Superação ou super ação de Deus?

A palavra de Deus diz, em Mateus 10:30: “Não cai um fio de nossa cabeça, sem que Deus permita, ou seja, todos eles estão contados”. Sendo assim, o meu nascimento foi permissão de Deus. Minha mãe esperava por gêmeos, mas não sabia. Na hora do parto, a parteira tirou meu irmão, e eu fiquei. Momentos depois, minha mãe teve novas dores, tentou se levantar da cama e eu caí no chão do quarto, de modo literal. Estava dentro da placenta, roxa e sem respirar. Ao abrir a placenta, a parteira disse ao meu pai: “Ela nasceu morta”. Uma tia, que estava na casa, levou-me ao hospital da cidade, que ficava a vinte minutos dali. Quando cheguei, puseram-me num balão de oxigênio, e eu voltei à vida. Foi coincidência minha tia estar em casa? Não, foi permissão de Deus. Ele tinha um plano de vida para mim. Desde o ventre materno, Deus me conhecia e me chamava pelo nome!
Aos 22, escriturária, estudante do 3º ano de Magistério, era uma jovem ativa com uma vida supercorrida e independente, apesar de já ser casada. Na igreja, também não era diferente, participava de tudo, era líder do grupo de louvor, tinha cargos na Umap (União da Mocidade Adventista da Promessa), era professora das crianças e secretariava a igreja.
Minha vida era uma verdadeira loucura e, por causa disso, eu era extremamente infeliz. Meu casamento era o caos, só dor, brigas e sofrimento, achava que nem amava mais meu marido. Não tinha tempo para ele, não tinha tempo para ser uma boa esposa e cuidar do meu lar. A “bênção”, o marido que Deus me deu, estava diante de mim, e não conseguia enxergar. Queria me separar, achava que a solução para a minha vida seria o divórcio!
A igreja também já não me satisfazia mais, porque vivia o templo e não Deus. Não tinha tempo para orar, para me consagrar, para meditar na Palavra e, por causa disso, parei de ouvir a voz de Deus. Parei de ter experiências com Deus. Eu me tornei indiferente com ele! E comecei a me perguntar o que fazia ali… Eu já não sabia. Eu era um grande vazio. Um vale de ossos secos (Ezequiel 37.1-11), viva por fora, morta em espírito por dentro. Quando estamos assim, somos cortados da presença de Deus. Eu era uma mulher frustrada e perdida dentro de mim.
Sem aguentar mais meu vazio interior, grávida de dois meses, fiz um pedido a Deus, voltando da faculdade, por volta das 11 horas de uma noite: “Senhor, já não aguento mais minha vida, faça o que o Senhor quiser comigo, mas mude minha história de vida!”. Deus ouviu o meu clamor. Ele ouviu minha oração e fez cumprir em mim as palavras de Ezequiel: “Assim diz o Senhor Deus a estes ossos: Farei entrar em vós o meu Espírito e vivereis!” (Ez 37.5).
No dia 15 de novembro de 1995, Deus mudou minha história de vida. Deus permitiu que eu sofresse um acidente de carro, de Americana para São Paulo, indo para as eleições da Diretoria Geral da IAP. O carro perdeu a direção e capotou ao longo de trinta metros, por um barranco. O impacto foi tão forte que, do veículo, nada sobrou.
Naquele momento, coloquei as mãos na barriga e pedi que Deus protegesse meu bebê. E ele estendeu suas mãos para mim e ouviu o meu clamor. Quando acordei, estava caindo óleo quente do motor em cima da minha barriga, tentei sair de debaixo do carro, mas já não conseguia me movimentar, e chorava muito. A partir desse instante, comecei a ter experiências com Deus, meus olhos e ouvidos foram abertos e comecei a ouvi-lo falar comigo e senti sua presença ao meu lado. Senti que fui cercada pela presença dos anjos de Deus, não os vi com meus olhos, mas sabia que eles estavam ali. De imediato, parei de chorar, a dor cessou e ouvi uma voz que falou ao meu coração: “Márcia, a partir de agora, você não vai mais caminhar com suas pernas, mas nunca estará sozinha, pois estarei sempre com você”. Tive certeza de que era Deus falando comigo, e me reconfortando! Nenhum médico precisou me dizer que não mais andaria, eu já sabia.
O resgate chegou e fui levada ao hospital em Jundiaí (SP). Como estava morrendo, fui direto para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os exames constataram lesão medular T11 e T12 e vazamento do líquido da medula. Teria de colocar uma haste metálica de sustentação na coluna, pois também havia vértebras lesadas, para que pudesse pelo menos me sentar normalmente.
O pastor Estível Ramos foi chamado para me ungir e, naquele momento, tive com Deus uma das experiências mais maravilhosas da minha existência: enquanto viver não me esquecerei dela. Ele não pôde me ungir, pois o azeite havia se derramado no banco do carro, mas ele orou por mim e senti um fogo percorrendo todo o meu corpo, desde a raiz dos meus cabelos até a ponta dos meus pés. Foi incrível! Embora já não sentisse mais as pernas, senti o fogo percorrendo nelas. O poder de Deus é tremendo! Falei ao Pr. Estível: “Pastor, pode ir tranquilo, porque não foi preciso o óleo, eu já fui ungida pelo fogo do Espírito Santo”. Sei que foi a partir dali que Deus devolveu a vida para mim e meu bebê.
Tive de esperar quinze dias pela cirurgia. Durante esse período, minha filha foi desenganada pelos médicos. Eles queriam tirar a criança, pois falavam que ela não suportaria a cirurgia. Eu disse: “NÃO!” Diziam que, se ela sobrevivesse, nasceria deficiente ou portadora da Síndrome de Down. Na noite anterior à cirurgia, o anestesista me explicou que aplicaria anestesia geral e que a cirurgia demoraria por volta de seis horas. Contei que estava grávida de quase três meses e ele me olhou bem nos olhos e respondeu: “Você é nova ainda, vai ter outros filhos, mas esse bebê não vai sobreviver. Ele vai morrer porque não tem feto que resista à cirurgia que você vai fazer”. Pasmem, porque o que fiz foi rir, falando em voz alta: “Em nome de Jesus, minha filha vai sobreviver!”. Em meu coração, já sabia que seria uma menina.
Naquela hora, fiz uma aliança com Deus. Pedi ao Senhor que fizesse dentro da minha barriga “uma redoma de vidro e colocasse meu bebê lá dentro e fechasse com suas mãos, como havia feito com a Arca de Noé”. Na manhã seguinte, antes do anestesista aplicar o medicamento, pedi: “Senhor, agora fecha com a tua mão esta redoma”. Quando acordei da cirurgia, estava com dores terríveis, gritava muito, davam-me remédios, mas nada cortava a dor. Então, ouvi o médico dizer à enfermeira para me aplicar morfina.
Tinha perdido as contas de quantas radiografias já havia feito, sempre pedindo para colocarem um tampão para proteger o bebê. Eles diziam que não tinham como colocar o tampão na barriga, porque o exame era da coluna. Aí, pedia: “Deus, agora é com o Senhor, protege o meu bebê com a tua mão”. Dias depois da cirurgia, fiz um ultrassom da barriga, que constatou que minha filha, ao contrário do que os médicos acreditavam, estava viva! Como está escrito em Jó 5.9: “Ele faz coisas grandiosas, que não se podem esquadrinhar, milagres que não se podem contar”.
Fui para casa dos meus pais, um momento muito difícil para toda a família, porque ninguém sabia como lidar com uma deficiente física. Fiquei na cama, como uma imprestável. Mal me mexia, não vestia uma peça de roupa sequer, porque tinha dores terríveis na coluna. F o i contratada uma enfermeira particular, que cuidava da minha higiene e me dava banho de leito. Apesar de tudo, as pessoas vinham me visitar para trazer conforto, e eram elas que saíam reconfortadas, porque eu tinha uma fé e uma força inabaláveis. Na verdade, Jesus me carregava no colo. Ele faz isso nos momentos de maior sofrimento de nossas vidas.
Quando completei sete meses de gestação, contraí uma infecção urinária muito forte. Fiquei três dias com febre, fui internada às pressas na UTI. No hospital, constatou-se que estava com anemia profunda e, dias depois, contraí pneumonia dupla. Nenhum remédio fazia efeito. A médica disse que minha única saída era entrar em coma induzido, para ver se eu reagia. Fui entubada e levada ao coma, mas os dias se passaram e não conseguia reverter o quadro. Uma noite, o médico ligou para meus pais e disse: “Sinto muito, mas dessa noite a Márcia não passa”. Para a medicina, eu já estava morta. Minha família, em desespero, ajoelhou-se no chão da sala e pediu por minha vida para Deus. Na manhã seguinte, às 10 horas, abri os olhos. Os médicos não acreditavam que eu havia saído do coma. Eu disse ao médico que estava com “muita fome”. Deus me deu vida e meu bebê suportou tudo isso comigo.
Depressão profunda
O coma me fez sentir a perda das pernas, a dor, o sofrimento de nunca mais andar, porque na época do acidente não senti nada, guardei isso dentro de mim e só pensava na criança, anulando-me. Aquela vivência trouxe à tona uma realidade que eu não quis perceber. Então, entrei em depressão profunda. Chorava dia e noite, sem parar. Odiava todos e o mundo. Odiei até Deus, porque achei que minha vida havia se acabado. Porém, o poder divino é mais forte que nossa fraqueza, e todos na minha família e na igreja oraram pela cura da depressão. Preocupados, os médicos sugeriram a contratação de uma psicóloga. Comecei a fazer as sessões e, com a ajuda de Deus e aquele auxílio, fui voltando à vida, vendo que nem tudo estava perdido, que poderia viver bem e feliz sobre uma cadeira de rodas. Recuperei-me e nunca mais tive depressão.
Duas semanas antes de completar nove meses de gestação, fui internada para fazer uma cesariana. O médico havia me dito que a bebê era muito pequena, pesava pouco e, ao nascer, ficaria na incubadora por um mês, para ganhar o peso necessário. Contrariando toda a previsão médica, no entanto, no dia 16 de maio de 1996, minha filha nasceu forte, saudável, perfeita, pesando 2,1kg e com 44 cm. Não precisou ficar na incubadora. Eu a chamo com carinho de “vida”, o milagre que Deus operou! Seu pai a chama de “linda demais”. Jennifer é a minha alegria de viver e hoje, continua a sonhar em ser médica cardiologista! É seu sonho desde os 9 anos. Não temos dinheiro para isso, para nós é um sonho impossível, mas temos o Deus do impossível! Oro a Deus para que ele toque em alguém que possa apadrinhar seus estudos. Acreditamos que, se Deus plantou essa semente no coração da Jennifer, então assim será, a providência virá dele, para glória dele.
Depois disso, fiz mais duas cirurgias na coluna. Uma para a retirada da haste metálica de sustentação, pois houve rejeição e ela entortou por causa do peso da barriga. E outra, porque houve um erro médico: esqueceram dentro da minha coluna o fio que amarrava a haste. Por causa disso, quase morri, tive hemorragia interna, o médico disse: “Perdi a Márcia, ela não vai sobreviver!”. Deus, outra vez, poupou a minha vida. Recebi transfusão de sangue, recuperei-me e voltei para casa.
Ainda tive de enfrentar uma doença chamada osteomielite de ísquio, no quadril, e só não morri porque Deus me abençoou com a continuidade da vida, de novo. O médico disse que minha doença era para a morte, que não havia cura, mas respondi-lhe sorrindo: “Doutor, eu não vou morrer, tenho uma filha que Deus me deu para educar e vou educá-la”. Fiz três cirurgias no quadril e, para a glória de Deus, sobrevivi a todas e estou aqui, para honra do nome de Jesus!
Depois de muitos anos, decidi voltar a estudar e estou terminando o 2º ano Psicologia na Unisal (Faculdade Salesiana de São Paulo), em Americana. É mais um sonho realizado. Faço o curso à noite e consegui uma bolsa de estudos. Não foi fácil chegar até esse ponto. Estive muito enferma durante o ano, com dores terríveis na coluna lombar e no cóccix (pequeno osso da parte inferior da coluna vertebral), que está com degeneração, algo normal em minha deficiência, por não mais andar. Fiz mais uma minicirurgia na região e ainda estou tomando medicações para controlar a dor que, segundo os médicos , tornou-se crônica. No entanto, ainda amo meu Deus e a ele sou fiel.
Sinto-me extremamente feliz, aceitei aquilo que Deus fez em minha vida porque ele me ama, conhece e sabe o que é melhor para mim. Se Deus não tivesse me colocado em uma cadeira de rodas, já não o serviria e estaria longe dele, com toda a certeza. Nem mais estaria casada com meu marido e sabe-se lá o quê teria sido de mim e de minha filha. A palavra de Deus diz, em Jó 5.17 e 18: “Bem-aventurado o homem a quem Deus corrige, portanto não desprezes a disciplina do Todo-Poderoso. Pois ele faz a chaga, e ele mesmo a liga, ele fere, mas as suas mãos também curam”. Cadeira de rodas, para mim, não é um castigo, porque ela não me impede de nada. É Deus me dizendo que ele não deixou que eu perecesse sem salvação, porque me ama!
Por enquanto, posso afirmar que sou uma testemunha do que Deus pode fazer na vida de alguém, para melhor, e dizer: “Não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.20). Hoje, ouço a voz de Deus falando comigo. Ele restaurou meu casamento por completo, vivo feliz com meu marido, Da. Claudio de Paulo, um homem de Deus que me foi escolhido pelo próprio Deus. Tenho junto de mim uma filha linda e perfeita, que é um presente de Deus. O Senhor me leva a muitos locais, próximos ou distantes, para que eu possa pregar e contar meu testemunho, o que tem salvado pessoas, graças a Deus! Foi esse o pedido que lhe fiz: que me permitisse fazer sua obra. E ele me atendeu!
Levo a vida com otimismo, coragem, fé, superando os obstáculos e vencendo a cada dia. Faço tudo o que quero, sou fiel para com meu Deus, divirto-me, estudo, vou a todos os lugares e sou feliz assim, o que é mais importante! As pessoas podem considerar que sou um caso de superação, mas eu sei que, na verdade, fui alvo da “super ação” de Deus.
Márcia Aparecida Pereira de Paulo congrega na IAP em Americana(SP). E-mail: marciaiap@ig.com.br, tel.(19)3458-8331 ou (19) 98364- 9621.

Vida Plena Em Cristo Jesus

Paulo, quando escreveu aos nossos irmãos que estavam em Éfeso, disse: “Vós estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver quando seguiam a presente ordem deste mundo”… [1]
E ele continua, dizendo que vivíamos para satisfazer as vontades de nossa carne, seus desejos e pensamentos mas, pela infinita misericórdia de Deus, pelo tanto que nos amou deu-nos vida com Cristo, e vida em abundância. Assim, somente estando em Cristo Jesus podemos desfrutar de uma vida plena e abundante. [2]
Ao contrário do que muitos por aí pensam, essa vida em abundância a que Jesus se refere não é uma vida cheia de realizações pessoais (ainda que não seja errado almejar tal acontecimento), já que com relação a esta vida terrena Cristo nos garantiu apenas o suficiente para nossa sobrevivência. [3]
No entanto, ter vida em abundância é desfrutar de comunhão com Deus através da obra redentora de Cristo, é ter sido salvo pela graça mediante a fé e viver esta verdade.
Novamente Paulo, na sua carta aos irmãos de Colossos, nos dá diretrizes para um viver santo, a fim de nos ajudar na caminhada rumo a uma vida transbordante da graça de Deus: [4]
• Procurar as coisas do alto, onde Cristo está, ou seja, abandonar velhos hábitos de natureza carnal, tudo o que diz respeito à nossa antiga natureza, tais como: imoralidades sexuais, impurezas das mais diversas, ódio, orgulho, ganância, ira, raiva, língua torpe, isto é, não mais falar coisas que não edificam, assim como a hipocrisia e todo o tipo de idolatria.
• Revestir-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência.
• Suportar uns aos outros, perdoando as queixas que tiverem uns contra os outros; e
• Acima de tudo, o amor, que é o elo perfeito.
Que Deus, com sua grandiosa bondade, possa nos ajudar a cada dia mais nos aproximarmos dEle com um coração puro e sincero [5], pois, somente assim poderemos viver plenamente nEle.
[1] Ef 2:1- 5a
[2] Jo 10:10b
[3] Mt 6:30- 33
[4] Cl 3:1- 14
[5] Sl 24:4
Adriana Pessopane dos Santos Bocchi é casada com Edson Bocchi e congrega na Iap de Jales- Jardim América.

Presente: Vida Plena

Seria possível sentir-se realizada ao perceber que os sonhos parecem cada vez mais distantes e o tempo mais acelerado? Vivemos dias intensos e agitados. Como viver esses dias de maneira integral? Estar plena, quando é preciso organizar tantas situações familiares, ser uma excelente profissional, manter a beleza, ter tempo para os amigos, para si e para Deus. Como ser feliz ao lidar com as cobranças e ainda perceber que a pior delas vem de nós mesmos? Enchemos a bagagem do dia a dia de incertezas, cobranças, dúvidas, crises, culpas, paixões e medo que geram insatisfações. Alguém pode dizer: é preciso priorizar situações, estabelecer metas e buscar ajuda.
Nenhuma dessas ações será eficaz se não estabelecermos uma base de motivação para o que realizamos. Nesse sentido o apóstolo Paulo nos orienta: “Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter escassez, tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece. (Fp. 4:11-13)”. Para manter-se plena o desafio diário será confiar todas as coisas a Cristo que nos fortalece. Ser plena é ser inteira. E ser inteira significa: sentir-se completa em diferentes situações e consigo mesma.
A Bíblia nos fala sobre mulheres que marcaram seu tempo. Rute saiu do anonimato para fazer parte da genealogia de Jesus. Ana, não desistiu de seus sonhos, viu o milagre de Deus tornar-se história em sua vida. Maria, ainda jovem, dispôs-se a enfrentar todos os riscos para aceitar alegremente o projeto de Deus e ser a mãe do Salvador.
Muitas mulheres extraordinárias marcaram gerações com suas atitudes. C.S. Lewis diz: “Os únicos que não têm cicatrizes, são aqueles que decidiram não combater”. A caminho da plenitude podemos ser felizes. Teremos PAZ para admirar o trajeto se estivermos no caminho certo. Os requisitos indispensáveis para permanecer no caminho certo são: intimidade com Cristo através da prática da oração e leitura da Palavra de Deus.
Não negocie a fé e os princípios bíblicos para buscar valores terrenos. Viva de maneira Plena! Viva o seu presente de forma integral. Não se prenda ao passado, nem sofra pelo que ainda não aconteceu. Deus está no controle de todas as coisas. Descanse com alegria e tranquilidade no Senhor.
Karina Conrado Leonardo Dias, casada com o Pr. Arley Coelho Dias, mãe do Vinícius e da Tamyris, congrega na Igreja Adventista da Promessa – Comunidade Esperança – Jundiaí e Atibaia/SP
Convenção Paulista
Cursando Pedagogia na UNIVESP e Teologia pelo CETAP.

“Guarde as facas”, vingança não.

“Eu não tenho sangue de barata”, “pago na mesma moeda”, “sou autêntica, falo o que penso, não gostou?, problema seu”… Quem nunca ouviu ou já disse coisas assim, “… que atire a primeira pedra”.
Vivemos tempos difíceis. As emoções estão à flor da pele por conta de vários fatores. Coronavirus, trabalho remoto, confinamento, relacionamento familiar mais intenso e as redes sociais tornaram-se uma válvula de escape para grande parte da população. Resultado: tudo, ou quase tudo, nos ofende, nos magoa, nos fere e a primeira reação que temos é nos defender, dar o troco, fazer justiça
É bem verdade que existem pessoas de má índole, e que fatalmente sofreremos algumas investidas, quer seja no âmbito profissional, “uma puxada de tapete”; no sentimental, traição, mentiras. Fato é que, a maneira como reagimos a esses eventos, diz muito sobre nós também.
Quando alguém faz alguma coisa que nos fere ou prejudica, é comum desejar vingança. Mas Jesus disse que devemos fazer o bem àqueles que nos fazem o mal. (Mt 5: 38-42). É fácil? Claro que não. Contudo, lembre-se, assim como na família os pais são os responsáveis por corrigir os filhos, nosso Pai, Deus Todo-poderoso, é o único capaz de fazer justiça. (Rm. 12:19)
É importante perceber que nem tudo está relacionado a você, as pessoas fazem coisas sem pensar ou sem perceber que estão machucando. Então, da próxima vez que se sentir ofendida, tente entender e ignore as ofensas, mantenha o equilíbrio. (Pv. 19:11)
Quero encorajá-la a “guardar as facas” e a orar por aqueles que de alguma forma te machucaram, tendo em mente o ensinamento de Jesus… “Pai, perdoa nossas ofensas assim como nós perdoamos”. Pratique o perdão!
Lembre-se, a nossa luta é contra o mal e a melhor vingança é não deixá-lo vencer. Vença o mal com o bem (Rm. 12:20-21).
Escrito por Raquel Marques, graduada em Administração, Letras e Pedagogia.
Congrega na Igreja Adventista da Promessa em Vila Maria- SP/SP

Eleições 2020 – O voto feminino

No decorrer de toda a história, as mulheres tiveram que lutar muito por direitos dos quais desfrutamos hoje. Direito a estudar, a trabalhar, a ser respeitada como pessoa, como mãe, como esposa, como profissional, como mulher. Mesmo nos tempos mais remotos, em que apenas os homens dominavam tudo, havia mulheres que se destacavam. Veja o exemplo de Débora, na Bíblia sagrada, que numa época em que mulheres não possuíam valor algum na sociedade e serviam apenas para gerar filhos, se destacou como juíza e em Israel, conduzindo o exército israelita para a vitória contra seus inimigos (Juízes, cap. 4 e 5).
Nos últimos séculos, um dos direitos conquistados pelas mulheres foi o direito ao voto, sendo que o primeiro país no mundo a garanti-lo às mulheres foi a Nova Zelândia, no final do século 19.
No Brasil, embora já houvesse quem levantasse a bandeira do voto feminino lá em 1891, quando foi apresentada uma emenda à constituição nesse sentido que acabou rejeitada,  apenas em 1932, por meio de um decreto do então presidente Getúlio Vargas, que as mulheres passaram a exercer o direito ao voto. Contudo, o voto era facultativo e apenas as mulheres casadas podiam votar, ainda com a permissão dos seus maridos, ou as que possuíam renda própria. Em 1934, esse direito foi ampliado a todas as mulheres e também passou a ser obrigatório.
Mas você sabia que não foi nem em 1932 nem em 1934 que o primeiro voto feminino foi depositado numa urna brasileira? Na verdade, foi antes.
Em 1927, na cidade de Mossoró (RN), uma jovem professora de 29 anos chamada Celina Guimarães Viana, dirigiu-se a um cartório eleitoral e, baseada numa lei estadual, pediu que seu nome fosse registrado na lista de eleitores. Inspiradas por Celina, muitas mulheres votaram naquele mesmo ano no estado do Rio Grande do Norte, o primeiro estado brasileiro a estabelecer o direito ao voto sem distinção de sexo.
A iniciativa da destemida e inspiradora Celina repercutiu mundialmente, já que foi a primeira mulher a se inscrever como eleitora não só do Brasil, mas da América Latina.
Claro que a luta das mulheres por direitos e tratamento iguais aos conferidos aos homens continua, mas o direito ao voto é uma conquista importante que deve ser encarada como tal.
No próximo domingo, iremos às urnas escolher prefeito e vereadores que conduzirão o município em que vivemos. A Bíblia nos ensina que devemos nos sujeitar às autoridades , não apenas para que não soframos alguma punição, mas também por uma questão de consciência, já que toda autoridade é instituída por Deus (Romanos 13:1-5). Portanto, peça direção de Deus para fazer sua escolha com coerência e responsabilidade. Procure conhecer melhor os candidatos a esses cargos, pesquise suas propostas, seus planos de governo, os princípios que defendem, a história política de cada um e de seus partidos.
Vamos honrar as lutas e conquistas de mulheres como Celina por direitos dos quais usufruímos hoje, e também o nome dAquele que governa o universo.
 
Escrito por Mariluzi Dalava Lopes Sales, advogada, casada com Juraci, mãe da Giulianna e da Isabella, serva de Cristo, congrega na Igreja Adventista da Promessa em Santana – São Paulo, SP e integra a equipe do Ministério de Mulheres Geral
 
Fontes: https://www.tse.jus.br/imprensa/noticias-tse/2020/Fevereiro/dia-da-conquista-do-voto-feminino-no-brasil-e-comemorado-nesta-segunda-24-1
 
https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Historia/noticia/2018/08/esta-foi-primeira-mulher-se-registrar-como-eleitora-no-brasil.html
 
 

Ei, Deus, preciso conversar!

Vivemos dias em que muitos querem falar, mas poucos querem ouvir. É difícil encontrar alguém a quem possamos confiar nossos sentimentos mais profundos, principalmente quando eles não são bonitos, alegres ou positivos. Nesses momentos podemos cair na tentação de dividir nossas dores com “um milhão de amigos “das redes sociais, onde por vezes encontramos algum conforto e compreensão, mas também muitas palavras vazias ou que nos ferem.
Sabe aquela pessoa pra quem você quer ir correndo contar uma boa notícia? Ou a quem você recorre quando está com problemas? Às vezes descobrimos, nos momentos mais difíceis e da pior forma, que não temos com quem abrir nosso coração e a dor dessa ausência pode levar à amargura, ao isolamento, ao refúgio no álcool ou nas drogas e até mesmo à desistência da vida.
Mas a boa notícia é que há um caminho diferente, um lugar de refúgio para todas as horas, um abrigo para qualquer situação: a presença de Deus. É com Ele, por meio do poderoso instrumento da oração, que podemos contar em todos os momentos. Nas palavras de Spurgeon: “Orar é desfazer-se de seus fardos, despir-se de seus trapos, lançar fora suas enfermidades, ficar cheio de vigor espiritual, alcançar o mais alto ponto de saúde cristã.”¹
É maravilhoso saber que temos alguém, que nos recebe não apenas pelo que somos, mas “apesar do que somos”; que compreende nossos sentimentos mais profundos, até mesmo os inconfessáveis; para quem podemos declarar nossas palavras ou simplesmente mostrar nossas dores; que entende e se faz entender mesmo no silêncio. Isso se chama intimidade, que não se faz numa conversa, num encontro, numa troca de mensagens, mas sim no dia a dia, no caminhar juntos em momentos felizes e no vale sombrio, no saber falar e no calar-se para ouvir. Enquanto vamos a Ele por meio da oração, Ele vem até nós através de Sua Palavra e quanto mais abrimos nosso entendimento a ela, mais Ele nos fala e nos transforma.
Quando temos uma vida plena com Deus podemos levar tudo a Ele, mesmo que nos faltem forças ou palavras para nos expressar, pois às vezes é a dor que mais nos une a Ele. Por isso, mesmo que as coisas não estejam fáceis, saiba que você não caminha sozinha, que sua bagagem pode ficar mais leve e que você pode usufruir de uma paz inexplicável em meio a qualquer circunstância. Que tal começar agora?
Romi Campos Schneider de Aquino, mãe do Henrique e do Davi, é psicóloga, auxilia seu marido Luciano no pastorado das Igrejas Adventistas da Promessa de Ana Terra e Monte Castelo, em Colombo -PR e íntegra a equipe do Ministério Vida Pastoral Geral da IAP.
Referência:
1 . Spurgeon, Charles H. Oração Eficaz. São Paulo: Publicações Evangélicas selcionadas. _____.

Dia Nacional do Riso – Alegrem-se sempre no Senhor!

Ah, o sorriso… alegra o dia de quem o recebe, reflete a alegria de quem o compartilha, torna a vida mais leve, espalha amabilidade e destila esperanças. Como é bom nos depararmos com sorrisos à nossa volta.
Mas também é bem verdade que tem dias difíceis, momentos quando o sorriso não quer aparecer e a dor e a tristeza teimam em tomar conta, esses dias também fazem parte da vida.
E a grande diferença entre um dia e o outro está na forma como lidamos com eles e, principalmente, na forma como nos relacionamos com Deus. Se levarmos a sério que devemos dar graças em tudo, porque esta é a vontade de Deus (1 Ts 5:18), e acreditarmos realmente que Sua Vontade é sempre o melhor para nós, então poderemos encarar os dias difíceis com fé e esperança de que estamos sendo cuidados por nosso Pai. E assim, confiantes, estreitaremos nosso relacionamento com Ele, que é o caminho para nossa alegria transbordante, independente da situação.
Quanto mais espontâneo e constante vemos um sorriso, mais sabemos que ali há a alegria do Senhor, pois só ela é capaz de nos fortalecer (Nm 8:10), de nos fazer vencer os desafios de cada dia, de espalhar esperanças aos que nos rodeiam, de contagiar outras pessoas. Como é gostoso ver um sorriso largo estampando um rosto. É impossível ficarmos indiferentes diante de uma cena dessa, não é mesmo?
Então pare, reflita, busque sua intimidade com Deus, conheça e obedeça seus ensinamentos, se jogue nos braços do Pai e, então, sorria!
Sorria de dentro para fora, sorria espalhando sua fé, sorria na esperança de dias melhores, sorria na certeza de que Deus ama você, independente das circunstâncias.
A cada novo dia, compartilhe de seu sorriso e faça a diferença na vida daqueles que ainda não conhecem desta força que vem do Senhor.
Adriana Desengrini é Fisioterapeuta cardiorrespiratória e especialista em aconselhamento e gestão de pessoas.
Casada com o Pr. Afrânio Desengrini, pais de coração da Luísa, servem nas Igrejas Adventistas da Promessa de Tanguá e Jd. Gramados em Almirante Tamandaré-PR.

Uma voz mansa e suave…

Ei, você!!! Você mesmo!!! O que faz aí neste esconderijo? Levante-se, venha! Não! A vida não acabou!.Há ainda muito o que viver! Venha! Estou ao seu lado!
“E Deus lhe disse: Sai para fora, e põe-te neste monte perante o Senhor. E eis que passava o Senhor, como também um grande e forte vento que fendia os montes e quebrava as penhas diante do Senhor; porém o Senhor não estava no vento; e depois do vento um terremoto; também o Senhor não estava no terremoto;
E depois do terremoto um fogo; porém também o Senhor não estava no fogo; e depois do fogo uma voz mansa e delicada…”  (1 Reis 19:11,12)
 
No dia 05 de novembro comemoramos o Dia da Língua Portuguesa. Pensando em sua importância e complexidade: o que seria de um povo sem sua língua?
A comunicação é algo importantíssimo nos relacionamentos, nas negociações, na transmissão de conhecimentos, enfim…em qualquer situação, expressar-se por meio de palavras é fundamental! Utilizando-se linguagem erudita ou coloquial, o mais importante é comunicar-se!
Claro que há formas de comunicação não-verbal, além de outras línguas, como a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), que é a comunicação por meio do movimento das mãos utilizada por pessoas surdas, bem como o Braile (linguagem tátil própria aos deficientes visuais), as quais atendem perfeitamente suas funções!
Seja como for, a comunicação é essencial! O próprio Deus gosta de comunicar-se com seus filhos! A começar no Éden e por toda a Bíblia, o Senhor nos mostra que aprecia a comunicação em forma de palavras.
No texto bíblico acima é retratado um episódio no qual o profeta Elias escondeu-se dentro de uma caverna, ao fugir de uma aterrorizante ameaça de morte. Naquele lugar, enfrentando seus medos e profundamente deprimido e sem forças, Deus o chama.
Diante do próprio Deus, fenômenos da natureza ocorrem como uma reação à poderosa presença do Santíssimo. Elias pensou que Deus estaria no grande e forte vento, depois, em um terremoto e ainda, em uma labareda de fogo, mas não…aqueles eram apenas indícios de que o Senhor, o Criador de todo o universo, se manifestava entre os homens.
Sim! Na verdade, Deus falou com Elias, falou com uma voz mansa e delicada. O Senhor encorajou o profeta, o renovou e o colocou novamente de pé, orientando-o com direcionamentos para continuar a viver, porque  antes, Elias somente queria a morte.
E assim o Senhor ainda faz conosco! Embora Ele seja grande e tremendo, ainda que Seu poder seja imensurável, mesmo sendo Santo e Soberano, é também com voz mansa e suave que Ele se aproxima de nós para sarar nossas feridas e levar-nos  pela mão, nos conduzindo a lugares de segurança.
Como você está? Como o profeta Elias, exausta e com medo?
O que você está esperando? Comunique-se com Deus! Ele tem saídas para todos os anseios da vida! Busque um cantinho mais tranquilo, acalme seu coração e fale com Ele…
O Senhor aguarda para, mansamente, renovar suas forças, quer colocar-te de pé e mostrar caminhos para prosseguir. Não, não…ainda não acabou! Ouça os direcionamentos que o Senhor, suavemente, tem para você! O Senhor, certamente te responderá, afinal, Ele ama comunicar-se com seus filhos!
 
Por Simone de Macedo Bastos da Silveira, Graduada em Letras e Pedagogia, especialista em tecnologias interativas aplicadas à Educação (PUC-SP), Coordenadora Pedagógica, Casada com Álvaro Augusto da Silveira, mãe da Vanessa e Fernanda. Membro da Igreja Adventista da Promessa em V. Maria, São Paulo – SP.

Meio cheio ou meio vazio? Coração pleno em Deus!

A imagem do líquido preenchendo a metade da capacidade do copo é universal e serve como um parâmetro para muitas situações. Pode representar nosso coração, nossa vida e o estágio de intimidade com Deus. E quem é Deus na nossa história? Será que temos vivido uma vida plena com Ele? Quantas perguntas…
Mas ao pensarmos em plenitude a palavra “meio” não serve! Sabem por quê? Plenitude é estar completo, cheio, e se possível transbordando… Então falemos de plenitude pensando num copo transbordando… Alegria, riqueza, paz, amor, vamos lá, me ajudem a completar… felicidade, férias, risos… Deus?
Peguem um copo (do tamanho e cor que desejarem, pois é sentido figurado) e escrevam “Deus” nele. Vamos encher? Para isso é necessário um passeio pela Bíblia. Sentem-se num lugar confortável e apreciem a caminhada de leitura.
Comecemos no livro de Isaías, no capítulo 26, versículo 4: “Confiem para sempre no Senhor, pois o Senhor, somente o Senhor, é a Rocha eterna”. Inabalável! E a certeza de proteção em Salmo 3:6 “Não temerei dez milhares de pessoas que se puseram contra mim e me cercam”. Podemos seguir tranquilos. Deus cuida!
No livro de Êxodo (incrível, leiam!) aprendemos sobre o povo de Israel, que estava cativo na Babilônia mas foi liberto. Deus lhes deu esperança, auxílio nas guerras e renovou a coragem para persistirem, rumo a um propósito determinado!
E finalmente releiam comigo 2 Crônicas 7:14, que diz: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra”.
Textos extraídos da Bíblia. Para que? Porque ela é o diário que conta tudo sobre Deus! Para termos um relacionamento com alguém precisamos conhecê-lo, ter a vontade de estar junto, desejar compartilhar momentos, contar segredos, pedir ajuda, aplaudir vitórias, conviver! Vida plena é assim, com Deus transbordamos! Ele é tudo em todo o tempo. Anotem isso:
1 – Confiar para sempre no Senhor (cem por cento, tente!).(Is 26:4)
Não haverá decepção, tristezas ou amarguras… mesmo nos momentos difíceis o Espírito Santo estará pronto a trazer consolo e renovar a esperança. (Rom. 8:26-27)
2 – Crer que Ele nos liberta e soluciona problemas aparentemente impossíveis (exemplos maravilhosos na Bíblia, leia!). (Êxodo 33)
Deus libertou seu povo escolhido, lhes deu coragem e proteção, renovou a aliança de amor e também nos liberta, quando entregamos a Ele o que nos aprisiona a uma vida de tristeza e amargura.
3- Está sempre pronto a nos ouvir quando clamamos, naqueles momentos em que nos arrependemos de decisões erradas e nos afligimos, com o peso das consequências… e nos sentimos sós (2 Crônicas 7:14).
Podemos derramar nosso coração diante Dele através da oração, como pai, amigo, confidente repleto de sabedoria e compaixão! Dia e noite Ele cuida. (Salmo 42:8). Ah, transborde mais nos braços D’Ele!
E nesse amor pleno, derramado em João 3:16, vale anotar em letras garrafais que “Ele entregou seu único Filho para ter conosco uma vida Eterna”, vida em abundância. Ele deseja passar a eternidade comigo e com você!
A Bíblia demonstra que Deus deseja plenitude em nossas vidas. E quanto de Deus desejamos para nós? Precisa ser tudo! Poderoso, Grandioso, Criador, que não faz acepção de pessoas (Atos 10:34), e que não divide sua glória com nenhum outro (Is 42:8). Sim, queridas, Ele quer ser pleno em nossas vidas: está escrito!
Observe seu coração agora e releia o texto se preciso for. Percebeu quantas citações bíblicas aqui estão? Não dá para falar D’Ele sem citá-las. Então, corre lá, pega a Bíblia que um dia você ganhou e está carinhosamente guardada. Eu a convido a ler e conhecer mais o Deus de sua vida… mas se já tem o hábito de ler, que maravilha! Ore e reafirme sua aliança e intimidade com o Pai de amor! Continue alimentando sua relação com Ele.
Nesse coração voltado para o Pai precisa ter reciprocidade, confiança, certeza de proteção, esperança, conhecimento, intimidade, amizade e amor, muito amor e fé!
Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam. Hb11:6
E então? Coração transbordante, meio vazio ou meio cheio? Continue a encher… coragem! “Entrega o teu caminho ao Senhor; confia Nele, e o mais Ele fará”. Sl 37:5
Escrito por Genilda Farias, casada com Silas Farias e mãe do Pedro José, formada em Letras e Pedagogia, com especialização em Alfabetização e Letramento, congrega na Igreja Adventista da Promessa em Vila Maria – SP.

Quem não sente saudades?

“Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra.
Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Eu o verei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros; de saudade o meu coração desfalece dentro de mim.” – Jó 19.25-27
Somos privilegiados por ter a palavra saudade em nosso idioma. Ela diz tanta coisa: falta de algo ou alguém, desejo que o passado volte, lembrança de algo bom, mas que hoje dói; pode ser poética, romântica ou dolorida, devastadora…
Estamos em tempos de pandemia, da Covid 19, e a saudade vem conversar com a gente sobre situações e pessoas.
Dia dois de novembro é o dia de finados e muitos terão saudades. Alguns com suas feridas já cicatrizadas e outros com elas ainda abertas, e o que dizer?
Você tem um tempinho para ouvir Jó? Aquele mesmo que sofreu falência de todos os seus bens, que sepultou dez preciosos filhos, que perdeu a saúde e que um dia disse que estava com uma tremenda saudade:
• Jó tinha uma fé consciente – “Porque eu sei…” Fé é algo que possui certeza que afugenta a dúvida. Que não nos deixa tirar os olhos do farol mesmo diante das ondas gigantescas.
• Jó tinha um redentor pessoal – “que o meu Redentor…” A experiência de Jó era pessoal. Não era coletiva ou terceirizada. Ele disse “o meu”. E junto com esse pronome possessivo está a palavra “Redentor”. Aquele que paga o preço, a dívida, que resgata a herança, que impede o castigo. Você conhece alguém que fez isso? Jó estava profetizando sobre Jesus. Nenhum outro personagem na história possui esse título. Que deixou a Sua glória, se humanizou e viveu como nós, morreu na cruz para pagar todas as nossas dívidas espirituais e nos fazer novas criaturas para Ele.
• O Redentor de Jó era vivo – “vive…” Jesus morreu, mas ressuscitou. Essa é a nossa grande esperança. Seguimos uma Pessoa e não uma filosofia de vida. E, como Ele ressuscitou, os que viveram ou vivem para Ele, ressuscitarão também. Por isso, quando perdemos alguém querido, não dizemos adeus, mas até breve, até logo.
• O Redentor de Jó viria a esta terra – “e por fim se levantará sobre a terra.” Jesus já veio uma vez de forma humilde para trazer salvação. E, virá novamente, mas desta vez com muito poder e glória.
• O Redentor de Jó traria ressurreição física – “Depois, revestido este meu corpo da minha pele…” Graças a Deus, a sepultura não tem a última palavra. Nossos corpos envelhecem, adoecem e se decompõem, porém, na ressurreição receberão um corpo glorioso.
• O Redentor de Jó se revelaria em plenitude – “em minha carne verei a Deus. Eu o verei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros” – Se a fé e o relacionamento de Jó com Deus era pessoal. De forma pessoal também, contemplaria o Senhor.
• Jó tinha saudade do seu Salvador – “de saudade o meu coração desfalece dentro de mim.” Isso mesmo, saudade profunda do Autor da sua vida, do seu Redentor, do seu Salvador, do seu Eterno Deus!
Você foi criado por Cristo e para Cristo – Cl 1.16. Vasculhe o seu coração até achar a plaquinha “saudade de Deus” e depois viva por ela, até o dia do grande banquete (Ap 19).
Por que Ele vive, posso crer no amanhã…
Na graça dEle,
Elias Alves Ferreira, Casado com Marilsa Ferreira, Pastor Jubilado, Congrega na IAP Prado Velho, Curitiba- PR

A Reforma Protestante na Perspectiva das Reformadoras

No dia 31 de outubro se comemora o dia da Reforma Protestante, que em 2020 completa seus 503 anos. Essa Reforma foi um marco para o cristianismo, com ela a igreja passou a ter um novo rumo, buscando sua essência, a mesma do período dos apóstolos. Com isso, a igreja teve a oportunidade de se contextualizar e o cristianismo avançar por novos meios e pelos grupos missionários. A Reforma foi o início de uma nova história para o cristianismo, de expansão a nível global.
Vale enfatizar que antes da Reforma a Igreja Católica era a detentora, portadora do domínio e exclusividade dos fiéis. Em alguns casos, sem ao menos desconfiarem, fiéis eram extorquidos e enganados pela própria igreja, onde também abusos eram cometidos de diversas maneiras. A história destaca a prática da inquisição em que confissões eram arrancadas e algumas vezes colocadas na boca de hereges por meio de torturas que os levavam a confessar tudo o que o inquisidor quisesse. Praticavam as vendas das indulgências pelas quais os fiéis compravam sua salvação, um lugar no céu para si ou até mesmo para familiares já mortos. Nesse panorama nasce o movimento reformista, que não aceitava o abuso cometido pela Igreja Católica contra seus fiéis, nem a prática das indulgências que rendia grandes lucros à Igreja.
É bom lembrar que, em toda a história da humanidade, Deus agiu todas as vezes em que seu povo sofreu abusos, perigos dos mais diversos tipos “… o Senhor Deus é o que peleja por nós” (Dt 3.22), para que a história do povo de Deus continuasse, levantou líderes como patriarcas, profetas, juízes e reis, líderes corajosos (Nm 27.18), para que, por meio de seu poder e autoridade lutassem pela continuidade de sua obra redentora.
Lutero é evidenciado, mas não é o único idealizador. Após muitas tentativas frustradas de reformar a própria Igreja Católica, devido à grande oposição às suas ideias, se viu na condição de formar uma outra comunidade, por meio do rompimento com a Igreja Católica. Sobre essa questão González (1995, p.107) afirma que:
“o mais importante sistematizador da teologia protestante no século XVI foi João Calvino. Enquanto Lutero foi o espírito fogoso e propulsor do novo movimento, Calvino foi o pensador cuidadoso que forjou, das diversas doutrinas protestantes, um todo coerente”.
Na história da Reforma, muitos outros foram rompendo com o catolicismo, e com isso destacam-se também muitas mulheres, não evidenciadas na história, mas que foram imprescindíveis para a continuidade do cristianismo e sua missão. É a essas mulheres o maior destaque dado nesse artigo. A história, por meio de cartas, livros, mostra o trabalho e a contribuição de muitas mulheres. Fora essas a seguir destacadas, houve muitas outras que atuaram de forma efetiva e criativa, como explica Ulrich, doutora em teologia, em seu artigo. A partir de um livro de Martinho Lutero intitulado “Da Liberdade Cristã”, muitas mulheres se envolveram em questões teológicas e políticas buscando saída para enfrentar os problemas de seu tempo. Por outro lado, a história mostra também que elas foram silenciadas e invisibilizadas, um dos motivos da história ter chegado até os dias atuais destacando com mais ênfase Martinho Lutero e João Calvino como heróis, com suas valiosas contribuições. Através das críticas de Lutero muitos monges e monjas saíram dos conventos e se casaram, constituindo famílias. Isso se deu porque a vida dentro de um monastério era muito rígida, Lutero descreveu como “uma prisão eterna”. Porém, nem todas as mulheres que aderiram à Reforma saíram do convento.
Katharina von Bora Lutero é a primeira destacada. Casada com Lutero, descrita por Ulrich como ousada, empreendedora e empoderada para seu tempo, viveu em um convento e sua vida teve um rumo diferente depois de ler os textos de Martinho Lutero sobre a graça e a fé. Ela e outras freiras foram escondidas em barris de peixes e fugiram do convento. As que não retornaram para suas famílias, foram acolhidas por outras famílias. Katharina mostrou à sociedade que era possível viver a graça de Cristo e ter direito à salvação sem estar “presa” a um convento. Foi uma mulher relevante para a sociedade e a família, pois participava de conversas teológicas, negociava no mercado (normalmente homens negociavam), era uma ótima administradora dos bens familiares e tinha conhecimento em medicina caseira. Tudo o que ela havia aprendido aplicava no dia a dia, fazendo a diferença em sua época. Foi uma parceira ao lado de seu marido na Reforma. Foi uma mulher que quebrou o paradigma de apenas “esposa e mãe”, rótulo dado às mulheres da época.
Outra Reformadora é Elisabeth von Meseriz Cruciger, conhecida como a primeira compositora protestante. Seu hino “Senhor Cristo, o único filho de Deus, pai em eternidade” foi incluído no hinário por Lutero, em Wittenberg. A letra deste hino demonstra seu conhecimento teológico, pois faz menção a textos bíblicos. Uma teóloga-compositora.
Uma mulher com muita influência pública e política na Idade Média foi Elisabeth von Calenberg-Göttingen, duquesa de Braunschweig-Lüneburg, conhecida como regente, reformadora, escritora e mãe da Igreja. A história a descreve como uma mulher que introduziu a reforma protestante na Baixa Saxônia.

E por fim, Katharina Schütz Zell, conhecida como pregadora, teóloga, mulher reformadora e mãe na fé. Ela defendeu seu esposo e seu casamento escrevendo uma carta ao clérigo, questionando as mentiras que contavam sobre seu esposo, o que mostra seu conhecimento teológico, pois usou textos bíblicos para a defesa. Após seus filhos morrerem ainda pequenos ela se sentiu motivada a escrever. Ela escondeu diversas pessoas perseguidas por causa da Reforma e encorajou muitas mulheres que se viam sós, devido às perseguições a seus maridos. Seu marido nunca a impediu de escrever seus textos, os dois atuavam na Reforma lado a lado e ela era tratada por seu esposo como ministra/pastora, o que era incomum para a época. Foi uma lutadora pela igualdade de homens e mulheres no serviço da igreja e pela divulgação pública do evangelho em Palavra e Ação.

Quantas histórias inspiradoras! Essas mulheres tinham em comum o uso de seus dons, talentos e suas influências a serviço da Reforma, a serviço de Cristo. Essas são apenas algumas que receberam mais destaque, porém existem muitas outras mulheres esquecidas na história. Juntas, todas contribuíram para que a Reforma, juntamente com líderes homens, pudesse acontecer. Foram mulheres missionais em sua época.
Isso revela o quanto mulheres foram usadas por Cristo, o dono da missão, para a propagação do evangelho e da história da igreja. Todas elas foram e sempre serão importantes em toda e qualquer fase que a igreja de Cristo passar. Da mesma forma que Deus levantou homens já citados como líderes corajosos, também levantou e sempre levantará mulheres corajosas que se doam em busca de igualdade de gênero (mesmos direitos entre homens e mulheres), respeito pelas diferenças étnicas, culturais e sociais, barreiras a serem ultrapassadas pela igreja hoje, entre outras questões a serem reformadas. Quais paradigmas a igreja contemporânea precisa quebrar? Existe, hoje, uma reforma? Ou a necessidade da mesma? Se sim, o que você leitora pode fazer para contribuir? Sua contribuição, mulher, é fundamental!
A história da igreja e da nossa vida é Cristo quem escreve, mas ele nos usa para fazer parte dessa história. Celebre esse dia nessa perspectiva, você faz parte dessa história, pois “você recebeu a capacidade de dar forma ao futuro” (STANLEY, 2008, p.164). Sinta-se encorajada com essas histórias, e faça parte da história da igreja ativamente. Sirva a Deus com seus dons, talentos e influências. Ele lhe chamou para viver de forma missional.
 
Texto por: Eula Paula Basto de Araújo, casada com Odeir, mãe da Julia. Família pastoral na IAP de Piracicaba. Formada em Teologia e Gestão Empresarial, cursa  letras e MBA em Gestão Escolar na USP/ESALQ. Integrante da equipe do Ministério de Ensino da Convenção Paulista.
 
Referências
BÍBLIA, A. T. Deuteronômio e Números. NTLH. Nova Tradução na Linguagem de Hoje: Antigo e Novo Testamentos. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2008.
GONZÁLEZ, Justo L. E até aos confins da Terra: uma história ilustrada do Cristianismo/Justo L. González; tradução Itamir N. de Sousa. São Paulo: Vida Nova, 1995, p. 107, 6 v.
Hinologia Cristã. Disponível em: <http://www.hinologia.org/elisabeth-cruciger/>. Acesso em: 25 de outubro de 2020.
MODES, Josemar Valdir. O protestantismo em sua primeira matiz: uma breve retrospectiva histórica do luteranismo. Revista Batista Pioneira. Ijuí, v. 5, n. 1, p. 25 – 45, jun. 2016. Disponível em: http://revista.batistapioneira.edu.br/index.php/rbp/article/view/164. Acesso em: 26 de outubro de 2020.
Portal Luteranos. Disponível em: <https://www.luteranos.com.br/conteudo/katharina-schutz-zell-pregadora-teologa-mulher-reformadora-mae-na-fe>. Acesso em: 26 de outubro de 2020.
STANLEY, Andy. O Líder da Próxima Geração: qualidades de liderança que definirão o futuro/ Andy Stanley; tradução Marson Guedes – São Paulo: Editora Vida, 2008, p. 164.
ULRICH, Claudete Beise. A atuação e a participação das mulheres
na reforma protestante do Século XVI. Estudos de Religião. São Paulo, v. 30, n. 2, p.71 – 94, mai./ago. 2016. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/ER/article/view/6846. Acesso em: 26 de outubro de 2020.
WACHHOLZ. Wilhelm. História e Teologia da Reforma: introdução. São Leopoldo: Sinodal, 2010.

7 Razões para fazer a diferença com nosso trabalho

1) O trabalho em sua essência é bom, faz parte do propósito de Deus para nossas vidas. O trabalho não é fruto do pecado como muitos pensam, portanto não é algo ruim. Ele foi instituído por Deus antes do pecado (Gn 1:26; Gn 2:15). Ao ser humano foi dada a responsabilidade de cuidar de toda a criação, do jardim do Éden, cultivar a terra. Foi depois do pecado que o trabalho passou a ser caracterizado como sofrido, árduo. E isso não é culpa de Deus. É consequência dos erros do ser humano (Gn 3: 17-19).
2) Tudo o que fazemos deve ser para glorificar a Deus. Fomos criados para isso! (Is 43:7; Cl 1:16; Rm 11:36; 1 Co 10:31). “Foi em Cristo que descobrimos quem somos e por que vivemos. Muito antes de ouvirmos falar de Cristo e de depositarmos a esperança nele, ele já pensava em nós e tinha planos de nos dar uma vida gloriosa, que é parte do propósito geral que ele está executando em tudo e em todos” (Ef 1:11 e 12 – versão A Mensagem). Podemos adorá-lo em tudo que fizermos! Não tem trabalho mais santo ou menos santo. Se acreditamos que tudo foi feito por Deus e somos seres integrais, não temos que dividir vida espiritual e vida secular. Nosso comportamento deve ser o mesmo em todos os lugares, em todo tipo de atividade, buscando agradar a Deus e não o ser humano. Servimos também a Deus quando desenvolvemos nosso trabalho.
3) Tudo que nos prontificamos a fazer deve ser bem feito pois é para Deus, o que não precisa ser perfeito (pois só Ele é!), mas precisamos dar o nosso melhor. Na versão mensagem lemos “Não façam apenas o mínimo exigido, e sim o melhor que puderem. Trabalhem de coração para o real Senhor de vocês, para Deus, pois serão plenamente recompensados quando receberem sua herança. Lembrem- se de que, no fim das contas, o Senhor que vocês estão servindo é Cristo.” (trecho extraído de Colossenses 3: 22 a 25, versão A Mensagem)
4) Ele nos capacita para o trabalho (Rm 12: 6-8; Mt 25: 15 a 29). Deus espera que usemos as aptidões, os talentos e os dons que têm nos dado conforme seu querer. Claro, estudamos e buscamos aperfeiçoamento, fazemos nossa parte. Mas, se temos inteligência e capacidades diversas, tudo vem Dele.
5) Do trabalho retiramos nosso sustento e devemos abençoar os necessitados com o que ganhamos (Sl 104: 14 e 15; Ef 4:28; Lc 10: 25-37; Ec 2:24; Ec 3:13). Devemos ajudar uns aos outros. A bíblia está cheia da frase “uns aos outros” e exemplos de que devemos pensar no bem coletivo e não sermos egoístas. Deus valoriza a cooperação e não a competição.
6) Deus nos conhece e conhece o nosso trabalho (Mt 10: 29 a 31; Lc 12:7). Ele está sempre no controle. Caso não estejamos felizes no nosso trabalho, avaliemos se é esse o serviço e se é nesse local que Deus nos quer. Pela Palavra de Deus, podemos dizer que nada é por acaso. Onde Deus nos colocou ou permitiu que estejamos? Busquemos entender o que Deus está fazendo e como pode usar nossas vidas para abençoar outras.
7) Nossas atitudes no trabalho podem adorar a Deus e torná-lo conhecido. Através do amor que dedicamos às pessoas e o cuidado no que realizamos, levamos Cristo às pessoas. Tenhamos coerência entre discurso e prática. Seja qual for as atividades que nos colocamos a fazer, façamos de acordo com a perspectiva divina. Vejamos o mundo pelos olhos de Deus e tudo ganhará sentido. Sejamos gratos a Deus pela oportunidade do sustento, do crescimento e de testemunhar seu Amor (Cl 4:5; 1 Pe 2:9). Peçamos a Ele para entender seus propósitos e façamos a diferença onde estivermos!
Lilian Gava Ferreira, psicóloga, casada com Nestor Freschi Ferreira, mãe da Beatriz e da Rebeca. Atualmente, lidera o MMG.

O futuro a Deus pertence

No capítulo 10 e versículo 23 do livro de Jeremias, o profeta diz: “Eu sei, Senhor, que não está nas mãos do homem o seu futuro; não compete ao homem dirigir os seus passos”. As escrituras também nos aconselham a não nos preocuparmos com o amanhã, pois ele trará as suas próprias preocupações (Mateus 6.34). Mas o que faremos então com o presente que já nos foi dado?
O futuro a Deus pertence, de fato, mas podemos refletir e tomar atitudes no hoje. Temos tomado decisões direcionadas por Deus em nosso presente? Temos vivido nosso presente de modo que estejamos prontos para vivermos as oportunidades que Deus nos dará no futuro?
Em tudo que fizermos, devemos fazer para a glória de Deus. Viver o nosso presente e nos preparar para oportunidades futuras é glorificar a Deus.
Deus não nos chamou para sermos inertes diante da vida, mas sim para vivermos na plenitude da sua vontade. E a sua vontade é de nos prosperar, dar esperança e futuro (Jeremias 29:11). E a prosperidade do Senhor engloba todos os aspectos da nossa vida: espiritual, profissional e relacional.
Noemi, sogra de Rute, ao se ver viúva e sem filhos, buscou o Senhor e agiu. Ela decide regressar à sua terra natal e lá iniciar uma nova vida, pois o Senhor havia visitado o seu povo. Ela pede às suas noras que retornem para casa de seus pais, pois não poderia mais lhes dar um futuro. Rute decide acompanhá-la para a terra de Judá (Rute 1) e tomou atitude diante das circunstâncias, mesmo não sendo prometido a ela nenhum futuro junto a Noemi. Ela confiou no Deus de Judá, no Deus de Noemi, e o Senhor deu a Rute um futuro glorioso. Ela casou-se com Boaz e é mencionada no Evangelho de Mateus como uma estrangeira pertencente à linhagem de Jesus.
A vida de Rute é exemplo para nós, pois nos mostra que as dificuldades chegam, vivemos dias ruins, mas as ações do nosso presente irão perpetuar-se no nosso futuro.
Ao sermos regenerados por Cristo vivemos em novidade de vida, nos tornamos dependentes da sua graça e confiamos nossos caminhos a Ele. Mas sermos dependentes de Deus não é o mesmo que sermos inertes ao nosso futuro, que a Deus pertence, mas o presente Ele já nos deu.
Em Eclesiastes 7:14 nos é revelado que Deus fez tanto os dias bons quanto os ruins, e o profeta nos chama a refletir sobre eles: “quando os dias forem bons, aproveite-os bem; mas, quando forem ruins, considere: Deus fez tanto um quanto o outro, para evitar que o homem descubra alguma coisa sobre o seu futuro”.
Infelizmente, durante a pandemia milhares de pessoas perderam seus empregos. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a taxa de desemprego no final do mês de setembro foi de 13,8%, a maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Isso representa 13,1 milhões de pessoas na fila por um emprego.
Muitos desses milhões são cristãos, você pode ser um deles, vivendo dias ruins. E o que fazer agora? Você não tem o futuro em suas mãos, ele está nas mãos de Deus, e é por isso que sua esperança pode ser renovada, pois o Pai sempre tem os melhores planos para seus filhos.
Então, enquanto estiver vivendo as lutas de estar nesta fila, reflita, busque o Senhor, tenha fé, esperança e muita oração. Ore e tome atitudes, não fique inerte, busque novos conhecimentos, se profissionalize, se capacite e se mantenha atualizado em sua profissão. Mas se precisar, busque uma nova carreira e esteja receptivo a mudanças. Diversas instituições públicas e não governamentais oferecem cursos superiores e profissionalizantes, atualizações e qualificações gratuitas e acessíveis. E enquanto se prepara para os novos desafios, siga confiante no Deus da provisão, no Deus que tem o futuro em Suas mãos.
Vivamos o nosso presente para a glória de Deus, na certeza de que no nosso futuro seremos recompensados por ELE.
Juliana Mateusa Meira Cruz, casada com Walter Oscar Pereira Cruz, mãe do Gabriel e da Melissa, é graduada em Ciências Contábeis e mestre em Gestão e Organizações Públicas. Congrega na Igreja Adventista da Promessa em Santana, São Paulo – SP.

Uma boa Vizinhança

Algum tempo atrás mudou-se para o apartamento ao lado de onde moramos um novo vizinho. Nosso primeiro contato foi no estacionamento. Chegamos e ele estava lá com seu filho (até então ele não sabia quem éramos).
O cumprimentamos e ele assustado respondeu: “Nossa, vocês são as primeiras pessoas que falam comigo nesse prédio. Aqui as pessoas não falam umas com as outras”. Trocamos algumas palavras e seguimos.
Dias depois o encontramos novamente. Dessa vez entramos juntos no elevador. Foi aí que veio a pergunta: “Vocês são evangélicos, né!?” Respondemos que sim e falamos rapidamente sobre a igreja.
Ao sair do elevador comentei com meu esposo: Imagine se no primeiro dia que encontramos o vizinho não o tivéssemos cumprimentado com um simples “boa tarde”? Qual seria a impressão que ele teria de nós como cristãos?
Sabemos porém, que nem sempre é isso o que acontece. Muitos de nós não falam com seus vizinhos, nem ao menos um breve cumprimento. E para piorar, as vezes incomodamos a vizinhança com as músicas em alto volume ou estacionando na frente das garagens, atrapalhando a circulação.
Fico pensando o que seria da viúva de II Reis 4 quando precisou das vasilhas de seus vizinhos para que o milagre do azeite acontecesse. Se ela não tivesse um bom relacionamento com seus vizinhos não teria conseguido tantas vasilhas e o milagre não teria sido tão abundante.
Como é seu relacionamento com seus vizinhos? Se hoje, como no caso da viúva, o seu milagre dependesse dos seus vizinhos, você seria abençoado?
Nosso vizinho logo se mudou, realmente ele não se adaptou ao condomínio. Mas durante o pouco tempo em que morou por aqui tivemos um bom relacionamento e ele levou consigo o testemunho de que o primeiro contato que teve no condomínio foi conosco, um casal cristão.
Débora Hilário Pereira casada com Dayvison Levy e congrega na Igreja Adventista da Promessa em Osasco, SP

Glorificando a Deus nas finanças

Em Salmos 24:1 lemos “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam”, isso significa dizer que tudo o que possuímos e desfrutamos, desde os recursos naturais aos bens materiais, é de Deus. Em João 10:10 está escrito “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. Deus deseja a felicidade dos seus filhos e o melhor para nós, mesmo nesta vida passageira.
Se tudo é de Deus, o que nós somos? Mordomos! E mordomo significa administrador. No novo testamento em várias ocasiões Jesus contou parábolas sobre administradores: alguns fiéis, outros nem tanto, alguns que maltratavam os empregados, outros que multiplicavam seus talentos e outros que os enterravam. Em todas essas parábolas Ele reforça a ideia de que somos administradores e iremos prestar contas do que nos foi confiado.
Portanto, é evidente que somos responsáveis por cuidar do nosso dinheiro, do nosso salário e dos nossos recursos financeiros. Para isso é muito importante o planejamento financeiro familiar, e como é familiar, não deve ser feito apenas por um integrante da família. Deve ser realizado pelo casal, com a participação dos filhos, se possível, pois deverá contar com a colaboração de todos, na sua execução.
Algumas consequências que a falta de um bom planejamento financeiro pode trazer às famílias:
• problemas nos relacionamentos familiares (discussões, desentendimentos e até mesmo divórcios);
• baixa produtividade no trabalho (que pode levar ao desemprego);
• dívidas que desmotivam o trabalho, diminuem o ânimo para sonhar/realizar, causam depressão, etc.;
• problemas na saúde física, emocional, e pior, espiritual: o relacionamento do homem com Deus é afetado. Muitas pessoas têm deixado de desfrutar as bençãos, pelo fato de não praticarem os inúmeros conselhos deixados na Palavra de Deus ou por sequer conhecê-los.
O Senhor sabia quantos problemas poderíamos ter ao falharmos na administração financeira, pois a maneira que lidamos com nossas posses revela nossa motivação, nosso caráter e mostra o que de fato importa para nós. A Sua vontade é que tenhamos equilíbrio e sabedoria ao cuidarmos do dinheiro para que tenhamos uma vida mais tranquila e o sirvamos de todo o coração, sendo bons administradores no pouco e no muito. Por estes motivos, a Bíblia traz diversos textos a respeito de dinheiro, finanças e planejamento.
Apesar disso, infelizmente, pouco se falava ou ensinava nas famílias e escolas sobre isso, tornando esse assunto um tabu. É importante reconhecermos nossas limitações para lidarmos com o dinheiro, e compreendermos a importância do planejamento financeiro, pois podemos facilmente cair nas armadilhas do capitalismo: consumismo desenfreado, crédito “fácil” (compre agora e pague depois), desejos de consumo de itens desnecessários.
Devemos pedir a sabedoria divina e estudarmos para obter o conhecimento que hoje já é acessível a todos pela internet, livros, cursos, e por meio de uma consultoria financeira, no caso de não estarmos conseguindo sozinhos. Educadores, mentores ou coachs financeiros são especialistas em auxiliar pessoas a entender como se relacionar com o dinheiro, aprender a cuidar melhor dos seus recursos, se prevenir para possíveis crises ou emergências, realizar objetivos e sonhos, e a planejar um futuro com mais tranquilidade financeira.
Que o Senhor, que é o dono de tudo, nos abençoe e nos capacite, e que glorifiquemos a Ele através da boa administração de cada um dos bens e recursos que Ele, tão bondosamente, nos concedeu. Que nós O convidemos para ser nosso parceiro nesta área também, e assim, com certeza, o sucesso será garantido.
Aleluia! Como é feliz o homem que teme o Senhor e tem grande prazer em seus mandamentos! Seus descendentes serão poderosos na terra, serão uma geração abençoada, de homens íntegros. Grande riqueza há em sua casa, e a sua justiça dura para sempre. Salmos 112:1-3.
Por: Tatiane Negrão Ribas Nogueira, casada com Paulo Nogueira, mãe da Isabelli, Contadora, Especialista em Controladoria e Finanças e Educadora Financeira, congrega na Igreja Adventista da Promessa em Barreirinha, Curitiba-PR

Emprego abençoado por Deus!

O tempo em que estamos vivendo tem sido de grandes reflexões e eu gostaria de refletir sobre uma área que tem sofrido muitas transformações nesse período: a área profissional.
Ao escrever esse texto, me transportei para lembranças do início da minha vida profissional. Desde criança, sonhava em ser professora. Vivia enchendo a minha mini-lousa com exercícios e dando aulas para meus ursinhos e minhas bonecas. O ensinar e o aprender faziam parte da minha vida de uma forma muito especial e me traziam uma alegria imensurável.
Entretanto, ao compartilhar meu desejo de ser professora com parentes, amigos e conhecidos, muitas vezes, ouvia críticas e até mesmo conselhos para não seguir por esse caminho, devido a detalhes como não ser uma profissão valorizada. Foi aí que escolhi mudar completamente de planos e entrei na área da Mecânica Industrial.
Sempre busquei fazer tudo com dedicação e confesso que foi uma experiência importante para o meu crescimento. Fiz um curso de Mecânica de Usinagem no SENAI, conheci pessoas especiais, ótimos professores e até peguei gosto pela área. Mas não sentia que era o lugar que eu deveria estar.
Então resolvi retomar os meus planos iniciais e voltar a sonhar com a possibilidade de ser professora. E como foi bom me encontrar novamente. Com a Pedagogia tive novos desafios? Sim! Muitos! Mas, em qual profissão não surgem desafios? O fato é que quando fazemos o que amamos, a jornada fica mais leve. E quando surge uma dificuldade, a lembrança dos bons momentos nos dá forças pra continuar.
Lembro-me de uma passagem bíblica que diz: “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens (…)”. Colossenses 3:23
Não sei se você está no ensino básico pensando no que fazer de faculdade, se você já está na faculdade, se já está trabalhando em seu primeiro emprego ou se já passou por muitos empregos… Mas se você está lendo esse texto, talvez tenha chegado o momento para repensar: Você está no lugar que deveria estar?
Se sim, continue caminhando e pedindo sabedoria para Deus a fim de fazer um bom trabalho. Se não, o primeiro passo é, continue se esforçando onde você está agora. Em todos os lugares pelos quais passamos, precisamos agir de forma que o nome de Deus seja glorificado. Aproveite para ser o melhor funcionário e fazer a diferença nesse lugar.
O segundo passo: Ore! Conte a Deus o que você sente, em qual lugar gostaria de estar. Peça a direção Dele e que Ele mostre a você onde Ele quer que você esteja. O terceiro e último passo: Descanse e Confie! Da mesma forma que o semeador coloca a semente no solo, cuida dela e espera que dali surja uma árvore, devemos colocar nossos planos e sonhos diante de Deus e esperar que Ele faça crescer e florescer.
E quando o Pai te direcionar para o melhor Dele na sua vida profissional lembre-se: “(…) quer vocês comam, quer bebam, quer façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus.” 1 Coríntios 10:31
Que o nome Dele seja glorificado através das nossas vidas!
Por: Mirian dos Santos Salvador, 27 anos. Graduada em Pedagogia e Pós Graduada em Neuropsicopedagogia Clínica, cursando pós graduação em Musicoterapia. Congrega na IAP de Alvorada – Guarulhos/SP.