Atualização em Estatutos e Regimentos

A Comissão de Reforma Administrativa da Convenção Geral disponibiliza para download as minutas de importantes documentos da IAP que serão atualizados na Assembleia Geral Extraordinária de maio de 2018.
Faça o download das minutas dos documentos para conhecer as propostas em estudo.
Mais recentes:

Publicados em datas anteriores:

O prazo para envio de emendas foi encerrado em 4 de maio de 2018, conforme divulgado anteriormente aqui no Portal IAP.
Todas as sugestões de emendas apreciadas e aprovadas pela Comissão de Reforma já estão sendo feitas nos devidos documentos. Já as rejeitadas serão enviadas pra discussão na Assembleia Extraordinária, nos dias 19 e 20 de maio do corrente ano. O autor da emenda poderá defendê-la pessoalmente.
Agradecemos a todos pelas colaborações e contamos com vossas orações.

Conferência Teológica

Repensando o jeito de ser igreja

A Reforma Protestante foi um movimento de renovação da igreja, que havia se afastado dos padrões bíblicos. Ela eclodiu na Alemanha, liderada por Martinho Lutero, que se levantou contra o autoritarismo da igreja católica. Lutero entendeu que somente a Escritura deveria nortear a vida dos cristãos. Aceitando somente a Escritura, deduziu que a salvação era somente pela graça, somente pela fé, na pessoa e obra de Cristo, redundando em glória somente a Deus. O fato que marca o início da Reforma Protestante foi quando o Lutero afixou as 95 teses nas portas da igreja do castelo de Wittenberg. Era o dia 31 de outubro de 1517. Por causa deste evento, ano após ano os cristãos em todo mundo celebram a Deus por este marco, que trouxe inúmeros benefícios para a igreja.
Inspirado na Reforma Protestante, o CETAP (Centro de Estudos Teológicos Adventista da Promessa) promoveu a 3ª CONFERÊNCIA TEOLÓGICA, na Igreja em Vila Medeiros, no último dia 28 de outubro de 2017, com o tema: “[RE]FORMA: Repensando o jeito de ser Igreja”. Durante o evento, os participantes foram guiados numa reflexão sobre o legado da reforma protestante (Palestra: Pr. Eleilton), refletiram sobre os nossos desafios atuais frentes aos principais postulados deixado pelos reformadores (Painel: Prs. Felipe, Samuel, Junior e Alex) e foram provocados a mudar algumas práticas atuais, pensando na continuação da caminhada da Igreja (Palestra: Pr. Josias).
Igreja Reformada, Sempre Reformando, de acordo com a Palavra de Deus. Que Deus continue colocando em nós o desejo por uma igreja melhor, centrada no evangelho do Senhor Jesus Cristo!.

Pr. Eleilton Freitas, diretor do CETAP

Sola gratia

Os “aventais de folhas de figueira” não resolvem o problema do pecado

O Capítulo 3 de Gênesis descreve a queda do primeiro casal. Eles ultrapassaram o limite dado por Deus, comeram do fruto proibido e morreram espiritualmente. Ficaram com vergonha, coseram aventais de folhas de figueira e tentaram se esconder da presença de Deus. Este padrão de comportamento é repetido pela humanidade que tenta resolver pela própria capacidade o problema do pecado. Os “aventais de folhas de figueira”, continuam sendo confeccionados através da história. Obras humanas mascaram o que não se pode resolver sem a ação divina. Esses “aventais” modernos são: religiosidade, legalismo, doutrinas fora do contexto bíblico, falsos messianismos, etc. Voltando ao Éden, Deus procurou Adão e Eva, pronunciou as consequências do pecado, imolou o Cordeiro e faz permanentes túnicas de pele. Assim, o primeiro ato profético sobre Cristo é anunciado. Só a morte do Cordeiro pode resolver a natureza pecaminosa do homem.
Não nos enganemos, ninguém é salvo por si próprio e fora de Cristo: “Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos. ” – At 4.12. Os esforços humanos, por mais altruístas que sejam, são insuficientes para salvar e são considerados pelas Palavra do Senhor como trapos de imundícia – Is 64.6. A Bíblia não deixa dúvidas: “E, se é pela graça, já não é mais pelas obras; se fosse, a graça já não seria graça. ” – Rm 11.6.
No Século XVI, a Reforma Protestante devolveu esta verdade ao mundo. A Bíblia traduzida nas línguas dos povos permitiu que muitos compreendessem a salvação de forma completa.
Podemos concluir que a graça que vem de Deus (Pai, Filho e Espírito Santo) não é apenas um detalhe teológico, mas a base de todas as ações Divinas. Efésios 2.1-10 responde as principais perguntas da vida Cristã:
· Como o Senhor nos encontrou? “Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados” – v.1
· Como vivíamos em relação ao mundo? “nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência.” – v.2
· Como vivíamos em relação à nossa natureza? “Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira.” – v.3
· O que o Senhor sentiu, sente e sempre sentirá por nós? “Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou” – v.4
· O que o Senhor fez por nós? “deu-nos vida juntamente com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos.” – v.5
· Onde o Senhor nos colocou? “Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus” – v.6
· O que o Senhor fará conosco no futuro? “para mostrar, nas eras que hão de vir, a incomparável riqueza de sua graça, demonstrada em sua bondade para conosco em Cristo Jesus.” – v.7
· O que jamais poderemos esquecer? “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus” – v.8
· Do que jamais devemos nos gloriar? “não por obras, para que ninguém se glorie.” – v.9
· De quais coisas devemos nos conscientizar e perseverar? “Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos.” – v.10
E sobre a graça podemos ainda meditar:
· Deus é chamado de “O Deus de toda graça”“O Deus de toda a graça, que os chamou para a sua glória eterna em Cristo Jesus, depois de terem sofrido durante pouco de tempo, os restaurará, os confirmará, lhes dará forças e os porá sobre firmes alicerces.” – 1 Pe 5.10.
· Jesus é a maior manifestação da Graça“Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.” – Jo 1.14.
· O Espírito Santo é também chamado de Espírito da graça, pois suas ações também não são por méritos“Quão mais severo castigo, julgam vocês, merece aquele que pisou aos pés o Filho de Deus, que profanou o sangue da aliança pelo qual ele foi santificado, e insultou o Espírito da graça?” – Hb 10.29.
· É a porta de salvação para todas as pessoas“Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens.” – Tt 2.11.
· Nos justifica (nos torna justo)“sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus.” – Rm 3.24.
· Nos salva“Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus.” – Ef 2.8.
· É fonte de riqueza espiritual“Nele temos a redenção por meio de seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus.” – Ef 1.7.
· Nos capacita ao trabalho“Mas, pela graça de Deus, sou o que sou, e sua graça para comigo não foi em vão; antes, trabalhei mais do que todos eles; contudo, não eu, mas a graça de Deus comigo.” – 1 Co 15.10.
· Suficiente para vivermos e vencermos todos os desafios da vida Cristã“E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.” – 2 Co 12.7-9.
· A última mensagem que a Bíblia deixa para todos é a graça oferecida por Cristo“A graça do Senhor Jesus seja com todos. Amém.” – Ap 22.21.
Graça (Charis – grego) significa favor, uma dádiva, um presente, um dom imerecido que “implica perdão, salvação, regeneração, arrependimento e o amor de Deus”¹. A salvação é um ato exclusivo da parte de Deus. Uma ação unilateral de Deus para conosco.
Diante desta enorme verdade devemos aceitar a exortação: “Portanto, você, meu filho, fortifique-se na graça que há em Cristo Jesus.” – 2 Tm 2.1.
E em relação à salvação: obras, não! Mérito humano, jamais! Mascarar o pecado, nunca! Glória só na Cruz de Cristo! Para sempre e tão somente a graça! Com o sentimento dos reformadores, Sola gratia!!!

Pr. Elias Alves Ferreira, responsável pela IAP em Jales (SP) e integrante da equipe do Departamento Ministerial – Convenção Geral


¹Williams, Derek, Dicionário Bíblico, Editora Vida Nova, São Paulo, SP, 2008, Pg 148.

“Sola Gratia”, somente a graça

Somos totalmente incapazes de salvar-nos ou salvar outras pessoas

Continuando em nossa reflexão, pela proximidade do aniversário da Reforma Protestante, 31 de outubro, vamos abordar o princípio que enfatiza a graça de Deus: Sola gratia (somente a graça).
No século XVI, os homens que fizeram parte da Reforma defenderam com “unhas e dentes” a doutrina bíblica de que a salvação é somente pela graça. É interessante observarmos que além de defender o princípio bíblico da salvação pela graça, os reformadores reforçavam em seus ensinamentos o “sola”, ou seja, a palavra somente: somente pela graça. Conforme esse ensino, a graça não precisa das boas obras dos homens para atender a cobrança do perdão dos pecados. Somente a graça divina pode suprir a exigência deste perdão.
Não podemos ser salvos através daquilo que fazemos e de nossas obras, mas somente a graça divina pode nos livrar das consequências trágicas do pecado. Somos totalmente incapazes de salvar-nos ou de salvar outras pessoas, e por isso, somos também absolutamente dependentes da graça divina. Com relação a esta questão, a Bíblia nos ensina que o pecador é justificado somente pela graça de Deus, por meio da fé em Cristo: “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus” (Efésios 2:8).
Neste caso, a graça consiste no favor imerecido de Deus relacionado a cada um de nós. Não merecemos esse favor, mas o Senhor, em sua soberania, amor e misericórdia, resolveu conceder-nos a sua maravilhosa graça. Em Efésios 2.4 está escrito que Deus nos concedeu a vida por causa da sua misericórdia, “pelo grande amor com que nos amou”. O que fica claro para nós neste versículo? Que a fonte da nossa salvação é o próprio amor e a misericórdia do Senhor.
Eu e você não temos o que oferecer a Deus em troca da nossa salvação, e muito menos podemos ajudá-lo a salvar a nossa vida. O que podemos fazer é reconhecer a graça de Deus, aceitando assim, o seu favor imerecido a nós. Com isso, deixamos de lado a nossa autossuficiência, o nosso orgulho e vaidade, e a nossa arrogância de pensarmos que através das nossas boas obras podemos nos salvar ou salvar a outros. Não esqueçamos que a salvação sempre foi e sempre será pela graça, pelo favor imerecido de Deus ao ser humano. Esta graça veio a todos nós de forma plena e abundante por meio de Cristo. Somente nele o homem pode ser salvo.
É muito importante que reconheçamos a graça de Deus em nossas vidas. Através deste reconhecimento, temos a humildade necessária para sabermos que não somos “super-crentes” e que não temos qualquer direito de “colocar Deus contra a parede”, exigindo qualquer coisa do Senhor ou decretando que ele atenda às nossas vontades. Reconhecer a graça divina significa perceber que estávamos condenados por nossas próprias culpas e pecados, mas que, fomos justificados e perdoados por intermédio da nossa fé no Cordeiro de Deus, que veio tirar o pecado do mundo.
O Senhor, em sua infinita graça, não permitiu que as consequências do pecado destruíssem o ser humano, mas deu a oportunidade para que todo aquele que crer em Jesus seja salvo. Em sua Palavra, Deus é chamado de “Deus de toda a graça” (1Pe 5: 10), o que nos demonstra o quanto a graça divina é importante para nós.
Sola gratia somos salvos, isto é, somente pela graça. Que ao reconhecer e vivenciar essa verdade bíblica possamos ser gratos a Deus por ele ter nos alcançado por meio da salvação em Cristo Jesus. Além disso, que a graça divina nos motive a viver uma vida de santidade e consagração para “aquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2: 9)!
Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infanto Juvenil Regional.

Bíblia e cotidiano

Martinho Lutero lutou por colocar a Bíblia na mão do povo; mas o que fazemos dela hoje?

É de muita relevância conhecer os textos bíblicos, aplicando – os na nossa vida cotidiana, ao considerar a história que tem por detrás deles e a atuação de Deus para que chegassem intactos a nós. É de se admirar o que foi conservado.
A relação entre o ser humano e Deus por via dos textos bíblicos se dá no dia a dia, numa leitura diária reflexiva e piedosa que vise buscar: consolo ,conforto, sobriedade, esperança e alimento, mesmo num mundo em constante caos, onde vemos tragédias diariamente. Diz o profeta Jeremias: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança” (Lamentações 3.21).
Hoje, na era da tecnologia digital, quando temos no celular, no tablet muitas traduções da Bíblia, precisamos aproveitar para não nos distanciar do texto bíblico, ou só carregar conosco como mais um dos nossos vários arquivos digitais. Sem um exame criterioso, perde-se tudo de bom que os textos da Bíblia podem nos trazer.
Muitos judeus gostavam de afixar um mezuzá nos umbrais da porta, para relembrar a presença de Deus na casa e a libertação do povo do cativeiro egípcio. Willian L. Coleman nos diz que as versões originais do mezuzá eram mais elaboradas e continham um pergaminho onde estavam gravados, num dos lados, as passagens de Deuteronômio 6.4-9; 11.13-21.
Hoje podemos carregar todo o texto bíblico, diferente deles que se valiam oralmente dos conhecimentos adquiridos e assim repassavam uns aos outros. Será que temos aproveitado este privilégio?
É preciso valorizar a construção divina dos textos do AT com o NT. A ligação de ambos no levará a uma salutar compreensão daquilo que Deus propõe para nós. “No primeiro século, quando não se lia a Bíblia, pois o codex era muito caro e não dava para transportar os rolos, o primeiro testamento então era impossível de se ler no cotidiano, por isso a tradição oral, neste contexto, é de suma importância”, registrou Suely Santos, na revista Caminhando.
Hoje transportamos a Bíblia para qualquer lugar, com variadas traduções e comentários. Podemos não apenas ler, mas até ouvir, por que então a displicência diária com o texto bíblico ou usá-lo como um talismã de caixinhas de promessas ou postagens nas redes sociais de tão somente aquilo que nos agrada? É preciso voltar aos primórdios e observar o eixo de interpretação.
Na Reforma Protestante, Martinho Lutero publicou suas 95 teses em 31 de outubro de 1517 em frente à igreja do Castelo de Wittenberg, na Alemanha. Assim, a Palavra de Deus passou a ter um cunho mais popular, pois Lutero pregava que todo mundo devia ler a Bíblia, que ele traduziu para o povo alemão, chegando a todas as camadas da sociedade.
Em todo o tempo, o uso da Bíblia deve ser natural no nosso cotidiano, primeiro devocionalmente, parafraseando o profeta Jeremias: “Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos.” (Jeremias 15.16).
Pr. Omar Figueiredo dos Santos é responsável pelas IAPs em Jardim Paineira e Itaquera, na Convenção Paulistana Leste.

Reforma ortográfica


Esther Braga
Há sempre resistência às mudanças; afinal, adaptar-se a elas é um processo lento e gradativo que depende de muitos fatores até que seja “assimilado”. Nossa língua portuguesa, ao longo de sua história, vem mudando e hoje vivemos a Reforma Ortográfica, um acordo firmado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste. No Brasil, foi aprovado pelo Decreto Legislativo n° 54, de 18/4/1995. Observem que as negociações datam da década de 90 do século passado e somente em 2009 passaram a vigorar (as “coisas” não acontecem da noite para o dia!).
As principais mudanças ocorridas foram: a introdução das letras K, W e Y utilizadas de fato mas não de direito; a eliminação do trema (freqüente › frequente), que permanece nas palavras estrangeiras e em suas derivadas (Müller, mülleriano); não se usa mais o acento nos ditongos abertos (européia › europeia), apenas nas palavras em que eles as finalizam (papéis, herói); o I e U tônicos dos hiatos já não recebem o acento quando vierem depois de um ditongo (feiúra › feiura), porém, se a palavra for oxítona e eles estiverem em posição final ou seguidos de S, o acento permanece (tuiuiús, Piauí); não se acentuam as palavras terminadas em ÊEM e ÔO (lêem › leem; vôos › voos); também não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla/pela, pêlo/pelo… com exceção dos pares pôde/pode, pôr/por e nos verbos ter e vir e derivados como manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc (eles têm; ele mantém, eles mantêm).
Quanto ao uso do hífen, deveremos usá-lo nos prefixos diante de palavra iniciada por h (anti-higiênico, sobre-humano – a exceção de subumano); no prefixo além, aquém, ex, pós, pré, pró, recém, sem e vice (ex-aluno, pós-graduação, sem-terra, vice-governador); nos prefixos cuja vogal e consoante se repetem na palavra seguinte (anti-inflamatório, super-resistente – a exceção das vogais duplicadas em cooperar, coordenação); nos prefixos sub quando a próxima palavra se inicia por r (sub-região, sub-raça); nos prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal (circum-navegação, pan-americano); antes dos sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim (capim-açu, Igarapé-Açu); e para ligar palavras que ocasionalmente se combinam (ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo, Belém-Brasília).
Ufa!!! Não é fácil assimilar, vai demandar tempo, mas… a gente chega lá no “além-mar” (ainda com hífen). De qualquer forma, do ponto de vista prático, esse acordo deixou a desejar (eu teria feito uma reforma mais radical, mas… quem sou eu, né?); se a intenção, além de “unificar” (isso é outra história que “dá muito pano pra manga”) era simplificar, certas “regras” se tornaram muito mais complexas. Estão aí os “hífens” que não nos deixam mentir, não é mesmo?
Mestre em Linguística, especialista em Língua Falada e Ensino do Português, professora há 21 anos e aluna da Faculdade de Teologia Adventista da Promessa (FATAP) – Extensão Norte.