A escravidão da pornografia

Bilhões de reais circulam no ramo pornográfico. Atualmente há uma explosão na circulação desse tipo de material com disponibilidade e facilidade de acesso pelo computador a sites vulgares, ambíguos e promíscuos. Em vista disso, a “popular” revista Playboy, nos EUA, anunciou o fim da publicação de fotos de mulheres nuas em poses eróticas e artigos relativos a sexo na revista e o redirecionamento de seu conteúdo (outubro de 2015). No Brasil, a publicação deixou de circular em dezembro último, diante da concorrência com os sites pornográficos. É a admissão de que agora a internet domina o mercado, tornando inviável a tentativa de manter seus leitores.
A pornografia também cresce assustadoramente porque a cultura contemporânea se tornou escrava de tudo o que se relaciona a sexo. O apóstolo Pedro, em sua segunda carta, capítulo 2, versículo 19, nos diz: “Prometem liberdade a essas pessoas, mas eles mesmos são escravos de hábitos imorais. Pois cada pessoa é escrava daquilo que a domina”. Milhões de pessoas no mundo estão escravizadas pelo vício da pornografia. Ela é um dos mais atrozes instrumentos de Satanás para destruir seres humanos, famílias e igrejas. A revista americana The Week divulgou dados estatísticos alarmantes relacionados à pornografia na internet, como se vê no quadro na página anterior. No Brasil, não há ainda dados estatísticos que possam nos fornecer uma noção clara da atuação dessa indústria.
Despertar do desejo incontrolável
A pornografia é um pecado que consegue destruir vidas. A palavra “pornografia” tem sua origem em duas expressões gregas: prostituta e escrever, cuja referência está associada a registros sobre prostituição. No decorrer dos séculos, ela passou a significar todo tipo de atividade sexual fora do casamento e se propagou através da produção de filmes, vídeos, DVDs, revistas, sites na internet, em lojas virtuais e de rua, enfim, por meio de uma parafernália de “material adulto” pornô. Mensalmente, somente no que diz respeito a revistas pornográficas, cerca de oito milhões de cópias chegam às bancas de jornal brasileiras.
A pornografia manifesta-se de forma criativa e variada, sem considerar limites e afrontando desrespeitosamente, e de diversas maneiras, a dignidade do ser humano. Na internet, por exemplo, há a exposição pública de nudez e de relações sexuais explícitas. Porém, o mais grave, cruel e doloroso é o horror da pornografia infantil.
O principal propósito de toda essa aberração é despertar um incontrolável desejo sexual naqueles que assistem, ouvem ou leem. É claro que, por trás dessa armadilha, está a ganância pelo lucro financeiro.
O que a Bíblia diz
É importante reconhecermos a distinção que há entre erotismo e pornografia. No contexto de um relacionamento conjugal, o erotismo é plenamente saudável. Quando duas pessoas se casam e se comprometem a ficar juntas “até que a morte as separe”, o prazer sexual que podem experimentar é uma bênção. O sexo foi idealizado por Deus para a procriação e para a satisfação. Então, o prazer do casal não tem qualquer relação com pornografia.
Em Provérbios 5.15-19 e Cantares de Salomão 4.12; 5.1; 7.9-12 encontramos a exploração do erotismo no contexto em que Deus o abençoa, isto é, no casamento. Diferente disso, a pornografia tem como alvo a excitação sexual por intermédio da exibição de imagens sexuais explícitas no contexto da prostituição, do adultério, da homossexualidade, da bestialidade (ou relações sexuais entre seres humanos e animais).
A Bíblia condena qualquer relação sexual fora do casamento. Duas cidades, Sodoma e Gomorra, foram destruídas por Deus como punição contra a homossexualidade ali praticada (Gênesis 18.16-21; Romanos 1.21-25; Hebreus 13.4). A Bíblia também condena a pornografia infantil. Ela é um dos aspectos mais trágicos desse pesadelo que envergonha e fere a nossa sociedade ou qualquer outra. A legislação brasileira considera pedofilia apresentar, produzir, fornecer, divulgar ou publicar fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente.
Aqueles que praticam este tipo de crime precisam ser punidos pelas mais severas leis e penalidades. Em Mateus 18.6-10, Jesus disse as seguintes palavras em prol da proteção das crianças: “Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho e fosse afogado na profundeza do mar” (v.6). “Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus veem incessantemente a face de meu Pai celeste” (v.10).
A pornografia pode causar distúrbios emocionais e espirituais, alerta a Palavra de Deus. A carta de 2 Pedro 2.7-8 relata as dificuldades que Ló, sobrinho de Abraão, enfrentou vivendo na cidade pervertida de Sodoma. A pornografia é um tormento repugnante para a alma do homem de Deus, que baseia seus padrões na sua Palavra.

Dependência compulsiva
O vício sexual é uma dependência compulsiva de uma excitação erótica que resulta em padrões de comportamento e pensamentos destrutivos. Você se sente encurralado, neste momento, na prisão do vício da pornografia? Será que ainda há esperança de quebrar os grilhões de um estilo de vida tão corrompido?


Nossas necessidades estão além do sexo
A necessidade de ser amado
O sexo fornece a sensação de sermos amados, porém sexo não é amor e amor não é sexo. O amor verdadeiro busca ofertar o melhor para a outra pessoa. É assim que Deus nos ama, como está relatado em 1 Coríntios 13.4-7.
A necessidade de significância
O sexo pode dar a sensação de sermos significantes. Ele provoca um sentimento de autoestima elevada. Em Salmo 139.13-18, Deus estabeleceu o quanto valemos. O texto afirma que somos especiais e preciosos por sermos apenas o que somos, criaturas de Deus.
A necessidade de segurança
O sexo faz esquecer, temporariamente, a dor da insegurança. Deus é o nosso pastor e só ele faz com que nada nos falte. Somente ele pode nos dar completa segurança.
O sexo, de modo algum, nos assegura amor, significância ou segurança. Precisamos focar nossa atenção naquilo que é positivo e verdadeiro. Temos a força de Deus (Filipenses 4.13). Temos uma nova prioridade (Romanos 12.2). Temos um novo propósito: refletir a imagem de Jesus Cristo no nosso caráter (Romanos 8.29).
Libertação
Por certo, alcançar a libertação de um vício tão sério não é algo simples, porém não é impossível. Antes de tudo, a pessoa precisa ter vontade e determinação de fazê-lo e, para isso, provavelmente necessitará de ajuda psicológica, de preferência de um cristão.
Aqueles que creem em Deus podem contar com a sua ajuda e a sua presença constante ao seu lado, fortalecendo sua mente e seu corpo para fugir das tentações e abandonar esse vício que, impiedosamente, quer encarcerar e limitar sua vida em definitivo. O Senhor lhe ajudará a:

  1. Permitir que Jesus supra as suas necessidades: “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” (Filipenses 4.19).
  2. Discernir a sua maior necessidade emocional: Amor? Significância? Segurança?
  3. Encontrar uma pessoa de confiança para acompanhá-lo: Alguém a quem prestar contas.
  4. Estabelecer limites: Ser honesto e transparente ao prestar contas de suas atividades semanais, compartilhando comportamentos, atitudes e até mesmo palavras e pensamentos.
  5. Mergulhar diariamente na leitura, meditação e memorização da Palavra de Deus: “Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra. Com todo o meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos. Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti” (Salmo 119.9-11).

Jaime Kemp é diretor do Ministério Lar Cristão. Foi missionário da Sepal por 31 anos e fundador dos “Vencedores por Cristo”. É palestrante e autor de 60 livros. Casado com Judith Kemp, é pai de três filhas e avô de três netos.

Emprego em tempos de pandemia: dicas para entrevista e orientações!

O cenário de isolamento social frente à pandemia trouxe grandes desafios aos empregadores e empregados e uma nova, mas não desconhecida, modalidade de trabalho: o home office, que até então, normalmente era praticado por trabalhadores independentes, os autônomos também conhecidos por freelancers.
Desde março deste ano, a maioria das empresas teve que desbravar esse universo do qual talvez tenha se esquivado por muito tempo, por ser um mundo desconhecido para muitas organizações ou, digamos, impraticável até aquele momento. No entanto,  foi necessário se render às exigências do Governo, porque a ordem do momento era para ficar em casa.
Como Gerente na área de Recursos Humanos em um Grupo Empresarial do ramo automobilístico, pude perceber que, inicialmente, as empresas optaram por redução no quadro de seus funcionários, pois o cenário era de incertezas. Havia muitas perguntas e poucas ou quase nenhuma resposta, que somente vieram com o passar dos meses. Outras aproveitaram a oportunidade para a renovação de suas equipes, traçando novos perfis, pois o cenário desenhado era bastante desafiador.
Com os impactos da pandemia, não tinha mais como evitar. Além dos desligamentos, tiveram que adotar o home office, e essa experiência trouxe novos olhares para as organizações e o que aparentemente era impraticável, tornou-se totalmente viável, com reflexos positivos de redução de custos e otimização de tarefas. Identificou-se que era possível executar mais atividades, de forma eficiente e eficaz, com menos colaboradores. A contrapartida, foi que os colaboradores também tiveram que se reeducar para a adaptação ao novo modelo de trabalho proposto pelas empresas, aliás muito mais trabalho, sendo que a grande maioria dos remanescentes tiveram que se reinventar com esta modalidade, revendo conceitos e reforçando competências, tais como disciplina, gestão do tempo, autogerenciamento, entregas mais relevantes e mensuráveis de resultados e muitas outras que foram estabelecidas por este contexto. O grau de exigência aumentou e agora, mais do que nunca, pela alta demanda de trabalho, se faz necessário ter profissionais engajados, comprometidos e de alta performance.
Interessante observar que, não demorou muito, algumas empresas identificaram que se precipitaram nos desligamentos, pois a produtividade em alguns ramos de atividade aumentaram, então elas passaram a fazer uma retomada gradativa das atividades e, consequentemente, a reposição de seu quadro de colaboradores. E atualmente estamos vivenciando um tempo onde muitas oportunidades de trabalho têm surgido. Então, você precisa se preparar pois, a qualquer momento, você poderá estar diante daquela oportunidade de trabalho que tanto tem esperado.
E se isso ocorrer? Você está pronto para esta nova realidade?
Dessa forma, vale dizer que um dos primeiros contatos que um candidato tem com o empregador é através do currículo. Já parou para pensar o que realmente significa esse documento de tanta importância? Se buscarmos o conceito de currículo vitae, trata-se de um termo proveniente do latim, que significa trajetória de vida ou trajetória profissional, onde você pode relatar suas experiências profissionais, histórico acadêmico, cursos livres e também  demonstrar as habilidades e competências adquiridas ao longo de um período da vida.
Costumo dizer que o currículo é o retrato da sua vida profissional. O selecionador, ao ler seu currículo, tem contato com a sua história, quais caminhos você transitou até aquele momento. Assim, estará avaliando se o seu currículo se adequa com a vaga existente na empresa.
Então, vejamos quais são os novos desafios para quem está em busca de uma nova oportunidade de trabalho.
Vamos observar 09 DICAS para elaborar o seu currículo em tempo de pandemia, em busca de uma oportunidade de emprego, seja home office ou não:
1 – Tenha cuidado ao copiar o currículo de alguém. Muitas vezes a pretensão é só copiar o modelo e você pode acabar deixando dados que são da outra pessoa e não os seus. Isso pode ser uma armadilha, pois se for questionado em uma entrevista, pode ficar em uma saia justa.
2 – Descreva corretamente dados pessoais, nome completo, endereço, e-mail, telefones fáceis de contato. Não subtraia estes dados, pois na hora da seleção, a falta deles pode fazer com que o selecionador coloque seu currículo de lado. São dados importantes para enquadramento na vaga que está em aberto. Mesmo com o advento do home office, o endereço se faz necessário, caso a empresa tenha rotina em que colaborador precise atender alguma demanda na empresa ou, no caso de vaga presencial, a empresa avalia distância para verificar o tempo de locomoção do candidato até o local onde a vaga está sendo disponibilizada. Ressalto que este item logo mais terá que ser revisto, considerando que a LGPD (Lei geral de proteção de dados), que já entrou em vigor mas ainda está em processo de compreensão, determina que algumas informações não poderão mais ser solicitadas pelas empresas contratantes. Fiquem atentas, pois logo mais as empresas criarão dispositivos de recebimento de dados dos candidatos, para efetivação de seus processos seletivos.
3 – Foto –  não precisa inserir, a não ser que seja solicitado. E quando solicitarem, atente para a foto que irá enviar, lembrando que “você tem uma chance de causar uma primeira boa impressão”.
4 – Quanto à idade, é opcional mencionar, as empresas não podem exigir esta descrição pois pode incorrer em informação discriminatória. Mas saiba que, ao não indicar, você poderá concorrer a vagas que não estejam de acordo com as suas expectativas.
5 – Descreva seu OBJETIVO. Facilita muito quando o candidato descreve em qual área deseja atuar. Não importa que haja uma diversidade de interesses, destaque no mínimo um e no máximo três, isto aumenta suas chances diante da quantidade de currículos que chegam todos os dias para seleção. Imaginem triar 300 currículos para uma vaga!
6 – Descreva de forma sucinta as atividades que já desempenhou, um breve histórico com a descrição das funções exercidas.
7 – Coloque as três últimas experiências profissionais em ordem decrescente, ou seja, em primeiro lugar a última empresa em que trabalhou. Opte por descrever a data de saída ao invés de colocar tempo de permanência na empresa. A última data é importante para o selecionador saber a quanto há tempo está desempregado ou se está trabalhando atualmente.
8 – Descreva sua formação acadêmica também em ordem decrescente.
9 – Discorra sobre os cursos realizados nos últimos meses, ainda que tenham sido online. muitos profissionais orientam para não colocar, no entanto esta descrição demonstra que você está sempre buscando atualização.
E não se esqueça que todas as sugestões acima são preparações técnicas e pessoais, para se apresentar no universo corporativo. Mas você não deve deixar de colocar a sua vida nas mãos de Deus, para que Ele  a conduza para a melhor oportunidade. Nós como seres humanos, pecadores que somos, temos visão limitada e, muitas vezes, podemos nos deparar com situações que são aparentemente brilhantes, mas podem ser grandes armadilhas.
Faça a preparação que que estiver ao seu alcance, pois certamente, a seu tempo, a porta que Deus preparou para você lhe será aberta.
Não desanime, confie! Porque aquele que começou a boa obra é fiel para aperfeiçoá-la.
 
Cleonice Andrade da Costa é casada com Valdeir Gomes da Costa, mãe do Murilo e do Felipe, é Gerente de Recursos Humanos, graduada em Administração de Empresas e pós graduada em Gestão Estratégica de Pessoas e Docência para o Ensino Superior. Serve a Jesus na Igreja Adventista da Promessa em Santana, São Paulo – SP
Ajuda com orientações: https://www.linkedin.com/in/cleocosta
 
 

A missão de ensinar para transformar

É certo que os tempos mudaram, e com isso as necessidades educacionais também. As metodologias e ferramentas utilizadas anteriormente necessitaram de um novo olhar. Os professores se reinventaram rapidamente, aprenderam novas habilidades, aliaram-se às tecnologias, trouxeram a sala de aula para dentro de casa e enfrentaram todos os desafios para cumprir uma missão: ENSINAR.
Porém ensinar é muito mais do que transmitir conhecimentos e o professor comprometido com a educação compreende que ensina para transformar vidas. Para isso precisa manter o amor pelo ensino e por seus alunos, criando vínculos afetivos, conhecendo as adversidades que enfrentam, o contexto social em que vivem e demonstrando interesse em seus questionamentos.
Quando compreendemos que somos salvos pela graça e que nossa missão é ensinar aos outros tudo o que Jesus nos ordenou (Mateus 28:20), somos tomados por um sentimento de gratidão e pela vontade de servir a Deus com o nosso trabalho, nos âmbitos sociais em que estamos inseridos. O professor tem a oportunidade diária de impactar vidas por meio de suas palavras, atitudes, por sua dedicação ao próximo e pela busca da excelência em suas aulas. Assim podemos ser uma igreja presente entre as pessoas, atuando de maneira relacional e intencional, apresentando Jesus a partir de atitudes diárias que demonstram o Amor de Deus com paciência, bondade, igualdade e justiça.
Desse modo, professor, não deixe que as dificuldades do cotidiano lhe impeçam de continuar transformando vidas por meio da educação. Procure ser missional, interessado(a) em se relacionar com a sociedade em que está, ao passo que as pessoas percebam a singularidade de uma vida que foi impactada pela graça de Deus. Parabéns pelo seu dia, Professor! Orgulhe-se por tão nobre profissão que é capaz de transformar e impactar vidas! Que Deus te abençoe e capacite cada dia mais!
Lílian de Lima Pimenta Lopes é casada com Kassio Lopes, pedagoga pós-graduada em psicopedagogia, atua como professora do Ensino Fundamental l, ela e o esposo servem a Jesus na Igreja Adventista da Promessa no Bairro de Santana, São Paulo – SP.
 
 
 
 
 

Leia mais: Câncer de Mama

Doença tem 95% de cura, se detectada precocemente
Primeiro, a dúvida: um caroço, um nódulo, um exame com “problema”. Depois a espera: uma biópsia da mama… Enfim, o diagnóstico: câncer de mama! E agora? Vou morrer? Quanto tempo tenho de vida? E o meu seio? E a minha família, como vai ficar quando souber? Quantas dúvidas e incertezas passam pela cabeça de uma mulher nesse momento. O câncer de mama é, provavelmente, o mais temido pelas mulheres, devido à sua alta frequência e, sobretudo, pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal. Ele é relativamente raro, antes dos 35 anos de idade, mas acima dessa idade, sua incidência cresce rápida e progressivamente.
No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama também é o mais incidente em mulheres de todas as regiões. Para o ano de 2020 foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer).
O QUE É CÂNCER DE MAMA?
As mamas (ou seios) são glândulas e sua função principal é a produção de leite. Elas são compostas de lobos que se dividem em porções menores, os lóbulos, e ductos, que conduzem o leite produzido para foram pelo mamilo.
TIPOS DE CÂNCER DE MAMA
A maioria dos cânceres de mama acomete as células dos ductos das mamas. Por isso, o tipo mais comum se chama Carcinoma Ductal. Ele pode ser in situ, quando não passa das primeiras camadas de célula desses ductos, ou invasor, quando invade os tecidos em volta. Os cânceres que começam nos lóbulos da mama são chamados Carcinoma Lobular e são menos comuns que o primeiro. Outros tipos são mais raros, mas ocorrem. A chamada Doença de Paget é um tipo de câncer nos ductos do leite que se espalha para a auréola, normalmente causando coceira, descamação ou enrugamento do mamilo. Já o carcinoma inflamatório é muito agressivo, espalhando-se com mais rapidez, comprometendo toda a mama, deixando-a vermelha, inchada e quente.
PRINCIPAIS FATORES DE RISCO
Cerca de 75% a 80% dos casos ocorrem em mulheres com mais de 50 anos. Antecedentes na família também contribuem para o surgimento da doença, principalmente entre parentes de primeiro grau (quanto maior a proximidade do parentesco, mais alto é o risco). A presença de mutações em determinados genes aumenta o risco da doença. Em famílias com um número elevado de casos, o teste genético pode demonstrar a presença ou não da mutação. Com essa informação, os médicos podem sugerir medidas de prevenção ou otimizar a detecção da doença nessa população de risco.
Outro fator de risco é a menarca precoce (primeira menstruação antes dos 12 anos) ou menopausa tardia (parada da menstruação após os 50 anos). A primeira gravidez após os 35 anos pode também representar um fator de risco, além da não-amamentação. 

SINTOMAS
Na maior parte das vezes, o primeiro sinal do câncer de mama é um pequeno nódulo no seio, geralmente indolor, que pode crescer lenta ou rapidamente. Outros sintomas incluem: mudança de cor, reentrâncias, enrugamentos ou elevação da pele em uma área do seio; mudança do tamanho ou formato do seio; secreção no bico do seio (principalmente sanguinolenta ou tipo água cristalina); um ou mais nódulos nas axilas. Em casos mais adiantados, pode aparecer ferida na pele com odor muito desagradável.
DIAGNÓSTICO
Para descobrir o câncer de mama o mais rápido possível, você deve seguir as orientações do seu ginecologista e a recomendação do Ministério da Saúde: autoexame mensal entre o 7º e o 10º dia após a menstruação ou em dia mensal instituído pela paciente, quando menopausada. O autoexame é simples e deve ser feito apenas uma vez por mês, longe da menstruação (fase em que as mamas encontram-se inchadas, doloridas e cheias de nodulações). A primeira vez que se palpa a mama, pode-se ter a sensação de muitos “caroços anormais”. Porém, com o passar do tempo, adquire-se um auto conhecimento das mamas, e, se algo anormal aparecer, a paciente poderá identificá-lo.
O Ministério da Saúde também prevê o exame clínico das mamas pelo ginecologista, anualmente, para todas as mulheres com 40 anos ou mais. O exame clínico das mamas deve fazer parte também do atendimento integral à mulher em todas as faixas etárias. As mulheres com idade entre 40 e 69 anos devem fazer a mamografia, com intervalo máximo de dois anos entre os exames. Já as mulheres pertencentes a grupos populacionais com risco muito elevado (mãe ou irmã com câncer de mama ou muitos casos na família) devem fazer o exame clínico das mamas e mamografia anual a partir dos 35 anos. Se a mamografia mostrar alguma lesão, o médico indicará biópsia.


TRATAMENTO
Existem vários tipos de tratamento para o câncer de mama. São vários fatores que definem o que é mais adequado em casa caso. Além disso, o médico pede exames de laboratório e de imagem para definir qual a extensão do tumor e se ele saiu da mama e se alojou em outras partes do corpo. Se o tumor for pequeno, o primeiro procedimento é uma cirurgia para extração do mesmo. Dependendo do tamanho da mama, da localização do tumor e do possível resultado estético da cirurgia, o cirurgião retira só o nódulo, uma parte da mama (geralmente, um quarto da mama ou setorectomia) ou retirada total (mastectomia) e os gânglios axilares. As características do tumor retirado e a extensão da cirurgia definem se a mulher necessitará de mais algum tratamento complementar.
Em alguns casos, utiliza-se a radioterapia, que consiste na aplicação de feixe de raios ionizantes para a destruição de células tumorais que ainda existam no local da cirurgia que, por ser tão pequena, pode não ter sido localizada pelo cirurgião ou pelo patologista. Dependendo do estadiamento, ou seja, quão avançada esteja a doença, também será indicada quimioterapia (uso de medicamentos que matam células malignas circulantes) ou hormonioterapia (uso de medicações que bloqueiam a ação dos hormônios).
A boa notícia é que essa doença tem 95% de chance de cura, se o diagnóstico e o tratamento forem feitos precocemente.
Porém, independentemente de quão avançada está a medicina moderna e quantos tratamentos existam, saiba que tudo o que acontece com você não passa despercebido pelos olhos amorosos e atentos do nosso Deus. Se algo não sair exatamente como você esperava, saiba que Ele ainda continua no controle.
Cláudia Falcão Marques do Amaral é ginecologista e obstetra. Congrega na IAP em Vila Medeiros (São Paulo, SP). Texto publicado no Clarim 57, maio a outubro de 2009.

Mulher em construção

Todos sabemos que no mês de outubro comemora-se o dia das crianças, ansiosamente esperado pelos pequeninos. Mas você sabia que dia 11 é o “Dia Internacional da Menina”?
Pois é, a data foi criada em 2012 pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o intuito de chamar a atenção para os direitos das meninas e adolescentes em todo o mundo.
Temas importantes são tratados, como a gravidez entre pré-adolescentes, que em relatório divulgado em 2018 pela ONU teve um índice de 46 nascimentos para cada mil meninas de 15 a 19 anos. No Brasil a taxa é de 68,4. Isso sem falar em casos de gravidez em meninas ainda mais jovens, com até 10 anos de idade, vítimas de abusos muitas vezes de pessoas de suas próprias famílias. Nessa faixa etária a mortalidade materna é preocupante e o alerta necessário.
Comunicação e informação geram esclarecimentos, por isso precisamos falar com nossas meninas sobre estes assuntos também.
Mas podemos começar demonstrando o quanto são importantes, amadas pelo Criador de um jeito imensurável! E neste dia, além de informações, dizer o quanto são preciosas, cada uma de um jeito único e especial. Ensinar que no mundo enfrentamos muitas batalhas, desigualdades, preconceitos, mas que Deus capacitou a todas, que Ele não faz acepção de pessoas, como lemos em Atos 10:34; que seguimos realizando sonhos e conquistando vitórias! E, para que se tornem mulheres fortes e respeitadas, precisamos ensiná-las a valorizar quem as trata com amor, e que não precisam e nem devem aceitar serem tratadas de forma diferente. Podemos contar umas com as outras, e com todos os que nos amam.
Precisava de um dia especial para isso? Talvez não…mas uma pesquisa simples vai mostrar que em minutos uma menina morre em algum lugar vítima de violência, milhões de meninas não têm acesso à educação, sem contar as formas horríveis de mutilações a que são submetidas. E os dados chocantes seguem em várias direções, há muitas em grau extremo de vulnerabilidade por aí… observem à volta!
Devemos nos conscientizar do cuidado que nossas meninas precisam em todo o mundo. A atenção, o carinho e direcionamento, necessários, sempre respeitando a individualidade e a personalidade incrível que Deus concedeu a cada uma.
Malala Yousafzai, uma jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 2014, disse: “Só percebemos a importância da nossa voz quando somos silenciados”. Por isso conversem com as meninas de sua vida, orientem, cuidem e estendam a mão. Estejam presentes em suas vidas.
Em 1ª João 2:14 lemos que o apóstolo, dirigindo-se aos jovens diz: “Eu vos escrevi, porque sois fortes”.
Então, meninas, sigam em frente…vocês são fortes. Feliz dia das meninas!
Ministério de Mulheres

Semear amor

Já percebeu como é bom fazer algo a dois? Estar sozinha as vezes é bom e necessário, mas tem coisas que são muito mais prazerosas quando compartilhadas, desde atividades em família como cozinhar ou assistir um filme, ou até com alguém do convívio fora de casa, como uma amiga, experimentando uma receita de bolo diferente, tomando sorvete, conhecendo novos lugares e sabores, descobrindo coisas em comum, orando…
Espere! Talvez você esteja se perguntando: Oração? Ela disse oração mesmo? Sim, eu disse orando. A aproximação de Deus por meio de palavras, aquela conversa particular e especial que envolve confissão, entrega, feita tantas vezes com lágrimas e preocupações entregues diante da presença daquele que pode aliviar, curar, restaurar, transformar, tocar corações e responder de acordo com sua vontade. A oração pode ser tanto intercessora, quando oro por alguém com um propósito específico, quanto compartilhada entre duas pessoas, por exemplo quando combinado com alguém de orar juntos em determinado horário, mesmo que cada um na sua casa.
No livro de Eclesiastes 3 versículos 1 a 8, na Bíblia, o autor fala sobre o tema “Há tempo para tudo”, já no versículo 1: “Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu”; e mais especificamente na segunda parte do verso 3 diz que há “tempo de plantar”. Plantar ou semear, essas duas palavras possuem o mesmo significado.
Descobri que esse tem sido um tempo propício para semear amor. Estamos vivendo um ano atípico, uma pandemia, pessoas doentes, outras perdendo a vida ou alguém querido, ansiedade, desemprego e insegurança. A angústia consome, muitos beiram ao desespero, a solidão é imensa e o desânimo abate. A maioria das pessoas se sente sozinha, precisa de alguém para conversar, abrir o coração ou mesmo suprir necessidades físicas. Como ser humano, o que mais se deseja é alguém do lado, que o entenda e ajude.
Olhando 2020 por uma outra perspectiva, descobri que também é tempo de plantar, ou seja, semear. Como? Através da empatia, do colocar-se no lugar do outro. E a oração é uma forma de fazer isso. Quando oro, posso tanto apresentar minha vida quanto de outras pessoas diante de Deus, mas a oração também é algo que pode ser feito em parceria, em conjunto. A oração é uma semeadura que pode ser feita na companhia de alguém, mesmo que cada um esteja na sua casa.
Quando me comprometo a orar por alguém ou com alguém, estou dizendo que me preocupo a ponto de querer ajudar a buscar a resposta e direção de Deus. A oração é uma forma de semear amor.
E às vezes tudo que a pessoa precisa é de alguém para estar ao seu lado e mostrar que para Deus não há impossível, o choro e a tristeza podem se tornar em alegria e paz, a doença em cura. Mesmo que distantes fisicamente, podemos estar próximas através de uma mensagem de esperança, lembrando a pessoa de que Deus existe e está perto de nós, pronto para nos ouvir e abençoar.
Semear amor, através da oração…
Já reparou na expressão do rosto de uma pessoa quando você diz que está orando por ela e por sua família que estão enfrentando um grande desafio? Ou quando assume o compromisso de orar com ela por um propósito específico? Na resposta de alívio ao perceber que não está lutando sozinha? No sorriso ao ver que o tempo nublado e pavoroso pelo qual tem passado está se transformando em um novo dia? Que a tempestade é acalmada pelo Mestre dos Mestres e que a paz voltou a reinar?
A Bíblia Sagrada nos diz em 1 João 3:18 diz: “Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade.”
Wiersbe comenta que amar “de palavra” significa, simplesmente, falar sobre uma necessidade, mas amar “de fato” significa fazer algo para suprir essa necessidade. Amar “de boca” é o oposto de amar “de verdade”, significa amar sem sinceridade. Amar “de verdade” é amar uma pessoa de forma autêntica, não só da boca para fora.
Orar é uma atitude de amor…
E então, aceita semear amor através da oração? Esteja preparada porque a semente se torna fruto, e eles virão e serão vistos, mas o mais importante é que serão compartilhados com aquele gostinho bom de vitória, por você e por uma amiga de oração.
Adriana Cristina Mantelato Coveiro, casada com Ailton Góis Coveiro, é agente de viagens, formada em Administração de Empresas e congrega na Igreja Adventista da Promessa em Jardim América, Jales/SP.
 

Pega na minha mão!

“E lhes darei um só propósito, um só coração e um só Caminho.. Jeremias 32:39
Uma mulher que admiro muito certa vez me disse que éramos como os dedos de uma mão (certo, duas mãosII). Muito diferentes de todas as formas, mas juntos tínhamos um propósito. Ah, sim, ela tem muito crédito no auge de seus quase cem anos de vida e experiência: minha mãe! E falava de nós, seus filhos… Vai lá, tenta segurar um prato com um dedo, e vai entender a força e o propósito de uma mão!
A vida nos ensina que há momentos também para a solitude, para os passos solitários e até decisões individuais. São necessários para o amadurecimento de cada um… E nessa jornada seguimos agregando muitas pessoas que de certa forma nos ajudam a melhorar, a crescer, alcançarmos sonhos e objetivos.
Família, amigos e até alguns que encontramos uma única vez! Já vivenciou algo assim? Um auxílio inesperado ao realizar algo?
Anos atrás, num dia de tempestade, ofereci meu guarda-chuva a uma moça desconhecida, elegante, de salto, para ir até o estacionamento. Lembro até hoje da surpresa em seu olhar… e ainda nos alegramos ao recordar esse dia. Sim! Hoje, amigas! Íamos ao mesmo lugar, mas somente eu tinha a proteção para a chuva, que gentilmente dividi.
Somos muitas por aí, nos lares, nas faculdades, nos trabalhos, nas ruas, com propósitos individuais e únicos, com sonhos, anseios e expectativas.
Juntas podemos atravessar não somente ruas alagadas, dividindo guarda-chuvas, mas sim fazer a diferença nesse mundo maravilhoso criado por Deus.
Trocarmos experiências (que vão além da receita do bolo, mas aceito a sua!), aprendermos sobre resiliência (eu sofro, você sofre, mas contamos uma com a outra!), ensinarmos e aprendermos!, e nas horas difíceis ajudar a lembrar que somos filhas amadas diante de um Pai que está no controle de tudo!
Juntas num só propósito, como os dedos das mãos.
Propósito de cumprir a missão conforme Jesus nos ensinou, espalhar o amor de Deus por aí como sementes que germinem flores, até em frestas no asfalto, de tal forma que em todos os lugares todos sintam o cheiro delas… cheiro de amor.
E disso todas entendemos bem! “Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como amamos a nós mesmas”. (Marcos 12:29-34).
Pega na minha mão, amiga. E oferece a sua também!
Deus nos abençoe!
Escrito por Genilda Farias, casada com Silas Farias e mãe do Pedro José. Formada em Letras e Pedagogia, congrega na Igreja Adventista da Promessa em Vila Maria – SP.

Perdas e Lutos

A vida é cheia de fins e despedidas. Mas, os finais de algumas coisas, em geral, indicam o início de outras. Um bom exemplo são as fases da vida. Ao nascer perdemos o conforto e o  aconchego uterino, mas ganhamos a possibilidade de ver a luz e respirar por nós mesmos. Depois perdemos a comodidade de ser carregado no colo e ganhamos a possibilidade de ser livres e andar com as próprias pernas. Perdemos os privilégios e a dependência da infância, mas, aos poucos, vamos ganhando a liberdade e a responsabilidade do adulto. Perdemos o vigor da força e da beleza física do jovem, mas ganhamos o acúmulo da experiência e a capacidade de ver o que antes não conseguíamos. E assim por diante.
Isso sem contar com as perdas do dia a dia. Um objeto perdido, algum item que nos foi roubado ou alguma coisa destruída, alheia à nossa vontade, como a quebra de algo valioso. Temos também as despedidas da natureza. O dia termina, para que a noite se inicie, e vice-versa. A primavera se vai, para que o verão chegue.
No entanto, temos dificuldade em nos despedir do que se foi e muitos ficam tão presos ao que já está morto ou desaparecido que se tornam incapazes de elaborar toda a dor da perda para conseguirem reorganizar as próprias vidas e enxergarem o novo que pode surgir.
As perdas ocasionam tristezas e exigem um desapego dolorido que podem desembocar no luto. Isso é verdadeiro para pequenas e grandes coisas, até chegarmos à experiência das perdas da vida: alguém que morre. Mas quem não sabe se despedir das “mortes” pequenas terá muito mais dificuldade em se despedir de grandes perdas, como as que ocorrem nas catástrofes, ou das pessoas, quando a morte chega.
Nem todos passarão pelo horror de tragédias como enchentes, furacões e acidentes. Mas, com certeza, todos nós passaremos pelo desconforto de pequenas perdas e pela dor horrorosa da perda de alguém querido pela morte. E é muito mais desesperador e dolorido quando a morte nos surpreende ou acontece de maneira precoce, como no caso de pais que perdem filhos.
Elisabeth Kluber Ross, médica que passou anos acompanhando portadores de doenças chamadas “terminais” e famílias enlutadas, em seu livro Sobre a morte e o morrer, afirma que, no processo do luto, passamos pela negação, pela raiva, pela barganha, pela depressão para, finalmente, nos adaptarmos à nova realidade.
Penso que estas frases não acontecem nesta ordem e desta forma para todos, mas posso afirmar que é preciso passar pelo desencanto que as perdas geram.
Quando conseguimos nos despedir de algo ou da pessoa que se foi, teremos mais recursos para dar um novo significado à vida.
O que fazer, então?
A primeira etapa é tomar consciência da realidade da vida e da finitude do corpo. Se estamos conscientes de que a cada dia que passa caminhamos para a nossa própria finitude, temos também a consciência de aproveitar melhor cada momento da vida. Somos todos terminais. Mesmo para os que creem na ressurreição – e eu creio – há o dia em que a vida que temos neste corpo tem seu fim.
Tomar consciência do nosso fim pela morte não é viver em um clima de morte antecipado. Pelo contrário, é estar certo da realidade de que a vida, como diz o salmista, é como a erva que hoje está linda e amanhã já pereceu (Sl 103.15,16).
É escolher fazer as coisas que valem a pena, enquanto temos força e saúde. É escolher gastar o tempo com o que é eterno. Só Deus e as pessoas, depois de ressurretas, são eternos! Não é preciso ter um câncer para mudar o foco da vida.
Tanto os portadores de doenças terminais como os saudáveis caminham para o final da vida aqui. Então, que saibamos viver bem, a cada dia.
O segundo passo é não temer entrar em contato e sentir toda a dor de uma perda. Seja ela pequena ou grande, próxima ou distante. A promessa divina é que teremos o consolo quando andarmos no vale da sombra da morte. Mas é no vale que o consolo nos espera. É preciso entrar no vale e atravessá-lo.
Há vários relatos bíblicos nos quais encontramos pessoas sofrendo diante da perda ou da possibilidade da perda. Jó sofreu desesperadamente quando perdeu seus filhos e seus bens materiais, a ponto de amaldiçoar o dia do seu nascimento (Jó 3.3). O sofrimento dele era tanto, diante de tantas perdas, que seus amigos chegaram e ficaram sete dias ao lado dele em silêncio (Jó 2.13).
O rei Davi, segundo o relato de I Samuel 30, antes de ser coroado rei, teve seus bens saqueados e sua família sequestrada pelos amalequitas, quando estava ausente do seu acampamento montado em Ziclague.
Quando voltou e viu o estrago feito e a intensidade das suas perdas, chorou em alta voz até não ter mais forças (v. 4). Mas depois deste choro, suas energias foram refeitas e ele foi atrás de seus bens e do resgate da sua família (v. 9).
Cristo Jesus chorou e identificou com o sofrimento de Maria quando Lázaro, seu irmão, morreu (Jo 11.35). Ele não disse nada para Maria, apenas chorou com ela. Forte não é aquele que esconde ou camufla sua dor, mas é aquele que tem coragem de expressar seu sofrimento e seu desamparo na hora da dor pela perda.
Além do mais, o sofrimento camuflado ou negado vai surgir na vida pessoal, sob a capa de outro nome. Pode ser uma doença física, emocional ou mental, que é desencadeada tendo como propulsores a tristeza e o luto negados.
Como lembra o cantor Fagner, em sua canção Revelação, diz: “sentimento ilhado, morto e amordaçado, volta a incomodar”.
Quem aprende a experimentar o próprio sofrimento advindo das perdas terá mais recursos para caminhar com qualquer pessoa que esteja passando pela dor do luto e ajudá-la mais eficazmente.
A melhor forma de auxiliar alguém enlutado é perguntando para a própria pessoa sobre o que ela mais precisa naquele momento, respeitando o desejo expresso, sem abandoná-la.
Há também pessoas que, quando passam pelo luto, entram em uma dor tão profunda que necessitam de alguém por perto, que a veja e dê a ajuda necessária, até que o sofrimento diminua. Um bom exemplo é a história da viúva de Naim, mãe do jovem, filho único, que veio a falecer (Lc 7.11-17). A dor dela era tanta, que ela não conseguiu ver que Cristo passava por ali. Mas Cristo, que em quase todos os milagres perguntava se a pessoa queria ser curada, ou o que a pessoa desejava, dessa vez, toma a iniciativa, e caminha na direção da mulher enlutada.
Finalmente, penso que, em geral, não é preciso dizer muito para uma pessoa que atravessa o luto. Mais importante do que dizer alguma coisa é ouvi-la e, se for possível, fazer como Cristo: chorar com ela.
Esther Carrenho é psicóloga clínica, teóloga e autora do livro Depressão: tem luz no fim do túnel publicado na edição 66

Pequenas conquistas

“Já faz um mês e minha suculenta não morreu!” Pode parecer engraçado, mas para quem já matou um cacto afogado, isso é uma grande conquista. E eu celebro pela minha plantinha, pois é o começo de um lindo jardim.
Nosso status de “se sentindo feliz” não pode estar linkado apenas a grandes realizações, pois a felicidade, tão almejada por todos, vai se construindo no passo a passo, nas pequenas e breves vitórias da vida.
Inúmeras vezes deixamos de celebrar algo por achar que aquilo é tão ínfimo, e nos frustramos por ainda não termos alcançado um status de “super”. Outras incontáveis vezes iniciamos projetos e, por não comemorar os pequenos avanços, nos entristecemos e desistimos. E quantos já não destruíram sonhos ou desprezaram a alegria de alguém por minimizarem suas conquistas.
O povo escolhido de Deus foi repreendido por desprezar as coisas ditas “pequenas” (Zacarias 4:10), mas foi levado a compreender o cuidado e o amor do Senhor e perceber que o mesmo Deus que agia num templo luxuoso, também agiria em um mais simples.
Deus não se agrada de gente ingrata e que passa seus dias reclamando. Quanto mais celebramos, mais demonstramos nossa gratidão ao Senhor pelo cuidado dele nos singelos detalhes da vida.
Tudo que temos ou fazemos é dádiva de Deus! Portanto, comemore os humildes começos e as mínimas vitórias.
Comemore um passo, uma palavra, uma planta sobrevivente, uma receita concluída, uma parede finalizada da construção. Faça festa ao terminar de ler uma página, um capítulo, um livro. Fique feliz por orar durante 5 minutos, meia hora, duas horas. Compartilhe a alegria quando seu amigo aprender uma nota musical. Festeje com seu filho quando ele realizar uma tarefa escolar, ainda que pareça simples. Celebre com seus queridos! Não despreze sonhos, valorize realizações!
Alegre-se em todo tempo, e sinta leveza sendo acrescentada à sua vida!
A densa trajetória da vida é suavizada com corações gratos e festivos!
Francieli Capellari Gonçalves é casada com o Pastor Silvio Gonçalves, contadora, formada em Teologia pelo Cetap e congrega na Igreja Adventista da Promessa em Londrina-PR

E se eu falhar?

O sentimento de incapacidade e o medo de falhar podem ser comuns nos corações de muitas crianças e adolescentes. Muitos filhos sentem-se emocionalmente e psicologicamente pressionados por aqueles pais que lhes depositam uma carga excessiva de cobranças e altas expectativas em relação à vida escolar, acadêmica e profissional, da infância à juventude.
Por vez, e na melhor das intenções, ao sonharem com um bom futuro para os seus filhos, muitos pais acabam se tornando rigorosos ou bem exigentes, e alguns chegam até a projetar neles aquilo que não puderam ter ou ser. O problema é que tal atitude impõe uma carga emocional muito pesada de se carregar ao longo de toda a vida familiar e social.
Outro problema é que este comportamento pode gerar um sentimento de amor condicionado. Isto é, crianças e adolescentes podem crescer com a falsa ideia de que precisam agradar os pais e lhes atender as expectativas e investimentos empregados com altas performances e grandes resultados, pois só assim serão verdadeiramente amados.
Perceba que neste caso os filhos podem tornar-se pessoas frustradas com o medo de decepcionar. É por isso que os pais precisam saber que as crianças e os adolescentes falham! É importante que os filhos saibam que os pais também falham! Sendo assim, pais e filhos precisam desenvolver uma relação de confiança e respeito mútuo, em família e em amor.
É bem verdade que os filhos devem obediência aos pais (Ex 20:12; Ef 6:1-3), por outro lado a Bíblia orienta: Pais, não irritem seus filhos, para que eles não desanimem (Cl 3:21 – NVT). Os pais devem ser os maiores incentivadores e apoiadores dos seus filhos. Se estes falharem, devem ouvi-los, corrigi-los, abraçá-los e amá-los, para que sejam grandes homens e mulheres de Deus.
Luis Cesar Galvão Camargo, casado com Meire Helen Cristina de Souza Camargo, congrega na Igreja Adventista da Promessa- Maracaí/SP e é pastor e líder do Ministério de Crianças e Adolescentes das IAPs – MCA Geral. Formou-se como Tecnólogo em Marketing, possui Licenciatura em Pedagogia e estudou Teologia no Centro de Estudos Teológicos Adventista da Promessa.

Avalie sua saúde mental com ajuda de 6 letrinhas

Setembro tem cor e é o amarelo, neste mês o enfoque é a prevenção do suicídio e o debate sobre a saúde mental toma força de uma maneira geral. Saúde mental pode ser definida, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), como um bem-estar integral, em que o indivíduo se encontre pleno em suas capacidades afetivas e comportamentais para manter-se ativo e participativo em sua comunidade. Isso mesmo, o conceito de saúde mental perpassa a capacidade do indivíduo atuar bem no meio em que está inserido, observando a funcionalidade e percepção de bem-estar.
Problemas de saúde mental têm se tornado cada vez mais comuns. A ansiedade, por exemplo, atinge mais de 260 milhões de pessoas e o Brasil é o país com o maior número de pessoas diagnosticadas com ansiedade no mundo, além de ocupar posições importantes em outros transtornos mentais, principalmente a depressão. Esses números são reflexo da realidade que estamos vivendo, o enfrentamento de situações difíceis e as exigências sociais às quais somos expostos diariamente. Em um mundo de superficialidades nossa complexa essência humana encontra-se esmagada.
Quando as pessoas sofrem com oscilações constante das emoções, raiva e longos períodos de tristeza, muitas vezes não dão a devida atenção, mas precisamos entender que o cérebro é um órgão e assim como qualquer outro ele também adoece. As ditas doenças da alma, como qualquer outra doença, são tratáveis e quanto mais cedo diagnosticadas, mais fácil curar e proporcionar qualidade de vida para o paciente. Mas você, que lê este artigo pode estar se perguntando: Como identificar se minha saúde mental precisa de maior atenção e cuidado? A seguir vamos conceituar aspectos para auxiliar nessa análise através de algumas letrinhas, são 2A e 4D.
• Autoestima ( baixa): Desvalorização de si mesmo, menosprezo à própria capacidade, tendência a priorizar mais as pessoas à volta do que as próprias necessidades.• Ansiedade ( alta): Excesso de preocupação mesmo com assuntos pequenos, dificuldade em descansar, desligar-se e sensação de cansaço mental constante.
• Descontrole emocional: nesse sentido devemos observar a oscilação de humor intensa e dificuldade de autocontrole das emoções, como se estivesse atolada em uma emoção (medo, raiva, angústia, agitação), se sente sobrecarga emocional e tem dificuldade para sair desse estado para outro de maior equilíbrio.
• Desânimo: O mundo parece desmoronar em seus ombros e a pessoa sente-se cansada por longos períodos, nesse caso é muito comum persistir uma sensação de aperto no peito frequente e dificuldade em socializar, se comunicar e manter as atividades diárias.
• Descontentamento: aquela sensação de que alguma coisa está faltando. Não adianta uma pessoa ter: casa, filhos, doutorado, casamento, profissão. Pois, o que vai preencher esse vazio não está no ter. Num primeiro momento a pessoa tenta suprir essa “falta” e pode canalizar essa sensação nos excessos, como no ativismo. Trabalha ainda mais, se dedica a algo a ponto de fazer daquilo um vício, não se permite descansar, está sempre atarefada, esse movimento chega à exaustão e quando a pessoa nota que não adianta, o descontentamento é de ordem existencial e não física, mergulha na culpa, insatisfação, frustração, depressão ou na sensação de que sempre falta algo, que ela não consegue atingir.
• Desesperança: Costumo dizer que esse é o último ponto do efeito cascata do adoecimento psíquico e ele é muito perigoso, quando a pessoa está no estado do “tanto faz”, deixa de ver sentido na vida, como se toda aquela dor emocional não fosse passar. Quando perdemos essa capacidade de confiar, de acreditar e de ter expectativas sobre nossa vida, presente ou futura, podemos até pensar que não vale a pena viver.
O corpo está sempre dando indícios quando a saúde não vai bem e não é diferente com a saúde mental, portanto, se você identificou qualquer um desses itens em você ou em alguém próximo, fique atenta, busque apoio e ajuda profissional. Considere o seguinte: qualquer sinal de palpitação ou desconforto no peito vai te mandar correndo para o consultório do cardiologista. Isso vale para dor nas costas, dor de cabeça e alergias, você espera um ou dois dias e se não passar procura ajuda, sua saúde mental merece o mesmo cuidado. Portanto, cuide das suas emoções, cuide de você por inteiro.
Jéssica Fernanda Pupo Vermelho, psicóloga especialista em Saúde Mental (FAMERP), casada com Yuri Vermelho, congrega na Igreja Adventista da Promessa do Jardim Urano em São José do Rio Preto/SP.

Executando sonhos

Sonhos… Esta palavra eleva nossa mente às alturas, põe um sorriso em nossos lábios e acelera o nosso coração. Mas, quando eles não se concretizam, logo a realidade nos surpreende, nos puxando com força, colocando nossos pés de volta ao chão cheio de obstáculos que aparentam ser maiores que os sonhos. Nesse momento, o prensar dos lábios e o franzir da testa são inevitáveis. Em situações como essas, a vontade de realizar é trocada pela vontade de adiar, cancelar, esquecer.
Diante dessas dificuldades devemos aprender o ensino descrito em Isaías 55:9, onde Deus revela que os “Seus pensamentos são mais altos do que os nossos pensamentos”. Se buscamos a realização dos nossos sonhos, então este princípio deixa claro que eles precisam estar alinhados com os planos do Senhor, que sempre prevalecem com êxito.
Colocando em prática este ensinamento, vejamos alguns princípios e exemplos, baseados na palavra de Deus, que nos ajudam na conquista dos sonhos, não importando o tamanho deles:
1) planejar: a história da rainha Ester mostra que a forma como ela se planejou para falar com o rei Assuero foi fundamental, pois para alcançar a libertação do seu povo, ela organizou as orações, os jejuns, e até mesmo o modo de usar sua beleza para convencer o rei (Ester, capítulo 4 e seguintes).
2) aproveitar as oportunidades: a mulher do fluxo de sangue é um exemplo de que devemos estar atentas às oportunidades, e não as deixar para depois. Ela ouviu falar que Jesus passaria pela cidade, reuniu as poucas forças que tinha, foi até Ele, tocou orla do manto do Senhor e foi curada (Marcos 5.24-35).
3) trabalhar com excelência: Rute ensina que podemos ser honradas e reconhecidas quando trabalhamos com esforço e dedicação, movidas por um propósito humilde e agradável aos olhos do Senhor (Rute, capítulo 1 e seguintes).
4) ser determinada: depois que a juíza Débora recebeu a orientação do Senhor, sobre como Israel deveria enfrentar e vencer o general opressor cananeu Sísera, o general israelita Baraque hesitou, e insistiu para que ela o acompanhasse na batalha. Então, sem se importar com as dificuldades que enfrentariam, com determinação ela se levantou e o seguiu até a batalha, focada na vitória, que se tornou uma realidade para seu povo (Juizes, capítulos 4 e 5).
Portanto, a realização de nossos sonhos depende do quanto eles demonstram sabedoria do alto, organização eficiente, e busca perseverante. Assim eles serão realidade para a glória de Deus e para nossa felicidade.
Bons sonhos!
Rosana Ronca, é casada com Pr. Carlos Eduardo S. Silva, serve como diaconisa na IAP Xaxim em Curitiba-PR; líder do ministério de mulheres na Conv. Reg. Sul; é graduada em gestão de pessoas e formada em Teologia pelo Seminário Martir Bucer.

Seja forte e corajosa!

Texto base: Josué 1:9
A história narrada no livro de Josué revela exemplos de liderança, obediência, promessa, conquista, coragem e perseverança.
Sucessor de Moisés, Josué recebeu de Deus a grande missão de liderar o povo para continuar a caminhada à conquista da terra prometida. Esse desafio estava carregado de grandes obstáculos árduos de encarar, tais como liderar um povo difícil, enfrentar inimigos terríveis e em uma cidade de muros altos.
As chances eram mínimas, ou quase impossíveis de se pensar em enfrentar. Mas o encorajamento veio de Deus, através de sua promessa de que lhes daria a terra e que estaria com eles, dando a certeza da vitória.
Josué era obediente e escutava as orientações de Deus. Esse era seu segredo. Ele se atentava às orientações do Senhor e as cumpria conforme lhe ordenava.
O poder que Josué aparentemente possuía não vinha dele. Era resultado de uma vida alicerçada em Deus, que o encorajava e dava recursos para enfrentar tais obstáculos.
Do mesmo modo que Josué entregava a sua vida e seus planos para o Deus altíssimo, confiava que tudo o que fosse feito seria conforme orientação dEle e o resultado não fugiria ao Seu controle, precisamos acreditar e descansar nas promessas do Senhor, dedicando nossas vidas na obediência e na confiança de que Ele fará e não nos desamparará. Não importa o tamanho do muro ou os inimigos a encarar, Ele tudo pode fazer é irá cumprir o que prometeu.
Assim, o Deus poderoso convida você a ser forte e ter coragem. Somente se esforce, vivencie os milagres do Senhor em sua vida através da obediência e da dedicação exclusiva à oração e comunhão ativa com Ele. Não tema e não desanime, pois mesmo que as circunstâncias ao seu redor venham mostrar o contrário, o Deus que lhe sustenta pode todas as coisas e escolheu você para que siga em frente, pois o que lhe está reservado virá de dEle!
Seja forte e corajosa!
Thaiane Evelyn Chaves Lima dos Santos, casada com Fábio Ribeiro dos Santos Lima, mãe do Lorenzo, congrega Igreja Adventista da Promessa em Santa Maria/ DF e é líder do Ministério de Mulheres Regional do Centro Oeste.

Juntas num só propósito!

Você já se perguntou se você tem um propósito? Já ficou na dúvida se Deus te criou para algo em específico? Hoje eu venho te dizer que a maioria de nós mulheres já se fez essa pergunta.
Às vezes pode ter acontecido com você como aconteceu comigo: fazer um milhão de coisas e se perguntar o porquê.
A primeira coisa que precisamos entender é que Deus nos criou de forma singular e nos entregou dons e talentos, não para nos sentirmos bem, confortáveis, plenamente felizes com nós mesmas, mas nos chamou para cumprirmos seu propósito (cf. Romanos 12:8).
Quando olhamos para as mulheres da Bíblia, encontramos diversas vocações e, dentro de cada vocação, um só propósito.
A Bíblia nos apresenta duas mulheres que tinham sororidade, essa palavra vem do latim “soror”, que traduzida significa irmãs. Estou falando de Rute, nascida em Moabe e Noemi, israelita. Noemi já era viúva quando seus dois filhos morreram e uma de suas noras, Rute, decidiu acompanhá-la de volta à sua terra natal. Uma jornada impressionante com um final surpreendente. Rute casa-se novamente e continua cuidando da sogra. A história está registrada no livro de Rute, recomendo a leitura desse recomeço familiar, vale a pena!
Encontramos nesse exemplo duas mulheres com perfis e vocações diferentes, porém com um só propósito. Quando Noemi se abateu e decidiu voltar para sua terra, Rute não permitiu que ela fosse só. Rute respondeu: “Não insista comigo para deixá-la e voltar. Aonde você for, irei; onde você viver, lá viverei. Seu povo é o meu povo e o seu Deus é o meu Deus.’’ (Rute 1:16).
Rute não sabia o que a esperava lá, mas estava certa de que essa era a sua missão. Ela estava pronta a ajudar Noemi num só propósito. Uma pode contar com a outra!
Conta-se que um carregador de água tinha dois potes grandes pendurados em cada lado de uma vara que ele colocava no pescoço. Uns dos potes era perfeito e sempre se mantinha cheio de água até o fim da longa caminhada entre a fonte e a casa de seu senhor.
O outro pote tinha uma rachadura e, quando chegava ao destino, estava com água apenas pela metade. Durante dois anos o pote perfeito sentia orgulho de sempre entregar água suficiente, enquanto o pote rachado se sentia triste por suas imperfeições, que só o permitiam realizar metade do que ele desejava.
Até que certa vez, o carregador de água pediu ao pote rachado que observasse as lindas flores ao longo do caminho, que haviam crescido justamente devido à água que caía durante o trajeto. Tais flores trouxeram beleza e alegria à casa do seu senhor.
Essa história nos mostra que ambos tinham um só objetivo de servir ao seu senhor, porém cada um o servia de uma forma.
Eu e você fomos criadas para um só propósito e, assim como Rute e Noemi, e como os dois potes, precisamos entender nosso real papel para seguirmos sempre juntas a um único objetivo.
Eu conto com você. Você conta comigo. Deus conta com a gente!
Escrito por Lis Marina Carriel Salles, casada com o pastor Felipe Salles, congregam nas igrejas adventistas da promessa em Piracambaia e Jaguariúna (Convenção Paulista), formada em Teologia (Cetap Paulista) e Análises Clínicas

Inclusão, por favor!

Uma história promessista.
Ela era cadeirante, mas a Igreja não tinha rampa.
Ela não tinha família crente, mas tinha uma cadeira de rodas.
Ela era uma criança, mas a fé nasceu em seu coração.
E agora então, como vai ser?
Todo sábado, bem cedinho, o irmão Zé levava sua família para a igreja, deixava a esposa e filhos no pátio e já vinha o irmão Dito se oferecendo pra ir junto no carro… E  assim seguiam no trajeto, toda vez na maior prosa falando sobre a vida, sobre o tempo, sobre as notícias do dia a dia e, entre um papo e outro, algum sempre dizia “É final dos tempos, irmão!” … “Ôhh, si é!”. Após manobrar naquela mesma rua mal asfaltada, chegavam na pequena viela onde os moradores, costumeiros, já diziam: “ô gente, os irmãos da igreja já chegô!”
Ah! Que belo sorriso se via ao ouvir esse anúncio, pois na casinha lá de baixo, nos fundos da viela, aguardava Maria, toda arrumadinha, feliz com a chegada das visitas tão esperadas. O irmão Zé – o mais forte da igreja- pegava Maria no colo pois precisava subir uma longa escadaria até chegar ao carro, enquanto isso o irmão Dito lançava mão da cadeira de rodas e, sem nenhum constrangimento e com largo sorriso, se despedia dizendo “Não se preocupe dona Zefinha que a gente cuida dela direitinho”.  Pois bem, lá ia Maria, sorrindo e acenando pra todo mundo, convidando vizinhos e amigos pra irem pro culto (e muitos, de fato, ela levou!). Logo chegavam no portão da igreja e outros irmãos, de prática, armavam rápido a cadeira. Agora, com todos juntos, a celebração começou. E assim o tempo foi passando, às vezes chovia, às vezes ventava, às vezes o carro quebrava. Mas, sábado após sábado, aquela igreja se organizava, e sempre Maria estava, raramente ao culto faltava. Mesmo que tivesse eventos ou outros movimentos, os irmãos daquela comunidade não concebiam ficar sem sua irmã querida, buscavam soluções e lá estava Maria, pois em tudo a incluíam, e do todo fazia parte.
Maria cresceu, se batizou, casou, se tornou mãe, e mesmo em meio a lutas e adversidades, com apoio dos irmãos de sua comunidade, segue firme na caminhada da fé, testemunhando sobre o Deus que mudou a história de sua vida.
 
Aquela igreja não tinha rampa, mas tinha Cristo.
Aquela menina não tinha família crente, mas encontrou irmãos pela cruz!
Aquela igreja não tinha rampa, mas tinha a Luz!
Aquela igreja é a Igreja de Jesus.
 
E na igreja de Jesus é assim que deve ser.
Seja a igreja de Cristo, e onde quer que você for, a inclusão irá com você.
 
*uma história baseada em fatos reais ocorridos numa igreja Adventista da Promessa.
Escrito por Juliana Menezes Duque José, enfermeira, casada com o Pastor Felipe José, mãe do Pedro e do Samuel. É líder da Secretaria de Inclusão da Igreja Adventista da Promessa e serve a Cristo na Igreja do bairro de Santana, São Paulo – SP, como líder do Ministério de música.

10 motivos pelos quais devemos orar por nossos filhos

“Os filhos são como flechas nas mãos do guerreiro ” Salmo 127:4
Popularmente ouvimos que não criamos filhos para nós mesmos. Pensando no salmo acima, de fato, isso é verdade! Filhos são como flechas: não permanecem nas mãos do guerreiro, mas se bem lançadas, alcançam o alvo.
Muitas são as expectativas que todo pai/mãe tem com relação aos filhos. E a insegurança concernente aos métodos utilizados na criação, formação e orientação oferecidas a eles, ao longo da vida, fazem parte das preocupações paternas. Da maternidade à idade adulta, sempre nos sentiremos responsáveis por essas vidas tão parte de nós.
A Palavra de Deus nos diz que “filhos são herança do Senhor” (Salmo 127:3). Entendemos herança como algo de valor que nos é deixado…e que deixamos, também, com o objetivo de que seja bênção à sua geração!
Aprendemos com o próprio Deus que, se ensinarmos nossos filhos, o quanto antes, em qual caminho devem trilhar, mesmo quando envelhecerem e quando não mais estivermos por perto, essas orientações estarão vivas em suas mentes (Prov. 22:6).
Nos preocupamos com muitas coisas, mesmo quando a maioria delas nem está ao nosso alcance garantir aos filhos, mas é certo que nada é mais primordial que a oração, entregando nossos filhos nas mãos do onipotente e amoroso Deus. Afinal, tudo que não podemos fazer, o Altíssimo pode e muito além do que pedimos ou pensamos (Efésios 3:20).
Somente o Senhor pode, de fato, proteger, abençoar e livrar. Pode nossa preocupação mudar alguma coisa? A resposta é ‘não’! Mas há algo que tem o poder de alterar qualquer circunstância a favor de nossos filhos: a ORAÇÃO ao único Deus, conforme aprendemos na bíblia, em Nome de Jesus, Nome que é sobre todo o nome! (Fil. 2:9)
Oremos por situações que conhecemos e por aquelas que sequer sonhamos! Oremos pelo presente e pelo futuro! Oremos para que a “boa, perfeita e agradável vontade de Deus” se concretize na vida de nossa Herança!
Motivos para orar por seu filho e por sua filha:
1. Ore para que cresça e se desenvolva perfeitamente, permanecendo com saúde física, mental e emocional;
2. Que reconheça a Deus como único e soberano, buscando sempre em Sua palavra, as direções da vida;
3. Que se veja como alguém único, idealizado por Deus, amado de Deus, alguém por quem Jesus morreu! Que entenda seu próprio valor, não caindo nas armadilhas da vida;
4. Que saiba fazer boas escolhas, das companhias e amigos, à profissão e cônjuge, sendo sempre dirigido pelo Espírito Santo de Deus em todas as suas decisões;
5. Devemos orar para que saibamos imprimir em nossos filhos o caráter de Cristo e que tenham o temperamento controlado pelo Espírito Santo de Deus;
6. Que entenda que nosso Senhor é Deus de Aliança e que se agrada disso! Que, em toda sua vida, sempre encontre bons e especiais amigos, servos verdadeiros de Deus, que tenha sempre com quem contar e que, da mesma forma, saiba ajudar os que precisam. Que seja alguém que se doe pelo outro, cumprindo seu papel, representando Cristo na terra;
7. Que, ao longo de toda sua vida seja semeador de justiça, que aja com virtudes para com os outros e para com o mundo e que, assim, colha o bem;
8. Que saiba cuidar de tudo que lhe vier às mãos, inclusive de si mesmo! Que tenha responsabilidade com seu próprio corpo e que administre com sabedoria tudo quanto o Senhor lhe entregar, fazendo o que lhe couber com excelência, sendo relevante em sua geração;
9. Que sua fé seja inabalável! Que, em cada obstáculo da vida, saiba buscar a direção e sabedoria de Deus, reconhecendo que todas as coisas, no final, contribuem para o bem. Isso o tornará forte!
10. Ore para que sua vida seja entregue a Cristo. Que seu nome esteja escrito no livro da vida e que ouça Jesus dizer em alto e poderoso som: “Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que foi preparado a vocês desde a criação do mundo.” (Mt. 25:34 NVI)
Por Simone de Macedo Bastos da Silveira, graduada em Letras e Pedagogia, especialista em Tecnologias Interativas Aplicadas à Educação (PUC-SP), Coordenadora Pedagógica, casada com Álvaro Augusto da Silveira, mãe da Vanessa e Fernanda. Congrega na Igreja Adventista da Promessa em Vila Maria – SP.