Nota Oficial – Coronavírus

Por ocasião do avanço da doença Coronavírus (Covid-19) – já considerado uma pandemia -, que apresenta altos índices de contágio, em várias partes do Brasil e do mundo, a liderança geral da Igreja Adventista da Promessa entende, como instituição religiosa organizada, que deve tomar todos os cuidados necessários para proteger seus funcionários, colaboradores, bem como os mais de 85 mil membros e frequentadores espalhados em nossas congregações, no Brasil e no mundo. Todas as ações preventivas estão sendo tomadas, com muita oração, prudência e equilíbrio, para evitar qualquer tipo de constrangimento.
Mais do que observar as ações que todo o mundo tem feito, para frear o avanço do vírus, acreditamos que é nosso dever fazer parte da solução. Nosso escritório encontra-se no centro de São Paulo, região que tem inspirado cuidados do governo e da Prefeitura da cidade, o que nos leva a decidir pela liberação dos funcionários que trabalham no escritório geral, para que trabalhem de suas casas, pois entendemos ser uma atitude de respeito e cuidado para com nossos colaboradores. O expediente será normal, quanto ao horário; portanto, qualquer comunicação poderá ser feita com qualquer colaborador, através dos contatos amplamente divulgados. Quanto aos pastores da Diretoria Geral, estarão todos de plantão constante, nesse período, para atendimento às lideranças da Igreja Adventista da Promessa, em qualquer horário.
Além dessa ação, estaremos em reunião on-line, em caráter extraordinário, com a liderança da nossa denominação em todo o Brasil, no dia 18 de março, com o propósito de estabelecer ações que colaborem para frear o avanço da Covid-19 em nosso país, promover a estabilidade institucional e o fortalecimento espiritual de toda a nossa denominação. Dentre essas ações, certamente iniciaremos uma semana de oração em favor do mundo, pois acreditamos que a oração do justo é poderosa e eficaz (Tiago 5.16)
Orientações atualizadas serão divulgadas, em nosso site institucional (www.portaliap.org) e nossas redes sociais. Por isso, pedimos que fiquem atentos. Ainda que estejamos vivendo momentos difíceis, aproveitamos para reforçar nossa confiança na promessa feita por Jesus, em Mateus 28.20: “Eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”. Amém.
DIRETORIA GERAL
Igreja Adventista da Promessa

A fé e a prudência em tempos de coronavírus

“Nesse porto, o centurião encontrou um navio de Alexandria, que estava de partida para a Itália, e nos fez embarcar nele. Navegando vagarosamente muitos dias, foi com dificuldade que chegamos às imediações de Cnido. Não nos sendo permitido prosseguir, por causa do vento contrário, navegamos ao abrigo de Creta, na altura de Salmona.
Costeando a ilha com dificuldade, chegamos a um lugar chamado Bons Portos, perto do qual estava a cidade de Laseia. Depois de muito tempo, tendo-se tornado a navegação perigosa, e já passado o tempo do Dia do Jejum, Paulo os aconselhou, dizendo: — Senhores, vejo que a viagem vai ser trabalhosa, com dano e muito prejuízo, não só da carga e do navio, mas também da nossa vida. Porém o centurião dava mais crédito ao piloto e ao mestre do navio do que ao que Paulo dizia.”

Você deve conhecer o capítulo 27 de Atos. Ele é dos mais incríveis e vívidos de todo o Novo Testamento. Lucas relatou com um nível de detalhe impressionante a viagem do prisioneiro Paulo até Roma. Antes, quero somente relembrar alguns detalhes que compõem o cenário desse capítulo. Essa história começa no capítulo 20. Paulo está em Mileto e convoca uma reunião com diversos líderes (At. 20.17) e comunica sua decisão de ir a Jerusalém. Vários deles tentam demover Paulo da ideia. Já mais próximo de Jerusalém, em Cesareia, novamente tentam demover Paulo da viagem à Jerusalém e ele apresenta sua fé veemente: “O que estão fazendo, ao chorar assim e partir o meu coração? Pois estou pronto não só para ser preso, mas até para morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus.” – At. 21.13. Note a convicção de Paulo quanto a “morrer por Jesus”. A partir daí, ele é preso (injustamente) em Jerusalém e apela a César. No início do capítulo 27, Paulo é enviado a Roma, sob a custódia do centurião Júlio. Um homem da guerra, pouco afeito a temores, corajoso. Depois de alguns contratempos na viagem, a embarcação está em Bons Portos e tudo indica que o mar não está favorável para a navegação. Então, aparece Paulo, o prudente, que aconselha ao centurião a ficar ali por mais alguns dias, devido a possibilidade de danos materiais e físicos se a decisão fosse contrária.  O texto diz que Júlio prefere ouvir o mestre do navio e o seu piloto, do que seguir o conselho de Paulo.
Quem é o homem da fé nesse texto? Júlio, os comandantes do navio ou Paulo? A resposta é óbvia: Paulo é o homem que conhece as promessas e o poder de Deus. Paulo, ao longo de sua carreira cristã, já viu e viveu muita coisa, inclusive milagres e livramentos. Paulo, como lemos, não tem medo de enfrentar a morte por Jesus. O detalhe é que nada disso retira o fato de que o homem da fé também é o único prudente na cena. O centurião, o mestre e o piloto são homens do mar, são profissionais, são valentes e não se deixaram impedir por um prisioneiro e seus receios. A única coisa que parece que eles não têm é fé. Quem decide ser prudente? O homem da fé. Quem decide ser ousado e enfrentar os ventos contrários e as ciladas do mar? Os homens valentes e experimentados na vida marítima.
Isso precisa nos falar alguma coisa. Ter as devidas precauções, cuidados e seguir as orientações não se trata de falta de fé, mas da prudência necessária aos homens de fé em tempos ou situações de crise evidente. A dinâmica do Espírito que nos dá ousadia para viver e morrer por Jesus é aliada da sabedoria bíblica, da prudência e da convicção que devemos ter cuidado de nós mesmos (I Tm. 4.16). É hora de abençoarmos as pessoas com o cuidado necessário e o compromisso de cidadania para o bem de nossas comunidades locais. Sem alarmismo ou medo, mas com fé e prudência. É hora de testemunharmos da nossa fé em Cristo por meio da coerência, da boa vontade e da celebração da vida, protegendo nossos idosos, as crianças e os demais grupos de risco. O coronavírus vai passar, assim esperamos. Os tempos ruins também iriam passar e eles poderiam viajar com mais tranquilidade para Roma. A melhor decisão era ficar em Bons Portos, mas eles decidiram partir e, por conta de Paulo, Deus entrou com providência. Por fim, perceba que Deus não se decepcionou com a prudência de Paulo, mas ele viu a bênção e o milagre da salvação em meio ao mar bravio. Ele não tentou a Deus, partindo de peito aberto para uma situação de alto risco, mas ele foi socorrido diante da crise.
Tenhamos fé em Deus, que a desesperança não nos contamine. Mas, também, sejamos prudentes. Afinal homens de fé também são homens prudentes. Sejamos homens e mulheres de Deus nesses tempos difíceis em que passa o nosso mundo. Que a fé não seja desculpa para não exercermos a prudência. E, também, que a prudência não seja revestida de medo. Que a sua fé e a sua prudência glorifiquem a Deus durante essa crise de saúde que estamos enfrentando.
 
 

#DAVIEGOLIAS – “QUANTO BALDE DE ÁGUA FRIA!”

Por quarenta dias a voz de Golias ecoou no Vale de Elá entre os exércitos Israelitas. Cada vez que ia e voltava o gigante parecia maior para as tropas amedrontadas com sua presença pessoal. Até mesmo o rei estava com medo. Mas menino, de aproximadamente 20 anos ou menos, ousou perguntar aos soldados medrosos, sobre a recompensa que o rei daria aos que lutassem contra o gigante (1 Sm 17:24-27).

E porque Davi ousou perguntar sobre Golias? Porque se disporia lutar contra o mesmo. Ele não tinha seus olhos no tamanho do gigante, mas no tamanho do seu Deus. Diferente do povo de Israel, que não demonstravam confiar em Deus. Pois bem, depois de suas perguntas e de sua disposição para enfrentar Golias, Davi começa a receber uma série de “baldes de água fria”. Um balde de água fria é uma situação inesperada, que tenta nos fazer desistir, que tenta transformar nossas expectativas em desilusão.

Em primeiro lugar, Davi foi criticado. O irmão de Davi o ridicularizou quando soube que ele estava fazendo perguntas sobre Golias. Na verdade, com suas palavras invejosas Eliabe tentava esconder sua covardia. Davi não permitiu que aquelas palavras o entristecesse, pois sabia que era em Deus que devia confiar (1 Sm 17:28-29).

Em segundo lugar, Davi foi desmotivado. O próprio Saul, olhando de maneira racional, também desencorajou Davi: não poderás ir pelejar contra ele (1 Sm 17:33). Mas, ele se esqueceu de colocar Deus na equação. Só olhou para Davi e sua inexperiência. Saul não sabia que estava na frente do futuro rei de Israel, na verdade no maior deles. Não sabia que estava na frente naquele que livraria Israel da mão dos estrangeiros.

Davi já havia experimentado o poder de Deus em sua vida. Ele já havia visto Deus lhe dar forças para derrotar um leão e um urso. O texto quer que suponhamos que ele fez isso por intervenção divina! Agora, via Golias como mais um animal atacando as ovelhas de Israel e queria, como um pastor usado por Deus, lutar contra ele (1 Sm 17:34-37).

Apesar das críticas e conselhos desanimadores, Davi confiou no Senhor e foi! O que você faz diante dos “baldes de água fria” que tentam jogar contra você, quando decide fazer a obra de Deus? Quando decide pelejar e militar no exército do Senhor? Davi não se deixou abater, nem com as críticas das pessoas de sua própria família, nem com a avaliação negativa por parte do rei. Ele estava indo batalhar em nome do Deus vivo. Não dê ouvido aos pessimistas. Não dê ouvidos às críticas invejosas. Não dê ouvidos aqueles que tentarem lhe desencorajar com palavras de desânimo. Confia no Senhor e vai!