A segurança do amor

Um relacionamento familiar amoroso demanda esforço sincero

“… acima de tudo isso, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição.” (Colossenses 3.14).
Todos nós temos a necessidade de nos sentir seguros. Seja do ponto de vista profissional, material, espiritual ou emocional, todos precisamos estar seguros para poder enfrentar as dificuldades e adversidades que a vida apresenta. Na família, isso não é diferente. Posso afirmar que se não tivermos segurança dentro do nosso lar, dificilmente conseguimos superar os obstáculos que temos que ultrapassar. No entanto, um relacionamento familiar cujos membros se sintam seguros e amados realmente não acontece automaticamente, mas deve ser cultivado, como uma planta frágil. Deve ser protegido como um tesouro precioso e cuidado como um relacionamento sagrado. Somente assim, será alcançada a segurança que todos os participantes da família desejam ter.
A segurança no lar é fortalecida por intermédio de amor em abundância. Esse sentimento não é meramente um amor superficial que acabará numa primeira discussão, ou que sumirá quando a pobreza (ou a doença) chegarem. Entre esposo e esposa, entre pais e filhos, esse amor tem que ser profundo e duradouro para sobreviver a todas as provações e tribulações, amadurecendo e crescendo com a passagem dos anos. Da mesma forma, tem que ser mútuo, responsável, cultivado propositalmente e mantido por esposo, esposa, pais e filhos.
Para um relacionamento familiar seguro e firme, é preciso um esforço sincero. Ou seja, com esforço e determinação, a família pode viver em paz, alegria e segurança.
Outro fator imprescindível para alcançar a segurança no lar é uma atitude de humildade, demonstrada em pedidos recíprocos de desculpas. Essa atitude curará muitas feridas nos relacionamentos. Muitas vezes nos desculpamos com estranhos e outras pessoas, mas às vezes, negligenciamos os nossos próprios familiares. É mesmo uma pena que não peçamos perdão aos que amamos mais, o que inibe o desenvolvimento do amor. Não existe nada que você possa fazer que fortaleça mais o seu relacionamento familiar do que reconhecer humildemente as suas próprias falhas, confessando-as e pedindo perdão por elas.
Além disso, não é necessário somente que amemos uns aos outros, mas também devemos ser amáveis, devemos inspirar o amor. Não somente cada um deve tentar manter a paz, porém deve se comportar de uma maneira que incentive o outro a procurar a paz. Enfim, o amor deve ser o centro do relacionamento familiar. Esse amor deve ser dirigido em primeiro lugar a Deus, que é o criador e sustentador da família. E aos nossos cônjuges e aos nossos filhos, que são os nossos companheiros de caminhada.
 
Dsa. Cláudia dos Santos Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Dijap da Convenção Noroeste Paulista

Um período de inúmeras oportunidades

As férias escolares são um momento precioso para estreitarmos os laços com nossos filhos

 
 
Neste mês de julho, está acontecendo uma mudança na rotina de várias famílias com filhos que ainda são crianças e / ou adolescentes. Esta mudança está sendo ocasionada por um acontecimento que, para alguns pais, é motivo de alegria e de satisfação pelo fato de poder passar um pouco mais de tempo com seus filhos;  já para outros, é quase um momento de “desespero”, pois não sabem o que fazer com suas crianças e com seus adolescentes. Que momento é este? O período das férias escolares. Seja 15 dias, 21 dias, ou mesmo 30 dias de férias, o fato é que muitos pais se sentem perdidos e preocupados com o que vão fazer com seus filhos durante todo esse tempo, sem a ajuda da escola e da professora.
Ao refletir sobre essa questão, lembrei-me do versículo bíblico que está registrado em 1 Coríntios 10: 31: “Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus”. Neste versículo, o apóstolo Paulo orientou a igreja de Corinto (e a cada um de nós também) a glorificar a Deus mesmo que tenha que realizar as atividades mais cotidianas possíveis. Além disso, ele reforçou o ensinamento de que tudo o que fizermos deve engrandecer ao Senhor e exaltá-lo.
Você pode estar se perguntando: “o que isso tem a ver com as férias escolares dos meus filhos?” Tem muito a ver! Em primeiro lugar, neste momento de férias, podemos aproveitar para estreitar ainda mais o nosso relacionamento com eles. Sem a correria e a pressão do horário escolar, das tarefas escolares e das provas que precisam ser realizadas, nós podemos conversar mais com nossos filhos, fazer um passeio, brincar com eles, levá-los ao cinema ou ao museu, enfim, são inúmeras as possibilidades para estarmos mais próximos das nossas crianças e nossos adolescentes.
Mesmo que nossa rotina de trabalho continue a mesma, vamos aproveitar as férias escolares para nos aproximarmos dos nossos filhos. Não vamos ver as férias de nossos meninos e nossas meninas como um “problema”, mas como uma oportunidade de estarmos mais perto deles.
Além disso, as férias podem ser uma ótima oportunidade para que nós, como pais, ensinemos mais a nossos filhos a respeito de Deus e da sua maravilhosa Palavra. Nesse período, podemos incentivá-los a orar mais, a ler e estudar a Palavra de Deus, a assistir desenhos bíblicos, enfim, este mês de julho pode ser utilizado também para reforçar o ensinamento bíblico para nossos filhos.
A responsabilidade de ensinarmos nossas crianças e adolescentes a conhecer o Senhor e amá-lo é nossa (ou seja, dos pais) e isso deve acontecer também durante este mês de julho. Portanto, vamos aproveitar a oportunidade que os dias de férias nos trazem e glorifiquemos a Deus neste período, juntamente com nossos filhos. E isso independe do fato de estarmos trabalhando ou estarmos de férias junto com eles. Assim, aproveitemos estes dias para aprofundarmos nosso relacionamento com nossos meninos e meninas e para ensinarmos mais a eles sobre o Deus maravilhoso que servimos e sobre os ensinamentos que ele deixou registrado em Sua Palavra!
 
Boas férias escolares a todos! Quer comamos, quer bebamos, quer nossos filhos estejam de férias, façamos tudo para a glória de Deus.
 
Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infanto Juvenil Regional.

Você quer ser bem sucedido?

Um bom emprego, um bom sobrenome e bons amigos podem contribuir para isso, mas não são o fundamental


 
Quantas vezes você já ouviu que, para ser bem sucedido na vida, é preciso ter um bom emprego, uma boa conta bancária, um bom sobrenome ou até mesmo bons amigos. É claro que tudo isso pode contribuir para que a vida se torne um pouco mais fácil. Mas, às vezes, nos esquecemos de que precisamos de coisas muito mais importantes para sermos bem sucedidos, por exemplo, a família e a saúde.
Porém, existe ainda uma coisa imprescindível para que desfrutemos de uma vida realmente bem sucedida. Deus sabe do que necessitamos para vivermos essa vida de sucesso. Vejamos o que Ele disse para Josué, quando este foi suceder Moisés na liderança do povo de Deus no deserto: “Seja forte e corajoso, porque você conduzirá este povo para herdar a terra que prometi sob juramento aos seus antepassados. Somente seja forte e mui corajoso! Tenha o cuidado de obedecer a toda lei que o meu servo Moisés lhe ordenou; não se desvie dela, nem para a direita nem para a esquerda, para que você seja bem sucedido por onde quer que andar”. (Josué 1.6-7)
Nesse texto, Deus o anima a ser forte e corajoso. Esse conselho era devidamente importante para a vida de Josué naquele momento, já que o desafio era imenso e ele poderia desanimar, sendo agora o grande líder do povo. Sendo assim, esse conselho serve para nós também na atualidade, pois os nossos desafios são imensos, mas não podemos parar e desanimar. Pelo  contrário, devemos nos lembrar da promessa que Jesus nos fez, dizendo que: “… eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”.
Em seguida, Deus dá o conselho que é de fundamental importância para sermos bem sucedidos hoje. Ele diz assim: “Tenha o cuidado de obedecer a lei… não se desviando dela, nem para direita nem para esquerda”. Aqui está o segredo de termos sucesso na vida. Quando damos a atenção devida à ordem do criador e zelamos pelo que ele estabeleceu, certamente teremos a satisfação de desfrutar do melhor desta terra e, por fim, a vida eterna. Para que consigamos realizar todas estas coisas não podemos nos esquecer do que Jesus nos disse: “… pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma” (Jo 15.5).
 
Pr. Fernando dos Santos Duarte é responsável pela IAP em Votuporanga (SP) e diretor financeiro da Convenção Noroeste Paulista.

Idosos não querem só cadeira de balanço

Uma reflexão que alcança todos os pastores jubilados, suas famílias e igrejas.
Nestes últimos dias, tenho pensado na condição dos idosos. Não propriamente no físico deles que, inevitavelmente, os enfraquece, diminui o ritmo, a destreza, e acrescenta dores, mas no paradoxo que o tempo lhes impõe. Quanto mais anos uma pessoa tem, mais poderia falar, no entanto, quanto mais anos o idoso alcança, menos ele é ouvido, recebe atenção, é percebido.  Eliú em Jó 32:6-7 disse: “Eu sou de menos idade, e vós sois idosos; receei-me e temi de vos declarar a minha opinião. Dizia eu: falem os dias, e a multidão dos anos ensine a sabedoria”.
Minha esposa, uma noite, quando cheguei do trabalho me disse: “a mãe esteve reclamando”. Eu perguntei: “reclamando do quê?” Para minha surpresa e reflexão, ela respondeu: “reclamou que está velha, não consegue fazer as coisas que gostaria, não consegue viajar para rever os amigos, tem poucos com quem conversar e sente-se sozinha.” Levei um susto e confesso que pensei em acordá-la para conversarmos.
Antes de me deitar fui à sala e peguei uma revista que minha filha assina. Minha tensão aumentou, pois a matéria que li trazia a seguinte informação: “A falta de saúde mental dos idosos está diretamente ligada aos sentimentos de solidão, é o que afirma estudo realizado na Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. Idosos que não têm família, ou que se sentem sozinhos, apesar de terem outros por perto, tendem a ter pior saúde física e mental.” Os pesquisadores afirmam que a solidão e o isolamento podem afetar a saúde de diferentes formas, por exemplo, aumentando o estresse, reduzindo a autoestima e podendo levar à depressão” (Revista Psique, nº 73).
Não perdi tempo, no dia seguinte, parei para ouvi-la, misturando um CD de presente, com parte de meu tempo. Selamos assim a paz com o diálogo, varrendo folhas no quintal.
Tenho por certo que é agressão o ato que desata a relação entre novos e idosos. Porém, os hematomas dessa agressão localizam-se na derme do coração. Neste, somente um olhar genuinamente cristão poderá enxergar. É bem verdade que o passar do tempo encurta a passada, embaça o horizonte, distancia os sons e confunde os cheiros, mas o tempo tem muito para falar. Em Sl 71:18 lemos: “Agora também, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus, até que tenha anunciado a tua força a esta geração, e o teu poder a todos os vindouros”.
Toda a família tem seu idoso, e na via de retorno, todo idoso tem direito a uma família. Que esta não o negligencie, sentindo-se confortável porque comprou-lhe uma cadeira de balanço, para ele ouvir o cantar dos pardais, o ladrar dos cães, restando dizer: “estou consumido Pai, não tenho mais nada para servir”. Igualmente, toda igreja tem os seus idosos, com direto à  uma igreja, que os ouça, acolha, se importem com eles e os deixem falar.  No art. 3º da Lei nº 10.741 encontramos: “É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.”
“Na velhice, eles ainda produzem frutos; são sempre fortes e cheios de vida.” (Sl 92:14 – NTLH)
Ismael Pinto Narcizo é pastor na IAP em Douradina (MS).