Coisas que o coronavírus deve nos ensinar – II

5. A diferença entre medo e fé
Qual é a sua reação para com essa crise? É fácil ser dominado pelo medo. É fácil ver o coronavírus em todo o lugar que eu olho: no teclado do meu computador, no ar que eu respiro, em cada contato físico e em cada esquina, esperando para me infectar. Nós estamos em pânico?
Ou talvez essa crise está nos desafiando a reagir de maneira diferente – com fé e não com medo. Não fé nas estrelas ou em alguma deidade desconhecida. Em vez disso, fé em Cristo, o bom pastor que é também a ressurreição e vida.
Certamente somente Jesus está no controle desta situação; certamente somente Ele pode nos conduzir através desta tempestade. Ele nos chama para confiar e crer, para ter fé e não medo.
6. Nossa necessidade de Deus e nossa necessidade de orarmos
No meio de uma crise global, como nós podemos como indivíduos fazer a diferença? Frequentemente nós nos sentimos pequenos e insignificantes.
Há algo que podemos fazer. Nós podemos clamar ao nosso Pai Celestial.
Ore pelas autoridades que governam nossos países e cidades. Ore pelos times médicos que estão tratando a doença. Ore pelos homens, mulheres e crianças que já foram infectados, pelas pessoas que estão com medo de deixar suas casas, por aqueles que vivem nas áreas de risco, por aqueles que estão nos grupos de risco com outras doenças e pelos idosos. Ore para que Deus possa nos proteger e guardar. Ore a Ele, para que ele possa nos conceder misericórdia.
Ore também para que o Senhor Jesus retorne, que ele possa voltar e nos levar para a nova criação que ele tem preparado para nós, um lugar que não haverá mais lágrimas, nem morte, nem luto, nem choro ou dor (Ap 21.4)
7. A vaidade de muitas coisas da nossa vida
“Vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade” (Eclesiastes 1.2). É muito fácil perdermos a perspectiva no meio das loucuras da nossa vida. Nossos dias estão tão cheios com pessoas e projetos, trabalhos e listas de desejos, casas e feriados, que nós podemos ter dificuldades para distinguir o importante do urgente. Nós nos perdemos no meio das nossas vidas.
Talvez essa crise nos relembre com o que devemos nos preocupar nas nossas vidas. Talvez nos ajude a distinguir entre o que é significativo e o que é sem sentido. Talvez o campeonato de futebol, ou aquela cozinha nova, ou aquele post no Instagram não seja essencial para minha sobrevivência. Talvez o coronavírus esteja nos ensinando o que realmente importa.
8. Nossa Esperança
Neste sentido, a questão mais importante não é, “Que esperança você tem ao se deparar com o coronavírus?” porque Jesus veio para nos alertar sobre a presença de um vírus muito mais letal e já espalhado – um que já atingiu todo homem, mulher e criança. Um vírus que não termina só na morte certa, mas na morte eterna. Nossa espécie, de acordo com Jesus, vive no surto de uma pandemia chamada pecado. Qual é a sua esperança diante desse vírus?
A história da Bíblia é a história de um Deus que entrou em um mundo infectado com esse vírus. Ele viveu com pessoas doentes, sem vestir uma roupa de proteção química, mas respirando o mesmo ar que nós respiramos, comendo a mesma comida que comemos. Ele morreu isolado, excluído do seu povo, aparentemente longe do seu Pai em uma cruz – tudo que ele pode fornecer a este mundo doente como um antídoto para o vírus, para que Ele possa nos curar e nos dar a vida eterna. Ouça suas palavras:
“25Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; 26e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?” (João 11.25-16
Traduzido por Jonatas Miranda
Mark Oden é pastor da Igreja Evangélica de Nápoles, na Itália. Um ex-Oficial da marinha Real, ele é graduado em teologia pela Oak Hill Theological College em Londres. Ele e sua esposa Jane tem quatro filhos
Fonte: https://coalizaopeloevangelho.org/

Coisas que o coronavírus deve nos ensinar – I

Eu acordei nesta manhã em Nápoles, a terceira cidade italiana que foi colocada em quarentena. Aglomerações públicas, incluindo cultos das igrejas, foram proibidos. Casamentos, funerais e batismos foram cancelados. Escolas e cinemas, museus e academias estão fechados. Minha esposa e eu acabamos de retornar de uma ida às compras que nos tomou duas horas na fila para o caixa. A Itália, correntemente, tem reportado os maiores números de casos de coronavírus fora da China: 35.700 contaminados e quase 3 mil mortos (até 18.03). omo resultado, 60 milhões de pessoas tem sido orientadas a permanecerem em suas casas, saindo somente em casos absolutamente necessários.
Como cristãos, como respondemos a tal crise? Resposta: com fé e não medo. Nós devemos olhar para o olho da tempestade e perguntar: Senhor, o que o Senhor espera que eu aprenda disso? Como o Senhor quer me mudar?
Aqui estão algumas coisas que todos nós deveríamos realmente aprender, ou reaprender, deste coronavírus.
1. Nossa Fragilidade
Essa crise global está nos ensinando o quão fraco somos como seres humanos.
Mais de 200 mil casos de coronavírus foram reportados mundialmente, causando mais de 8 mil mortes. Nós estamos tentando fazer o nosso melhor para conter propagação. E, na maioria das vezes, eu acho que somos confiantes demais do eventual sucesso.
Agora imagine um vírus ainda mais agressivo e contagioso do que coronavírus. Encarado como uma ameaça, nós podemos prevenir a nossa extinção como espécie? A resposta é claramente não. É fácil esquecer, mas os humanos são fracos e frágeis.
As palavras do salmista são verdade: “15Quanto ao homem, os seus dias são como a relva; como a flor do campo, assim ele floresce; 16pois, soprando nela o vento (ou COVID-19), desaparece; e não conhecerá, daí em diante, o seu lugar.” (Salmo 103.15-16)
Como compreendemos essa lição sobre nossa fragilidade? Talvez lembrando que não devemos tomar vida nesta terra como garantia. “ 12Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio.” (Salmo 90.12)
2. Nossa igualdade
Esse vírus não respeita limites étnicos ou fronteiras nacionais. Não é um vírus chinês; é nosso o vírus. Está no Afeganistão, na Bélgica, no Cambodia, na Dinamarca, França, América, em todo o mundo.
Nós somos todos membros da grande família humana, criados à imagem de Deus (Gn. 1.17). A cor da nossa pele, o idioma que falamos, nossos sotaques, e nossas culturas não são levadas em consideração aos olhos de uma doença contagiosa.
Em nosso sofrimento, na dor de perder um ente querido, nós somos completamente iguais – fracos e sem respostas.
Aos olhos do mundo nós somos todos diferentes; aos olhos do vírus, nós somos iguais.
3. Nossa falta de controle
Todos nós amamos estar no controle. Nós fantasiamos que somos os capitães do nosso destino, mestres da nossa sorte. A realidade é que hoje, mais do que antes, nós podemos controlar partes significantes das nossas vidas. Nós podemos controlar o aquecimento e a segurança da nossa casa remotamente; nós podemos movimentar o dinheiro ao redor do mundo com um clique em um aplicativo; nós podemos controlar nossos corpos através de treinamento e de medicações.
Mas talvez esse senso de controle seja uma ilusão, uma bolha que o coronavírus estourou, revelando a realidade que nós não estamos realmente no controle.
Agora, aqui na Itália, as autoridades estão tentando conter a propagação desse vírus fechando, abrindo e fechando novamente as escolas de nossos filhos. Eles têm a situação sob controle?
E nós? Armados com nossos sprays desinfetantes, nós tentamos reduzir os riscos de sermos infectados. Não há nada de errado em fazermos isso. Mas, nós estamos no controle da situação? Dificilmente.
4. A dor que compartilhamos em sermos excluídos
Há alguns dias uma membro de nossa igreja viajou para o norte da Itália. No seu retorno para Nápoles, ela foi excluída de um jantar com colegas de trabalho. Disseram a ela que seria melhor para ela não comparecer devido as suas recentes viagens ao norte, mesmo eles sabendo que ela não tinha estado perto de nenhuma área de risco e não estava mostrando nenhum sintoma do coronavírus. Obviamente, esse distrato a machucou.
Um proprietário, de 55 anos de idade, de um restaurante no centro de Nápoles foi recentemente colocado em quarentena. Tendo dado positivo os testes para COVID-19, diziam que ele se sentia relativamente bem fisicamente, mas que ficou triste pelas reações de muitos de seus vizinhos: “O que mais o machucou não foi o resultado positivo para o coronavírus, mas a maneira que ele e sua família foram tratados pela cidade em que eles viviam.” (Jornal Matutino II, 2 de Março de 2020).
Ser excluído e isolado não é uma coisa fácil, tendo em vista que fomos criados para relacionamentos. Mas muitas pessoas, agora, estão tendo que lidar com o isolamento. É uma experiência que a comunidade leprosa dos dias de Jesus conhecia muito bem. Eram forçados a viverem sozinhos, andando pelas ruas de suas cidades gritando: “Imundo! Imundo!” (Confira Lev. 13.45).

Mark Oden é pastor da Igreja Evangélica de Nápoles em Nápoles, Itália. Um ex-Oficial da marinha Real, ele é graduado em teologia pela Oak Hill Theological College em Londres. Ele e sua esposa Jane tem quatro filhos
Fonte: https://coalizaopeloevangelho.org/

Seminários não formam pastores

Seminários não formam pastores. Igrejas formam pastores. Seminários ajudam e muito, mas somente igrejas forjam o caráter do pastor. Se você quer ser um bom pastor, faça seminário e sirva em sua igreja.
Não use o seminário como uma desculpa para abandonar a igreja ou se ausentar dela. Um seminário que tira você da igreja não deve ser um bom seminário. O melhor seminário serve à igreja. Ele dá o exemplo.
“Mas, Jonas, se eu estiver muito envolvido com a igreja, eu não vou conseguir cumprir as obrigações do seminário.” Calma lá! A igreja não é uma pedra no seu caminho. Quer dizer que, depois de assumir uma igreja, você não vai mais ralar e estudar? Que tipo de pastor você quer ser?
A igreja quase sempre ocupará o seu tempo, e quase sempre você terá a sensação de nunca estar suficientemente preparado para cuidar dela. O ministério pastoral exige, sim, estudo, dedicação, excelência. Não pense que estou dizendo tudo isso para você desistir.
Se com isso que eu disse você sentiu vontade de desistir, talvez você não seja do “ramo”. O que acabei de dizer deveria incendiar seu coração e fazê-lo lançar-se de corpo e alma no ministério. Nossas igrejas estão sedentas de pastores moral e intelectualmente bem preparados.
Dê vazão ao desejo do seu coração. Quem deseja o ministério deseja uma obra gloriosa. Nunca me esqueço das palavras do saudoso dr. Shedd, quando contava sobre seu concílio e sua resposta à pergunta sobre seu chamado:
“Nada de extraordinário me aconteceu. Não vi anjos, nem anjos falaram comigo. Apenas senti uma vontade incontrolável de ser pastor, dobrei meus joelhos e disse a Deus: ‘Senhor, desejo tanto ser pastor… O Senhor deixa?’”.
Por Jonas Madureira – https://voltemosaoevangelho.com/blog/

Pr. Dirceu testemunha sua cura

Os irmãos promessistas oraram e o Deus Eterno ouviu! O Pr. Dirceu Salvador dos Santos, vice-superintendente da Convenção Litoral e Leste Paulista foi diagnosticado há alguns meses com câncer na parótida esquerda(uma glândula salivar).
Ele passou por cirurgia no início de fevereiro. Após a retirada do tumor foi feita uma biópsia com congelamento, a qual confirmou ser neoplasia maligna. No dia 27 de fevereiro, passou novamente em consulta e a médica informou que a amostra tinha sido encaminhada para uma nova análise.
E hoje veio a notícia do milagre: o resultado deste novo exame foi negativo! O câncer não está mais lá! Para sempre grato ao Senhor, ele conta: “O milagre aconteceu! Agradeço a todos que intercederam por mim”

Você vale mais do que passarinhos

Na virada de um novo ano, é inevitável: fazemos um balanço de nossa vida, do ministério, das conquistas e derrotas do ano que passou. Também olhamos à frente, pois a mudança no calendário nos coloca diante um novo período, que vai se descortinar dia a dia. “Só Deus sabe o que virá” não é mera força de expressão, mas a mais absoluta verdade para todos nós, seres humanos.
Isso deveria nos trazer paz, afinal, Deus está no controle, então, absolutamente nada pode sair de controle. Mas, como humanos que somos, não saber como será o dia de amanhã pode nos trazer medo, ansiedade, angústia.
Em Mateus 6, v. 26, falando sobre a ansiedade, Jesus faz uma declaração simples, porém impactante: “Olhem para as aves, livres e desimpedidas; não estão presas a nenhum emprego e vivem despreocupadas, aos cuidados de Deus. E vocês valem para ele muito mais que os passarinhos!” (A Mensagem)
Será que cremos mesmo que isso continua válido para os nossos dias? Será que cremos mesmo que isso não foi apenas uma fala poética de Jesus mas que há verdade nisso? Será que cremos que não precisamos nos preocupar com o amanhã, porque, independente do que aconteça, nosso Deus cuida de nós acima de toda e qualquer circunstância?
Querido pastor, querida esposa, se você se deparar com mudanças indesejadas, como deixar um rebanho que tanto ama para encarar outro desafio, lembre-se: você vale mais do que passarinhos. Se descobrir que seu filho, que até outro dia frequentava os cultos com você, agora se envolveu com vícios e se afasta de Deus, lembre-se: ele vale mais do que passarinhos. Se o orçamento diminuir drasticamente e o que já era difícil, ficar ainda mais desafiador, lembre-se: sua família vale mais do que passarinhos. Se o diagnóstico for muito grave e a medicina se declarar incapaz de ajudar você, lembre-se: você vale muito mais que passarinhos!
Independente do que 2020 lhe trouxer, tire por um instante os olhos da circunstâncias, veja os passarinhos voando pelo céu e lembre-se: o mesmo que Deus que cuida deles, cuida de você. Como será o amanhã? Jesus responde: “Prestem atenção apenas no que Deus está fazendo agora e não se preocupem quanto ao que pode ou não acontecer amanhã. Quando se depararem com uma situação difícil, Deus estará lá para ajudá-los.” (Mt 6.26 – AM).

Você já se sentiu frustrado?

Deus está reinando, confie nisso!

Frustração, segundo o dicionário, é um sentimento, uma emoção que ocorre quando algo que era esperado não aconteceu.
Estamos terminando o ano e muitos fizeram suas listas de metas a cumprir ao longo do ano, ou tiveram objetivos e planos. Nessas listas incluímos desde fazer exercícios físicos diários, dietas saudáveis, mudanças comportamentais, até mesmo algo que planejamos conquistar, um cargo pretendido, mudanças de casa, viagens etc.
Pode ser que tudo ocorra conforme o planejado mas, e se de repente, você se machucar e não puder fazer exercícios? O carro quebrar e não der  mais para fazer aquela viagem sonhada? Não conseguir chegar à posição que sonhou? Enfim, o que fazer quando “nossos sonhos” forem frustrados?
Geralmente o sentimento de frustração vem acompanhado de irritabilidade, decepção, tristeza, questionamentos, lágrimas…
É nesse momento que precisamos voltar nossos olhos para o que o verdadeiro Dono da nossa vida diz:
“Os teus olhos viram o meu embrião; TODOS os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir”. (Sl 139:16)
Absolutamente tudo está sob o domínio e governo de Deus. Desde as mais pequenas coisas, até os maiores planos estão sob o governo do Pai. Diante dessa soberania absoluta, nosso papel é descansar. Ele sabe os reais motivos pelos quais não permitiu que nossos planos fossem concretizados e, segundo a visão Dele, é melhor assim.
“Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” (Rm 8:28,29)
Sabe aquela pessoa que tratou você mal? A fechada que você recebeu no trânsito? O médico que atrasou? O filho que faz as coisas lentamente quando você mais precisa de agilidade? Sabe quando o marido chega estressado e é grosseiro com você? A agenda do dia que falhou do começo ao fim?
Aos olhos do nosso amado Pai, todas essas situações estão sendo usadas para o nosso bem, para que o caráter de Cristo seja forjado em nós!
Cada aparente frustração é uma oportunidade do nome Cristo ser glorificado em nós!
Ele está reinando, confie nisso!

Danúbia Guarnieri congrega na IAP em Catanduva  (SP) e integra a equipe do Ministério de Vida Pastoral – Geral.

Coma bem e seja mais feliz!

Uma dieta equilibrada e variada é capaz de melhorar nosso humor, ansiedade, agressividade, sono, fadiga e saciedade

Hoje a nutrição é citada como uma das opções no auxílio do tratamento de desordens mentais. Algumas substâncias têm-se destacado por sua ação precursora de neurotransmissores – mecanismos que controlam as ações do organismo e também o humor. São produzidos naturalmente pelo corpo, porém essa produção pode ser afetada por fatores externos como má alimentação, estresse e estilo de vida não saudável.
A serotonina é um neurotransmissor que desempenha um papel importante no sistema nervoso: liberação de alguns hormônios, regulação do sono, temperatura corporal, apetite, humor, atividade motora e funções cognitivas. Alterações nos níveis de serotonina têm sido relacionados ao aumento do desejo de ingerir doces e carboidratos. Quando este nível está normalizado, o organismo atinge mais facilmente a saciedade e consegue maior controle sobre a ingestão de açúcares. Para manter os níveis adequados de serotonina, é necessária a ingestão adequada de alimentos ricos em:
Triptofano: Aminoácido essencial produzido pelo corpo através da quebra de proteínas. É o único precursor de serotonina no cérebro.
Fontes: Leite e derivados; Soja e produtos à base de soja, Peixes; Peru; Ovo; Nozes e castanhas; Leguminosas (feijão azuki, lentilha, soja); Semente de abóbora; Levedo de cerveja; Linhaça; Aveia; Arroz integral; Chocolate Amargo.
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Magnésio: Mineral importante no metabolismo energético, presente em várias vias metabólicas de formação de neurotransmissores, inclusive da serotonina.
Fontes: Tofu; Legumes; Cereais Integrais; Vegetais de Folhas Verdes; Farelo de Trigo; Castanha-Do-Pará; Farinha de Soja; Amêndoas; Castanha de Caju;     Abóbora e Sementes de Abóbora; Pinhão; Beterraba; Feijão Preto.
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Vitamina B6: Necessária para a síntese de serotonina.
Fontes: Grão de Bico; Bife de Fígado;Banana; Salmão Cozido; Frango Assado; Batata Cozida; Melancia; Espinafre.
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Outra dicas importantes para a boa alimentação:
Sempre que possível, prefira comer na companhia de familiares ou amigos.
Procure compartilhar também as atividades domésticas que antecedem ou sucedem o consumo das refeições.
Faça pelo menos três refeições (café da manhã, almoço e jantar) e dois lanches saudáveis por dia. Não pule as refeições.
Inclua diariamente seis porções do grupo de cereais (arroz, milho, trigo, pães e massas), tubérculos como as batatas e raízes como a mandioca / macaxeira / aipim nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos na sua forma mais natural.
Coma diariamente pelo menos três porções de legumes e verduras como parte das refeições e três porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches. Quanto mais colorido seu prato, maior quantidade de nutrientes serão ingeridos.
Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, cinco vezes por semana. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e bom para a saúde.
Consuma diariamente três porções de leite e derivados e uma porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis!
Consuma, no máximo, uma porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina. Fique atento aos rótulos dos alimentos e escolha aqueles com menores quantidades de gorduras trans.
Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas doces e outras guloseimas como regra de alimentação.
Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa. Evite consumir alimentos industrializados com muito sal (sódio) como hambúrguer, charque, salsicha, linguiça, presunto, salgadinhos, conservas de vegetais, sopas, molhos e temperos prontos.
Beba pelo menos dois litros (seis a oito copos) de água por dia. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições.
Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias e evite as bebidas alcoólicas. Mantenha o peso dentro de limites saudáveis.

Marcia Cintra é nutricionista no Hospital Santa Marcelina em São Paulo (SP).Congrega na IAP em São Caetano do Sul (SP).

Referências

ASBRAN. Coma os Alimentos e Seja Mais Feliz. Setembro, 2012. Disponível em: http://www.asbran.org.br/noticias.php?dsis=889 acessado em 27 de agosto de 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia Alimentar para a População Brasileira. – 2ª Ed. 1ª Reimp. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
FEIJÓ, F.M.; BERTOLUCI, M.C, REIS, C. Serotonina e Controle Hipotalâmico da Fome: Uma Revisão. Rev. Assoc. Med. Bras. 2011; 57 (1): 74-7.
MAHAN, L.K.; RAYMOND, J.L.; Krause Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. – 14ª Ed. São Paulo: Elsevier, 2018.
MAZZINI, M.C.R.; GROSSI, M.; MALHEIROS, S.V.P.; Regulação Nutricional e Neuroendócrina da Serotonina podem Influenciar a Síndrome Pré-Menstrual. Perspectivas Médicas. 2013; 24 (1): 43 – 50.
NOBRE, R.R. Nutrição Aplicada ao Tratamento da Depressão. 2017. 30 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Universidade Anhanguera de São Paulo, Osasco, 2017.

Congresso na Oeste Paulista

Mais um Congresso Ministerial aconteceu neste sábado (21.09), pela graça de Deus. O evento foi em Marília (SP), envolvendo todos os pastores e esposas da Convenção Oeste Paulista. O pr. Efraim Teixeira e Dsa. Deusa, do Ministério de Vida Pastoral – Geral, ministraram o conteúdo, que envolveu orientações sobre como lidar com a pressão no ministério, em diversas áreas: sexual, financeira, emocional e outras. Glorificamos a Deus por todas as Convenções que abraçaram esse projeto e estão proporcionando aos casais momentos de reflexão e compartilhamento de experiências, além da oração mútua.

Aquele “fale mais sobre você” que salva vidas (parte 2)

O suicídio é causado por multifatores, somente associá-lo a uma causa é reducionismo. O sofrimento é sua maior causa, ainda que nenhum dos fatores citados seja percebido. Certamente a maior das causas é o silêncio. O não falar sobre a dor.
Ao longo da vida, em geral, aprendemos a calar nossos sentimentos, nossas dores e fraquezas. Muitos podem ter ouvido após uma chateação na infância “Engole o choro”, e os meninos “Pare de chorar, pois homem não chora”, e ao se machucar “Não foi nada, não precisa chorar”. Fomos ensinados a não sentir, a evitar sofrimento e não nos demos conta do quanto isso causa frustração. E ao crescer fomos sedimentando este comportamento com medo ou vergonha de expor nosso interior, que nem sempre estava pleno e bem resolvido.
Tereza Gouveia diz: “Nós adoecemos nas palavras não ditas, nas dores não sentidas, nas lágrimas não permitidas, na permanência em lugares frios e incômodos, no silêncio consentido, no silêncio imposto, nas tristezas camufladas”. Vamos aprender a legitimar a dor e o sofrimento, pois são inerentes ao ser humano. Portanto, fale mais sobre você. Seja transparente. Quanto mais você fala, mais aprende a traduzir sentimentos.
Foi feita uma pesquisa em que se dividiu dois grupos de risco para suicídio. Um deles fez o tratamento padrão e o outro também, somando a isso, estas pessoas do segundo grupo recebiam uma ligação periódica para saber como estavam. Neste segundo grupo o número de suicídios foi bem menor. Isso quer dizer que as pessoas de grupos de risco precisam de conversas acolhedoras e sem crítica.
Esta é uma excelente dica para você que vai se dispor a partir de hoje a ajudar pessoas em sofrimento. Escute as pessoas, mesmo sem saber o que dizer (melhor que usar frases clichês que podem ao invés de ajudar negar o sentimento da pessoa), às vezes não há muito o que se falar. Não deixe o copo dela transbordar. Uma conversa de 20 minutos pode livrar uma pessoa que caminha em direção ao suicídio. Vá em direção ao outro. Sua escuta, presença e oração podem fazer diferença.
Você pode ajudar, mas não é onipotente. As escolhas sempre serão da pessoa. É preciso respeitar essa pessoa em sofrimento, pois costumamos não tolerar a falta de sentido do outro. A pessoa em sofrimento precisa pedir ajuda e aceitar. As famílias precisam igualmente de ajuda, pois é difícil ouvir a dor de um filho, de um cônjuge e não saber encarar. É importante entender que não se pode obrigar alguém a falar, mas podemos nos colocar à disposição.
Precisamos conversar mais sobre o sentido da vida, sobre nossas razões para continuar vivos, sobre pertencimento, sobre missão no mundo. E ajudar a pessoa em sofrimento a entender que por mais que não veja sentido, não quer dizer que ele não exista. E ajudar a observar as dores pelas quais passou e sobreviveu a elas. Ajudá-las a entender que tentamos apostar nossas fichas existenciais em lugares, coisas e crenças que não podem nos dar sentido.
É possível que pessoa em desespero ao verbalizar suas dores e ideias suicidas, ressignifique a sua existência e não transforme suas ideias em ato. É possível que veja significado em sua vida.
Adolescentes e jovens precisam ter ao lado adultos que o ajudem a falar sobre sentimentos e a refletir. Aquele discipulador disposto a ajudar no amadurecimento. Os pares, os iguais também são fundamentais com presença e afeto.
Quem verbaliza sua intenção ou tenta se matar, não o faz para chamar atenção. Mas nos dá pistas de que precisa de ajuda. Nosso apoio pode ajudar, mas é preciso buscar tratamento médico e psicológico. É bom que se diga que não há problema algum nisso. Por conta de preconceito aos transtornos mentais há muita gente adoecendo cada vez mais. Não é fraqueza moral buscar ajuda, é sinal de força e busca de saúde e qualidade de vida. Cristãos também precisam buscar ajuda, passou o tempo de termos preconceito.
Há atendimento gratuito nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Para os momentos de muita angústia e ausência de pessoas para ajudar ou com as quais queira falar, existe o Centro de Valorização à Vida (CVV), você pode ligar para o número gratuito 188 ou acessar o chat no endereço cvv.org.br. Estou disponível para quem precisar de um ouvido (Facebook ou Instagram). Se você acredita que está adoecendo, não se deixe chegar ao estágio da morrência, procure ajuda antecipadamente.
Para encerrar, queria dizer que sofrer é algo comum à vida. Muitos personagens bíblicos chegaram a desejar a morte, como Moisés, Elias, Jó, Jonas. Um deles disse a famosa frase “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fl 1:21). E muitos de nós cristãos, poderíamos justificar o desejo de morrer para estar com Cristo, como disse Paulo. Contudo Paulo sabia que sua vida estava nas mãos de Deus que o comissionou. O desejo de Paulo era em função de estar mais perto de Jesus, que dera a ele todo um sentido de vida, entretanto, Paulo sabia que sua missão na terra iria durar até o momento em que Deus quisesse.
Quem precisava morrer já morreu: Cristo. E devido à sua morte, fomos libertos da morte física, espiritual e eterna. Estamos vivos pela graça de Deus que enviou seu Filho para nos salvar da morte. E nos tornou membros de sua família, nos deu senso de pertencimento, você é um filho amado de Deus. Você consegue entender este plano? Jesus trocou sua vida em favor da nossa. E nos deu uma missão, levar essa vida ao mundo morto em delitos e pecados, distante de Deus. Para todos estarmos com ele, sem dor, nem sofrimento, mas plenitude e paz. Então, em Jesus encontramos respostas para os nossos questionamentos existenciais: “De onde vim?”, “Quem sou?”, “Por que estou aqui?” e “Para onde vou?”. Sua existência faz sentido e pode levar significado a outras vidas.
Virginia Ronchetti é psicóloga e congrega na IAP em Jales (SP).
Referências
https://www.youtube.com/watch?v=rNG-zV2YHD4
https://www.youtube.com/watch?v=ZhjWXNAxfDg
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/09/brasil-registra-11-mil-casos-de-suicidio-por-ano-diz-ministerio-da-saude.shtml
http://www.atribuna.com.br/noticias/noticias-detalhe/cidades/suicidio-e-a-segunda-maior-causa-de-morte-entre-os-jovens/?cHash=d49c717862a27c7e9a6bf852a1f5a24c
https://www.cvv.org.br/blog/setembro-amarelo-mes-de-prevencao-do-suicidio/
https://drauziovarella.uol.com.br/podcasts/entrementes/entrementes-01-suicidio/
https://www.b9.com.br/67133/mamilos-82-suicidio/
https://www.ultimato.com.br/conteudo/oms-quase-800-mil-pessoas-se-suicidam-por-ano
http://ultimato.com.br/sites/jovem/2016/09/12/por-que-ha-tantos-suicidios-entre-os-jovens/
https://www.huffpostbrasil.com/2018/09/10/o-suicidio-na-adolescencia-e-o-desespero-de-fazer-a-dor-parar_a_23522509/?ncid=tweetlnkbrhpmg00000002

Aquele “fale mais sobre você” que salva vidas

São 800 mil pessoas que se suicidam por ano no mundo, uma morte a cada 3 segundos. Destas mortes, 75% acontecem em países pobres ou em desenvolvimento. No Brasil, por volta de 11 mil pessoas se suicidam por ano, isso significa 32 por dia, uma a cada 45 minutos. E para cada pessoa no Brasil que se suicidou, estima-se que 20 tentaram o mesmo. Mais homens se matam, porém mais mulheres se engajam em tentativas. O Brasil é o 8° país em número de mortes por suicídio. E o suicídio é a 2° maior causa de mortes entre jovens de 15 a 29 anos. Enquanto no mundo a taxa de suicídios diminuiu em 31% o número de mortes, no Brasil, aumentou em 11%.
O mais triste que constatar estes dados, é saber que 90% destas mortes poderiam ser evitadas. Tendo isso em vista, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu o dia 10 de setembro como dia mundial de prevenção ao suicídio. E, por esta razão, discutimos este tema, que por muitos anos foi considerado tabu, especialmente em ambientes religiosos, onde era considerado pecado. Hoje entendemos que a discussão deste assunto, sem sensacionalismo ou romantização, é benéfica.
Todos nós, talvez, já tenhamos pensado na morte como possibilidade. Às vezes, sentimos essa ambivalência entre querer morrer e querer viver. Entramos em abismos existenciais e percebemos que a vida não faz sentido. Alguns saem destes abismos, outros não. Isso poderia gerar em nós profunda empatia pelo que está em sofrimento e não um olhar de recriminação ou crítica.
A pessoa que pensa em morrer sentiu seu copo transbordar, devido às feridas, adoecimentos, baixa autoestima, perdas e frustrações. E com a percepção em desequilíbrio entendeu que tirar a vida era uma saída. Sentiu-se em desespero, desamparo, desesperança e possivelmente depressão. De tanto sofrimento entrou em processo de morrência, um processo de definhar físico e emocional em que não sentia mais prazer na existência. A morte se tornou possibilidade, não pelo desejo de morrer, mas pela vontade de matar a dor. Um ato definitivo para uma dor temporária. O suicídio foi um ato de comunicação, um pedido de socorro, um grito: “Olhe para mim”.
Quais seriam as razões para uma decisão tão drástica? Possivelmente as características do nosso tempo. Essa visão de mundo triunfalista, em que precisamos ser pessoas de sucesso (que juntou seu primeiro milhão até os 30 anos ou abriu uma Startup incrível), obrigatoriamente felizes (corpos perfeitos, relacionamentos amorosos apaixonantes, mil viagens feitas). Não se aprendeu a lidar com fracassos, insucessos e frustrações e as redes sociais esfregam enganosamente em nossos rostos pessoas na contramão do que virou nossa vida.
Queremos tudo aqui e agora, não esperamos nossa vida desenrolar no devido tempo. E como imediatistas não suportamos o sofrimento passar. Somado a isto, nos tornamos individualistas isolados, acompanhados apenas pela Netflix. Há carência de relacionamentos significativos, em que podemos abrir o coração e compartilhar dissabores.
Neste contexto não falamos sobre nós, nem enxergamos as pessoas à nossa volta, que dão sinais de que seu mundo não anda bem. Diferentemente do que se acreditou por muito tempo, as pessoas pedem socorro de alguma forma. Os sinais ou fatores de risco são:
·       Verbalização de inutilidade (Não faço nada que preste), de pessimismo em relação ao futuro (Minha vida não vai mudar), de auto pejoração (Não sirvo para nada). É mito que quem quer se matar não verbaliza;
·       Mudança abrupta no comportamento (Deixar de fazer algo que gostava, isolamento, ausência de autocuidado, etc);
·       Transtornos mentais: Depressão, Transtorno Bipolar, etc;
·       Uso de álcool e drogas;
·       Tentativa prévia;
·       Mulheres que sofreram violência;
·       Viúvos.
Virginia Ronchetti é psicóloga e congrega na IAP em Jales (SP).

“Filho de pastor, ‘pecadorzinho’ é”

“Flavinho, vem aqui. Você é filho de pastor! Tem que ser exemplo!” Esta foi a frase de um diácono segurando firmemente no meu braço, quando estava correndo no pátio da igreja, acompanhado de outras crianças da mesma faixa etária. Esta é uma das recordações que tenho da minha infância.
O pastor de uma igreja tem muitos filhos, espiritualmente falando, e até adotivos. Todos os cultos ele ensina, prega, atende o seu rebanho. O desejo de muitas pessoas é ficar mais tempo perto deste homem de Deus para absorver toda a sabedoria dele. Alguns devem pensar: privilegiados são os filhos legítimos por terem um pastor só para ele em casa! Será? Com essa pergunta refleti muito sobre minha trajetória de vida e experiência como filho de pastor, e analisei as vantagens e desvantagens, com auxílio do meu irmão, Fabiano (da IAP em Barão Geraldo – Campinas, SP), que me ajudou a enriquecer esta reflexão.
A maior desvantagem que vejo, por ser filho de pastor, são as pressões que sofremos pelo ministério do pai. Devido a essas pressões, muitos se decepcionam com a experiência de serem filhos de pastor. Não foram poucas as cobranças, piadas no colégio, na rua, na lanchonete, por parte dos professores que desprezavam cristãos por escândalos de pastores, mas a pressão maior era na própria igreja, onde a cobrança de uma vida em santidade é inevitável para os filhos de pastores.
Mas, nem sempre é verdadeiro o ditado: “filho de peixe, peixinho é”. Com esse conceito equivocado, de que os filhos de pastores devem ser os mais santos possíveis, perfeitos, referência em todas as áreas, as pessoas se esquecem que, na verdade, “filho de pastor, ‘pecadorzinho’ é”. Como toda a humanidade é, dependente da graça de Deus. Sempre querendo ser algo que as pessoas esperavam, chegou um tempo da adolescência em que comecei a pensar: afinal, quem sou eu???
Então, tentei quase tudo: ter sucesso com as meninas, ser o músico da escola, ser poeta, ter as melhores notas, ter as piores notas, usar terno, usar calça jeans rasgada, ter cabelo comprido, ter cabelo raspado, adotar estilo esportista, ter estilo intelectual, ser rebelde, ser pacifista, enfim, comecei a experimentar várias identidades, que eu encontrei em filmes, sonhos, vídeo games. Qualquer coisa que fosse diferente do meu pai e parecido com o que o mundo esperava.
Foi o período em que eu dizia frases agressivas, mas que refletiam minha crise interna: “Quero um pai, não um pastor!”, “Quem é você agora, pai ou pastor?”, “Pelo menos me trate como uma de suas ovelhas”, “Eu, pastor? Jamais!!” ; “Cuide de sua igreja e me deixe em paz!”.
Mas hoje, com a maturidade, vejo que foi um grande privilégio ser filho de pastor. Agradeço a Deus porque tive um pai que sempre me instruía na verdade bíblica, com sua experiência, fé, amor e compreensão, que sempre manifestava nas longas conversas que tínhamos a sós. Ele nunca esqueceu que tinha uma família para cuidar, talvez não cuidasse do modo como ele gostaria, mas fazia o sempre máximo.
Em um desses dias em que eu estava perdido tentando encontrar minha identidade, numa dessas conversas, ele deixou claro que tudo aquilo estava acontecendo porque eu ainda não havia encontrado a minha identidade em Deus. Eu não tinha entendido o real motivo da minha existência.
Existe um plano de Deus estabelecido para cada filho de pastor. Assim como para cada um dos filhos de Deus. Não aquilo que pressionam você a ser, mas, aquilo que Deus criou você para ser.
Sei que o inimigo tenta mostrar para todos os filhos de pastores só o lado ruim de ter pais no ministério, mas, aprenda a ser grato a Deus por ter nascido em um lar cujo o foco é Jesus,  no qual os seus pais tiveram um encontro com Deus de tal forma que isso fez com que eles tivessem a coragem de largar tudo para servir ao Senhor, doando o seu tempo de forma integral. Quando você se encontrar naquilo que Deus criou você para ser, nunca mais vai se sentir pressionado por ser filho de pastor.
Gostaria de deixar dois pequenos conselhos, para pastores e filhos.   Pastores, lembrem-se que vocês têm família. Nunca se esqueçam que o primeiro ministério de vocês é leva-la aos pés de Jesus. Em suas orações, peçam a Deus sabedoria e conhecimento para guiar competentemente sua família (2 Crônicas 1:10).
Quanto aos filhos de pastores, é muito comum ouvirmos que filhos de pastores não precisam aceitar Jesus ou ter comunhão com Deus, porque seus pais “fazem isso por eles”. Mas esse é o maior engano em que podemos cair. O relacionamento dos nossos pais com Deus é o relacionamento deles. Eles construíram, individualmente, ao longo dos anos. Cabe a nós fazermos o mesmo, afinal, temos a nossa própria caminhada com Deus para seguir.
Flávio Dias dos Santos, filho do Pr. Ozias e Dsa. Elena dos Santos (jubilados), casado com Jéssica Sanches Dias. É pastor em tempo integral na IAP em Vila Virginia, Ribeirão Preto (SP).

Esposa de pastor = mulher perfeita

Mito ou realidade?

“As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem; Para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada.” (Tito 2. 3-5)
A esposa do pastor precisa ser hospitaleira, boa dona de casa, auxiliadora, ter domínio próprio (sobre a língua, sobre o consumismo etc), cuidar dos filhos, ser amorosa, disposta ao trabalho, amiga, confidente, entre tantas outras coisas. Sim, a esposa precisa ser tudo isso, mas não só a esposa do pastor: a esposa do mecânico, a esposa do professor, a esposa do aposentado, enfim a esposa!!!
Não há na Bíblia uma lista de características de como deve ser a esposa do pastor, mas há várias qualidades que a esposa deve ter!
Lembro-me que quando me casei, logo no começo do ministério, as cobranças começaram: você é a esposa do pastor, precisa fazer isso, aquilo, precisa se comportar assim, não pode tal coisa, etc. Eu entrei no esquema e tentava de fato fazer tudo porque eu era esposa do pastor, até que cheguei em um determinado ponto em que me sentia tão frustrada, imperfeita, incapaz e infeliz. Foi nesse momento que Deus me disse algo que marcou e mudou minha vida para sempre: Para mim, você é simplesmente filha! E minha perspectiva mudou.
Somos mulheres cristãs (lembrando que cristão significa pequeno Cristo). É nele que nossas forças precisam se concentrar. Porque se eu me empenho em ser parecida com Cristo, eu serei uma esposa melhor, mãe melhor, amiga melhor, pessoa melhor. E não só isso: minhas ações (visitar, orar pelas pessoas, amar, ter compaixão, ser boa dona de casa, auxiliadora) acontecerão naturalmente, não pelo fato de ser esposa de pastor, mas por ser filha do Pai. Em resposta a essa filiação, eu atuarei de forma que o nome dele seja glorificado em mim.
Se você é esposa de pastor, busque conhecer sua identidade em Cristo. Não acumule as pressões impostas pelas pessoas que ainda não tiveram o conhecimento bíblico sobre o seu papel. Entregue cada palavra diante do trono do Pai Celestial e seja livre para amar, servir, cuidar, renunciar, porque Ele te amou primeiro.
Não importa se somos esposa de pastor, médico, gari, professor ou funcionário públicos. Tudo que fizermos, seja em palavra ou em ação, devemos fazer para o Senhor!
E por último, lembremos que somos pecadoras, imperfeitas, vamos errar. Não se cobre em demasiado. “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” (Pv 4:18). Não desista de você, não entregue os pontos. “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” (Fl 1:6)

Danubia Guarnieri congrega na IAP em Catanduva, é esposa de pastor e atua no Ministério de Vida Pastoral – Convenção Geral.

Não desista de pastorear!

Fixe o olhar no que tem peso eterno: nas vidas alcançadas e salvas em Cristo

Estamos vivenciando uma das mais terríveis crises pastorais na igreja de Cristo. Tempos de dor, perdas, decepções e desistências. Não faltam artigos, notícias e pesquisas que apontam o trabalho pastoral como uma das ocupações mais desgastantes do mundo atual. O interessante é que, quando olhamos para a Bíblia, vemos que esse “desgastar-se” do pastor não é algo somente deste século; ele sempre existiu. É possível notar isso no ministério pastoral de Paulo, e de tantos outros nas Escrituras. No entanto, podemos ver mais que isso. A boa notícia é que podemos ver não só o “ônus” do ministério pastoral na vida de Paulo, mas também o “bônus” de pastorear a igreja de Cristo. Não só aquilo que tira as forças pastorais, mas também o que traz renovo.
Paulo não esconde as aflições que enfrentava ao pastorear a igreja. Perseguições, decepções, traições, retrocessos, rejeições, privações e perigos (2Co 4:7-12; Gl 4:12-20) eram realidades constantes em seu ministério. Entretanto, apesar do desgaste e do sofrimento por pregar a Cristo, ele sabia que mais pessoas estavam sendo alcançadas pela graça e por isso afirma: “nunca desistimos. Ainda que nosso exterior esteja morrendo, nosso interior está sendo renovado a cada dia. Pois estas aflições pequenas e momentâneas que agora enfrentamos produzem para nós uma glória que pesa mais que todas as angústias e durará para sempre. Portanto, não olhamos para aquilo que agora podemos ver; em vez disso, fixamos o olhar naquilo que não se pode ver. Pois as coisas que agora vemos logo passarão, mas as que não podemos ver durarão para sempre” (2Co 4:13-18 – NVT).
É certo que pregar a Cristo e pastorear a sua igreja geram desgastes. Mas, segundo Paulo, tudo isso se torna em pequenas e momentâneas aflições quando comparado com a “glória que pesa mais que todas as angústias e durará para sempre”. Como é possível isso? Como Paulo consegue superar as aflições pastorais? Simples: seu olhar está naquilo que tem “peso eterno” e não no que é passageiro. Por mais lutas que enfrentasse, Paulo tinha suas forças renovadas na gloriosa visão de ver vidas sendo salvas. “Afinal, o que nos dá esperança e alegria? E qual será nossa magnífica recompensa e coroa diante do Senhor Jesus quando ele voltar? Serão vocês! Sim, vocês são nosso orgulho e nossa alegria”, disse ele à igreja em Tessalônica (1Ts 2:19-20 – NVT).
Quando tudo parecer difícil e as aflições momentâneas tentarem tirar de você a esperança e a alegria de pastorear, não desista. Fixe o olhar naquilo que dura para sempre, no que tem peso eterno: nas vidas alcançadas e salvas em Cristo. Essa deve ser uma das causas maiores da motivação de seguir pastoreando! Quando vemos pessoas se convertendo ao Evangelho de Cristo, sendo transformadas pelo Espírito através da nossa pregação e do nosso ministério, somos renovados. Esse era o segredo de Paulo: “Agora, revivemos por saber que vocês estão firmes no Senhor” (1Ts 3:8 – NVT). Não desista de pastorear!

Pr. Anderson Guarnieri pastoreia a IAP em Catanduva (SP) e integra a equipe do Ministério de Vida Pastoral – Convenção Geral

Pausa necessária

Pastores e esposas da Convenção Ceará em Congresso

Com a participação de 16 casais, foi realizado no último final de semana o Congresso Ministerial em Fortaleza,  na Convenção Ceará.  Com uma audiência animada e participativa, o evento foi bastante motivador, proporcionando uma pausa necessária na agenda dos pastores e esposas, para refletirem o que tem os pressionado no ministério e como fazer frente a isso, sob a perspectiva bíblica. Os casais puderam vivenciar a prática dos Pequenos Grupos, discutindo os temas abordados.
Parabenizamos à Diretoria da Convenção e MVP Regional pelo empenho na realização do Congresso. Pelo Ministério de Vida Pastoral – Convenção Geral participaram o pr. Aldo de Oliveira e sua esposa, Dsa. Lilian Oliveira.

Leitura importante para o Ministério Pastoral

“O Drama das Escrituras” e “Introdução à Cosmovisão Cristã”

Há poucos dias recebi a nova série de Lições Bíblicas do trimestre julho a setembro deste ano que trata de forma especial sobre 14 “Vidas Missionais”. Profundas, práticas e indispensáveis para o nosso rebanho. Mas como aproveitar o máximo estas lições para que as mesmas nos impulsionem a sermos mais missionais? Recentemente dois livros me levaram a refletir sobre os valores bíblicos e os valores da sociedade atual. “O Drama das Escrituras” e “Introdução à Cosmovisão Cristã”, escritos Por Michael W. Goheen e Craig G. Bartholomew, publicados pela Editora Vida Nova.
O pastor normalmente é desafiado a entender as gerações que compõem a sua igreja e comunicar a elas os valores essenciais da Bíblia Sagrada.
No livro “O Drama das Escrituras”, os autores apresentam a Bíblia toda, de uma forma coerente, ressaltando seis atos principais: criação, pecado, Israel, Jesus, missão e nova criação. Ressaltando que há também uma reflexão interessante sobre o período interbíblico ou intertestamentário. Estes atos se encaixam entre si dando um significado especial no plano de redenção de Deus, ficando compreensível a conexão da nossa história pessoal com a história da Bíblia.
O livro “Introdução à Cosmovisão Cristã” traz uma proposta desafiadora de como os cristãos podem viver os valores bíblicos na cultura contemporânea, analisando desde o período clássico até a pós-modernidade. Como viver a Bíblia nas áreas de educação, mundo acadêmico, economia, política e igreja? Estas são as preocupações dos autores que mostram que é possível ser cristão num mundo de constante modificações.
Com certeza, bem compreendidos, estes dois livros ajudarão em muito o ministério pastoral na área pessoal, de exposição das Escrituras Sagradas e aconselhamento. Aproveite o máximo.
Pr. Elias Alves Ferreira, integrante da equipe do Ministério de Vida Pastoral