O soldado cristão não pode vencer sem essa prática
“Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos. E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho.” Ef. 6.18,19
O soldado Cristão não pode agir e vencer sem a oração. Oração é expressão de humildade, de dependência do Senhor, de fé, de confiança, de amor e de esperança. Através dela invocamos a Deus e na Sua presença: agradecemos, pedimos, confessamos e O adoramos através do nome de Jesus. É a forma mais antiga e simples de comunhão com Deus. Enos foi o primeiro – Gn 4.26, mas vieram outros que se deleitaram e venceram pela prática da oração. Patriarcas, Juízes, Profetas, Reis, libertadores, Apóstolos e Discípulos, tiveram a marca indelével da oração. E não esqueçamos o Senhor Jesus. Na tentação, na escolha dos discípulos, antes dos milagres, na Getsêmani, na cruz… Oração, oração e oração.
A palavra chave do versículo 18 é “todo” e seus equivalentes, no qual aparece quatro vezes. Isso significa que a oração, em nenhum momento, pode ser esquecida.
Por outro lado, a palavra “orando” no grego está no particípio, ou seja, desde o instante que se coloca a primeira peça da armadura, o cinturão, até a última, a espada, e em todas as ações, deve-se estar em diálogo com Deus.
“Em todo tempo”, em todo “kairós”, que significa em todos os momentos pontuais da vida.
A oração também não pode ser de qualquer forma, mas intensa, numa entrega total, “com toda a oração e súplica”.
Não apenas com a nossa mente, mas “no Espírito”. O Espírito Santo que nos convence do pecado, nos guia na verdade, nos consola e nos ajuda na oração – Rm 8.26. O Espírito Santo é o oxigênio que o cristão autêntico respira.
Também deve ser com atenção “e vigiando nisto”, para perceber para qual situação a oração deve ser mais intensa. Wiersbe comenta esta expressão: “Orar com olhos abertos”.
Muitos fatores poderão ser desanimadores, no entanto, quando se sabe da importância da oração, não prevalece o desânimo e sim “toda perseverança”.
No final do versículo 18 está a expressão “por todos os santos”. A oração, quando passa a ser um estilo de vida, não olha somente para si, mas para todo o Corpo de Cristo. Quando há oração, o Senhor governa soberanamente o Seu povo.
Paulo entendeu isto, e tendo provas de que a oração é algo excelente e indispensável pede: “E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho.” Pedir oração é prova de humildade. Se outros são abençoados por minha oração, eu também serei se outros orarem por mim. E ainda, as boas novas de um amor tão grande não poderiam ser transmitidas timidamente, mas com confiança e em oração, oração e oração.
Pr. Elias Alves Ferreira integra a equipe do Departamento Ministerial – Convenção Geral.