“Sola Gratia”, somente a graça

Somos totalmente incapazes de salvar-nos ou salvar outras pessoas

Continuando em nossa reflexão, pela proximidade do aniversário da Reforma Protestante, 31 de outubro, vamos abordar o princípio que enfatiza a graça de Deus: Sola gratia (somente a graça).
No século XVI, os homens que fizeram parte da Reforma defenderam com “unhas e dentes” a doutrina bíblica de que a salvação é somente pela graça. É interessante observarmos que além de defender o princípio bíblico da salvação pela graça, os reformadores reforçavam em seus ensinamentos o “sola”, ou seja, a palavra somente: somente pela graça. Conforme esse ensino, a graça não precisa das boas obras dos homens para atender a cobrança do perdão dos pecados. Somente a graça divina pode suprir a exigência deste perdão.
Não podemos ser salvos através daquilo que fazemos e de nossas obras, mas somente a graça divina pode nos livrar das consequências trágicas do pecado. Somos totalmente incapazes de salvar-nos ou de salvar outras pessoas, e por isso, somos também absolutamente dependentes da graça divina. Com relação a esta questão, a Bíblia nos ensina que o pecador é justificado somente pela graça de Deus, por meio da fé em Cristo: “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus” (Efésios 2:8).
Neste caso, a graça consiste no favor imerecido de Deus relacionado a cada um de nós. Não merecemos esse favor, mas o Senhor, em sua soberania, amor e misericórdia, resolveu conceder-nos a sua maravilhosa graça. Em Efésios 2.4 está escrito que Deus nos concedeu a vida por causa da sua misericórdia, “pelo grande amor com que nos amou”. O que fica claro para nós neste versículo? Que a fonte da nossa salvação é o próprio amor e a misericórdia do Senhor.
Eu e você não temos o que oferecer a Deus em troca da nossa salvação, e muito menos podemos ajudá-lo a salvar a nossa vida. O que podemos fazer é reconhecer a graça de Deus, aceitando assim, o seu favor imerecido a nós. Com isso, deixamos de lado a nossa autossuficiência, o nosso orgulho e vaidade, e a nossa arrogância de pensarmos que através das nossas boas obras podemos nos salvar ou salvar a outros. Não esqueçamos que a salvação sempre foi e sempre será pela graça, pelo favor imerecido de Deus ao ser humano. Esta graça veio a todos nós de forma plena e abundante por meio de Cristo. Somente nele o homem pode ser salvo.
É muito importante que reconheçamos a graça de Deus em nossas vidas. Através deste reconhecimento, temos a humildade necessária para sabermos que não somos “super-crentes” e que não temos qualquer direito de “colocar Deus contra a parede”, exigindo qualquer coisa do Senhor ou decretando que ele atenda às nossas vontades. Reconhecer a graça divina significa perceber que estávamos condenados por nossas próprias culpas e pecados, mas que, fomos justificados e perdoados por intermédio da nossa fé no Cordeiro de Deus, que veio tirar o pecado do mundo.
O Senhor, em sua infinita graça, não permitiu que as consequências do pecado destruíssem o ser humano, mas deu a oportunidade para que todo aquele que crer em Jesus seja salvo. Em sua Palavra, Deus é chamado de “Deus de toda a graça” (1Pe 5: 10), o que nos demonstra o quanto a graça divina é importante para nós.
Sola gratia somos salvos, isto é, somente pela graça. Que ao reconhecer e vivenciar essa verdade bíblica possamos ser gratos a Deus por ele ter nos alcançado por meio da salvação em Cristo Jesus. Além disso, que a graça divina nos motive a viver uma vida de santidade e consagração para “aquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2: 9)!
Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infanto Juvenil Regional.

Bíblia e cotidiano

Martinho Lutero lutou por colocar a Bíblia na mão do povo; mas o que fazemos dela hoje?

É de muita relevância conhecer os textos bíblicos, aplicando – os na nossa vida cotidiana, ao considerar a história que tem por detrás deles e a atuação de Deus para que chegassem intactos a nós. É de se admirar o que foi conservado.
A relação entre o ser humano e Deus por via dos textos bíblicos se dá no dia a dia, numa leitura diária reflexiva e piedosa que vise buscar: consolo ,conforto, sobriedade, esperança e alimento, mesmo num mundo em constante caos, onde vemos tragédias diariamente. Diz o profeta Jeremias: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança” (Lamentações 3.21).
Hoje, na era da tecnologia digital, quando temos no celular, no tablet muitas traduções da Bíblia, precisamos aproveitar para não nos distanciar do texto bíblico, ou só carregar conosco como mais um dos nossos vários arquivos digitais. Sem um exame criterioso, perde-se tudo de bom que os textos da Bíblia podem nos trazer.
Muitos judeus gostavam de afixar um mezuzá nos umbrais da porta, para relembrar a presença de Deus na casa e a libertação do povo do cativeiro egípcio. Willian L. Coleman nos diz que as versões originais do mezuzá eram mais elaboradas e continham um pergaminho onde estavam gravados, num dos lados, as passagens de Deuteronômio 6.4-9; 11.13-21.
Hoje podemos carregar todo o texto bíblico, diferente deles que se valiam oralmente dos conhecimentos adquiridos e assim repassavam uns aos outros. Será que temos aproveitado este privilégio?
É preciso valorizar a construção divina dos textos do AT com o NT. A ligação de ambos no levará a uma salutar compreensão daquilo que Deus propõe para nós. “No primeiro século, quando não se lia a Bíblia, pois o codex era muito caro e não dava para transportar os rolos, o primeiro testamento então era impossível de se ler no cotidiano, por isso a tradição oral, neste contexto, é de suma importância”, registrou Suely Santos, na revista Caminhando.
Hoje transportamos a Bíblia para qualquer lugar, com variadas traduções e comentários. Podemos não apenas ler, mas até ouvir, por que então a displicência diária com o texto bíblico ou usá-lo como um talismã de caixinhas de promessas ou postagens nas redes sociais de tão somente aquilo que nos agrada? É preciso voltar aos primórdios e observar o eixo de interpretação.
Na Reforma Protestante, Martinho Lutero publicou suas 95 teses em 31 de outubro de 1517 em frente à igreja do Castelo de Wittenberg, na Alemanha. Assim, a Palavra de Deus passou a ter um cunho mais popular, pois Lutero pregava que todo mundo devia ler a Bíblia, que ele traduziu para o povo alemão, chegando a todas as camadas da sociedade.
Em todo o tempo, o uso da Bíblia deve ser natural no nosso cotidiano, primeiro devocionalmente, parafraseando o profeta Jeremias: “Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos.” (Jeremias 15.16).
Pr. Omar Figueiredo dos Santos é responsável pelas IAPs em Jardim Paineira e Itaquera, na Convenção Paulistana Leste.

Quando o virtual compromete o real

A falta de autocontrole no uso da internet aprisiona cerca de 50 milhões de pessoas no mundo

Se você faz parte das mais de 50 milhões de pessoas do mundo que não suportam ficar off-line, cuidado: é possível que você seja um viciado em internet!

“Na internet os poderes são ilimitados, você pode ser quem quiser, pode viver seus sonhos mais extravagantes, pode tem milhões de amigos, pode acessar o conhecimento do mundo todo, se comunicar sem fronteiras. Pode jogar, paquerar, se mostrar, conquistar. Não há limites, e tudo isso na ‘segurança da sua casa’”, relata o psicólogo Odair Comin.

Segundo a também psicóloga Ângela Maria Bavaresco, “a internet faz parte do cotidiano da sociedade, possibilitando maior interação entre as pessoas, uma vez que rompeu com o padrão presencial, no qual era imprescindível a presença dos indivíduos, sendo, deste modo, utilizada também como forma de difusão dos relacionamentos afetivos. É justamente por vivermos numa geração em transição entre um modelo onde a forma de conhecer pessoas era exclusivamente o físico, presencial e real para uma possibilidade de estabelecimentos de relacionamentos através do espaço virtual”.

É impressionante como a internet e as redes sociais têm aproximado pessoas de várias partes do mundo. Porém, se atentarmos ao fato, na maioria das vezes, essa aproximação é fictícia. Existe na verdade um “relacionamento virtual”. Mas quando o uso da internet começa a ser prejudicial?

Penso em três aspectos que ficam nítidos na vida daquele que faz o mau uso da internet: quando a pessoa vicia-se e perde a noção do tempo que gasta conectada à rede; quando a pessoa utiliza a internet como um meio de fuga da crise conjugal e quando a pessoa faz deste meio de comunicação um acesso a toda sorte de textos, imagens e vídeos pornográficos. Apocalipse 21:8 fala sobre o destino daqueles que cometem tais atos: “Mas os covardes, os incrédulos, os depravados, os assassinos, os que cometem imoralidade sexual, os que praticam feitiçaria, os idólatras e todos os mentirosos — o lugar deles será no lago de fogo que arde com enxofre. Esta é a segunda morte”.

Com certeza a internet nos proporciona muita praticidade na comunicação. Podemos nos comunicar com nossa família, nossos amigos, realizar transações bancárias e até assistir a cultos, quando estamos impossibilitados de ir à igreja. Ela faz o elo entre o virtual e o real. Porém, é necessário ter autocontrole e procurar fazer tudo para a glória de Deus. “Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus” (1 Co 10:31). Aqueles que souberem usar esse poderosíssimo meio de comunicação, estarão sempre à frente e melhor informados.

Colossenses 3:2 nos alerta para “Mantermos o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas”. Quando o cristão senta-se à frente do computador, ele tem o poder de decidir o que acessar, ouvir e baixar. Pensando sempre em Cristo, ele certamente irá tomar sábias decisões e fazer escolhas corretas. O apóstolo Paulo já sentia na pele a luta travada entre a carne e o espírito quando escreveu a sua carta aos Romanos, no capítulo 7, “Não entendo o que faço, pois não faço o que desejo, mas o que odeio (…) Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo”. Precisamos ser moderados e prudentes para não pecarmos, para isso contamos com nosso grande amigo e ajudador Espírito Santo.

Que possamos nos alimentar mais a Palavra de Deus, buscarmos ter mais intimidade com o Senhor, darmos valor ao tempo de qualidade com nossa família e controlarmos nossos impulsos para que tenhamos vidas espiritualmente saudáveis. Fazendo assim, estaremos agindo como “os que pertencem a Cristo Jesus, que crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos” (Gálatas 5:24), segundo Paulo. Que o onosciente Deus nos conceda sabedoria e domínio próprio em todas as situações de nossas vidas.

Diego da Silva Barros é diretor da UMAP, coordenador de Missões e Evangelismo na IAP em Piedade (Rio de Janeiro) e colaborador da equipe de Capelania Prisional da IAP.

 

Uma escolha difícil, porém sábia

Com Deus, aprendemos que renunciar à vida nos leva a ganhá-la

 
“Não se faz omelete sem quebrar os ovos”. Certamente, você já ouviu esse ditado popular. Ele é bastante utilizado quando queremos justificar prejuízos causados por escolhas erradas. É impossível seguir a Jesus sem renúncia, como bem disse o próprio Senhor no evangelho de Lucas, capítulo 9, verso 23: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me”.
“Abro mão dos meus sonhos, abro mão dos meus planos, abro mão da minha vida por Ti. Abro mão dos prazeres e das minhas vontades, abro mão das riquezas por Ti”. Esse é o refrão do louvor “Abro mão”, cantado pelo Ministério Toque no Altar. Renunciar não é fácil, sim é verdade. Mas Deus nos garante que “aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mt 24:13). Em toda nossa caminhada cristã precisaremos fazer escolhas, tomar decisões difíceis e lutar contra nossos desejos e vontades.
Por toda a Bíblia, iremos encontrar contraposições de escolha: Qual árvore: vida ou conhecimento? Qual jovem: Caim ou Abel? Entrar ou não na Arca? Terra Prometida (desconhecida) ou Ur dos Caldeus (tudo sob controle)? Sacrificar o filho a Deus ou não? Nínive ou Jope? As finas iguarias do rei ou água e legumes? A cruz (cálice amargo) ou a coroa? A mão no arado ou olhar atrás? Os pais ou o Reino? Deus ou as riquezas? Nós fomos feitos seres arbitrários, isto é, criados com a permissão de Deus para fazermos as nossas próprias escolhas: boas ou ruins, certas ou erradas. Na maioria das vezes (infelizmente, graças a nós mesmos), temos feito escolhas erradas, contrárias à vontade do criador. (*)
Há “pesos” em sua vida que precisam ser abandonados? Há pecados ocultos? Custa-lhe muito caro? Quero lhe encorajar dizendo: por Cristo vale a pena! Ore e abandone seus “ídolos”. A porta é estreita, não vai dar pra passar com uma mochila enorme! A decisão é exclusivamente sua! A renúncia, a entrega sem limites, o choro, a devoção, não deve ficar somente no dia do “sim” para Jesus, deve ser todo dia!
Eu e você sempre iremos preferir ter mais que uma opção para fazermos nossas escolhas, mas Jesus não nos dá tantas opções. Ele nos ensinou que precisamos escolher apenas uma entre duas opções. Há dois caminhos; há duas portas; há dois destinos; há duas multidões. E você, já fez a sua escolha? Aí vai uma boa dica para lhe ajudar: “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendênci” (Deuteronômio 30.19). Que Deus te abençoe!
Diego da Silva Barros é diretor da UMAP em Piedade (Rio de Janeiro) e colaborador da equipe de Capelania Prisional da IAP.
(*) Texto adaptado da lição bíblica “Sermão do Monte, um ensino desafiador” da Editora Cristã Evangélica.

Um período de inúmeras oportunidades

As férias escolares são um momento precioso para estreitarmos os laços com nossos filhos

 
 
Neste mês de julho, está acontecendo uma mudança na rotina de várias famílias com filhos que ainda são crianças e / ou adolescentes. Esta mudança está sendo ocasionada por um acontecimento que, para alguns pais, é motivo de alegria e de satisfação pelo fato de poder passar um pouco mais de tempo com seus filhos;  já para outros, é quase um momento de “desespero”, pois não sabem o que fazer com suas crianças e com seus adolescentes. Que momento é este? O período das férias escolares. Seja 15 dias, 21 dias, ou mesmo 30 dias de férias, o fato é que muitos pais se sentem perdidos e preocupados com o que vão fazer com seus filhos durante todo esse tempo, sem a ajuda da escola e da professora.
Ao refletir sobre essa questão, lembrei-me do versículo bíblico que está registrado em 1 Coríntios 10: 31: “Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus”. Neste versículo, o apóstolo Paulo orientou a igreja de Corinto (e a cada um de nós também) a glorificar a Deus mesmo que tenha que realizar as atividades mais cotidianas possíveis. Além disso, ele reforçou o ensinamento de que tudo o que fizermos deve engrandecer ao Senhor e exaltá-lo.
Você pode estar se perguntando: “o que isso tem a ver com as férias escolares dos meus filhos?” Tem muito a ver! Em primeiro lugar, neste momento de férias, podemos aproveitar para estreitar ainda mais o nosso relacionamento com eles. Sem a correria e a pressão do horário escolar, das tarefas escolares e das provas que precisam ser realizadas, nós podemos conversar mais com nossos filhos, fazer um passeio, brincar com eles, levá-los ao cinema ou ao museu, enfim, são inúmeras as possibilidades para estarmos mais próximos das nossas crianças e nossos adolescentes.
Mesmo que nossa rotina de trabalho continue a mesma, vamos aproveitar as férias escolares para nos aproximarmos dos nossos filhos. Não vamos ver as férias de nossos meninos e nossas meninas como um “problema”, mas como uma oportunidade de estarmos mais perto deles.
Além disso, as férias podem ser uma ótima oportunidade para que nós, como pais, ensinemos mais a nossos filhos a respeito de Deus e da sua maravilhosa Palavra. Nesse período, podemos incentivá-los a orar mais, a ler e estudar a Palavra de Deus, a assistir desenhos bíblicos, enfim, este mês de julho pode ser utilizado também para reforçar o ensinamento bíblico para nossos filhos.
A responsabilidade de ensinarmos nossas crianças e adolescentes a conhecer o Senhor e amá-lo é nossa (ou seja, dos pais) e isso deve acontecer também durante este mês de julho. Portanto, vamos aproveitar a oportunidade que os dias de férias nos trazem e glorifiquemos a Deus neste período, juntamente com nossos filhos. E isso independe do fato de estarmos trabalhando ou estarmos de férias junto com eles. Assim, aproveitemos estes dias para aprofundarmos nosso relacionamento com nossos meninos e meninas e para ensinarmos mais a eles sobre o Deus maravilhoso que servimos e sobre os ensinamentos que ele deixou registrado em Sua Palavra!
 
Boas férias escolares a todos! Quer comamos, quer bebamos, quer nossos filhos estejam de férias, façamos tudo para a glória de Deus.
 
Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infanto Juvenil Regional.

#SomosTodosMaju

É triste constatar que, não apenas a apresentadora, mas muitas são as pessoas a sofrerem violência racial no país

Tem circulado pelas mídias um burburinho acerca da nova “moça do tempo” do Jornal Nacional, Maria Julia Coutinho ou “Maju”, para os íntimos. Na página do Facebook, a jornalista foi alvo de comentários preconceituosos e racistas tais como: “Só conseguiu emprego no JN por causa das cotas, preta imunda”; “Em pleno século 2015 [sic] ainda temos preto na TV” e outros mais, dos mais baixos níveis. Comentários, em minha opinião, ridículos e desnecessários.
Imediatamente, surgiu nas redes sociais um movimento de apoio a Maria Julia, por meio da hashtag #SomosTodosMaju, que chegou a figurar entre os assuntos mais “populares” no Twitter. Maria Julia teve um momento para responder publicamente aos ataques, na edição seguinte do Jornal Nacional, quando disse:
“[…] Claro que eu fico muito indignada, fico triste com isso, mas eu não esmoreço, não perco o ânimo, que eu acho que é isso que é o mais importante. Eu cresci numa família muito consciente, de pais militantes, que sempre me orientaram. Eu sei dos meus direitos. […]”
A postura da jornalista foi madura, equilibrada e sem baixar o nível da discussão. Inclusive, foi maravilhoso observar a reação de toda a nação brasileira frente a este ataque à Maju Coutinho. Mas creio que caibam alguns questionamentos: quantos casos de manifestações racistas acontecem todos os dias? Quantos homens e mulheres são atingidos por piadas de mau gosto, risos indiscretos e comentários cochichados? Este foi apenas um caso e teve uma repercussão nacional, no qual todos lindamente abraçaram a causa – e não há demérito nisso. Todavia, ainda existem milhões de pessoas que são vítimas de violência racial em nosso país.
Isso sem contar outras muitas manifestações intolerantes, nos últimos tempos: pedradas em umbandistas, transexual crucificado (claramente zombando da fé cristã), ódio aos homossexuais pregado por pastores midiáticos… Uma chuva de desequilíbrio ronda esse país que está à beira do caos – moral, social, político e religioso.
O caos pode estar prestes a instaurar-se por completo, mas não sobre aqueles que são filhos de Deus. Estes têm em seu interior o fruto do Espírito (Gl. 5.22-23), que tem em sua composição a temperança (ou equilíbrio), a mansidão, a bondade e o autocontrole (ou domínio próprio), itens que se mostram essenciais para a vida cotidiana neste mundo rodeado de extremismos e loucuras.
Por fim, sobre o racismo, ouso dizer que Deus não se importa com a cor de nossas peles. Que a preocupação do Altíssimo está mais em purificar nossa mentalidade, e nos dar não uma mente “branca”, “preta” ou “parda”, mas dar-nos a mente de Cristo. Deus não se importa com a cor de nossas peles ou com o tipo de nossos cabelos, uma vez que “[…] a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens” (Tito 2.11). Indiscriminadamente, a graça manifestou-se a todas as pessoas, independente da cor de suas peles ou de sua ascendência cultural. Além disso, leia a visão do apóstolo João, sobre a mais sublime reunião dos santos:
Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e em presença do Cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmas nas mãos; e clamavam com grande voz: Salvação ao nosso Deus, que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro. (Ap. 7.9-10)
Disse e repito: Deus não se importa com a cor de nossas peles, nem com o tipo de nossos cabelos. Ele se importa em limpar nossos corações e mentes do domínio do pecado e nos iluminar com a presença do Espírito, com a finalidade de formar um só povo, com vários tons de pele, várias línguas, várias culturas. Enfim, Deus vai reunir sua Igreja, um povo de várias nações, com várias culturas, com muitas cores, mas totalmente dele, que vive a vida em amor ao próximo e equilíbrio.
Fica aqui registrado mais um desejo: “Ora vem, Senhor Jesus!”
 
Eric de Moura é seminarista em Vila Medeiros e congrega na IAP em Vila Falchi (Mauá, SP).

Por não amar…

Sofremos e fazemos sofrer quando desperdiçamos o amor de Deus


Por não amar, não correspondemos ou compreendemos o amor doado. Por não amar, somos displicentes, irresponsáveis nos compromissos e obrigações que deveriam ser exercidas e recebidas com amor.
Por não amar, guardamos rancores, como do Steve Jobs, fundador da Apple. Um livro que trata da vida do ex CEO, que morreu em 2011, reafirma uma parte importante da personalidade do executivo: mesmo nos últimos anos de sua vida, com a experiência acumulada ao longo de 56 anos de vida, ele ainda guardava rancor de muitas pessoas e empresas.
Por não amar, desprezamos o irmão (a) criado à imagem e à semelhança de Deus, sendo indiferente a ele, não o cumprimentando, desprezando-o em  gestos ou atitudes. Por não amar, somos narcisistas nas redes sociais, postando o “eu” e pouco fazendo para a promoção do Reino de Deus, da edificação do Corpo de Cristo.
Por não amar, não separamos os dízimos do Senhor, sonegamos a obra de Deus para comprar um celular, um tablet ou qualquer outra coisa de “última geração”. No aperto financeiro, retiramos partes do dízimo ou até o todo, para quitar prestações. Esquecemos fácil de  buscar o Reino de Deus em primeiro lugar “ (Mt 6.33).
Por não amar ao Senhor, a sua Graça, a Sua palavra, a Sua Igreja, a Obra Missionária, os Seus mandamentos, “por essa razão Deus lhes envia um poder sedutor, a fim de que creiam na mentira.” (2 Tessalonicenses 2:11). É muito grave não amar, não corresponder à graça de Deus.
Por não amar, Deus nos deixa entregues aos nossos devaneios, jactâncias, egoísmo  e soberbas, como o rei Acabe, um religioso que até tinha profetas na sua corte ao seu dispor, só para lhe falar coisas agradáveis. Josafá questionou a veracidade do triunfalismo  profético exagerado, Micaías desmentiu, apanhou, foi preso por amor à verdade. Deus permitiu o espírito do erro vencer Acabe e os seus por não amarem a verdade (2 Cr 18.20-22).
Por não amar, não é possível se salvar, por não perdoar, é impossível ser perdoado. “Por causa de um prego perdeu a ferradura; por causa da ferradura perdeu o cavalo; por causa do cavalo perdeu a mensagem; por causa da mensagem, perdeu a guerra“.(Provérbio chinês) .
Não podemos deixar escapar a oportunidade de amar. Não podemos perder a guerra pela eternidade, pela vida eterna que está em Jesus e,  necessariamente, passa pelo amor. Entregue-se, renda-se sem reservas ao amor de Deus. Amemos de verdade.
 
Pr. Omar Figueiredo dos Santos é responsável pelas IAPs em Jardim Paineira e Itaquera, na Convenção Paulistana Leste.

Apesar das circunstâncias

Confiar e nos alegrar em Deus dependem exclusivamente da nossa fé 


“Mesmo não florescendo a figueira, e não havendo uvas na videira, mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral, nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação.” (Habacuque 3.17,18).
Há algum tempo, um programa semanal da televisão brasileira noticiou que o brasileiro é o povo mais otimista do mundo. Além disso, sabemos que mesmo internacionalmente, nosso povo é conhecido pela alegria, pela simpatia e por ser extremamente festeiro em suas comemorações.
Estes versículos escritos pelo profeta Habacuque também abordam a alegria. Vamos observar um pouco a situação em que esse profeta estava vivendo: seu povo estava prestes a ser levado preso e cativo para uma terra estranha; a agricultura estava fracassando, sendo que muitas árvores não estavam mais produzindo os seus frutos que alimentavam o povo; os próprios animais domésticos estavam morrendo nos estábulos. Mas mesmo diante dessa situação caótica, Habacuque encontrou forças para confiar e até se alegrar em Deus.
Dessa forma, ele recebeu a paz interior que ultrapassava todas as adversidades e circunstâncias ruins, e que não dependia da prosperidade externa. Havia temor e tristeza nas circunstâncias que cercavam a vida do profeta, contudo pode-se observar que havia igualmente alegria no coração dele, porque o Deus a quem ele servia o livrara de todo o dano.
Todos nós, de forma semelhante ao profeta, passamos por períodos de escassez e adversidade, em que nos sentimos abatidos e desanimados. No entanto, é possível que mesmo passando por todas essas situações, não percamos a nossa alegria e a nossa vontade de viver. Para que isso aconteça, é necessário que confiemos que Deus está no controle de nossas vidas e que vai restaurar nosso ânimo e nossa alegria, assim como fez com o profeta.
Em outra situação, Neemias, ao reconstruir os muros da cidade de Jerusalém, declarou ao povo: “A alegria do Senhor é a nossa força.” Aquele povo estava reconstruindo os muros de sua cidade. Também estavam enfrentando dificuldades e mesmo situações de perigo. Neemias então percebeu que a verdadeira motivação estava em Deus, que é a grande fonte de toda alegria! Por isso, para que a nossa alegria seja completa, coloquemos as nossas vidas diante de Cristo, pois Ele renovará a nossa alegria independente das circunstâncias.
 
 
Dsa. Cláudia dos Santos Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Dijap Regional da Convenção Noroeste Paulista.

Preservar o meio ambiente como estilo de vida

Se todos reconhecermos que a terra é do Senhor e que somos seus  mordomos, cuidar da natureza e do próximo serão atitudes naturais 

 “Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem. Pois foi ele quem fundou-a sobre os mares e firmou sobre as águas”.                         (Salmo 24:1-2 NVI).
Em 1972, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo (Suécia), a Organização das Nações Unidas instituiu a data de 5 de junho como o Dia Mundial do Meio Ambiente. A fixação dessa data teve como objetivo principal chamar a atenção de todas as esferas da população para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais, que até então eram considerados inesgotáveis.
Mas de nada adianta pensar no meio ambiente apenas neste dia. Vemos que Deus estabeleceu sua criação e sempre cuidou dela. Ao iniciar a leitura da Bíblia Sagrada, nos primeiros capítulos no livro de Gênesis, encontramos a narração da criação do Universo pelo Deus Todo Poderoso. O mundo existente é sustentado pelo Senhor, que chama as estrelas pelo seu nome (Salmo 147:4), que comanda todos os seres vivos, visíveis e invisíveis (Colossenses 1:16-17), que está em todos os lugares, no céu, na terra e no mar (Salmo 139). Tudo está sob o seu controle cheio de amor e graça!
“O mundo me intriga.Não posso imaginar que este relógio exista e não haja relojoeiro”, registrou o escritor e filósofo Voltaire. A Bíblia traz a resposta para este questionamento: “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos”. (Salmo 19:1 NVI).
De toda a criação, o ser humano é o único capaz de matar não para sobreviver, mas simplesmente para destruir, por egoísmo. Os predadores são agressivos por instinto. Os animais caçam para sobreviver. Mas, nós, seres humanos…
Há um grande problema que precisa ser restaurado a cada dia na vida do ser humano: a mudança da natureza agressiva, destrutiva, egoísta, sem amor. O ser humano precisa ser dominado, transformado, convertido pelo grande amor de Deus, o Pai (João 3.16).
Quando o ser humano reconhecer que do Senhor é a terra e que ele nos criou para zelarmos de toda sua criação, a preservação e o cuidado com o próximo e a natureza serão um estilo de vida, não apenas por campanhas ou conscientizações. Louvado seja o Senhor por tudo que ele fez com muito amor!
 
Pr. Sandro Soares de O. Lima, responsável pela IAP em Santana.
 

O campeão dos disfarces

O homem tenta, mas é impossível enganar a Deus

Em dias de tanta corrupção e mentiras, até na Federação Internacional do Futebol (Fifa), é conveniente lembrar do episódio do Éden, quando houve o primeiro pecado. Logo após a desobediência, a Bíblia relata, em Gênesis 3.9: “E chamou o Senhor Deus ao homem, e lhe perguntou: Onde estás”?
Sabemos que na natureza existe uma luta pela sobrevivência que é constante. Nesta briga vale tudo, principalmente o disfarce. Algumas borboletas são conhecidas por terem desenhos nas asas que nos lembram um grande par de olhos. Com isso ela consegue causar a impressão de ser um animal muito maior e impressionar os seus predadores. Continue reading

Dubsmash

A nova sensação das redes sociais é o Dubsmash, um aplicativo em que as pessoas dublam trechos de músicas, frases e publicam nas redes sociais. Esse aplicativo permite a gravação de um vídeo com câmera frontal do celular, usando o áudio de alguma canção, alguma cena famosa, alguma frase. Com uma infinidade de sons que estão divididos em categorias e também com a possibilidade de incluir um áudio que a própria pessoa tenha gravado, ela faz o vídeo e insere a música que escolheu, ainda com a opção de colocar figuras etc. Como já se encontra a versão traduzida para português, a facilidade de acesso é rápida.
Muitos anos atrás, um homem chamado Paulo enviou uma carta aos irmãos da igreja de Corinto e falava claramente: “Sede meus imitadores como eu também sou de Cristo” (I Cor 11.1). É óbvio que não havia todas essas tecnologias naquela época, a cultura era outra, os tempos eram outros, mas a imitação era para ser de Cristo. Com toda certeza, havia pessoas que faziam shows, que alegravam os reis, que faziam a corte dar risadas, gargalhadas, pessoas que imitavam os nobres e a plebe. Mas Paulo não cita nenhuma dessas pessoas, não cita os famosos, não cita porque imitar é fazer algo que não lhe é próprio, veio de outra pessoa.
Paulo se refere à uma pessoa em que há a única possibilidade de se imitar por não haver maldade, por não haver mal pensamento, por não querer se exibir,  por não querer passar os outros para trás, por ser servo, por ser puro, por ser santo. Como as pessoas curtem, compartilham e seguem facilmente uma pessoa, às vezes até sem saber o que ela pensa ou faz! Ou até sabem o tipo de vida que ela leva, conhecem suas músicas ou dança, fazendo apologia ao crime, ao sexo, às drogas, mas, porque achamos engraçado, compartilhamos! Será que vale a pena imitar essa pessoa?
A Bíblia têm muitos aplicativos e mas não os divulgamos em nossas redes sociais. Aquele que eu realmente devo imitar, por ser cristão, é Cristo (Jo 13.15). Como nova criatura, minha fé precisa influenciar meu comportamento, porque o novo nascimento envolve algo mais profundo, envolve meu interior e a superação das “coisas velhas”.
O aplicativo Dubsmash já foi baixado por mais de 20 milhões de usuários em 192 países. Enquanto isso, temos de ser conscientes de que a proclamação do evangelho não pode parar. Alcance seu amigo, seu vizinho, sua família. Apenas imite a Cristo.
Dá. Nelson Leal é Secretário do Departamento Assistencial da Convenção Paulista

Não é ferindo que nos defendemos

Uma jovem morta em perseguição policial foi vítima de quem deveria protegê-la

A perda de alguém que amamos é uma ferida que demora cicatrizar. Somente o amor de Deus pode acelerar este processo e nos fazer superá-lo. O dia 2 de agosto de 2014 ficou difícil de ser esquecido para seu Ironildo e sua esposa, Sônia, pais de Haíssa Vargas Motta, estudante de 22 anos, que foi morta durante uma abordagem policial desastrosa feita na cidade do Rio de Janeiro.
A notícia ganhou audiência nacional e levantou comoção na maioria das pessoas, inclusive em mim, enquanto acompanhava o caso nos jornais. Foi aí que me lembrei de que algo parecido aconteceu durante a noite em que nosso Senhor Jesus estava sendo preso e que foi registrada a ocorrência pelo apóstolo João no capítulo 18, versículos 1 a 11 do livro que leva seu nome.
De fato, era uma noite sombria quando Jesus e seus discípulos foram abordados por Judas e por um grupo de 100 soldados armados, além de outros líderes da época. Entre eles, estava o servo do sumo sacerdote, o qual era responsável por certificar-se de que tudo aconteceria como seus superiores haviam planejado.
No momento daquela abordagem, o pavor pairava naquele lugar. Pedro,  tomado pelo medo e pela expectativa de que algo assim realmente acontecesse (isso explica o motivo de estar com uma espada na cintura) agiu precipitadamente e, sem pensar, feriu Malco, o servo do sumo sacerdote.
Pelo clima tenso apresentado no texto, até justificamos o erro de Pedro, afinal Malco foi curado pouco tempo depois por Jesus, não é mesmo? Mas Jesus não justificou o erro de Pedro e lhe deu uma bronca feroz: “Guarde a espada! Acaso não haverei de beber o cálice que o Pai me deu?”
Ainda que Malco estivesse errado, tornou-se vítima quando foi atingido por Pedro. Jesus estava ensinando a todos os “Pedros” que estão espalhados por todo o mundo que não é ferindo as pessoas que nos defendemos.
E se não fosse Jesus ter curado Malco, uma tragédia maior aconteceria naquele dia. Malco, além de curado, foi marcado pela graça e Pedro teve a vida preservada enquanto Jesus nos ensinava como lidar com situações de alta tensão.
Cuidado para não ferir ninguém enquanto pensa estar se defendendo, caso contrário, o mal pode ser muito maior! E não foi isso que aconteceu com os PM’s que abordaram a jovem Haíssa?
Tenho certeza que ao ser curado, Malco jamais se esquecera de Jesus e muito menos Pedro. É exatamente isso que esperamos que aconteça com todos aqueles que feriram e foram feridos durante o decorrer da vida: sejam marcados pela graça e pelo consolo que vem do amor de Deus, inclusive os pais daquela jovem, que foi morta naquela noite, por aqueles que defendendo,  acabaram ferindo.
 
Mis. Franilson G. Santos é responsável pela IAP em Goioerê e Campo Mourão, ambas no Paraná.

Ainda falta uma coisa

Despertar para a vida, viver mais, experimentar mais e fazer amigos ainda não é o suficiente para fazer a vida valer a pena

 

Não é de hoje que fico admirado com a criatividade dos produtores de propagandas. Eles são, de fato, geniais naquilo que fazem! Se for pra chamar atenção para o que não presta, o fazem com excelência. Se é pra motivar a comprar algum produto, ninguém resiste, mas tem aqueles que se preocupam em trazer qualidade de vida para seus expectadores e, por incrível que pareça, tem muitos por aí. Há pouco tempo vi uma propagando muito boa que dizia assim:

“Contar o numero de aniversários talvez não seja a melhor maneira de medirmos a vida, então que tal deixarmos o calendário um pouco de lado e experimentar contar o tempo de um jeito diferente? Troque o numero de dias pelo numero de sorrisos, de abraços, de amores, de amigos, ou de grandes emoções. Comece a contar desde agora, saia da janelinha e pegue o volante. Desperte para a vida. Viva mais. Experimente mais. Faça mais. Mande uma mensagem para alguém que você ama, divirta-se, reúna mais amigos, mesmo que não seja pessoalmente. Troque a cor do cabelo. Seja turista na própria cidade. Faça horas extras com quem você mais gosta. Faça a vida valer a pena!”

Emocionante não é mesmo? Agora imagine isso com belas imagens, uma boa música de fundo e uma narração de tirar o fôlego! Convence qualquer um!

Porém, com tudo isso, ainda notei que faltava alguma coisa.

A vida naquela propaganda parecia ser realmente bela e aqueles conselhos não pareciam que dariam errado. Mas do pouco que já vivi, aprendi que, sem Deus, a vida até pode confundir-se com contos de fadas, mas uma hora a realidade bate à nossa porta.

Eu de fato quero contar o tempo de um jeito diferente. Eu quero despertar para a vida e quero fazê-la valer a pena. Mas me lembro bem das palavras de Jesus quando disse que Ele era o caminho, a verdade e a vida (Jo 14:6), que Ele é a videira verdadeira e sem Ele nada podemos fazer (Jo 15:5), que sua palavra nos libertaria (Jo 8:36) fazendo fluir em nosso interior a sua perfeita vontade (Jo 7:38) e, assim, como um rio flui em direção ao mar (Ec 1:7), nós fluiríamos para Deus.

Acho que foi assim que Pedro se sentiu quando disse: “Senhor só tu tens palavras de vida eterna”. Ele disse isso em meio a tantas propagandas enganosas que se apresentavam diante dos seus olhos. Pedro sabia que só Jesus traria sentido a sua vida. Acho que de forma diferente, senti o mesmo e meu coração se recordou das palavras de João 6:68.

 
Mis. Franilson G. Santos é responsável pela IAP em Goioerê e Campo Mourão, ambas no Paraná.

Desedificante

Podemos protestar sem ofender

Desedificante é o desrespeito com o próximo.
Desedificante não é a oposição, mas desedifica aquele que não sabe se opor.
Desedificante não é só a corrupção política, mas, principalmente, a corrupção que invade nossas igrejas e famílias.
Desedificante não é protestar contra o que se decidiu, mas desedifica aqueles que acreditam que protestar é ofender.
Desedificante é quem acha que todos devam aceitar calados o que se decidiu.
Desedificante é o preconceito que tem o odor da segregação.
Desedificante não é ter dupla nacionalidade, mas desedifica negar a nação a ti confiada.
Desedificante não é ter uma opinião, voto ou escolha diferente, mas desedifica quem se permite influenciar pelo ódio.
Desedificante é curtir ou compartilhar comentários maldosos e preconceituosos que desedificam a fé.
Desedificante é ver as manifestações impulsionadas pelo ódio e preconceito um dia após a eleição presidencial em nosso país.
Enfim, “Tudo é permitido, mas nem tudo convém. Tudo é permitido, mas nem tudo edifica” (I Coríntios 10.23 NVI).
 
 
Da. Anderson Zanella congrega na IAP em Itatiba (SP). 

O cidadão do Reino exercendo seu direito


 
A Bíblia nos orienta como agir corretamente em relação aos nossos governantes
 
Estamos vivendo num clima de eleição e muitos de nós não querem nem ouvir falar sobre político, política e muito menos eleições.
A falta de esperança, de mudança e de confiança na nossa classe política é tamanha que alguns preferem nem mesmo opinar sobre o assunto.
O fato é: não temos como correr disso. Mesmo a eleição sendo um direito, e um direito obrigatório, vote você nulo ou em branco, teremos que ir à urna para  exercer esse direito.
A grande pergunta que nos cabe é: você está exercendo conscientemente este direito?
Você tem conhecimento das propostas do candidato em que pretende votar?
Votará por que ele deu tijolos para a construção da igreja?
Por que pagou churrasquinho para a turma do trabalho?
Cuidado!
A Bíblia relata que devemos, acima de tudo, seguir a vontade de Deus, mesmo em momentos como nas eleições.
“Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ação de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade.” – ( I Timóteo 2.1,2 – NVI)
Mesmo que nossa cidadania não seja esta e sim a celestial, devemos buscar viver em conformidade com as leis que nos regem neste mundo e também com as leis de Deus.
Nesta eleição, tenha serenidade em suas escolhas.
Porque corremos o risco de escolher governantes que, na verdade, preferem ficar escondidos entre as bagagens!
“Então consultaram novamente o Senhor: “Ele já chegou? ” E o Senhor disse: “Sim, ele está escondido no meio da bagagem”. (I Samuel 10.22 – NVI)
E nós conhecemos muito bem essa história!
Tudo isso aconteceu por que o povo não quis que Deus fosse o seu verdadeiro Governador e Rei!
“E lhes disse: ‘Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: ‘Eu tirei Israel do Egito, e libertei vocês do poder do Egito e de todos os reinos que os oprimiam’. Mas vocês agora rejeitaram o Deus que os salva de todas as suas desgraças e angústias. E disseram: ‘Não! Escolhe um rei para nós’”. (I Samuel 10.18,19 – NVI)
Vote consciente e acima de tudo: Peça a orientação de Deus!
“Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus.” (I Coríntios 10.31 – NVI)
 
Edgar Simão é obreiro voluntário em Itatiba (SP).