Claro que não. Hoje, em momento oportuno ou não, falemos de Deus para os nossos jovens.
Fico triste ao ver dentro de muitas igrejas jovens distantes de Deus. Eles frequentam os cultos, cantam e tocam no grupo de louvor, mas seus corações estão longe, muito longe de Deus.
Se você é jovem, fale de Cristo nos seus círculos de amizade. Deus pode usar você para salvar vidas que, muitas vezes, estão indo em direção à alguma “Baleia Azul”. Diante de tudo isso, eu me questiono: Jonas já teve seu grande peixe, será que precisamos de uma baleia?! Definitivamente, não!

Lucas Timóteo Moraes, seminarista pela Convenção Paranaense, é estudante de teologia no Centro de Estudos Teológicos Adventista da Promessa (CETAP).

Comer, beber, vestir

Transformar a vida nisso gera muita ansiedade inútil

Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós.” (I Pe 5:7)
A realidade humilhante do desemprego, a impotência da doença atroz, o assombro do acidente grave, tudo isso e muito mais tem o poder de abalar a estrutura psicológica e física de qualquer ser humano.
Ante tamanho estresse, a ansiedade pede licença pra morar na alma humana como uma porta interna aberta para outras patologias mais graves que tem seu habitat nas profundezas do ser.
Não por acaso a palavra de Deus determina de forma contundente que os seguidores de Jesus não devem viver ansiosos por nada, absolutamente nada. Isso porque Deus, que fez a estrutura do ser, sabe que a ansiedade enraizada, petrificada, cristalizada, adoece. Doença emocional e física. A pessoa envelhece rápido. A Bíblia Sagrada é categórica: a ansiedade é inútil! Não serve pra nada.
Demos atenção ao que Jesus ensina sobre isso: ele diz que o cristão ansioso é igual ao incrédulo que vive de um lado para o outro correndo somente atrás do que comer, beber e vestir (Mt 6:32). Transformam a vida em comida, bebida e roupa. Só isso. Que pobreza de espírito!
Como livrar-se da ansiedade? Resposta com o apóstolo Paulo: “Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças”. (Fp 4:6)
Na prática é assim: toda vez que algo desagradável acontece, antes que a preocupação se agigante na alma, leve-se a questão a Deus por meio de oração e ações de graças, ou seja, em vez de estresse oração, em vez de reclamação gratidão. Por que assim? Porque a oração junto com a gratidão faz a memória lembrar que Deus já fez grandes coisas no passado e isso diminui muito a pressão interna, levando a pessoa a orar e a estar tranquila.
E qual a obra final disso? Resposta, de novo, com o apóstolo Paulo: “e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.”
Pronto: a paz de Deus toma o lugar da ansiedade. Não é magnifico?
É por isso que Pedro manda: “lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” E Jesus arremata: “Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura?” (Mt 6:27)
Que diz você diante disso? Só há uma coisa a fazer: oração e ações de graças a Deus. Já!

Pr. José Lima, segundo secretário da Convenção Geral

O túmulo vazio

Não estamos sós porque Ele ressuscitou

“Não está aqui, porque ressurgiu, como ele disse. Vinde, vede o lugar onde jazia” (Mt 28:6)
O vazio, o silencio, a decepção, a ausência, a impotência, a orfandade, a falta de significado, foi tudo o que restou na mente, alma e coração dos discípulos depois que Jesus morreu e foi sepultado.
Deixar quem amamos num túmulo e voltar pra casa, eis uma experiência atroz! Você olha o quarto, as roupas, o calçado, o retrato… Nada parece fazer sentido. A pessoa não está ali. Corpo que treme, alma que geme, olhos que se derramam. A morte é um horror humano. Três dias sem Jesus, três dias sem seu amparo, amor, carinho e proteção. Quem suporta?Dureza, dureza!
Mas, passado esse tempo profético “as marias” foram ao túmulo, e lá, ouviram de um poderoso anjo a notícia arrebatadora: “Não está aqui!” Como assim? “Porque ressurgiu, como ele disse.” Parecem incrédulas. “Vinde, vede o lugar onde jazia.” Vazio, túmulo totalmente vazio.
Joelhos no chão, mãos e olhos pra cima, bocas em louvor e honra Àquele que vive eternamente.
Pranto estancado, tristeza brecada, batimento acelerado, respiração ofegante, esperança que explode…
“Vamos, ide depressa, e dizei aos seus discípulos que ressurgiu dos mortos”. É o anjo de Deus apressado, a falar: “Eis que vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis.”
As “marias”, os discípulos e Jesus, num encontro inesquecível, num monte da Galiléia, no lugar eternamente marcado para a volta dele aos céus, de onde virá outra vez para buscar os que Ele redimiu com seu precioso sangue.
Atenção: o tempo que os salvos tiveram que ficar sem Jesus passou, acabou, encerrou. Nunca mais estarão sós, pois seu Senhor está vivo eternamente e recebeu todo o poder no céu e na terra.
Atenção: você crê na onipresença de Jesus? Espero que sim! Porque Ele de fato está em todos os lugares do universo simultaneamente, a excesso de um lugar, o túmulo.
Neste momento, Ele está aí, do seu lado, te olhando, sorrindo pra você, e lhe dizendo: “Filho, filha, não temas os graves desafios da vida nem a morte, eu a venci, e tenho em minhas mãos a tua vida. Eu te ajudo, te protejo e te amo. Vai dar tudo certo. Qualquer coisa pode falar comigo, tá bom?”

Pr José Lima de Farias, segundo secretário da Convenção Geral da IAP

Cristo, nossa Páscoa!

A morte e ressurreição de Jesus, o Cordeiro imolado em nosso lugar, nos trouxe libertação

Chocolates e coelhinhos que põem ovos! Para os mercadores, este é um ótimo período. É um consumo sem fim. Mas o significado verdadeiro da Páscoa tem sido esquecido até mesmo no meio cristão. Para você, pode haver a hipótese de que esta época do ano se resuma, de fato, apenas a chocolates e coelhinhos. Mas é sempre bom pensar no sentido real que esta celebração deve nos trazer.
A Páscoa simbolizava libertação. Antes da décima praga ser enviada sobre o Egito, Deus havia pedido para que Moisés celebrasse a Páscoa juntamente com o povo. Eles deveriam matar um cordeiro ou cabrito por família, e passar o sangue do animal nos batentes de suas casas, pois assim, quando Deus visitasse a cidade com a morte, Ele não feriria as casas que estivessem marcadas (Ex 12).
Assim como o povo do Egito foi liberto da sentença de morte que passaria pela cidade através do sangue que estava sobre suas portas, assim também nós fomos libertos da sentença de morte que estava sobre nós. Isso aconteceu quando Deus enviou seu filho para morrer em nosso lugar. A Palavra de Deus nos diz que nós estávamos mortos em nossos próprios pecados (Cl 2:13), mas Deus nos deu vida através de Jesus.
Quando Jesus chegou até João Batista, quando este estava pregando o arrependimento dos pecados, João logo declarou algo a respeito de Jesus. Ele diz: Este é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. (Jo 1:29). Não é interessante o fato de João ter se referido a Jesus como o Cordeiro de Deus? Isso acontece também em Apocalipse quando lemos a respeito do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo (Ap 13:8). Este que foi morto na eternidade é o próprio Cristo.
Assim como um cordeiro tinha de ser morto para que a morte não alcançasse o povo no Egito, Jesus, o Cordeiro que se entregou por nós, foi morto para que a sentença de morte não nos alcançasse, de modo que agora temos vida nele. Em Atos, vemos que o Filho de Deus foi entregue pelo conselho determinado e pela presciência de Deus, contudo, os ímpios o mataram (At 2:23). Ou seja, a própria Triunidade Divina, decidiu que Jesus se entregaria para morrer em nosso lugar.
Através da morte de Cristo, qualquer pessoa que se render de maneira verdadeira a Ele, já não vive mais sob a sentença do pecado. Agora, o apóstolo Paulo pergunta: Quem trará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica; quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou, pelo contrário, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus e intercede por nós (Rm 8:33-34). Já não há acusação nem condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus.
É interessante o fato de Paulo dizer que Cristo Jesus é quem morreu, ou antes, quem ressuscitou. Isso nos aumenta a alegria, pois agora temos a esperança de que, não seremos apenas livres da sentença do pecado, como também um dia, quando Cristo voltar, seremos livres da presença do pecado que nos assedia. Em sua primeira carta aos Coríntios, Paulo diz que, se Cristo não ressuscitou, a nossa fé é inútil e ainda estamos em nossos pecados (1Co 15:17).
Assim como no Egito a Páscoa era sinal de libertação, para nós também é. Paulo ousa dizer que Cristo, nosso cordeiro pascal, já foi crucificado (1Co 5:7). A morte e a ressurreição de Jesus, o Cordeiro imolado em nosso lugar, nos trouxe libertação, pois foi o próprio Deus que nos libertou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção, isto é, o perdão dos nossos pecados (Cl 1:13-14).
Pelo Cordeiro pascal que foi morto, convido você a meditar em uma melodia de Gerson Borges:
Salvador maravilhoso,
Deus que tomou meu lugar
Cordeiro entregue ao calvário
Morto pra nos salvar
Ô ôô, morto pra nos salvar.
[…]
Por isso nós te adoramos
Por isso vamos louvar
Pois dessa graça que sara
Só tu nos podes dar
Ô ôô, só tu nos podes dar.

Lucas Timóteo Moraes, seminarista pela Convenção Paranaense, é estudante de teologia no Centro de Estudos Teológicos Adventista da Promessa (CETAP).

Moscas de meias

Para Deus, não existe nada em toda a sua criação que não tenha valor

Assim como você, não dou muita atenção para mosca. Se uma vem me rondar, trato logo de afastá-las para longe. Mas, no início desta semana, soube de uma coisa legal sobre as moscas da região dos altos picos suíços. As moscas dali não são como as moscas daqui. As dessa região nascem com “meias”.
Meias? Sim. As patas dessas moscas têm bem mais pelos do que as demais que vivem em regiões mais quentes. Quem as fez assim? Não foi o acaso. Deus as criou assim. Deus sabe das coisas. Sabe que essas moscas não iriam aguentar o clima frio, sem essas “meias”. Como diz um irmão de uma das igreja aqui da região: “Esse é o nosso Deus”.
Eu não faço ideia de quanto tempo de vida têm as moscas, mas não deve ser muito. Mas, mesmo assim, Deus cuida delas, dando-lhe “meias” e “luvas” para o frio. Para Deus, não existe nada em toda a sua criação que não tenha valor. Assim sendo, aborte da sua mente essa ideia de que Deus não se liga em você.
Você vale muito mais do que uma mosca, pois foi criado um pouco menor do que os anjos (Sl 8:5). E se Deus cuida de uma mosca, não vai cuidar de você? Vai cuidar, sim. Cuidou ontem, cuida hoje e vai cuidar amanhã. Vai cuidar sempre. Assim, acalme a sua alma!

Pr. Genilson Soares da Silva, responsável pela IAP em Vila Camargo (Curitiba – PR)

Correndo com perseverança

Não sabemos o que 2017 nos trará mas devemos avançar sempre!

Entramos há pouco em 2017, logo, o ano de 2016 será uma folha dobrada no tempo. Ocorre-nos de, ouvindo a leitura do escritor bíblico “aos Hebreus”1, desenvolver esta reflexão.
Que a nossa jornada terrena é remarcada por correrias ninguém duvida e nem discorda.
Consideremos o emblemático ano de 2016, que deu adeus ao presente e ingressou no passado. Este ano também terá uma folha que registrará a sua história e que também será dobrada e traz uma série de indagações.
Ninguém, em sã consciência, reúne condições de responder às inúmeras perguntas sobre o que irá acontecer e como será este 2017.
“O futuro a Deus pertence” é a resposta que frequentemente se ouve. E ela está correta. Faltam-nos condições para sabermos o que acontecerá, não somente no restante de 2017, mas até mesmo daqui a um minuto.
A propósito, a Palavra Bíblica inspirada referindo-se à ansiosa solicitude pela nossa vida adverte: “não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal”, que parafraseamos: bastam, para cada dia, os seus problemas, as suas vicissitudes, até mesmo em face do que expressa o verso 27 do mesmo capítulo 6 do Evangelho S. Mateus, no sentido de que os nossos cuidados, por maiores e mais legítimos que sejam, não podem acrescentar um côvado2 que seja à nossa estatura e, nem mesmo um minuto a mais em nossa existência, sabido que “Os meus tempos estão nas Tuas mãos…”3.
Oportuno considerar que, ao mesmo tempo em que não devemos ser presas de preocupações desmedidas quanto à nossa vida, com o que teremos para comer, beber e vestir, visto que aquele que cuida muito bem de nós, cuida igualmente das aves, alimentando-as, e vestindo de forma belíssima o frágil lírio do campo4, não devemos cruzar os braços, nem sermos relapsos e nem deixar de considerar o que o escritor da Epístola aos Hebreus remarca no verso primeiro do capítulo 12.
Não somos ilhas e nem estamos num deserto. Estamos permanentemente rodeados de testemunhas e, por isso mesmo, não podemos permitir que embaraços de qualquer ordem turbem a nossa jornada e nos desviem de Cristo, que é o autor e consumador de nossa fé.
Correr com persistência a carreira que nos está proposta quer dizer, em outras palavras, uma situação de certeza, de confiança, de tal modo que nada obnubile a nossa visão do alvo proposto e nem nos desestimule na continuação da jornada, por mais espinhosa e cheia de percalços que ela seja.
Significa mais: não arrepiarmos a carreira. Avançar sempre. Esteja claro o dia ou carregado de nuvens escuras, prenunciando tempestades ou não. Mesmo em circunstâncias tais, reprisando o poeta amazonense: “Faz escuro, mas eu canto”5, devemos levantar a cabeça e correr perseverantemente. Afinal, são os embates da jornada que nos enrijecem, da mesma maneira como os ventos fortes enrijecem o bambu e a palmeira.
“Corramos, pois, perseverantemente, sem olhar nem para a direita e nem para a esquerda, mas com os olhos fixos no alvo, no prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”6.
Perseverar sempre. Parar, desistir, nunca. Correr perseverantemente tendo Cristo como alvo, eis o segredo.


1Epístola aos Hebreus, cap. 12 e verso 1:”Portanto, visto que nós também estamos rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta”.
2S. Mateus, capitulo 6 e verso 34.
3Livro dos Salmos, nº 35 e verso 15 primeira parte.
4Mateus, capítulo 6 e versos 25 a 31.
5Poeta Thiago de Mello
6Carta de Paulo aos Filipenses, cap. 3 e verso 14.

Brasil, mostra a tua vergonha na cara!

Nestes tempos de caos absoluto, tudo é permitido, o errado virou certo, tá tudo dominado

Chacina, rebelião, massacre, estupro, pedofilia, suicídio, infanticídio, assassinato, sequestro, roubo, desvio de verba pública, caixa dois, tráfico, libertinagem, pornografia, álcool, drogas, insubordinação, indisciplina, desobediência, desrespeito, malandragem, preguiça, gula, inveja, esperteza, racismo, juros, impostos, (in)justiça, pronto socorro, fila, doença, solidão, rejeição, isolamento, angústia, depressão, pressão, câncer, poluição, sujeira, esgoto, vírus, virose, epidemia, falência, bala perdida, gente perdida, esperança perdida, geração perdida.
O parágrafo acima daria um livro de dez mil páginas se cada palavra fosse dissecada pelos eventos dos últimos anos. E não conseguiríamos escrever tudo, explicar tudo, compreender o motivo de tudo. Cada palavra revela uma porta que leva a um único lugar: ao caos absoluto. Não importa por onde cada um entrou. Uma vez dentro e sem forças para sair, outras portas vão se abrindo e, de desgraça em desgraça, chegamos ao ponto agudo no qual nos encontramos como nação.
Existem outras portas pelas quais cada vez menos pessoas querem entrar. As portas da fé, do amor, da religião, do transcendente, do Cristo. Famílias inteiras, doutores de todas as áreas, universidades, artistas, políticos, tribos, formadores de opinião, cada grupo de sua forma e do seu jeito, vão dizendo não para o Cristo da Bíblia. O volume de gente simplesmente debochando dos valores cristãos e invertendo-os não para de crescer. As boas portas estão lá, destrancadas para quem quiser entrar e experimentar uma nova realidade, mas não, a opção social, política, econômica, cultural e até espiritual, em alguns casos, é a de mantê-las fechadas, pois assim, os “antiquados” valores cristãos não aborrecem os desejos que a carne dessa gente exige.
Escolhas são livres. Mas cada escolha exige um preço a ser pago. Não sai barato, muito menos de graça. A decadência fez morada em nossa nação há décadas. Até quando nossas lideranças de todas as áreas achavam que daria para se esbaldar em pecados, ofensas, explorações, libertinagens e descasos para com a Palavra e o Deus da Palavra? Quando o Criador é colocado de lado na equação da vida, quem perde é a vida. Para confirmar, basta acompanhar o quadro diário que escandaliza todo aquele que ainda não perdeu um mínimo de sensibilidade.
Então, é tudo um castigo de Deus? Absolutamente. Não pense pequeno, não tenha um coração pequeno, nem por um segundo engula teologias que pregam um mesquinho toma-lá-dá-cá. Nada disso. O fator determinante chama-se “abandono”. Ao decidir que Deus não é necessário, que só atrapalha, que Ele não existe, que Cristo é um mito, que é autossuficiente, que Ele tem que ser retirado das escolas, do entretenimento, dos lares, da vida, os homens estão decidindo, na prática, o seguinte: daqui para frente é do nosso jeito, não queremos interferência de nenhuma força que não seja a nossa, abandonamos Deus e todas as suas chatas e ultrapassadas regras. Pronto, Deus simplesmente se retira e o homem fica sozinho, com os poderes que acha que tem, e sozinho se enrola, se confunde, se destrói, se aniquila.
Mas e o amor de Deus que os cristãos tanto falam? Não poderia este amor intervir? Sim, pode. São aquelas portas que citei. Estão ainda destrancadas no correr da história. Basta ter a humildade de abri-las. Porém, como disse, cada vez mais pessoas passam por estas portas e nem querem encostar na maçaneta! Sabem que fé, amor e Cristo são bons, sabem que seriam a melhor “sociedade alternativa” para o caos instalado. A carne, porém, é incansável, é teimosa, é resistente, é doente pelos prazeres que o mundo oferece. Parece louco, e é. A decisão, via de regra, tem sido pagar o preço do caos. “Vamos continuar nos refestelando ao som das festas e propostas da mídia, carnaval taí, os cardápios cada vez mais variados de sexo estão aí, deixa a vida me levar…” E o preço é cobrado, vidas se perdem, gente se destrói, famílias se desintegram, esperanças se enfraquecem, tudo por conta de infelizes e fugazes escolhas que apenas colocam as pessoas para baixo, para baixo, para baixo…para morte.
Alguns insistem. “Tá, mas mesmo assim, se Deus existe Ele poderia mudar o quadro, ou não?” Se a pergunta é repetida, a resposta também é. Para todo aquele que tem tido a coragem e a ousadia de abrir a porta certa num mundo de tantas portas erradas, sim, Deus está mudando o quadro. Falei sobre várias portas que a maioria não quer nem se aproximar. Na verdade todas elas são uma só: Jesus. Quando Jesus é convidado, quando Ele é a prioridade, quando Ele é a primeira escolha, tudo o mais acontece naturalmente. Entram em cena a fé, o amor, o transcendente, a verdadeira religião, que nada mais é senão a religação com o Pai.
Tudo isso acontece no ajuntamento de filhos e filhas, por isso se tratam como “irmãos” – e tantos ignorantes zombam de tal tratamento, enquanto lá no fundo enfrentam a solidão da falta de pelo menos um irmão. Tudo isso é possível no lugar de comunhão. E as perguntas continuam: “Mas tem tanta gente mentirosa e fofoqueira nas igrejas…” Tem sim. Mas onde não tem? Qual família não tem? Qual empresa não tem? O que difere este grupo de fé dos demais não é e nunca foi o grupo em si, mas o Cristo que ali se adora, se exalta e se segue. Embora invisível, são estes grupos que formam o que cristãos no mundo inteiro definem como o corpo de Cristo. Corpo esse que, como estamos assistindo, está sendo deixado de lado para se juntar a corpos que há tempos deixaram de ser morada do Espírito Santo, portanto, templos espirituais vazios de propósito. Foram criados para serem morada de Deus, mas, com atitudes e palavras, expulsaram Deus da morada que os céus escolheram. Definitivamente, escolhas têm um preço, e o preço que a sociedade atual está pagando está muitíssimo alto.
Nilo Roméro, George Israel e Cazuza foram os compositores da poesia “Brasil”. Nela, num trecho, surge o grito de desabafo: “Brasil mostra tua cara. Quero ver quem paga pra gente ficar assim. Brasil qual é o teu negócio? O nome do teu sócio? Confia em mim.” Nos anos 80, essa música funcionou como um protesto contra os escândalos políticos, as desigualdades sociais e as injustiças. Em parte, a música continua funcionando frente à realidade nacional. Mas o quadro hoje é infinitamente pior.
Por isso, meu título: Brasil, mostra tua vergonha na cara. Mas está difícil ver qualquer mínimo movimento que indique vergonha por parte daqueles que mandam, manipulam e comandam as massas. O politicamente correto diz que tudo é permitido, toda forma de sacanagem é válida, o errado virou certo, o que antes corava de vergonha agora recebe gargalhadas de orgulho e ostentação, vale tudo, tudo pode, nada é proibido, tá tudo dominado, tá todo mundo indo pela correnteza do “eu mereço ser feliz” e o resto que se afunde, o importante sou eu, eu, eu, eu…
Finalizo com um pensamento de Alexander Pope: “Um homem nunca deve sentir vergonha de admitir que errou, o que é apenas dizer, noutros termos, que hoje ele é mais inteligente do que era ontem.” Pense nisso. Um pouco de inteligência poderia mudar radicalmente o quadro atual. Ou será que viver em amor, pelo amor e no amor de Cristo não seria inteligente? O evangelho antigo continua sendo a melhor e mais revolucionária proposta de uma vida plena e feliz para o “já” e o que ainda está por vir. Paz!

Prossigamos e atravessemos o Jordão!

“Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem se desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar”, Josué 1:9
Uma das épocas que mais chama a minha atenção é o período em que um ano está finalizando e outro está começando. Durante esses momentos de “transição”, alguns de nós geralmente fazemos uma retrospectiva de nossas vidas, além de nos planejarmos e elaborarmos uma lista dos objetivos e metas para o próximo ano. Da mesma forma, ao pensarmos no ano que passou nos lembramos das dificuldades, das lutas, mas também das alegrias e das vitórias que tivemos (seja em maior ou menor proporção). Por outro lado, quando pensamos no ano que está começando, refletimos nos desafios que talvez enfrentemos e também, nas conquistas que poderemos alcançar.
O povo de Israel também enfrentou vários momentos de transição e um deles está registrado em Josué, capítulo 1. O líder Moisés havia morrido, e o novo líder escolhido por Deus – Josué – era o encarregado de comandar os israelitas na tarefa de conquistar a região de Canaã, terra prometida por Deus para o seu povo. Esse era o momento. Essa era a oportunidade concedida pelo Senhor para que a sua promessa se concretizasse.
Certamente, nós também temos nossos sonhos, nossos projetos de vida, nossos propósitos para o ano de 2017: seja no nosso casamento, na nossa família, no nosso trabalho, nos nossos estudos, na nossa vida financeira e principalmente, na nossa vida espiritual. E esse momento de transição entre um ano e outro é também ideal para “atravessarmos o nosso Jordão” e deixarmos para trás tudo aquilo que nos impede de amar a Deus e de servi-lo de todo o nosso coração. É também uma ótima ocasião para firmarmos o objetivo de cumprir os propósitos do Senhor para a nossa vida: nos apegarmos ainda mais a ele e aprofundarmos o nosso relacionamento com o “Deus de toda a graça”. Mas, para que isso aconteça, nós devemos confiar que mesmo que enfrentemos crises e turbulências, o Deus Soberano está no controle de todas as coisas. É justamente esse Deus que animou Josué e o impulsionou a atravessar o rio Jordão.
Além disso, é preciso que tiremos os nossos olhos do deserto, e firmemos nossa visão em Jesus, o Autor e Consumador da nossa fé e da nossa salvação. Certamente, para vários de nós, o ano de 2016 foi um momento de perda, de tristeza e de choro, no entanto, a misericórdia e a graça do Senhor foi para nós fonte de alento, refrigério e consolo. E a maravilhosa notícia é que Deus continua conosco, nos ajudando e nos fortalecendo, nos dando alegria e paz.
Por isso, prossigamos para o ano de 2017 com a convicção de que aconteça o que acontecer, se a nossa fé estiver firmada em Cristo Jesus, testemunharemos o favor de Deus sendo derramado sobre a nossa vida, independente do que tenhamos que viver. É o Senhor quem nos concede força e coragem para que nós ultrapassemos o Jordão da desesperança, da falta de fé, da ausência de compromisso com a oração e a leitura da Bíblia, da falta de perdão, somente para citar alguns exemplos. Igualmente, é Deus que nos faz avançar em direção ao que deve ser o mais importante projeto de nossa vida: ser um discípulo de Cristo.
Sendo assim, ao meditar em Josué 1: 9 e escrever esta reflexão, a minha oração é que o Senhor nosso Deus, nos ajude a superarmos o nosso “Jordão”, nos sustente por sua graça e nos fortaleça a fim de que, venha o que vier, o ano de 2017 seja marcado pelo nosso amor, comprometimento e dedicação a Cristo!
 
Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infantojuvenil Regional

O cântico das boas-notícias

Os anjos anunciaram que Deus enviara seu único filho para viver como homem e morrer por nossa redenção

De repente, uma grande multidão do exército celestial apareceu com o anjo, louvando a Deus e dizendo: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor” (Lucas 2.10-14)
Nessa época próxima ao final do ano, ouvimos muito a respeito do nascimento de Jesus, mesmo que seja de uma maneira superficial. Em nossa sociedade, a proximidade com a data de 25 de dezembro causa uma série de reações. Algumas pessoas se preocupam em realizar a melhor ceia possível, outras pensam em comprar presentes para a toda família (mesmo enfrentando a crise financeira), já outras pessoas refletem sobre o motivo desta data ser tão comemorada e comentada. Sabemos que Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro, e que o dia correto do seu nascimento não foi registrado na Bíblia Sagrada, mas podemos meditar sobre esse acontecimento tão importante para todos nós: o nascimento do Filho de Deus, que nasceu como homem para nos salvar. Para isso, vamos refletir sobre o cântico que os anjos cantaram e que está registrado em Lucas 2. 14.
Imaginemos a cena: um grupo de pastores estava numa determinada noite apascentando suas ovelhas. Mais um dia de trabalho havia passado e a perspectiva era de que esses pastores teriam uma noite sem grandes novidades. Mas, de repente, algo surpreendente aconteceu, quebrando totalmente a rotina de trabalho e descanso desses homens: um grupo de anjos começou a louvar a Deus! Certamente, isso causou grande espanto e assombro aos pastores!
No entanto, o mais maravilhoso foi o teor do cântico dos anjos: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor“. (Lucas 2.14). Qual foi a razão desse cântico? A resposta está nos versículos 10 – 12: o Salvador da humanidade, o Filho de Deus havia acabado de nascer. Isso deveria ser motivo suficiente para encher o coração dos pastores (e o nosso também) de alegria e de gratidão a Deus, pois ele enviara o seu único Filho para viver como homem e para morrer pela nossa redenção e salvação. Diante desse nascimento tão importante e especial, os anjos cantaram e adoraram a Deus por sua bondade e graça. Por meio do nascimento de Jesus, podemos hoje ser alcançados por sua salvação.
Os anjos louvaram a Deus pelo seu plano de redenção e salvação, e particularmente, pelo nascimento do Redentor e Salvador (v.14). Eles reconheceram a majestade e a soberania de Deus, e também exaltaram a graça e a misericórdia do Senhor demonstradas através do nascimento do Salvador Jesus. Além disso, em suas palavras, eles enfatizaram que somente em Cristo o homem poderia alcançar a verdadeira paz (14). Neste período, o Império Romano estava vivendo um período chamado de Pax Romana (Paz Romana), marcada pela tranquilidade externa. No entanto, a paz proclamada pelos anjos é muito mais duradoura e profunda do que a ausência de conflito entre as nações, pois a verdadeira paz é proveniente de Deus, o Senhor. É a paz que habita na nossa vida a partir do momento em que cremos em Cristo e dedicamos nossas vidas a ele. Esta paz é concedida por Jesus, preenche o vazio de nossos corações e nos fortalece nos momentos de aflições e dificuldades. Sendo assim, essa paz “aos homens aos quais ele concede o seu favor” não é algo que se adquire por uma ação humana, mas é recebida por cada um de nós somente pela graça e pela misericórdia de Deus.
Ao crermos no Salvador Jesus e entregarmos nossa vida a ele nos é concedido pelo Senhor: paz, perdão e salvação. Que cada um de nós glorifique a Deus pela grande salvação que ele nos concedeu ao enviar Jesus Cristo, e que a paz de Deus “que excede todo o entendimento” (Filipenses 4: 7) continue guardando nossas mentes e corações em Cristo Jesus!

Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infantojuvenil Regional

Russel Shedd

Uma vida dedicada à literatura teológica de fácil compreensão

No último sábado, 26 de novembro de 2016, morria Russel Phillip Shedd (87 anos). Boliviano de nascimento (1929), a partir de sua adolescência, foi para os Estados Unidos, onde completou os estudos de segundo grau.
Formou-se em teologia, em renomadas universidades americanas, onde adquiriu o título de bacharel, com especialização em Bíblia e grego, além de mestrado em Novo Testamento. Sagrou-se doutor em Filosofia, pela Universidade de Emdiburgo na Escócia. Foi professor na Universidade de Southeastern Bible College, em Birmingham, no estado do Alabama, nos EUA, instituição onde conheceu a esposa Patrícia.
Este casal missionário desenvolveu sua vida missionária a partir de Portugal, cuidado de um projeto que tinha por objetivo fornecer literatura teológica de fácil compreensão, além de obra de referenciais, chamado de “Edições Vida Nova”. Vindo posteriormente para o Brasil, onde expandiria o empreendimento missionário, desde 1962, o Dr. Shedd esteve promovendo a teologia fácil e profunda, em território nacional.
Ele teve por volta de 25 títulos seus publicados pela Editora Vida Nova, que ainda conta com outros selos editoriais, como: Shedd Publicações e Shedd Kids. Ele também atuou como professor na Faculdade Batista de São Paulo. Sem falar nas diversas palestras, pregações e devocionais que fez.
Quando penso em Russel Shedd, percebo o grande legado que ele deixou em solo brasileiro. Seus livros com rico e destacado embasamento bíblico nos fazem entender sua paixão pela Palavra de Deus e fazer com que seus leitores a entendessem. Era o seu principal objetivo de vida.
Sua Bíblia de estudo, em que foi o organizador; livros como: “O mundo, a carne e o diabo” e “Adoração Bíblica” estão entre o legado o legado que trouxe honra e glória ao nosso Deus. Por isso, apesar do luto pela morte do Dr. Shedd, podemos dizer que a igreja brasileira ganhou um nome eternizado nela, pelo ardor e cuidado com que ele falava do Evangelho de nosso Senhor.
Nessas horas, que o Espírito Santo conforte a família e a igreja cristã. E totalmente de luto, mas totalmente com esperança: “Nós cremos que Jesus morreu e ressuscitou; e assim cremos também que, depois que Jesus vier, Deus o levará de volta e, junto com ele, levará os que morreram crendo nele.” (1 Tessalonicenses 4.14 NTLH).

Ms. Andrei Sampaio Soares é colaborador do Departamento de Educação Cristã da IAP.

Dia da Reforma Protestante

“Glória somente a Deus” é a outra base do movimento

Neste 31 de outubro, comemoramos 499 anos da Reforma Protestante. E vamos refletir sobre o quinto princípio bíblico enfatizado pela Reforma: Soli Deo Glória (Glória Somente a Deus).
“Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de sua mão” (Sl 19.1)
Já abordamos a importância da graça de Deus, da fé salvadora, do Salvador Jesus e da importância da Palavra de Deus para o homem.
Conforme o dicionário, a palavra glória pode significar “1. Fama obtida por ações extraordinária, etc; celebridade, renome. 2. Brilho, esplendor. 3. Honra, homenagem.” Alguém que faz um trabalho humanitário de destaque recebe a glória por isso. Da mesma forma, o nadador que ganhou várias medalhas de ouro também é homenageado e recebe a glória por sua atuação. Mas, quando refletimos a respeito de Deus, o que significa dar glória somente a ele? E qual o impacto dessa atitude em nossa vida?
A glória de Deus não é um conceito vago e nem abstrato, e muito menos se resume a algo que oferecemos a ele. Podemos ler na Palavra de Deus que toda a criação foi feita para cumprir o propósito do Senhor e para glorificá-lo. No caso do homem e da mulher, eles foram criados à imagem e semelhança do Criador e representam assim, a “obra-prima” da criação. Por isso, são também responsáveis por expressar a glória de Deus por meio de suas vidas. O lema soli deo glória vinha da compreensão de que, assim como o homem, tudo o que ele faz e realiza deve ser com o objetivo de glorificar a Deus. Esse é principal motivo e razão para vivermos e existirmos. Temos os nossos propósitos, sonhos e projetos de vida, mas não podemos perder de vista que tudo o que fizermos deve ser,em primeiro lugar, para a glória de Deus. Pois ele é o nosso Criador, Sustentador e Salvador. Porque dele, por ele e para ele são todas as coisas, inclusive a minha e a sua vida (Rm 11: 36).
Considerar todas essas coisas é muito importante, pois somente encontramos o nosso significado quando conseguimos cumprir o propósito para o qual fomos criados. Em outras palavras, em nossa vida tão corrida e atarefada, precisamos sempre estar preocupados em cumprir o propósito de Deus para nós: glorificá-lo em tudo o que fizermos por meio de nossos pensamentos, palavras e atitudes. E isso é uma obra que o Espírito Santo realiza em nós, a partir do momento em que cremos em Cristo e decidimos amá-lo e servi-lo de todo o coração.
Glória a Deus somente. Esse princípio bíblico implica viver somente para Deus e para a sua glória. Em tudo o que realizamos, devemos glorificar ao Senhor em primeiro lugar. Nos dias de hoje, trabalhamos, estudamos, temos os momentos de lazer, buscamos as coisas pelo nosso próprio bem-estar e pelo nosso progresso. Todas essas ações são válidas. Mas, não podemos esquecer que a razão de nossa existência é viver e fazer tudo somente para a glória de Deus!

Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infantojuvenil Regional

Somente a Escritura

“Sola Scriptura”, a Palavra de Deus revelada ao ser humano

“Pois toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver.” (2 Timóteo 3. 16)
Qual é a importância da Bíblia Sagrada para a minha vida? Com certeza, esta é uma pergunta que muitos de nós já fizemos e respondemos de forma afirmativa ou negativa. A resposta para tal questão vai influenciar nossos pensamentos, nossas palavras e nossas ações, pois independente do que pensamos a respeito da Bíblia, ela é a Palavra de Deus revelada ao ser humano. Justamente por saber e reconhecer a importância da Bíblia Sagrada para o homem é que a Reforma Protestante enfatizou como um de seus pontos fundamentais o seguinte princípio: sola scriptura (somente a Escritura). Os reformadores sabiam que somente a Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus para o homem. Este é o assunto da nossa reflexão desta semana.
Atualmente, a Bíblia é o livro mais vendido da história, com cerca de 6 bilhões de cópias. Esse dado demonstra a busca do homem para conhecer Deus e a sua vontade. Mas, relacionadas a esta questão, podemos fazer algumas outras perguntas muito importantes também: qual a importância da Palavra de Deus para a minha vida? Será que sou capaz de reconhecer que somente a Bíblia é a Palavra de Deus para o homem? No caso de uma resposta afirmativa, tenho lido, estudado e praticado os ensinamentos que estão registrados nas Escrituras? Ou tenho procurado conhecer a vontade de Deus de outra forma ou através de outras pessoas? Somente a Bíblia Sagrada e seus ensinamentos e orientações têm sido suficientes para mim?
Charles Spurgeon, um dos maiores pregadores cristãos modernos disse que “a Bíblia fala no tom de voz do próprio Deus”. As Escrituras (nome dado por Jesus para a Palavra de Deus em Mateus 21: 42 e 22: 49) contêm a mensagem de salvação do evangelho de Cristo. Somente a Bíblia é a Palavra de Deus, na qual o Senhor e Criador de todas as coisas revelou a sua vontade para o ser humano. Ela possui a resposta para os nossos dilemas e nos ajuda a enfrentar e vencer os desafios do nosso dia a dia. Você deseja conhecer mais a respeito de Deus e da vontade dele para a sua vida? Leia, estude e pratique os ensinamentos que estão registrados nas Escrituras.
É a Palavra de Deus que pode nos proporcionar força quando estamos desanimados, esperança em meio à desesperança, consolo em momentos de angústia e tristeza. Além disso, a Bíblia nos aponta o caminho em que devemos seguir, sempre demonstrando a vontade do Senhor para nós. Sua mensagem principal enfatiza a misericórdia e o amor divinos no que se refere a cada um de nós. Ao longo dos seus 66 livros, observamos o plano de salvação que o Senhor preparou para o homem ser realizado. Exatamente pelo fato de as Escrituras serem reveladas como a verdade de Deus para nós, podemos conhecer e experimentar da graça divina em nossas vidas, ao recebermos paz, perdão e salvação em Cristo. E também, através da sua Palavra o Senhor nos mostra o que significa viver para ele, por ele e nele, sempre o glorificando em todas as situações que vivermos.

Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infantojuvenil Regional

Somente a graça

“Sola gratia”, o maior presente que recebemos

“Todos recebemos da sua plenitude, graça sobre graça.” (João 1:16).
Em que consiste a graça de Deus? A Bíblia Sagrada nos ensina que a graça divina é o seu favor imerecido sendo concedido para a humanidade. Neste mês em que estamos refletindo sobre os cinco pontos principais da Reforma Protestante, agora vamos meditar sobre a graça de Deus, pois ela é um dos pontos bíblicos principais enfatizados pelos reformadores.
Já abordamos a importância da fé para a nossa justificação diante de Deus e para o perdão dos nossos pecados. E isso está profundamente relacionado à graça divina, pois somos justificados unicamente e apenas por causa da graça do Senhor, através da nossa fé em Cristo. Num mundo cada vez mais “carente de graça” é muito importante que eu e você saibamos e possamos reconhecer que a graça divina é o maior e melhor presente que o “Deus de toda a graça” (1Pe 5.10) poderia nos dar. A Palavra de Deus é categórica ao ensinar que somos salvos não por nossos próprios méritos ou ações, mas sim pela graça. E isso é magnífico, pois a graça não depende do que fizemos por ou para Deus, porém, é o precioso presente que representa o que ele fez por cada um de nós. Ou seja, a salvação origina-se na graça de Deus, é realizada por meio também desta graça e concretiza-se na vida dos pecadores (como eu e você) através da graça.
É pela graça que somos salvos, justificados, transformados e santificados em Cristo Jesus. Todos nós estávamos mortos em nossos pecados e nossos erros. No entanto, Deus disponibilizou a salvação através do sacrifício de Jesus para toda a humanidade, por meio de sua infinita graça. Da mesma forma, é a graça que remove as nossas culpas diante do Senhor e a consequente punição do pecado, modifica o nosso interior, e gradativamente, purifica a nossa vida através da ação do Espírito Santo.
Ao reconhecermos o maravilhoso dom de Deus que é a sua graça ao pecador, tornamo-nos conscientes de que não temos o que oferecer a ele em troca de nossa salvação. Além disso, abrimos mão de qualquer orgulho ou arrogância, pois entendemos que não podemos cooperar com a nossa salvação de forma alguma, já que ela é o resultado da maravilhosa graça de Deus. E isso deve motivar cada um de nós a amá-lo, adorá-lo e servi-lo de todo o coração, alma e entendimento. Não existe problema, circunstância ou pecado capaz de nos afastar da graça do Senhor. Sendo assim, podemos agradecer ao Senhor e nos aproximar cada vez mais dele, pois é através de sua graça que somos alcançados pelo evangelho de Cristo. Jesus é presente de Deus para o ser humano. A salvação está profundamente relacionada ao que Cristo fez na cruz por nós: morrer pelos nossos pecados. Mas, isso é assunto para o próximo artigo…
Finalizamos esta reflexão intercedendo ao “Deus de toda a graça” para que ele continue derramando “graça sobre graça” sobre a nossa vida e a de todos aqueles que confiam em Cristo e entregaram suas vidas a ele.

Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infantojuvenil Regional

Somente Cristo

“Solus Christus”, outro pilar da Reforma Protestante

“Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançarmos a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo,” 1 Tessalonicenses 5:9.
Vamos abordar mais um princípio bíblico muito importante, que foi utilizado como um dos pontos principais da Reforma Protestante: Solus Christus (Somente Cristo). Num período em que as pessoas buscavam outros mediadores para chegarem a Deus e para serem salvos, os reformadores acharam muito importante reforçar que somente através de Cristo o homem pode ser salvo.
E neste período em que vivemos, será que é muito diferente? Vemos muitos homens e mulheres buscarem a Deus por meio de inúmeros caminhos diferentes. Também observamos que as pessoas procuram a salvação de inúmeras formas. Mas, o que a Bíblia Sagrada nos ensina a respeito dessas questões tão importantes para o ser humano?
Conforme a Palavra de Deus, Jesus Cristo é o único e verdadeiro caminho para nos aproximarmos de Deus, conhecermos a ele e firmarmos um relacionamento íntimo e sincero com o Senhor. É Jesus quem sacia a nossa “fome” de Deus e de nos entregarmos a ele. Além disso, a nossa salvação está somente em Cristo: foi ele quem morreu numa cruz para perdoar as nossas culpas e salvar-nos da condenação do pecado. Ele é o único caminho para a vida eterna e para a nossa salvação.
Como já até mencionamos nas reflexões anteriores, não existe outra pessoa que possa nos redimir e nem outra maneira de sermos salvos, já que a nossa justificação e salvação acontecem apenas por intermédio de Jesus. Sendo assim, o que podemos fazer diante deste fato tão importante? Eu e você devemos entregar as nossas vidas a Cristo e reconhecê-lo como nosso Senhor e Salvador para que tenhamos a vida eterna e sejamos salvos.
Ao depositarmos completamente a nossa fé em Cristo, Deus, pela sua graça, nos concede o perdão dos pecados e a salvação. Portanto, sem Jesus o homem não pode ser salvo, já que a salvação pode ser recebida exclusivamente por meio da fé no sacrifício de Cristo. Ele é a fonte da salvação para todo aquele que nele crê.
Num mundo cada vez mais relativo, em que cada um tem a sua verdade, é muito importante reconhecermos que Jesus completa a nossa vida, nos traz vida abundante e nos concede a vida eterna. Somente ele pode restaurar o nosso interior e transformar a nossa história, dando um sentido pleno à nossa existência. Mesmo sendo Deus, Jesus veio a este mundo, nasceu e viveu como um de nós para libertar e salvar todo aquele que nele crê e se rende à sua soberania e ao seu senhorio. Com certeza, isso é um grande motivo para que cada um de nós ame ao Senhor Jesus, cumpra a sua vontade e dedique-se a ele todos os dias que viver. Para conhecer um pouco mais sobre Cristo e sobre a vontade “boa, perfeita e agradável” (Rm 12: 2) é necessário ler e estudar a Palavra de Deus. É justamente sobre ela que vamos refletir no próximo artigo.

Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infantojuvenil Regional

Príncipes e princesas

Neste Dia das Crianças, vale a pena refletir sobre como estamos tratando nossas crianças

Atualmente é assim que as crianças são chamadas pelos pais, avós, tios e amigos da família. Desde a gestação quando o assunto é referente ao bebê o tratamento é o mesmo: nosso príncipe ou nossa princesa. Este hábito é facilmente verificado nos últimos tempos, tanto nas conversas, quanto nas postagens da família e dos amigos em relação às crianças, nas redes sociais. Razões para isso não faltam. O mundo todo assistiu embevecido a pompa e o esplendor, veiculados por todos os tipos de mídia, do último casamento real inglês, do príncipe William com Kate Middleton. O mesmo foi feito quando do anúncio da gestação e do nascimento do bebê real, fruto da união, que contemplou a todos os mortais comuns com uma explosão de imagens de uma criança linda, fofa, famosa, rica e herdeira do título real.
O mundo da animação não deixa por menos. Estamos vivendo uma overdose de princesas e príncipes. A maioria dos lançamentos de filmes de animação tem um personagem da realeza como foco principal. Uma produção dos estúdios Disney colocou dose dupla de princesas no desenho “Frozen”. Logo em seguida, lançaram o filme da Cinderela, interpretado por humanos. É evidente que isto gera um mercado para vender os mais variados produtos decorrentes da fama dos personagens entre as crianças e os adultos.
As famílias, por sua vez, influenciadas pela publicidade e pelo modismo, são levadas a imaginar que, realmente, elas têm um príncipe ou uma princesa em casa, dignos de tudo que envolve o título. As crianças, é claro, estão cada vez mais convencidas da “nobreza” dada a elas, e não deixam a desejar, usando e abusando das regalias que lhes são concedidas. Afinal, príncipes e princesas não podem ser contrariados, passar necessidades ou ter qualquer tipo de aborrecimento ou sofrimento. Nasceram para reinar! O resultado é que, muitas vezes, o relacionamento da família com as crianças acaba confuso, sem que haja uma definição clara sobre o papel a ser desempenhado por cada parte. Os primeiros frutos dessa inovação não têm sido nada doces. As crianças estão muito difíceis no trato, não somente para a família, mas também para outras pessoas que lidam com ela fora do círculo familiar. Qual seria, então, a maneira equilibrada de valorizar a presença da criança na família?
É evidente que a chegada de uma criança concentra todas as decisões e ações de uma família. Na criança é centralizada toda sorte de expectativas, anseios e realizações. O mundo passa a girar em torno de um ser indefeso, frágil e totalmente dependente. O medo do insucesso em relação ao futuro da criança, em um mundo como o que estamos vivendo, corrompido e destituído de valores como moral, ética e fé, é real, por mais despreocupada que uma família possa ser. No entanto, não podemos nos esquecer que apesar de toda a aparente inocência, a criança também é herdeira do pecado (Rm 3:23), e que sofre com as consequências deste, sendo sujeita aos riscos que esta triste realidade impõe.
Nesta época do ano em que as crianças são homenageadas, aproveite para dar às suas crianças, além do presente comemorativo, o melhor dos presentes. Entregue a elas a chave da felicidade! A chave é Jesus Cristo. Ele mesmo disse: Deixem vir a mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas. (Mc 10:14). Elas podem continuar a serem seus príncipes e suas princesas, porém, tanto você quanto elas precisam ter a noção correta da verdadeira situação do ser humano, independente da idade, e saber que Jesus Cristo é o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19:16), e que todos precisam dele para a salvação, e assim poderão ter a concreta promessa de possuir um reino eterno.
Quando temos a compreensão correta de quem é o Soberano e a ensinamos às nossas crianças, oferecemos a elas um presente maravilhoso com garantia eterna de felicidade, além da certeza de reinar com Cristo. Da mesma forma, quando as regras da Palavra de Deus passam a orientar os relacionamentos familiares, os papéis que cada um devem desempenhar se tornam nítidos e a submissão ao senhorio do Senhor Jesus Cristo abre espaço para que toda a família comece a experimentar da grandeza do reino de Deus ainda nesta vida, usufruindo de maneira sadia a bênção de ter crianças em casa.
Famílias com crianças abençoadas, regradas, fortes espiritualmente e herdeiras do reino celeste é a proposta do Rei e Senhor Jesus Cristo. Entreguemos a Ele o comando das nossas vidas e de nossas crianças, para que estas tenham a chance de aprender dele e com Ele através do ensino, da oração e do bom exemplo deixado pelos seus responsáveis. Dessa forma, elas terão a gloriosa oportunidade de se tornarem verdadeiramente príncipes e princesas e reinar com Cristo para sempre.
Veja dicas de programação com as crianças para o mês de outubro: http://fesofap.portaliap.org/?p=10216&preview=true

Dsa. Rute de Oliveira Soares – Dijap (Departamento Infanto Juvenil da igreja Adventista da Promessa) Convenção Geral