Confira a nova série de lições para PGs de pastores e esposas

O Ministério de Vida Pastoral está disponibilizando uma nova série de lições para Pastores e Esposas, Missionárias e Cônjuges. Se em sua Convenção, vocês já realizam os encontros, agora têm um material inédito! Se ainda não realizam, aproveitem este novo conteúdo e comecem!

Os encontros são importantes para o fortalecimento de todos e estreitamento dos laços entre aqueles que trabalham no pastoreio e, portanto, enfrentam dilemas semelhantes. É muito bom compartilhar! que Deus abençoe a todos!

Lições MVP (1)

Transformai-vos pela live

Técnica boa com conteúdo ruim não engana ninguém

Romanos 12:2 é um texto bem conhecido nosso. Em seu núcleo, o apóstolo Paulo nos provoca, nos alerta, nos indica um item que não pode faltar em nosso ministério: “… transformai-vos pela renovação do vosso entendimento…”. Sei que a maioria já fez sua particular exegese neste texto, de tão famoso e conhecido. Mas me concedam uma licença poética sobre o mesmo.
O apóstolo não sabia nada a respeito da pandemia que se abateria sobre o mundo em 2020, muito menos como seria atual e urgente para os nossos dias as suas palavras à igreja de Roma. Uma das marcas destes tempos de isolamento e distanciamento social sem dúvida são as lives. Entraram em nossas igrejas e ministérios sem pedir licença, apenas entraram, se instalaram e uma nova realidade foi posta na mesa.
Alguns já renovaram, alguns resistem em renovar e outros estão no meio do processo. O fato é que a renovação do entendimento sobre a importância de uma transmissão bem feita, minimamente aceitável, convenceu a maioria de nós.
Mas não nos enganemos: técnica boa com conteúdo ruim não engana ninguém. Você pode ter boa imagem, bom som, mas se o conteúdo for ruim a audiência vai embora zapear em outras lives.
Lado bom. Se conseguirmos equilibrar boa técnica com bom conteúdo, teremos marcado um golaço. O resultado pode ser verificado pelos testemunhos de muita gente que está sendo alcançada, gente que jamais viria em nossos templos, mas que estão permitindo nossa entrada em suas casas.
Alguns já se sentem parte da comunidade que conheceram virtualmente.
Lado ruim. Se o equilíbrio não for conseguido, o risco de perder boa parte da membresia é real, pois em casa, as pessoas estão degustando outras opções além daquelas a que estavam acostumadas a cada sábado, domingo, quarta… Aí, a recuperação do público, do ânimo, da motivação, da fidelidade, do compromisso, pode vir a ser um trabalho monumental e ingrato.
Minha sugestão? Abrace Romanos 12:2 com todas as suas forças, talentos, vocações. Reúna sua liderança e se abra para ouvir sugestões. Pese tudo na balança da Palavra, absorva o que for bom, rejeite o que não tiver a ver e permita-se a renovação do seu entendimento. Não se conforme. É urgente que continuemos, como igreja, a oferecer nosso culto vivo, santo e agradável a Deus no presencial, mas, mais do que nunca, também no on line.
Pr. Edmilson Mendes é responsável pela IAP pela IAP do Parque, em Campinas (SP) e atua no Ministério de Vida Pastoral – Geral.

Dicas da lição 9 “O que a Bíblia diz sobre a origem do Universo”

Essa semana, as dicas da lição trazem pontos importantes para tornar sua aula mais dinâmica e interativa. Confira um vídeo, uma dinâmica e o conteúdo extra disponíveis aos professores da Escola Bíblica.
Dica 1 | Vídeo “Gênesis é Incompatível com a Ciência Moderna?”
Para qualquer momento da lição, o vídeo “Gênesis é Incompatível com a Ciência Moderna?”, do pr. Ausgustus Nicodemus, ajuda na reflexão da temática desta lição. Ele mostra como devemos tratar as escrituras de Gênesis em sua relação com a ciência. Diante da exibição do vídeo, faça perguntas sobre a conexão dele com a lição 9. Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=XRllSeFCjf0;
Dica 2 | Dinâmica do Bolo
Para explicar sobre a necessidade de um Criador, faça a “dinâmica do bolo”. A ideia é mostrar que faz mais sentido, devido à organização do Universo, que um Criador o fez, e não foi produto de explosão ou evolução. O foco é falar que o Senhor está por trás de tudo.
Materiais: Liquidificador/ou batedeira ou bater a massa manualmente. Bata tudo na hora da aula, se possível, e mostre como fica a mistura, sem formato e confeito.
Bolo pronto. Mostra a seus alunos o resultado de um bolo após ser colocado na forma, e caso seja, confeitado. Alguém pensou na massa, na forma, no confeito para que o bolo chegasse ao resultado final. Dinâmica indicada para o item 2 “a necessidade de um Criador”.
Dica 3 | Conteúdo Extra
Como sugestão de conteúdo extra, para ajudar no aprofundamento sobre a presença do Criador na criação, consulte o artigo indicado no “desafio da apologético”: “Quem tem medo do Big Bang?, de Craig A. Evans”. Ele é uma incisiva refutação para explicações ateístas do início do Universo. Mande previamente o artigo, a fim de que seus alunos tenham tempo para ler e trazer apontamentos na aula. Peça que destaquem frases que consideram importantes no artigo. Acesse aqui: https://tuporem.org.br/quem-tem-medo-do-big-bang/.

Vida Plena Em Cristo Jesus

Paulo, quando escreveu aos nossos irmãos que estavam em Éfeso, disse: “Vós estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver quando seguiam a presente ordem deste mundo”… [1]
E ele continua, dizendo que vivíamos para satisfazer as vontades de nossa carne, seus desejos e pensamentos mas, pela infinita misericórdia de Deus, pelo tanto que nos amou deu-nos vida com Cristo, e vida em abundância. Assim, somente estando em Cristo Jesus podemos desfrutar de uma vida plena e abundante. [2]
Ao contrário do que muitos por aí pensam, essa vida em abundância a que Jesus se refere não é uma vida cheia de realizações pessoais (ainda que não seja errado almejar tal acontecimento), já que com relação a esta vida terrena Cristo nos garantiu apenas o suficiente para nossa sobrevivência. [3]
No entanto, ter vida em abundância é desfrutar de comunhão com Deus através da obra redentora de Cristo, é ter sido salvo pela graça mediante a fé e viver esta verdade.
Novamente Paulo, na sua carta aos irmãos de Colossos, nos dá diretrizes para um viver santo, a fim de nos ajudar na caminhada rumo a uma vida transbordante da graça de Deus: [4]
• Procurar as coisas do alto, onde Cristo está, ou seja, abandonar velhos hábitos de natureza carnal, tudo o que diz respeito à nossa antiga natureza, tais como: imoralidades sexuais, impurezas das mais diversas, ódio, orgulho, ganância, ira, raiva, língua torpe, isto é, não mais falar coisas que não edificam, assim como a hipocrisia e todo o tipo de idolatria.
• Revestir-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência.
• Suportar uns aos outros, perdoando as queixas que tiverem uns contra os outros; e
• Acima de tudo, o amor, que é o elo perfeito.
Que Deus, com sua grandiosa bondade, possa nos ajudar a cada dia mais nos aproximarmos dEle com um coração puro e sincero [5], pois, somente assim poderemos viver plenamente nEle.
[1] Ef 2:1- 5a
[2] Jo 10:10b
[3] Mt 6:30- 33
[4] Cl 3:1- 14
[5] Sl 24:4
Adriana Pessopane dos Santos Bocchi é casada com Edson Bocchi e congrega na Iap de Jales- Jardim América.

Presente: Vida Plena

Seria possível sentir-se realizada ao perceber que os sonhos parecem cada vez mais distantes e o tempo mais acelerado? Vivemos dias intensos e agitados. Como viver esses dias de maneira integral? Estar plena, quando é preciso organizar tantas situações familiares, ser uma excelente profissional, manter a beleza, ter tempo para os amigos, para si e para Deus. Como ser feliz ao lidar com as cobranças e ainda perceber que a pior delas vem de nós mesmos? Enchemos a bagagem do dia a dia de incertezas, cobranças, dúvidas, crises, culpas, paixões e medo que geram insatisfações. Alguém pode dizer: é preciso priorizar situações, estabelecer metas e buscar ajuda.
Nenhuma dessas ações será eficaz se não estabelecermos uma base de motivação para o que realizamos. Nesse sentido o apóstolo Paulo nos orienta: “Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter escassez, tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece. (Fp. 4:11-13)”. Para manter-se plena o desafio diário será confiar todas as coisas a Cristo que nos fortalece. Ser plena é ser inteira. E ser inteira significa: sentir-se completa em diferentes situações e consigo mesma.
A Bíblia nos fala sobre mulheres que marcaram seu tempo. Rute saiu do anonimato para fazer parte da genealogia de Jesus. Ana, não desistiu de seus sonhos, viu o milagre de Deus tornar-se história em sua vida. Maria, ainda jovem, dispôs-se a enfrentar todos os riscos para aceitar alegremente o projeto de Deus e ser a mãe do Salvador.
Muitas mulheres extraordinárias marcaram gerações com suas atitudes. C.S. Lewis diz: “Os únicos que não têm cicatrizes, são aqueles que decidiram não combater”. A caminho da plenitude podemos ser felizes. Teremos PAZ para admirar o trajeto se estivermos no caminho certo. Os requisitos indispensáveis para permanecer no caminho certo são: intimidade com Cristo através da prática da oração e leitura da Palavra de Deus.
Não negocie a fé e os princípios bíblicos para buscar valores terrenos. Viva de maneira Plena! Viva o seu presente de forma integral. Não se prenda ao passado, nem sofra pelo que ainda não aconteceu. Deus está no controle de todas as coisas. Descanse com alegria e tranquilidade no Senhor.
Karina Conrado Leonardo Dias, casada com o Pr. Arley Coelho Dias, mãe do Vinícius e da Tamyris, congrega na Igreja Adventista da Promessa – Comunidade Esperança – Jundiaí e Atibaia/SP
Convenção Paulista
Cursando Pedagogia na UNIVESP e Teologia pelo CETAP.

Dicas da lição 8 “A FÉ E A CIÊNCIA SÃO INIMIGAS?”

Nas dicas para professores da escola bíblica, sobre a lição 8 desta semana, confira um vídeo, uma dinâmica e uma atividade de pesquisa que irão ajudar a tornar seu ensino mais dinâmico. Confira:
 
Dica 1 | Vídeo “A Bíblia é um livro de ciência?”
O vídeo que sugerimos, explica pontos interessantes que fazem ciência e fé se tocarem. Ele traz citações interessantes de importantes pensadores, e também, a explicação de visões que, ou valorizam demais ou menosprezam, a relação entre ciência e escrituras. Veja o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=JMNkJdXdNyI.
(sugestão para ajudar na explicação do item 1 “O aparente conflito”)
Dica 2 | Dinâmica “Análise de ideias”
Para dinamizar o item dois, “O real conflito”, prepare uma mesa com dois potes transparentes, escritos em cada um, “Naturalismo/Cientificismo” e “Fé Cristã”. Em papéis cortados, em forma retangular, escreva as principais características das duas visões de mundo.
 
Naturalismo/ Cientificismo: Posição filosófica; Nada existe além da natureza; Negação do sobrenatural; Ciência, única verdade; Racionalidade só na ciência; Fora da Ciência só subjetividade.
Fé Cristã: Respostas às grandes questões da vida; Acima do mundo natural; Sobrenatural.
À medida que for tirando os papeis dos potes, abra-os e explique a seus alunos as frases. Peça a opinião deles, e o que sabem sobre o assunto. Assim a aula será mais interativa.
                                
Dica 3 | Pesquisa on-line
Distribua entre seus alunos, o nome de alguns dos cientistas citados na lição (Item aplicativo 1, pp. 76-77), que são/foram cristãos e cientistas: “Cientistas do passado − como Galileu (1564-1642), Kepler (1571-1630), Newton (1642-1727), Pasteur (1822-1895) − e do presente − como Bill Philips, ganhador do prêmio Nobel de Física, em 1997, e o renomado  Francis Collins, atual diretor do Projeto Genoma Humano.” (Lição 8, pp. 76).
A ideia é mostrar como eles deram sua contribuição na ciência sem abrir mão de sua fé em Deus. Peça que seus alunos tragam de casa um resumo da vida deles. Pode ser em imagens, vídeos (pequenos) e notícias para apresentar à classe, na aula de sábado.

“Guarde as facas”, vingança não.

“Eu não tenho sangue de barata”, “pago na mesma moeda”, “sou autêntica, falo o que penso, não gostou?, problema seu”… Quem nunca ouviu ou já disse coisas assim, “… que atire a primeira pedra”.
Vivemos tempos difíceis. As emoções estão à flor da pele por conta de vários fatores. Coronavirus, trabalho remoto, confinamento, relacionamento familiar mais intenso e as redes sociais tornaram-se uma válvula de escape para grande parte da população. Resultado: tudo, ou quase tudo, nos ofende, nos magoa, nos fere e a primeira reação que temos é nos defender, dar o troco, fazer justiça
É bem verdade que existem pessoas de má índole, e que fatalmente sofreremos algumas investidas, quer seja no âmbito profissional, “uma puxada de tapete”; no sentimental, traição, mentiras. Fato é que, a maneira como reagimos a esses eventos, diz muito sobre nós também.
Quando alguém faz alguma coisa que nos fere ou prejudica, é comum desejar vingança. Mas Jesus disse que devemos fazer o bem àqueles que nos fazem o mal. (Mt 5: 38-42). É fácil? Claro que não. Contudo, lembre-se, assim como na família os pais são os responsáveis por corrigir os filhos, nosso Pai, Deus Todo-poderoso, é o único capaz de fazer justiça. (Rm. 12:19)
É importante perceber que nem tudo está relacionado a você, as pessoas fazem coisas sem pensar ou sem perceber que estão machucando. Então, da próxima vez que se sentir ofendida, tente entender e ignore as ofensas, mantenha o equilíbrio. (Pv. 19:11)
Quero encorajá-la a “guardar as facas” e a orar por aqueles que de alguma forma te machucaram, tendo em mente o ensinamento de Jesus… “Pai, perdoa nossas ofensas assim como nós perdoamos”. Pratique o perdão!
Lembre-se, a nossa luta é contra o mal e a melhor vingança é não deixá-lo vencer. Vença o mal com o bem (Rm. 12:20-21).
Escrito por Raquel Marques, graduada em Administração, Letras e Pedagogia.
Congrega na Igreja Adventista da Promessa em Vila Maria- SP/SP

Eleições 2020 – O voto feminino

No decorrer de toda a história, as mulheres tiveram que lutar muito por direitos dos quais desfrutamos hoje. Direito a estudar, a trabalhar, a ser respeitada como pessoa, como mãe, como esposa, como profissional, como mulher. Mesmo nos tempos mais remotos, em que apenas os homens dominavam tudo, havia mulheres que se destacavam. Veja o exemplo de Débora, na Bíblia sagrada, que numa época em que mulheres não possuíam valor algum na sociedade e serviam apenas para gerar filhos, se destacou como juíza e em Israel, conduzindo o exército israelita para a vitória contra seus inimigos (Juízes, cap. 4 e 5).
Nos últimos séculos, um dos direitos conquistados pelas mulheres foi o direito ao voto, sendo que o primeiro país no mundo a garanti-lo às mulheres foi a Nova Zelândia, no final do século 19.
No Brasil, embora já houvesse quem levantasse a bandeira do voto feminino lá em 1891, quando foi apresentada uma emenda à constituição nesse sentido que acabou rejeitada,  apenas em 1932, por meio de um decreto do então presidente Getúlio Vargas, que as mulheres passaram a exercer o direito ao voto. Contudo, o voto era facultativo e apenas as mulheres casadas podiam votar, ainda com a permissão dos seus maridos, ou as que possuíam renda própria. Em 1934, esse direito foi ampliado a todas as mulheres e também passou a ser obrigatório.
Mas você sabia que não foi nem em 1932 nem em 1934 que o primeiro voto feminino foi depositado numa urna brasileira? Na verdade, foi antes.
Em 1927, na cidade de Mossoró (RN), uma jovem professora de 29 anos chamada Celina Guimarães Viana, dirigiu-se a um cartório eleitoral e, baseada numa lei estadual, pediu que seu nome fosse registrado na lista de eleitores. Inspiradas por Celina, muitas mulheres votaram naquele mesmo ano no estado do Rio Grande do Norte, o primeiro estado brasileiro a estabelecer o direito ao voto sem distinção de sexo.
A iniciativa da destemida e inspiradora Celina repercutiu mundialmente, já que foi a primeira mulher a se inscrever como eleitora não só do Brasil, mas da América Latina.
Claro que a luta das mulheres por direitos e tratamento iguais aos conferidos aos homens continua, mas o direito ao voto é uma conquista importante que deve ser encarada como tal.
No próximo domingo, iremos às urnas escolher prefeito e vereadores que conduzirão o município em que vivemos. A Bíblia nos ensina que devemos nos sujeitar às autoridades , não apenas para que não soframos alguma punição, mas também por uma questão de consciência, já que toda autoridade é instituída por Deus (Romanos 13:1-5). Portanto, peça direção de Deus para fazer sua escolha com coerência e responsabilidade. Procure conhecer melhor os candidatos a esses cargos, pesquise suas propostas, seus planos de governo, os princípios que defendem, a história política de cada um e de seus partidos.
Vamos honrar as lutas e conquistas de mulheres como Celina por direitos dos quais usufruímos hoje, e também o nome dAquele que governa o universo.
 
Escrito por Mariluzi Dalava Lopes Sales, advogada, casada com Juraci, mãe da Giulianna e da Isabella, serva de Cristo, congrega na Igreja Adventista da Promessa em Santana – São Paulo, SP e integra a equipe do Ministério de Mulheres Geral
 
Fontes: https://www.tse.jus.br/imprensa/noticias-tse/2020/Fevereiro/dia-da-conquista-do-voto-feminino-no-brasil-e-comemorado-nesta-segunda-24-1
 
https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Historia/noticia/2018/08/esta-foi-primeira-mulher-se-registrar-como-eleitora-no-brasil.html
 
 

Ei, Deus, preciso conversar!

Vivemos dias em que muitos querem falar, mas poucos querem ouvir. É difícil encontrar alguém a quem possamos confiar nossos sentimentos mais profundos, principalmente quando eles não são bonitos, alegres ou positivos. Nesses momentos podemos cair na tentação de dividir nossas dores com “um milhão de amigos “das redes sociais, onde por vezes encontramos algum conforto e compreensão, mas também muitas palavras vazias ou que nos ferem.
Sabe aquela pessoa pra quem você quer ir correndo contar uma boa notícia? Ou a quem você recorre quando está com problemas? Às vezes descobrimos, nos momentos mais difíceis e da pior forma, que não temos com quem abrir nosso coração e a dor dessa ausência pode levar à amargura, ao isolamento, ao refúgio no álcool ou nas drogas e até mesmo à desistência da vida.
Mas a boa notícia é que há um caminho diferente, um lugar de refúgio para todas as horas, um abrigo para qualquer situação: a presença de Deus. É com Ele, por meio do poderoso instrumento da oração, que podemos contar em todos os momentos. Nas palavras de Spurgeon: “Orar é desfazer-se de seus fardos, despir-se de seus trapos, lançar fora suas enfermidades, ficar cheio de vigor espiritual, alcançar o mais alto ponto de saúde cristã.”¹
É maravilhoso saber que temos alguém, que nos recebe não apenas pelo que somos, mas “apesar do que somos”; que compreende nossos sentimentos mais profundos, até mesmo os inconfessáveis; para quem podemos declarar nossas palavras ou simplesmente mostrar nossas dores; que entende e se faz entender mesmo no silêncio. Isso se chama intimidade, que não se faz numa conversa, num encontro, numa troca de mensagens, mas sim no dia a dia, no caminhar juntos em momentos felizes e no vale sombrio, no saber falar e no calar-se para ouvir. Enquanto vamos a Ele por meio da oração, Ele vem até nós através de Sua Palavra e quanto mais abrimos nosso entendimento a ela, mais Ele nos fala e nos transforma.
Quando temos uma vida plena com Deus podemos levar tudo a Ele, mesmo que nos faltem forças ou palavras para nos expressar, pois às vezes é a dor que mais nos une a Ele. Por isso, mesmo que as coisas não estejam fáceis, saiba que você não caminha sozinha, que sua bagagem pode ficar mais leve e que você pode usufruir de uma paz inexplicável em meio a qualquer circunstância. Que tal começar agora?
Romi Campos Schneider de Aquino, mãe do Henrique e do Davi, é psicóloga, auxilia seu marido Luciano no pastorado das Igrejas Adventistas da Promessa de Ana Terra e Monte Castelo, em Colombo -PR e íntegra a equipe do Ministério Vida Pastoral Geral da IAP.
Referência:
1 . Spurgeon, Charles H. Oração Eficaz. São Paulo: Publicações Evangélicas selcionadas. _____.

Dicas da lição 7 “PRECISAMOS MESMO DE UMA IGREJA?”

Um tema tão complexo, como os desigrejados, merece uma aula mais dinâmica nesta semana. Confira as dicas para sua aula de Escola Bíblica.
 
Dica 1 | Dinâmica “solução para os desigrejados”
Distribua folhas de sulfite com canetas ou lápis, e a partir do item 1 “Um cristianismo sem igreja”. Peça que dividem o papel com uma coluna ao meio, e em um lado da folha, seus alunos devem apontar o porquê pessoas de sua igreja local, e outros cristãos que você conhece, saíram da igreja. Peça que alistem os principais problemas que os desigrejados alegam.
No lado oposto da folha, peça que apontem quais soluções poderiam fazer, em sua pratica cristã e na da igreja local, que poderia resultar numa volta desse público à comunidade. Após, uns 5 minutos de reflexão, peça que exponham o que listaram.
 
Dica 2 | Vídeo “Os desigrejados serão salvos?”
O vídeo que indicamos nessa semana, responde a pergunta “Precisamos da igreja para ir ao céu?”. O Dr. Rodrigo Silva trata sobre vários pontos que a lição deste sábado toca. Como sobre a recomendação bíblica de congregar; o dever da mútua ajuda no processo de Salvação; sobre a questão da imperfeição dos membros da igreja.
Você deve antes da aula, caso não tenha Datashow ou algum meio de veicular o vídeo em sala, enviar a seus alunos. Não se esqueça de falar para sua classe, sobre a conexão do vídeo com o assunto da lição. Este vídeo pode ser usado no item 2 ou nas aplicações.
 
Acesse o vídeo aqui: https://www.youtube.com/watch?v=4vzsuAYBkGE.
 
Dica 3 | Visita Programada
No Desafio da semana, a classe é estimulada a conversar com uma pessoa desigrejada sobre pontos como “a igreja é tanto um organismo como uma organização”. Para tirar do papel esse desafio, que tal você ao fim da aula, antes de se despedir, pedir que seus alunos enviem mensagens ou linguem para algum contato marcando um café, um almoço, jantar ou passeio em algum lugar para que possam conversar sobre a vida, e acima de tudo, para falar sobre fé e igreja?
Tente mobilizar o máximo de alunos para pensarem em alguém e agendar um encontro para que falem sobre o assunto do estudo. O Espírito Santo há de usar o que foi aprendido para tocar nos corações.

Dia Nacional do Riso – Alegrem-se sempre no Senhor!

Ah, o sorriso… alegra o dia de quem o recebe, reflete a alegria de quem o compartilha, torna a vida mais leve, espalha amabilidade e destila esperanças. Como é bom nos depararmos com sorrisos à nossa volta.
Mas também é bem verdade que tem dias difíceis, momentos quando o sorriso não quer aparecer e a dor e a tristeza teimam em tomar conta, esses dias também fazem parte da vida.
E a grande diferença entre um dia e o outro está na forma como lidamos com eles e, principalmente, na forma como nos relacionamos com Deus. Se levarmos a sério que devemos dar graças em tudo, porque esta é a vontade de Deus (1 Ts 5:18), e acreditarmos realmente que Sua Vontade é sempre o melhor para nós, então poderemos encarar os dias difíceis com fé e esperança de que estamos sendo cuidados por nosso Pai. E assim, confiantes, estreitaremos nosso relacionamento com Ele, que é o caminho para nossa alegria transbordante, independente da situação.
Quanto mais espontâneo e constante vemos um sorriso, mais sabemos que ali há a alegria do Senhor, pois só ela é capaz de nos fortalecer (Nm 8:10), de nos fazer vencer os desafios de cada dia, de espalhar esperanças aos que nos rodeiam, de contagiar outras pessoas. Como é gostoso ver um sorriso largo estampando um rosto. É impossível ficarmos indiferentes diante de uma cena dessa, não é mesmo?
Então pare, reflita, busque sua intimidade com Deus, conheça e obedeça seus ensinamentos, se jogue nos braços do Pai e, então, sorria!
Sorria de dentro para fora, sorria espalhando sua fé, sorria na esperança de dias melhores, sorria na certeza de que Deus ama você, independente das circunstâncias.
A cada novo dia, compartilhe de seu sorriso e faça a diferença na vida daqueles que ainda não conhecem desta força que vem do Senhor.
Adriana Desengrini é Fisioterapeuta cardiorrespiratória e especialista em aconselhamento e gestão de pessoas.
Casada com o Pr. Afrânio Desengrini, pais de coração da Luísa, servem nas Igrejas Adventistas da Promessa de Tanguá e Jd. Gramados em Almirante Tamandaré-PR.

Uma voz mansa e suave…

Ei, você!!! Você mesmo!!! O que faz aí neste esconderijo? Levante-se, venha! Não! A vida não acabou!.Há ainda muito o que viver! Venha! Estou ao seu lado!
“E Deus lhe disse: Sai para fora, e põe-te neste monte perante o Senhor. E eis que passava o Senhor, como também um grande e forte vento que fendia os montes e quebrava as penhas diante do Senhor; porém o Senhor não estava no vento; e depois do vento um terremoto; também o Senhor não estava no terremoto;
E depois do terremoto um fogo; porém também o Senhor não estava no fogo; e depois do fogo uma voz mansa e delicada…”  (1 Reis 19:11,12)
 
No dia 05 de novembro comemoramos o Dia da Língua Portuguesa. Pensando em sua importância e complexidade: o que seria de um povo sem sua língua?
A comunicação é algo importantíssimo nos relacionamentos, nas negociações, na transmissão de conhecimentos, enfim…em qualquer situação, expressar-se por meio de palavras é fundamental! Utilizando-se linguagem erudita ou coloquial, o mais importante é comunicar-se!
Claro que há formas de comunicação não-verbal, além de outras línguas, como a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), que é a comunicação por meio do movimento das mãos utilizada por pessoas surdas, bem como o Braile (linguagem tátil própria aos deficientes visuais), as quais atendem perfeitamente suas funções!
Seja como for, a comunicação é essencial! O próprio Deus gosta de comunicar-se com seus filhos! A começar no Éden e por toda a Bíblia, o Senhor nos mostra que aprecia a comunicação em forma de palavras.
No texto bíblico acima é retratado um episódio no qual o profeta Elias escondeu-se dentro de uma caverna, ao fugir de uma aterrorizante ameaça de morte. Naquele lugar, enfrentando seus medos e profundamente deprimido e sem forças, Deus o chama.
Diante do próprio Deus, fenômenos da natureza ocorrem como uma reação à poderosa presença do Santíssimo. Elias pensou que Deus estaria no grande e forte vento, depois, em um terremoto e ainda, em uma labareda de fogo, mas não…aqueles eram apenas indícios de que o Senhor, o Criador de todo o universo, se manifestava entre os homens.
Sim! Na verdade, Deus falou com Elias, falou com uma voz mansa e delicada. O Senhor encorajou o profeta, o renovou e o colocou novamente de pé, orientando-o com direcionamentos para continuar a viver, porque  antes, Elias somente queria a morte.
E assim o Senhor ainda faz conosco! Embora Ele seja grande e tremendo, ainda que Seu poder seja imensurável, mesmo sendo Santo e Soberano, é também com voz mansa e suave que Ele se aproxima de nós para sarar nossas feridas e levar-nos  pela mão, nos conduzindo a lugares de segurança.
Como você está? Como o profeta Elias, exausta e com medo?
O que você está esperando? Comunique-se com Deus! Ele tem saídas para todos os anseios da vida! Busque um cantinho mais tranquilo, acalme seu coração e fale com Ele…
O Senhor aguarda para, mansamente, renovar suas forças, quer colocar-te de pé e mostrar caminhos para prosseguir. Não, não…ainda não acabou! Ouça os direcionamentos que o Senhor, suavemente, tem para você! O Senhor, certamente te responderá, afinal, Ele ama comunicar-se com seus filhos!
 
Por Simone de Macedo Bastos da Silveira, Graduada em Letras e Pedagogia, especialista em tecnologias interativas aplicadas à Educação (PUC-SP), Coordenadora Pedagógica, Casada com Álvaro Augusto da Silveira, mãe da Vanessa e Fernanda. Membro da Igreja Adventista da Promessa em V. Maria, São Paulo – SP.

Meio cheio ou meio vazio? Coração pleno em Deus!

A imagem do líquido preenchendo a metade da capacidade do copo é universal e serve como um parâmetro para muitas situações. Pode representar nosso coração, nossa vida e o estágio de intimidade com Deus. E quem é Deus na nossa história? Será que temos vivido uma vida plena com Ele? Quantas perguntas…
Mas ao pensarmos em plenitude a palavra “meio” não serve! Sabem por quê? Plenitude é estar completo, cheio, e se possível transbordando… Então falemos de plenitude pensando num copo transbordando… Alegria, riqueza, paz, amor, vamos lá, me ajudem a completar… felicidade, férias, risos… Deus?
Peguem um copo (do tamanho e cor que desejarem, pois é sentido figurado) e escrevam “Deus” nele. Vamos encher? Para isso é necessário um passeio pela Bíblia. Sentem-se num lugar confortável e apreciem a caminhada de leitura.
Comecemos no livro de Isaías, no capítulo 26, versículo 4: “Confiem para sempre no Senhor, pois o Senhor, somente o Senhor, é a Rocha eterna”. Inabalável! E a certeza de proteção em Salmo 3:6 “Não temerei dez milhares de pessoas que se puseram contra mim e me cercam”. Podemos seguir tranquilos. Deus cuida!
No livro de Êxodo (incrível, leiam!) aprendemos sobre o povo de Israel, que estava cativo na Babilônia mas foi liberto. Deus lhes deu esperança, auxílio nas guerras e renovou a coragem para persistirem, rumo a um propósito determinado!
E finalmente releiam comigo 2 Crônicas 7:14, que diz: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra”.
Textos extraídos da Bíblia. Para que? Porque ela é o diário que conta tudo sobre Deus! Para termos um relacionamento com alguém precisamos conhecê-lo, ter a vontade de estar junto, desejar compartilhar momentos, contar segredos, pedir ajuda, aplaudir vitórias, conviver! Vida plena é assim, com Deus transbordamos! Ele é tudo em todo o tempo. Anotem isso:
1 – Confiar para sempre no Senhor (cem por cento, tente!).(Is 26:4)
Não haverá decepção, tristezas ou amarguras… mesmo nos momentos difíceis o Espírito Santo estará pronto a trazer consolo e renovar a esperança. (Rom. 8:26-27)
2 – Crer que Ele nos liberta e soluciona problemas aparentemente impossíveis (exemplos maravilhosos na Bíblia, leia!). (Êxodo 33)
Deus libertou seu povo escolhido, lhes deu coragem e proteção, renovou a aliança de amor e também nos liberta, quando entregamos a Ele o que nos aprisiona a uma vida de tristeza e amargura.
3- Está sempre pronto a nos ouvir quando clamamos, naqueles momentos em que nos arrependemos de decisões erradas e nos afligimos, com o peso das consequências… e nos sentimos sós (2 Crônicas 7:14).
Podemos derramar nosso coração diante Dele através da oração, como pai, amigo, confidente repleto de sabedoria e compaixão! Dia e noite Ele cuida. (Salmo 42:8). Ah, transborde mais nos braços D’Ele!
E nesse amor pleno, derramado em João 3:16, vale anotar em letras garrafais que “Ele entregou seu único Filho para ter conosco uma vida Eterna”, vida em abundância. Ele deseja passar a eternidade comigo e com você!
A Bíblia demonstra que Deus deseja plenitude em nossas vidas. E quanto de Deus desejamos para nós? Precisa ser tudo! Poderoso, Grandioso, Criador, que não faz acepção de pessoas (Atos 10:34), e que não divide sua glória com nenhum outro (Is 42:8). Sim, queridas, Ele quer ser pleno em nossas vidas: está escrito!
Observe seu coração agora e releia o texto se preciso for. Percebeu quantas citações bíblicas aqui estão? Não dá para falar D’Ele sem citá-las. Então, corre lá, pega a Bíblia que um dia você ganhou e está carinhosamente guardada. Eu a convido a ler e conhecer mais o Deus de sua vida… mas se já tem o hábito de ler, que maravilha! Ore e reafirme sua aliança e intimidade com o Pai de amor! Continue alimentando sua relação com Ele.
Nesse coração voltado para o Pai precisa ter reciprocidade, confiança, certeza de proteção, esperança, conhecimento, intimidade, amizade e amor, muito amor e fé!
Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam. Hb11:6
E então? Coração transbordante, meio vazio ou meio cheio? Continue a encher… coragem! “Entrega o teu caminho ao Senhor; confia Nele, e o mais Ele fará”. Sl 37:5
Escrito por Genilda Farias, casada com Silas Farias e mãe do Pedro José, formada em Letras e Pedagogia, com especialização em Alfabetização e Letramento, congrega na Igreja Adventista da Promessa em Vila Maria – SP.

Dicas da lição 6 “JESUS É MAIS DO QUE UM SIMPLES HOMEM?”

Dica Um | Vídeo A historicidade da ressurreição de Jesus Cristo
O Item 1 da lição fala sobre as “evidências da ressurreição” (p.55), nele temos várias teorias que tentam comprovar que a ressurreição de Cristo seria um equívoco, porém, temos também, vários argumentos que comprovam a veracidade bíblica e histórica do fato. O apologeta William Lane Craig, explica em um vídeo legendado, a historicidade da ressurreição de Jesus Cristo e as testemunhas oculares.
Envie para seus alunos antes da aula, ou exiba o vídeo durante o ensinamento. Após, verem, fale sobre o que acharam da explicação de Craig e como o argumento ajuda na defesa da doutrina do Cristo ressurreto. Veja o vídeo aqui: https://www.youtube.com/watch?v=VhX_5bOM_68.
 
Dica dois | Quadro de explicação
Para tornar a explicação em sua aula com maior interação e de mais fácil compreensão, divida o tópico 2 “Messias e Deus” (p. 56), em um quadro/slide/ou cartaz dividido ao meio, com as inscrições em cada lado:          MESSIAS e DEUS;
Utilize os textos bíblicos que se referem a esses dois ensinos sobre Jesus. Escreva-os num papel, que possa ser recortado, coloque-os dentro de uma caixa, e à medida que for tirando de lá, peça para seus alunos identificarem que se trata de textos sobre a messianidade ou a divindade de Cristo. Cada vez que você retirar um texto, e por no lugar correto, explique sobre eles e como ajudam na compreensão em responder que Jesus é mais que um simples homem.
 
Textos sobre a Messianidade:

(Is 7:14; Mt 1:33)
(Mq 5:2; Mt 2:1,6)
(Is 40:3-5; Ml 3:1; Mc 1:3)
(Sl 118:25-26; Zc 9:9-10; Lc 19:38)
(Sl 69:25; At 1:20) (Is 53:6)
(Zc 12:10; Jo 19:37)
(Is 53:9; Mt 27:38)
(Dn 7:13; Mc 13:26; Lc 21:27)

 
Textos sobre a Divindade:

(Mt 28:9) (Jo 20:28) (Mc 2:7)
(Jo 5:18; 10:33)
(Jo 8:58-59)
(Lc 22:70; Jo 14:1-14)
(1 Jo 5:20) (2 Pe 1:1)
(Cl 2:9; Tt 2:13)

 

Quem não sente saudades?

“Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra.
Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Eu o verei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros; de saudade o meu coração desfalece dentro de mim.” – Jó 19.25-27
Somos privilegiados por ter a palavra saudade em nosso idioma. Ela diz tanta coisa: falta de algo ou alguém, desejo que o passado volte, lembrança de algo bom, mas que hoje dói; pode ser poética, romântica ou dolorida, devastadora…
Estamos em tempos de pandemia, da Covid 19, e a saudade vem conversar com a gente sobre situações e pessoas.
Dia dois de novembro é o dia de finados e muitos terão saudades. Alguns com suas feridas já cicatrizadas e outros com elas ainda abertas, e o que dizer?
Você tem um tempinho para ouvir Jó? Aquele mesmo que sofreu falência de todos os seus bens, que sepultou dez preciosos filhos, que perdeu a saúde e que um dia disse que estava com uma tremenda saudade:
• Jó tinha uma fé consciente – “Porque eu sei…” Fé é algo que possui certeza que afugenta a dúvida. Que não nos deixa tirar os olhos do farol mesmo diante das ondas gigantescas.
• Jó tinha um redentor pessoal – “que o meu Redentor…” A experiência de Jó era pessoal. Não era coletiva ou terceirizada. Ele disse “o meu”. E junto com esse pronome possessivo está a palavra “Redentor”. Aquele que paga o preço, a dívida, que resgata a herança, que impede o castigo. Você conhece alguém que fez isso? Jó estava profetizando sobre Jesus. Nenhum outro personagem na história possui esse título. Que deixou a Sua glória, se humanizou e viveu como nós, morreu na cruz para pagar todas as nossas dívidas espirituais e nos fazer novas criaturas para Ele.
• O Redentor de Jó era vivo – “vive…” Jesus morreu, mas ressuscitou. Essa é a nossa grande esperança. Seguimos uma Pessoa e não uma filosofia de vida. E, como Ele ressuscitou, os que viveram ou vivem para Ele, ressuscitarão também. Por isso, quando perdemos alguém querido, não dizemos adeus, mas até breve, até logo.
• O Redentor de Jó viria a esta terra – “e por fim se levantará sobre a terra.” Jesus já veio uma vez de forma humilde para trazer salvação. E, virá novamente, mas desta vez com muito poder e glória.
• O Redentor de Jó traria ressurreição física – “Depois, revestido este meu corpo da minha pele…” Graças a Deus, a sepultura não tem a última palavra. Nossos corpos envelhecem, adoecem e se decompõem, porém, na ressurreição receberão um corpo glorioso.
• O Redentor de Jó se revelaria em plenitude – “em minha carne verei a Deus. Eu o verei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros” – Se a fé e o relacionamento de Jó com Deus era pessoal. De forma pessoal também, contemplaria o Senhor.
• Jó tinha saudade do seu Salvador – “de saudade o meu coração desfalece dentro de mim.” Isso mesmo, saudade profunda do Autor da sua vida, do seu Redentor, do seu Salvador, do seu Eterno Deus!
Você foi criado por Cristo e para Cristo – Cl 1.16. Vasculhe o seu coração até achar a plaquinha “saudade de Deus” e depois viva por ela, até o dia do grande banquete (Ap 19).
Por que Ele vive, posso crer no amanhã…
Na graça dEle,
Elias Alves Ferreira, Casado com Marilsa Ferreira, Pastor Jubilado, Congrega na IAP Prado Velho, Curitiba- PR

A Reforma Protestante na Perspectiva das Reformadoras

No dia 31 de outubro se comemora o dia da Reforma Protestante, que em 2020 completa seus 503 anos. Essa Reforma foi um marco para o cristianismo, com ela a igreja passou a ter um novo rumo, buscando sua essência, a mesma do período dos apóstolos. Com isso, a igreja teve a oportunidade de se contextualizar e o cristianismo avançar por novos meios e pelos grupos missionários. A Reforma foi o início de uma nova história para o cristianismo, de expansão a nível global.
Vale enfatizar que antes da Reforma a Igreja Católica era a detentora, portadora do domínio e exclusividade dos fiéis. Em alguns casos, sem ao menos desconfiarem, fiéis eram extorquidos e enganados pela própria igreja, onde também abusos eram cometidos de diversas maneiras. A história destaca a prática da inquisição em que confissões eram arrancadas e algumas vezes colocadas na boca de hereges por meio de torturas que os levavam a confessar tudo o que o inquisidor quisesse. Praticavam as vendas das indulgências pelas quais os fiéis compravam sua salvação, um lugar no céu para si ou até mesmo para familiares já mortos. Nesse panorama nasce o movimento reformista, que não aceitava o abuso cometido pela Igreja Católica contra seus fiéis, nem a prática das indulgências que rendia grandes lucros à Igreja.
É bom lembrar que, em toda a história da humanidade, Deus agiu todas as vezes em que seu povo sofreu abusos, perigos dos mais diversos tipos “… o Senhor Deus é o que peleja por nós” (Dt 3.22), para que a história do povo de Deus continuasse, levantou líderes como patriarcas, profetas, juízes e reis, líderes corajosos (Nm 27.18), para que, por meio de seu poder e autoridade lutassem pela continuidade de sua obra redentora.
Lutero é evidenciado, mas não é o único idealizador. Após muitas tentativas frustradas de reformar a própria Igreja Católica, devido à grande oposição às suas ideias, se viu na condição de formar uma outra comunidade, por meio do rompimento com a Igreja Católica. Sobre essa questão González (1995, p.107) afirma que:
“o mais importante sistematizador da teologia protestante no século XVI foi João Calvino. Enquanto Lutero foi o espírito fogoso e propulsor do novo movimento, Calvino foi o pensador cuidadoso que forjou, das diversas doutrinas protestantes, um todo coerente”.
Na história da Reforma, muitos outros foram rompendo com o catolicismo, e com isso destacam-se também muitas mulheres, não evidenciadas na história, mas que foram imprescindíveis para a continuidade do cristianismo e sua missão. É a essas mulheres o maior destaque dado nesse artigo. A história, por meio de cartas, livros, mostra o trabalho e a contribuição de muitas mulheres. Fora essas a seguir destacadas, houve muitas outras que atuaram de forma efetiva e criativa, como explica Ulrich, doutora em teologia, em seu artigo. A partir de um livro de Martinho Lutero intitulado “Da Liberdade Cristã”, muitas mulheres se envolveram em questões teológicas e políticas buscando saída para enfrentar os problemas de seu tempo. Por outro lado, a história mostra também que elas foram silenciadas e invisibilizadas, um dos motivos da história ter chegado até os dias atuais destacando com mais ênfase Martinho Lutero e João Calvino como heróis, com suas valiosas contribuições. Através das críticas de Lutero muitos monges e monjas saíram dos conventos e se casaram, constituindo famílias. Isso se deu porque a vida dentro de um monastério era muito rígida, Lutero descreveu como “uma prisão eterna”. Porém, nem todas as mulheres que aderiram à Reforma saíram do convento.
Katharina von Bora Lutero é a primeira destacada. Casada com Lutero, descrita por Ulrich como ousada, empreendedora e empoderada para seu tempo, viveu em um convento e sua vida teve um rumo diferente depois de ler os textos de Martinho Lutero sobre a graça e a fé. Ela e outras freiras foram escondidas em barris de peixes e fugiram do convento. As que não retornaram para suas famílias, foram acolhidas por outras famílias. Katharina mostrou à sociedade que era possível viver a graça de Cristo e ter direito à salvação sem estar “presa” a um convento. Foi uma mulher relevante para a sociedade e a família, pois participava de conversas teológicas, negociava no mercado (normalmente homens negociavam), era uma ótima administradora dos bens familiares e tinha conhecimento em medicina caseira. Tudo o que ela havia aprendido aplicava no dia a dia, fazendo a diferença em sua época. Foi uma parceira ao lado de seu marido na Reforma. Foi uma mulher que quebrou o paradigma de apenas “esposa e mãe”, rótulo dado às mulheres da época.
Outra Reformadora é Elisabeth von Meseriz Cruciger, conhecida como a primeira compositora protestante. Seu hino “Senhor Cristo, o único filho de Deus, pai em eternidade” foi incluído no hinário por Lutero, em Wittenberg. A letra deste hino demonstra seu conhecimento teológico, pois faz menção a textos bíblicos. Uma teóloga-compositora.
Uma mulher com muita influência pública e política na Idade Média foi Elisabeth von Calenberg-Göttingen, duquesa de Braunschweig-Lüneburg, conhecida como regente, reformadora, escritora e mãe da Igreja. A história a descreve como uma mulher que introduziu a reforma protestante na Baixa Saxônia.

E por fim, Katharina Schütz Zell, conhecida como pregadora, teóloga, mulher reformadora e mãe na fé. Ela defendeu seu esposo e seu casamento escrevendo uma carta ao clérigo, questionando as mentiras que contavam sobre seu esposo, o que mostra seu conhecimento teológico, pois usou textos bíblicos para a defesa. Após seus filhos morrerem ainda pequenos ela se sentiu motivada a escrever. Ela escondeu diversas pessoas perseguidas por causa da Reforma e encorajou muitas mulheres que se viam sós, devido às perseguições a seus maridos. Seu marido nunca a impediu de escrever seus textos, os dois atuavam na Reforma lado a lado e ela era tratada por seu esposo como ministra/pastora, o que era incomum para a época. Foi uma lutadora pela igualdade de homens e mulheres no serviço da igreja e pela divulgação pública do evangelho em Palavra e Ação.

Quantas histórias inspiradoras! Essas mulheres tinham em comum o uso de seus dons, talentos e suas influências a serviço da Reforma, a serviço de Cristo. Essas são apenas algumas que receberam mais destaque, porém existem muitas outras mulheres esquecidas na história. Juntas, todas contribuíram para que a Reforma, juntamente com líderes homens, pudesse acontecer. Foram mulheres missionais em sua época.
Isso revela o quanto mulheres foram usadas por Cristo, o dono da missão, para a propagação do evangelho e da história da igreja. Todas elas foram e sempre serão importantes em toda e qualquer fase que a igreja de Cristo passar. Da mesma forma que Deus levantou homens já citados como líderes corajosos, também levantou e sempre levantará mulheres corajosas que se doam em busca de igualdade de gênero (mesmos direitos entre homens e mulheres), respeito pelas diferenças étnicas, culturais e sociais, barreiras a serem ultrapassadas pela igreja hoje, entre outras questões a serem reformadas. Quais paradigmas a igreja contemporânea precisa quebrar? Existe, hoje, uma reforma? Ou a necessidade da mesma? Se sim, o que você leitora pode fazer para contribuir? Sua contribuição, mulher, é fundamental!
A história da igreja e da nossa vida é Cristo quem escreve, mas ele nos usa para fazer parte dessa história. Celebre esse dia nessa perspectiva, você faz parte dessa história, pois “você recebeu a capacidade de dar forma ao futuro” (STANLEY, 2008, p.164). Sinta-se encorajada com essas histórias, e faça parte da história da igreja ativamente. Sirva a Deus com seus dons, talentos e influências. Ele lhe chamou para viver de forma missional.
 
Texto por: Eula Paula Basto de Araújo, casada com Odeir, mãe da Julia. Família pastoral na IAP de Piracicaba. Formada em Teologia e Gestão Empresarial, cursa  letras e MBA em Gestão Escolar na USP/ESALQ. Integrante da equipe do Ministério de Ensino da Convenção Paulista.
 
Referências
BÍBLIA, A. T. Deuteronômio e Números. NTLH. Nova Tradução na Linguagem de Hoje: Antigo e Novo Testamentos. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2008.
GONZÁLEZ, Justo L. E até aos confins da Terra: uma história ilustrada do Cristianismo/Justo L. González; tradução Itamir N. de Sousa. São Paulo: Vida Nova, 1995, p. 107, 6 v.
Hinologia Cristã. Disponível em: <http://www.hinologia.org/elisabeth-cruciger/>. Acesso em: 25 de outubro de 2020.
MODES, Josemar Valdir. O protestantismo em sua primeira matiz: uma breve retrospectiva histórica do luteranismo. Revista Batista Pioneira. Ijuí, v. 5, n. 1, p. 25 – 45, jun. 2016. Disponível em: http://revista.batistapioneira.edu.br/index.php/rbp/article/view/164. Acesso em: 26 de outubro de 2020.
Portal Luteranos. Disponível em: <https://www.luteranos.com.br/conteudo/katharina-schutz-zell-pregadora-teologa-mulher-reformadora-mae-na-fe>. Acesso em: 26 de outubro de 2020.
STANLEY, Andy. O Líder da Próxima Geração: qualidades de liderança que definirão o futuro/ Andy Stanley; tradução Marson Guedes – São Paulo: Editora Vida, 2008, p. 164.
ULRICH, Claudete Beise. A atuação e a participação das mulheres
na reforma protestante do Século XVI. Estudos de Religião. São Paulo, v. 30, n. 2, p.71 – 94, mai./ago. 2016. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/ER/article/view/6846. Acesso em: 26 de outubro de 2020.
WACHHOLZ. Wilhelm. História e Teologia da Reforma: introdução. São Leopoldo: Sinodal, 2010.