Quatro maneiras de acabar com sua igreja

Atitudes que comprometem a vida da igreja e que devemos evitar

Diversos fatores envolvem a vida de uma igreja. É óbvio que ao fazermos essa afirmação, não estamos nos referindo aos fatores ontológicos da igreja, pois nesse sentido, nada falta à igreja, pois é sustentada pelo próprio Cristo que é o Senhor dela. Por outro lado, o cotidiano de uma igreja se relaciona com diversas atividades que o Senhor da igreja, Jesus Cristo, entregou a homens e mulheres. Neste sentido, relaciono algumas atitudes que comprometem a vida da igreja.
1 – Falte aos cultos da sua igreja. Uma das maneiras mais eficientes de acabar com a sua igreja é quando você deixa de frequentar os cultos públicos. Quanto menos se vai à igreja, mais a igreja fica ameaçada. Não é possível que você acredite na igreja, entenda a igreja como um lugar onde os salvos em Cristo são edificados, e mesmo assim, não frequente a igreja. Sua contribuição será generosa para o fim da sua igreja. Frequentar a igreja é parte fundamental do desenvolvimento e crescimento mútuo. Quem não frequenta os cultos, acaba sofrendo de fraqueza, de soberba, e o reflexo disso é acabar com a comunidade. O escritor ao Hebreus, capítulo 10, v. 25, nos chama atenção para esse fato: “não deixemos de congregar, como é o costume de alguns, mas encorajemos uns aos outros, ainda mais quando se aproxima o dia”.
2 – Não se envolva com os ministérios da sua igreja. Outra maneira comum de acabar com a sua igreja, é simplesmente cruzar os braços. Deus dá à igreja dons, mas também dá ministérios. Tudo isso tem um fim comum: edificar os salvos em Cristo. O pertencimento à uma comunidade nos impulsiona para mais do que apenas frequentar os cultos, mas para que façamos parte da igreja; quando insistimos em negar esse chamado, vamos aumentando a nossa contribuição para acabar com a nossa igreja.  Todo cristão recebeu de Deus um dom, um talento natural, e tudo isso precisa contribuir para o crescimento e desenvolvimento da igreja local. Paulo afirma em Efésios, capítulo 4, v. 11, que Deus concede dons e ministérios para o aperfeiçoamento da igreja. Quando não nos envolvemos, matamos a nossa igreja de inanição.
3 – Não colabore com os dízimos e ofertas da sua igreja. Uma igreja precisa da provisão financeira para continuar existindo. Neste ponto, alguns dsavisados poderiam afirmar: “mas a igreja sou eu…”. Bom, em primeiro lugar, igreja é plural, e nunca singular. Não existe o “eu sou a igreja”, nós somos igreja. A igreja, enquanto comunidade física, possui um local físico e, consequentemente, contas de água, luz, telefone, internet, suprimentos dos mais variados. Além disso, a missão da igreja de levar o evangelho e chamar pessoas à Cristo também precisa ser custeada. Como tudo é sustentado e viabilizado? Através das contribuições financeiras. Quando você não contribui financeiramente com a sua igreja, você está automaticamente contribuindo para que ela deixe de existir. Não é apenas isso. Paulo chama a nossa atenção para que a contribuição seja alegre, voluntária, porque Deus ama aquele que doa dessa maneira. (2 Co 9.7).
4 – Fale mal da sua igreja em todos os lugares. Existem pessoas que dão uma contribuição extraordinária para o fim da sua igreja, criticando sem medida. Para pessoas assim, nada está bom na igreja, nada dá certo e nada presta. O problema é que como elas não se envolvem, não participam e não contribuem para melhorar as coisas, acabam por desabafando em redes sociais ou para pessoas em igual situação. O resultado é desastroso, vai aos poucos minando a força da igreja, e por fim, acabam com ela. Nossa igreja local é o lugar da comunidade, lugar de edificação mútua, de generosidade, respeito, mas acima de tudo, é o lugar onde somos acolhidos e acolhemos. A igreja é perfeita? Não, nesse plano terreno ela jamais será, mas ela continua sendo o local onde Deus decidiu reunir o seu povo salvo de todos os lugares. Cristo amou a igreja, Cristo se entregou por ela, para que ela seja purificada, portanto, não podemos negligenciar o sacrifício de Cristo por ela, falando mal da noiva de Cristo. (Ef. 5.25-27).
É evidente que esta não é a lista completa dos fatores que levam uma igreja ao fim, mas nos ajuda a refletir sobre o nosso papel no desenvolvimento da comunidade local. Jesus ama a igreja, morreu por ela, para que fosse entregue sem máculas diante de Deus. Portanto, precisamos amar nossa igreja local, e fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que ela seja edificada e cresça na proclamação do Evangelho de Jesus Cristo.

De joelhos e mãos dadas

Orando pela unidade da igreja

O que você faria se tivesse que alimentar 10 mil crianças órfãs daqui a três horas e você não tem um único grão de trigo, nem dinheiro e não há ninguém para pedir emprestado? George Müller (evangelista e missionário inglês)  respondeu a essa pergunta de joelhos. Conta a história, que numa manhã, reuniu todas as crianças no refeitório e as orientou a orar pelo alimento. O detalhe é que não havia nenhum alimento nem à mesa e nem na dispensa. Terminada a oração, ouviu-se um agudo toque na campainha, e do lado de fora, um senhor, com uma carroça quebrada lhes oferecia toda a sua carga de pães, uma vez que não conseguiria chegar ao destino da sua entrega. Dizem que existem registradas pelo menos 50.000 orações respondidas de Müller, que nunca pediu nada a ninguém, tudo sempre foi resolvido de joelhos.
Isso nos desperta para uma pergunta: vale a pena orar, mesmo sabendo que Deus já sabe de tudo o que preciso? Ou mesmo: vale a pena orar mesmo sabendo que Deus sempre exercerá a sua soberania? A resposta é simples, sim. Talvez, esse seja o grande desafio, lidar com o que é simples. A oração é simples, e ao mesmo tempo é uma arma poderosa, de tal maneira, que “o crente que não ora”, diz Bounds, “não é crente”. Em toda a Escritura, essa é uma verdade inquestionável: Deus muda a realidade por meio da oração do seu povo. E isso acontece porque, ao mesmo tempo em que Deus é soberano, ele também decide cumprir os seus propósitos no mundo por meio da oração do seu povo. É comum encontrarmos na Bíblia homens de Deus intercedendo para que realidades mudem. O próprio Jesus Cristo, em Lucas 11, nos oferece um panorama dessa doutrina bíblica da oração falando da oração insistente.  Tiago afirma que Elias orava insistentemente e coisas extraordinárias aconteciam. Portanto, orar para que realidades sejam mudadas, transformadas de maneira poderosa e extraordinárias, é a arma mais poderosa que o crente em Jesus possui. Ela foi dada pelo próprio Deus, poderoso e soberano, nos levando a entender que Deus exerce seu poder no mundo por meio da oração dos crentes.
Mas alguém pode perguntar: “qual o sentido de mãos dadas?” Essa pergunta é respondida em 11 de fevereiro de 2020, quando pela manhã, toda a liderança da igreja Adventista da Promessa compreendeu que Deus faz coisas extraordinárias por meio da oração, e sendo assim, decidiram juntar as mãos para orar a Deus pela unidade da igreja. A unidade da igreja também é um milagre que só o Espírito de Deus pode realizar, então, vale a pena dobrar os joelhos e orar de maneira intencional e insistente para que Deus nos dê unidade, mas o maior gesto daqueles que creem no poder da oração é orar confiantemente na realização, por isso, oramos de joelhos e demos às mãos, reafirmando o que cremos e o que queremos diante de Deus.
Que tal você aceitar esse desafio? Se estivermos de joelhos e de mãos dadas, Deus pode fazer coisas extraordinárias entre nós. De joelhos diante de Deus e de mãos dadas em família, com a esposa, com o marido, com os filhos. Na igreja, na comunidade, no trabalho, na faculdade, no colégio, creia, quem anda de joelhos não tropeça; de joelhos podemos vivenciar coisas poderosas da parte de Deus, e de mãos dadas podemos experimentar o milagre da unidade. Que Jesus nos conduza a essa experiência.

O que você faria se tivesse que alimentar 10 mil crianças órfãs daqui a três horas e você não tem um único grão de trigo, nem dinheiro e não há ninguém para pedir emprestado? George Müller (evangelista e missionário inglês)  respondeu a essa pergunta de joelhos. Conta a história, que numa manhã, reuniu todas as crianças no refeitório e as orientou a orar pelo alimento. O detalhe é que não havia nenhum alimento nem à mesa e nem na dispensa. Terminada a oração, ouviu-se um agudo toque na campainha, e do lado de fora, um senhor, com uma carroça quebrada lhes oferecia toda a sua carga de pães, uma vez que não conseguiria chegar ao destino da sua entrega. Dizem que existem registradas pelo menos 50.000 orações respondidas de Müller, que nunca pediu nada a ninguém, tudo sempre foi resolvido de joelhos.
Isso nos desperta para uma pergunta: vale a pena orar, mesmo sabendo que Deus já sabe de tudo o que preciso? Ou mesmo: vale a pena orar mesmo sabendo que Deus sempre exercerá a sua soberania? A resposta é simples, sim. Talvez, esse seja o grande desafio, lidar com o que é simples. A oração é simples, e ao mesmo tempo é uma arma poderosa, de tal maneira, que “o crente que não ora”, diz Bounds, “não é crente”. Em toda a Escritura, essa é uma verdade inquestionável: Deus muda a realidade por meio da oração do seu povo. E isso acontece porque, ao mesmo tempo em que Deus é soberano, ele também decide cumprir os seus propósitos no mundo por meio da oração do seu povo. É comum encontrarmos na Bíblia homens de Deus intercedendo para que realidades mudem. O próprio Jesus Cristo, em Lucas 11, nos oferece um panorama dessa doutrina bíblica da oração falando da oração insistente.  Tiago afirma que Elias orava insistentemente e coisas extraordinárias aconteciam. Portanto, orar para que realidades sejam mudadas, transformadas de maneira poderosa e extraordinárias, é a arma mais poderosa que o crente em Jesus possui. Ela foi dada pelo próprio Deus, poderoso e soberano, nos levando a entender que Deus exerce seu poder no mundo por meio da oração dos crentes.
Mas alguém pode perguntar: “qual o sentido de mãos dadas?” Essa pergunta é respondida em 11 de fevereiro de 2020, quando pela manhã, toda a liderança da igreja Adventista da Promessa compreendeu que Deus faz coisas extraordinárias por meio da oração, e sendo assim, decidiram juntar as mãos para orar a Deus pela unidade da igreja. A unidade da igreja também é um milagre que só o Espírito de Deus pode realizar, então, vale a pena dobrar os joelhos e orar de maneira intencional e insistente para que Deus nos dê unidade, mas o maior gesto daqueles que creem no poder da oração é orar confiantemente na realização, por isso, oramos de joelhos e demos às mãos, reafirmando o que cremos e o que queremos diante de Deus.
Que tal você aceitar esse desafio? Se estivermos de joelhos e de mãos dadas, Deus pode fazer coisas extraordinárias entre nós. De joelhos diante de Deus e de mãos dadas em família, com a esposa, com o marido, com os filhos. Na igreja, na comunidade, no trabalho, na faculdade, no colégio, creia, quem anda de joelhos não tropeça; de joelhos podemos vivenciar coisas poderosas da parte de Deus, e de mãos dadas podemos experimentar o milagre da unidade. Que Jesus nos conduza a essa experiência.

E quando tudo vai mal?

Seria tolice imaginar que passaríamos incólumes pela vida sem as marcas do sofrimento

Uma vez, numa conversa sobre a bondade de Deus e a maneira como ele interage conosco, uma pessoa me perguntou: “e quando tudo vai mal?” Essa pergunta parece sem sentido num primeiro momento, mas a realidade da nossa vida nos empurra para questionamentos como estes.
“Pastor”, diz alguém, “logo agora que tudo parecia estar indo bem, recebo a notícia de que estou com câncer”. “Pastor, logo agora que eu consegui o emprego dos meus sonhos e tudo parecia feliz, recebo a notícia de que meu pai tem pouco tempo de vida”. “Logo agora, pastor, que pensei que teríamos  uma família, recebemos a notícia de que o nosso bebê não vai sobreviver.” “Este ano em que eu mais estudei, não passei no vestibular.” Sempre nos deparamos com dores, lutas, desafios cotidianos, decepções e frustrações que nos fazem questionar: e agora?
A Bíblia não esconde e não nega a possibilidade de momentos assim na vida de inúmeros personagens. Aliás, seria tolice imaginar que passaríamos incólumes pela vida sem as marcas do sofrimento. Abraão recebe a promessa de ser pai de uma grande nação, mas sua esposa é estéril e nos seus descendentes essa realidade se repete: Rebeca, esposa de Isaque, é estéril; Raquel, esposa de Jacó, é estéril.
E o que dizer de Elias? Depois de derrotar os falsos profetas, é acometido de um estado de tristeza tão profundo que deseja a morte. Davi, por sua vez,  precisa lidar o tempo todo com tragédias em sua casa, inimigos do lado de fora, ataques contínuos do lado de dentro. Em um determinado momento, no Salmo 13, Davi expõe o estado do seu coração dizendo: “Até quando me esquecerás, Senhor? Para sempre? Até quando encobrirás de mim a tua face?”. E o salmista continua: “Até quando sofrerei preocupações e tristeza no coração, dia após dia? Até quando prevalecerá o inimigo contra mim?”.
A única explicação para estas palavras do salmista é que tudo aparenta estar indo de mal a pior. Entretanto, do versículo 3 em diante, o salmista retoma o controle das suas emoções, e na sua situação de angústia ele clama a Deus:
“Olha para mim e responde, Senhor, meu Deus. Renova o brilho da vida nos meus olhos…” E completa no versículo 5 fazendo uma verdadeira pregação ao seu próprio coração: “Contudo, eu confio em teu amor; o meu coração se enche de alegria e satisfação em tua salvação. Desejo cantar ao Senhor por todo o bem que me tem feito”. O salmista não nega a inevitabilidade do dia mal, do sofrimento, da decepção e do medo, entretanto, nos traz preciosas lições a respeito do que fazer em dias assim.
Primeiro, precisamos aprender a colocar nossas angústias diante do Senhor por meio da oração. Paulo faz essa afirmação em Filipenses 4. O resultado disso é que a paz de Deus, que excede a compreensão humana, guarda o nosso coração e a nossa mente.
Em segundo lugar, o salmista nos ensina a pregar para o nosso próprio coração. Existem momentos da nossa vida que somos ministrados por alguém, mas existem momentos que temos que ministrar ao nosso próprio coração com a palavra. E é isso que o salmista faz, ele não espera que o seu coração determine o que ele acreditará, pelo contrário, por meio daquilo que ele acredita, ele determina o que o seu coração sentirá, e com isso, não permitirá que a angústia domine sua vida.
E por fim, o salmista nos ensina a cantar as bênçãos de Deus. Não importa qual seja a situação difícil da sua vida, Deus continua sendo um Deus bom, e tudo aquilo que ele faz na sua vida por meio da sua bondade e graça dá a você muito mais razões para cantar o bem do Senhor do que chorar as tragédias do cotidiano.
Pense nisso: mesmo em meio à situação adversa que esteja vivendo, vcoê deve se lembrar que há um Deus de amor que continua cuidando de você com soberania e controle, e no final, o nome dele será glorificado.

Sábado, um presente para a humanidade

“Seis dias da semana procuramos dominar o mundo, no sétimo dia nós tentamos dominar o eu”

As agências de viagens, ou colônias de férias não sabem, mas o homem foi criado para o descanso. Ao contrário do que insistimos em imaginar, Deus não criou o homem para o trabalho; o criou primeiro para o descanso, e só depois para o trabalho. A criação é tomada como ponto de partida para essa afirmação uma vez que Deus, ao criar céus e terra (Gn 1.1), após haver dito: “haja luz”, decretou a luz como Dia, e as trevas, Noite. E foi então tarde e manhã, o primeiro dia (Gn 1.5).
O relato segue com a mesma descrição, sempre “tarde e manhã” na conclusão de cada dia (Gn 1.5; 1.8; 1.13; 1.19; 1.23; 1.31). Ainda no sexto dia, antes de Deus decretar o sétimo dia, após criar o homem, ele ordena: “enchei e sujeitai a terra” (Gn 1.28). Porém, antes do trabalho do homem, Deus havia concluído sua obra, então, “Abençoou Deus o sétimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda a obra que realizara na criação.” (Gn 2.3 NVI)
Deus descansa, abençoa e santifica. Mas Deus se cansa? Isaías afirma que não, Deus não se cansa! (Is 40.28). Então, qual é de fato o sentido de “descansou Deus no sétimo dia”? Gerard Von Groningen afirma que o “termo traduzido por ‘descansou’ traz o sentido de que Ele ‘sabateo’”, isto é, que Ele celebrou o término do que havia criado, tendo declarado sua obra como acabada, completa. Ele escolheu aquele dia como um Dia Santo, no qual desfrutou do que era bom, perfeito e completo.”
É preciso entender, então, este tempo, uma vez que a criação é realizada no tempo. O que Deus quer de fato ensinar ao homem com o sábado é que o homem não é dono do tempo. Em outras palavras, o tempo, como parte da criação de Deus (Gn 1.1-5), não está no poder do homem; Deus o controla, e o faz de tal forma que separa, abençoa e santifica um dia em especial. Esse controle do tempo é estabelecido como um padrão na criação. No sétimo dia, o homem deveria cessar, parar e se preparar para um momento de encontro com Deus. Em outras palavras, só é ser humano à imagem e semelhança de Deus aquele que se expõe a esse tempo, o sábado do Senhor.
O sábado é o dia de guardar as ferramentas, as pastas e os computadores; é o dia de celebração, é o dia da festa da criação, como bem afirmou Heschel: “O significado do Schabat é, antes, o de celebrar o tempo, e não o espaço. Seis dias da semana vivemos sob a tirania das coisas do espaço; no Schabat tentamos nos tornar harmônicos com a santidade do tempo.” Deus santificou o dia de sábado e desfrutar dessa santidade exige um total abandono do comércio, da ganância, e dizer adeus ao trabalho, pois o mundo já foi criado. Afirma Heschel: “Seis dias da semana procuramos dominar o mundo, no sétimo dia nós tentamos dominar o eu.” O sábado é um presente para humanidade porque é dedicado à vida; é um Deus amoroso que nos mostra de forma prática que não somos “animais de carga”, mas homens e mulheres criados à imagem e semelhança de Deus, portanto, não precisamos apenas descansar o corpo, mas festejar a obra realizada, celebrar a vida sustentada.
Cessar o trabalho é parar no tempo para encontrar um outro tempo, não terreno, não humano, mas o tempo da eternidade posto como desejo profundo dentro de nós (Ec 3.11). Com isso, Deus quer nos levar a entender que, durante seis dias, somos sufocados pelos nossos afazeres, mas o sétimo dia é quando saímos do que é terreno para adentrarmos no que é eterno.
É evidente que Deus cessou a obra dele, pois tudo que deveria estar criado, assim estava. Mas nós, homens e mulheres de hoje, temos uma obra que aparentemente não cessa, semana após semana insistimos em trabalhar como máquinas. Então o que o Senhor nos quer ensinar com o sábado? Acredito que seja nos levar na direção do Salmo 23. Entender o cuidado de Deus é tomar consciência de que nada sentimos falta. Ou seja, trabalhamos de domingo a sexta-feira, mas no sétimo dia, no sábado do Senhor, nós damos nosso trabalho como encerrado, nossa obra cessa. Quando fazemos isso, estamos afirmando: “o Senhor é o meu pastor, e de nada eu sinto falta”, ou seja, no Schabat, no sábado do Senhor, devemos repousar como se toda a nossa obra estivesse sido completada, até mesmo tirando o nosso pensamento do trabalho, e nos entregando nas mãos de um Deus que tem cuidado de nós.
Quando nos desviamos de guardar o sábado do Senhor, condenamo-nos a uma vida egoísta e prepotente, fugimos da criação de Deus, queremos nos tornar independentes, mas quando praticamos o sábado do Senhor, temos um vislumbre do que seja o descanso eterno (Hb 4). Quando, pela fé,  enxergamos isso, trabalharemos seis dias, mas teremos um coração inflamado pelo descanso e a celebração no Sábado, o dia do Senhor. Que nos mantenhamos firmes experimentando aqui na terra o que há de ser o Sábado eterno, o descanso da eternidade. Este é o maior presente para a humanidade: o Sábado do Senhor.

Referências
A Bíblia Anotada. Primeira edição. São Paulo, Mundo Cristão.1994
A Torá. Primeira Edição, São Paulo, Abba Press e SBIA. 2010
A Torá, Lei de Moisés. São Paulo, Editora Sêfer. 2001
BUNIM, Irving M. . A Ética do Sinai. São Paulo, Editora Sêfer. 1998
CARSON, D.A. Do Sabbath ao Dia do Senhor. São Paulo, Cultura Cristã. 2006
GARCIA, Paulo Roberto. Sábado: A mensagem de Mateus e a Contribuição Judaica. São Paulo, Fonte Editorial. 2010
GORODOVITS e FRIDLIN. Bíblia Hebraica. São Paulo, Editora Sêfer. 2006
GRONINGEN, Gerard Van. São Paulo, Fides Reformata 3/2 1998 p.149-167
HESCHEL, Abraham Joshua. O Schabat, seu significado para o homem moderno. São Paulo, Perspectiva. 2009
MEHL, Ron. A Ternura dos Dez Mandamentos. São Paulo, Editora Quadrangular. 2006
PORTELA, Solano. A Lei de Deus Hoje. São Paulo, Editora Os Puritanos. 2000
REIFLER, Hans Ulrich. A Ética dos Dez Mandamentos. São Paulo, Vida Nova. 2009