Como pastorear em tempos de isolamento social

Com o avanço da pandemia do coronavírus, deparamo-nos com uma situação inimaginável: a suspensão dos cultos e reuniões, para evitar a propagação da doença. O isolamento social está sendo recomendado, mas sabemos que se os números de infectados continuarem aumentando, será obrigatório. Como pastor, é muito importante que você se organize para continuar cuidando do rebanho, mesmo à distância:
1 – Priorize sua vida devocional. Você terá de estar alimentado para alimentar a fé dos outros. Ver as notícias é importante, mas cuidado para não gastar tanto tempo nisso de forma que não haja tempo com Deus e sua fé fique abalada.
2- As visitas não poderão ser presenciais neste período. Então, liste os membros de sua igreja e organize sua rotina para manter contato com todos. Mesmo aqueles que não estavam atravessando problemas específicos, agora estão também assustados e precisam de seu apoio pastoral. Aproveite esses contatos para orar com eles.
3 – Dê especial atenção aos irmãos que atuam na área da saúde, pois estão extremamente preocupados, diante de tantos riscos
4 – Não se esqueça de contatar os irmãos da terceira idade, um dos grupos de risco. Talvez seja para este público o maior sofrimento pelo fechamento dos templos. Explique que podemos não estar congregando, mas a igreja de Cristo continua ativa! Talvez alguns não tenham whatsapp, mas dê um telefonema, vai fazer toda a diferença.
5 – Permita que as pessoas falem do que estão sentindo. Estamos vivendo algo estranhamente novo e é natural que todos estejam confusos e temerosos.  Diga sim palavras de fé e ânimo, mas sem deixar de abrir espaço para que as pessoas falem do que estão vivenciando.
6 – Mesmo que sua IAP não possa fazer a transmissão do culto online, você pode gravar vídeos devocionais para enviar a eles. Pode também utilizar as plataformas disponíveis e agendar um horário para que todos tenham juntos um momento de reflexão e oração. Por exemplo: https://hangouts.google.com/ ou https://zoom.us/

A Organização Mundial da Saúde alertou aos países: “testem, testem, testem.”  Nós, como cristãos, dizemos: “orem, orem, orem.”

Semana de Oração – Clamor pelo mundo

A igreja precisa ser resistente e continuar no apoio aos que sofrem e no clamor a Deus em favor do mundo. Convocamos os promessistas a participarem das ações da semana de oração “Clamor pelo mundo”.
Amanhã (21-03) às 9h, publicaremos em nossas redes sociais um vídeo ao vivo, direcionado àqueles que participarão desse tempo de oração. Fique atento!
Acesse o link, baixe o e-book da semana de oração e compartilhe com seus amigos.

Coisas que o coronavírus deve nos ensinar – II

5. A diferença entre medo e fé
Qual é a sua reação para com essa crise? É fácil ser dominado pelo medo. É fácil ver o coronavírus em todo o lugar que eu olho: no teclado do meu computador, no ar que eu respiro, em cada contato físico e em cada esquina, esperando para me infectar. Nós estamos em pânico?
Ou talvez essa crise está nos desafiando a reagir de maneira diferente – com fé e não com medo. Não fé nas estrelas ou em alguma deidade desconhecida. Em vez disso, fé em Cristo, o bom pastor que é também a ressurreição e vida.
Certamente somente Jesus está no controle desta situação; certamente somente Ele pode nos conduzir através desta tempestade. Ele nos chama para confiar e crer, para ter fé e não medo.
6. Nossa necessidade de Deus e nossa necessidade de orarmos
No meio de uma crise global, como nós podemos como indivíduos fazer a diferença? Frequentemente nós nos sentimos pequenos e insignificantes.
Há algo que podemos fazer. Nós podemos clamar ao nosso Pai Celestial.
Ore pelas autoridades que governam nossos países e cidades. Ore pelos times médicos que estão tratando a doença. Ore pelos homens, mulheres e crianças que já foram infectados, pelas pessoas que estão com medo de deixar suas casas, por aqueles que vivem nas áreas de risco, por aqueles que estão nos grupos de risco com outras doenças e pelos idosos. Ore para que Deus possa nos proteger e guardar. Ore a Ele, para que ele possa nos conceder misericórdia.
Ore também para que o Senhor Jesus retorne, que ele possa voltar e nos levar para a nova criação que ele tem preparado para nós, um lugar que não haverá mais lágrimas, nem morte, nem luto, nem choro ou dor (Ap 21.4)
7. A vaidade de muitas coisas da nossa vida
“Vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade” (Eclesiastes 1.2). É muito fácil perdermos a perspectiva no meio das loucuras da nossa vida. Nossos dias estão tão cheios com pessoas e projetos, trabalhos e listas de desejos, casas e feriados, que nós podemos ter dificuldades para distinguir o importante do urgente. Nós nos perdemos no meio das nossas vidas.
Talvez essa crise nos relembre com o que devemos nos preocupar nas nossas vidas. Talvez nos ajude a distinguir entre o que é significativo e o que é sem sentido. Talvez o campeonato de futebol, ou aquela cozinha nova, ou aquele post no Instagram não seja essencial para minha sobrevivência. Talvez o coronavírus esteja nos ensinando o que realmente importa.
8. Nossa Esperança
Neste sentido, a questão mais importante não é, “Que esperança você tem ao se deparar com o coronavírus?” porque Jesus veio para nos alertar sobre a presença de um vírus muito mais letal e já espalhado – um que já atingiu todo homem, mulher e criança. Um vírus que não termina só na morte certa, mas na morte eterna. Nossa espécie, de acordo com Jesus, vive no surto de uma pandemia chamada pecado. Qual é a sua esperança diante desse vírus?
A história da Bíblia é a história de um Deus que entrou em um mundo infectado com esse vírus. Ele viveu com pessoas doentes, sem vestir uma roupa de proteção química, mas respirando o mesmo ar que nós respiramos, comendo a mesma comida que comemos. Ele morreu isolado, excluído do seu povo, aparentemente longe do seu Pai em uma cruz – tudo que ele pode fornecer a este mundo doente como um antídoto para o vírus, para que Ele possa nos curar e nos dar a vida eterna. Ouça suas palavras:
“25Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; 26e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?” (João 11.25-16
Traduzido por Jonatas Miranda
Mark Oden é pastor da Igreja Evangélica de Nápoles, na Itália. Um ex-Oficial da marinha Real, ele é graduado em teologia pela Oak Hill Theological College em Londres. Ele e sua esposa Jane tem quatro filhos
Fonte: https://coalizaopeloevangelho.org/