A FÉ E O FUTURO

Você costuma fazer planos para o futuro? Se sim, Deus está presente nestes planos? Há um esforço de sua parte, ao refletir sobre o amanhã, de tentar entender a vontade de Deus para os seus caminhos? Pois é, Tiago 4:13-16 nos traz um ensino e um alerta muito importante e necessário sobre esta questão.

Tiago pinta uma cena hipotética de alguns comerciantes, com grandes planos de expansão para os seus negócios, pensando em alta lucratividades, mas que não consideram Deus nestes planos (v.13). Eles confiam apenas em suas habilidades e competências. Planejam a vida como se Deus não existisse: “Iremos… negociaremos… teremos lucro”.

O caminho escolhido pelos negociantes citados por Tiago é muito perigoso. A razão? Não temos controle sobre o amanhã e nem sobre a vida (v.14). Segundo Tiago, fazer planos para o futuro sem considerar Deus é uma atitude arrogante e presunçosa, além de maligna (v.16). É uma maneira de dizer que quem manda somos nós! É o Diabo que deseja que pensemos que quem manda na vida somos nós. É ele o principal interessado em não levarmos em conta a vontade de Deus para nós. Cuidemos!

Para o cristão, o caminho correto, de acordo com a perspectiva do evangelho, é submeter o futuro e todos os seus planos em relação a ele ao Senhor: “Se o Senhor quiser faremos isso ou aquilo” (v.15). Deus é o dono da nossa vida. É ele quem deve dar as cartas. A vontade de Deus é quem deve determinar os rumos da nossa vida. Fazer algo diferente disso é a receita para o erro.

Não sejamos presunçosos! Vai iniciar um negócio? Quer abrir uma empresa? Está pensando em iniciar ou terminar um namoro? Pensa em se casar? Precisa decidir que curso fazer? Está em dúvida sobre em que empresa trabalhar? Já se perguntou qual é a vontade de Deus? Dizer “Se o Senhor quiser, farei” é a atitude de alguém que decidiu levar Deus e sua vontade a sério. É a atitude de alguém que submete ao Senhor seus planos. Tal atitude fará grande diferença em sua vida. Pague para ver!

Fé e ação

O apóstolo Tiago nestes versículos leva-nos a refletir sobre como ser um cristão autêntico. É fácil para a comunidade cristã afirmar que ser Cristão é ser parecido com Jesus Cristo e seguir os seus ensinamentos. No entanto, praticar o cristianismo pedido e ensinado por Cristo exige renúncias, bem como, a tão falada palavra “empatia”.

Muitas vezes somos levados pelo comodismo e não conseguimos enxergar as necessidades básicas do outro, ou seja, o alimento, a roupa, o calçado, entre outras coisas. Levamos o alimento espiritual e esquecemos- nos do que está escrito em Tiago 2:14-26“De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo? Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: ‘Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se’, sem porém lhe dar nada, de que adianta isso? Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta. Mas alguém dirá: ‘Você tem fé; eu tenho obras’. Mostre-me a sua fé sem obras, e eu lhe mostrarei a minha fé pelas obras. Você crê que existe um só Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios creem – e tremem! Insensato! Quer certificar-se de que a fé sem obras é inútil? Não foi Abraão, nosso antepassado, justificado por obras, quando ofereceu seu  ilho Isaque sobre o altar? Você pode ver que tanto a fé como as suas obras estavam atuando juntas, e a fé foi aperfeiçoada pelas obras. Cumpriu-se assim a Escritura que diz: ‘Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça’, e ele foi chamado amigo de Deus. Vejam que uma pessoa é justificada por obras, e não apenas pela fé. Caso semelhante é o de Raabe, a prostituta: não foi ela justificada pelas obras, quando acolheu os espias e os fez sair por outro caminho? Assim como o corpo sem espírito está morto, também a fé sem obras está morta”.

Outras vezes, somos tão ousados, que justificamos a nossa falta, afirmando que as obras não salvam. É certo que apenas Jesus Cristo salva, foi Ele quem derramou seu precioso sangue por nós e nenhuma obra humana pode libertar e salvar os que se acham perdidos. Todavia, precisamos entender que as boas obras foram preparadas para os salvos e que a fé sem as obras, é morta em si mesma. Sendo assim, despertemo-nos!

Você sabia que a humanidade está passando por um momento de crise? Que neste exato momento, pessoas estão morrendo de fome, perdendo seus empregos e sendo despejados de suas casas? É tempo de agirmos, não precisamos de muito. Usando o que temos, é possível fazermos a diferença e verdadeiramente seguirmos os ensinos de Jesus.

Fé e sabedoria

O homem sem fé é “alguém que tem a mente dividida e é instável em tudo o que faz” – Tiago 1:7-8

A aula pode começar com um enfático “DEUS não existe e acreditar no contrário é sinônimo de ignorância e estupidez”… seus pensamentos voam porque então você é um dos estúpidos, e um dos ignorantes! Afinal sua crença não avançou como a ciência e você ainda acredita em DEUS!

Na rodinha de amigos frases como “cada um na sua”, “cada cabeça um sentença”, “o que é certo pra você não é pra mim”, “afinal tudo é relativo”… podem me fazer pensar que absolutos realmente são coisas do passado, que minhas antes certezas agora são só um saco de dúvidas.

Se talvez você já se sentiu assim, eu preciso te dizer: não se jogue assim tão facilmente nessa teia, nessa ideia de quem sabe mais tem sempre razão! Não caia com tanta facilidade em palavras jogadas ao vento, pois a certeza do homem pelo homem é tão profunda quanto uma colher de sopa, nossas convicções tão fortes como um fino fio de algodão…

Afinal… o que dizer de um DEUS que pode equilibrar o universo nas pontas de seus dedos, e que em um único segundo pode percorrer toda sua imensidão? O que pensar de um DEUS que possui completa consciência de quem é e todo Seu poder?

E em um ponto completamente oposto, o que dizer do homem que desde as primeiras filosofias se pergunta “porque estamos aqui, quem somos, por que existimos?”? O que falar de um homem que ao mesmo tempo em que se enche de conhecimento, fica tão distante da sabedoria?

Cada pergunta como esta me deixa maluco… maluco por pensar que todo meu esforço e todo o meu descaso; toda meu conhecimento e toda minha falta de sabedoria; todo o meu prostrar e toda minha arrogância não assustam e nem surpreendem a DEUS!

A cada segundo que penso ter encontrado a resposta, sou lembrado que “antes que meu corpo tivesse forma, ELE já me conhecia”, que a voz que deu existência ao tudo é substituída por suas mãos a moldar cada detalhe de meu corpo. Sou lembrado que enquanto bato a cabeça procurando respostas onde pouca verdade há, procurando respostas onde ELE não está, ELE carinhosamente, através de si mesmo, através da natureza, através de seu sacrifício, me diz… “eu sou o caminho, eu sou a verdade, eu sou a vida!”

Enquanto eu continuo me perguntando “porque estou aqui, quem sou, por que existo?”… ELE rapidamente me responde que nEle, não só eu, mas todos nós, “nos movemos, vivemos e existimos”!

Vencendo Batalhas

Há histórias incríveis relatadas no Livro dos livros, e elas têm uma relevância atemporal, principalmente por uma característica que permeia a essência de absolutamente todas elas. Eu falo da fé demonstrada por seus protagonistas nas respectivas situações em que foram colocados, e que se tornaram marcos épicos de referência para uma sociedade cristã que ainda mantém firme, os seus passos nessa jornada terrena.

Um desses personagens, apesar de não ter o seu nome relatado em Hebreus 11, possui também, uma enorme relevância. Começando pelo ‘simples’ fato de que, o seu mentor foi ninguém menos que Moisés, um dos poucos homens na terra que tiveram o privilégio de ter um vislumbre da presença de Deus na dimensão humana.

O mentor foi incrível, e o discípulo foi completamente fundamental para os planos de Deus naquela geração. Josué foi o único (além de Calebe) a entrar na Terra que havia sido prometida. Mais do que isso, ele foi a principal ferramenta de Deus para isso. A construção do líder que ele se tornou, se deu em um enorme processo, longo, doloroso, desgastante e praticamente sem recompensas! O que o movia, ressalto mais uma vez, era a sua fé!

Fé no Deus que o havia colocado diante dessa grande guerra por tornar o povo escolhido de Deus, efetivamente (e depois, com a vinda de Jesus, definitivamente), livre! O processo foi composto de muitas batalhas, das quais, na maioria das vezes, ele [Josué], era apenas coadjuvante! Desde as primeiras tratativas de Moisés com o Faraó, até o momento em que o povo acampava nos arredores de Jericó, Josué viveu intensamente cada uma dessas batalhas. Só foi possível vencer cada uma delas, devido à fé naquilo que, mesmo não fazendo sentido, e nem mesmo parecendo possível, ele sabia que veio do Deus vivo!

É fundamental que eu e você, façamos o exercício de nos perguntar se estamos lutando a mesma guerra de Josué, porque se a resposta for sim, precisaremos da fé que ele teve para atravessar cada uma daquelas batalhas, para chegarmos ao final da jornada alcançando de Deus o sentimento de dever cumprido, como sabemos que foi com esse grande homem na história da fé que nós acreditamos ainda hoje!

Saindo da crise

Pare para pensar: quantas vezes você ouviu a palavra “crise” nos últimos 15 dias? Se parou só agora para pensar nisso, vai perceber que a mesma palavra foi usada em várias situações diferentes, mas todas relacionadas a fatos que provocam adrenalina, tensão, medo e preocupação. O fato é que as crises não tornam a vida mais fácil de viver, afinal, não existe crise boa, não é mesmo? Na real, as crises doem. Algumas vezes no corpo, outras vezes na alma.

Observe Moisés, gerado no Egito em meio a uma crise. Sua mãe ainda não sabia o sexo, mas vivia a tensão, o medo e angústia de saber que, sendo menino, ele seria morto, segundo o decreto de Faraó. Todo esse turbilhão de sentimentos era absorvido por ele ainda no ventre. Ao nascer, teve que ficar escondido e depois foi rejeitado por força da situação. Viveu como filho adotivo em um lar que odiava seu povo, sua família e na adolescência, por não aceitar ser chamado de egípcio foi maltratado. Na fase adulta, carregou a culpa de matar um homem, fugiu e viveu no deserto por quarenta anos.

Tudo o que aconteceu na vida dele foi traumático o suficiente para gerar uma crise. Antes ele era um homem poderoso em suas palavras, quarenta anos depois, é um homem com complexo de inferioridade e insegurança que se sente incapaz de falar em público. No entanto, ele supera e sai da crise! Quer saber como isso aconteceu?

Primeiro, Moisés teve um encontro com Deus (Êxodo 3). Superar crises não é um processo fácil para ninguém, mas se Deus tem espaço na sua vida para direcionar suas decisões, o caminho para sair se torna mais acessível.

Segundo, Moisés enfrentou o passado e aceitou o desafio do presente, acreditando na promessa do futuro. Às vezes tudo que nós precisamos é dar um passo para trás, resolver o que ficou pendente, desbloquear sentimentos, perdoar, se reencontrar e seguir adiante.

Terceiro, ele aceitou a ajuda do seu irmão. Deus sabia o quanto Moisés precisava de alguém que lhe desse segurança, confiança e trouxe Arão para perto, isso o ajudou a enfrentar os desafios, a acreditar no potencial e capacidade que tinha, a se aproximar de sua família e seu povo.

Conte com a ajuda de pessoas dispostas a te ajudar, profissionais, amigos, familiares. Não rejeite o apoio de quem te ama. Dividir torna tudo mais leve. Ao sair da crise, Moisés se tornou um homem admirado, respeitado, amado. Em sua difícil liderança, demonstrou compaixão, amor, perdão, resiliência.

Aprendemos com Moisés que para sair de qualquer crise, é preciso dar o primeiro passo e fazer a escolha certa. Crises sempre existirão. Como você vai lidar com elas é que fará toda diferença!

Ahh e não deixe de ler os textos de Hebreus 11: 23–29 e Atos 7: 20–44.

Reflita em que posição você está

 

Após ser ouvido pelo rei Agripa, Paulo e outros presos foram entregues a um centurião que os levaria até Roma, para comparecer diante do imperador.

Houveram algumas ocorrências antes da partida, e a saída deles acabou atrasando, o que tornou a navegação perigosa e bem imprópria.

Paulo que já conhecia bem o trajeto, até pediu para que não partissem, que aguardassem mais um pouco até o tempo estivesse mais favorável. Obviamente o comandante não deu a mínima para o que Paulo lhe disse e assim partiram.

E aí meus amigos, se vocês lerem os versos de base desta reflexão, irão ver que o resultado da teimosia do comandante colocou todos em perigo. Eles enfrentaram uma enorme tempestade, e só não morreram porque Deus conservou a vida de todos por causa de Paulo.

E se você ler mais alguns versos verá que mesmo estando naquela situação desafiadora Paulo manteve sua fé e sua confiança no Deus que tudo pode fazer! Aleluia!

Ele transmitiu palavras de ânimo para todos, revelou que perderiam sim a embarcação, porém a vida de todos seria poupada por Deus, e de fato todos ficaram animados de novo.

Ali eles sabiam que mesmo tendo de enfrentar a tempestade sofreriam menos aliviando o navio, alimentando-se, e reavivando a vontade de viver.

Agora a pergunta que fica pra mim e pra você é:

Que tipo de cristão você tem sido diante de todas as catástrofes que tem ocorrido?

Que tipo de colaborador do Reino você se tornou “pós” pandemia (coloco entre aspas, pois esse terror ainda não terminou, como bem sabemos)?

Paulo, estava cheio do Espírito Santo para transmitir encorajamento aos temorosos, e você? E eu?

Que possamos refletir, experimentar e mudar nossa mentalidade!

Dsa. Andrea Nunes – Colaboradora do MJ Geral

Post lançado dia 10/02/2021

Invista em Relacionamentos

Como pensar em relacionamento quando enfrentamos a dor, quando a realidade é de medo?

Existe algo factual: por mais que haja um despertar de empatia (palavra da moda) quando sabemos de uma tragédia, isso dificilmente vira estilo de vida, principalmente para aqueles que mais a incentivam.

Outro ponto factual é que diante das tempestades o “salve-se quem puder” tem mais peso do que “eu pego o próximo bote salva-vidas, pode ir no meu lugar”. No entanto, é pra vivermos além dos fatos, apesar dos fatos, que chamados de filhos de DEUS.

Deus deseja que em nós seja realidade a entrega do FILHO, as palavras intensas do ESPÍRITO SANTO!

Isso encontramos na vida de Paulo, um exemplo para nós. Paulo, em sua viagem para Roma como prisioneiro, sofre um grande naufrágio descrito em detalhes em Atos 27, até o versículo 20.

Eles chegam a se desesperar da vida. Existe na cena uma situação terminal que desnorteou todo o futuro e causou um efeito anestésico, ao mesmo tempo em que causou uma necessidade de um plano claro de recomeço – um grande recomeço, um grande reinício que trouxesse sentido a toda a embarcação.

Quem sugere o plano é Paulo por meio de sua relação com Deus, que lhe deu clareza para sugerir e viver o que viria pela frente.

Na embarcação, o medo era grande, mesmo depois das palavras de Paulo lidos no versículos 23 a 26. É a partir daqui que Paulo foca no restabelecimento de relacionamentos.

E, não cabe tudo isso em um texto curto como este, mas aprendemos a partir dali que precisamos investir em relacionamentos porque estamos todos no mesmo barco (v. 27-28);

Investir em relacionamentos porque se não o medo nos afasta (v. 29) – o medo do que poderia acontecer, afastou as pessoas do navio e por um instante, os que se atemorizaram esqueceram do propósito de DEUS;

Investir em relacionamentos porque estamos em um projeto de salvação (vs 31-32) – Paulo estava em um projeto de salvação para todos, não para alguns, por isso importava que todos ficassem no barco e se relacionassem, superassem as diferenças e vencessem juntos aquela crise.

A realidade do barco é a nossa hoje.

Pessoas diferentes, com expectativas diferentes, funções e habilidades diferentes e, no caso dessa embarcação, com fé diferente. Paulo não quer salvar só a sua vida e desprezar alguns – eles estavam juntos e Paulo se preocupa com a vida de todos (porque Deus se preocupa com a vida de todos).

Investir em relacionamentos é tanto ser solidário aos outros como ser instrumento de salvação em Jesus para outros, mesmo os amedrontados, os que querem fugir e os que não creem.

Enquanto há vida, enquanto estamos no barco, estamos em um projeto de salvação. Então vamos nessa juntos!

 

Pr. Airton Natanael – Colaborador do MJ Geral

Post lançado dia 03/02/2021

Como vencer a tentação

Mateus 4:1: “Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo”.

Em nossa batalha cristã, por vezes somos colocados diante de situações em que precisamos vencer a tentação. Somos levados a desertos que provam nossa fé e conduta. No entanto, é importante lembrarmos que não estamos sós nessa luta. O escritor aos Hebreus registrou: “Porque, tendo em vista o que ele mesmo – Jesus Cristo – sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo tentados” (Hb 2:18).

Jesus, ao tornar-se homem, foi levado ao deserto para ser tentado. Ele obteve vitória e nos mostrou que é possível vencer e triunfar sobre Satanás. Cristo não se deixou levar pela necessidade do momento. Apesar de estar num deserto e com fome, não cedeu às vontades do inimigo. Seu estado aparentemente frágil nunca foi de fato sinal de fraqueza. Ele venceu através de sua confiança no Pai e com o conhecimento da Palavra.

Quando você sentir que está no deserto, cercado por tentações, resista ao Diabo. Use o conhecimento que tem das Escrituras.

Agarre-se com todas as suas forças a Deus, Confie no Senhor. Não se renda ao pecado para suprir suas necessidades, não venda sua salvação por uma oferta de Satanás, a recompensa do Senhor será grandiosa se você perseverar até o fim.

Saiba que em Deus, suas forças serão renovadas, sua fé será fortalecida e se tornará inabalável. Você sairá desse deserto mais forte e preparado para enfrentar tudo o que vier pela frente.

Siga os passos de Jesus “Pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado (Hebreus 4:15)

Por Mary Ivany – Colaboradora do MJGeral

Post lançado dia 20/01/2021

Sola Fide

Sem a fé, não somos convertidos, mas religiosos vazios, escravos de nossas obras

Sola Fide em latim, que se traduz por “somente pela fé”, foi uma bandeira hasteada pela Reforma Protestante, da qual jamais devemos desprezar. Sem este norte, não seremos convertidos, mas religiosos vazios, escravos de nossas obras. Estaremos desprezando o que Jesus fez por nós. Uma moeda perdida dentro da casa. Uma ovelha desamparada no deserto que não se deixa ser carregada pelo Supremo Pastor. Um filho pródigo que ainda não caiu em si, sem nada, sem significado, cheirando a porcos, sem o abraço, o beijo, as vestes e a festa preparada, sem merecimento humano, mas unicamente pelo “Pai” – Lucas 15.
O versículo mais traduzido da Bíblia Sagrada diz: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” – Jo 3.16. Ele apresenta uma resposta à todas as ambiguidades humanas, ao começar afirmativamente com um “Porque”. Ele desvenda a natureza e o coração de Deus quando diz “Deus amou”. Ele mostra a extensão deste amor ao afirmar “Deus amou o mundo”. Ele anuncia a inexplicabilidade deste amor ao deixar claro que foi “de tal maneira”. Ele oferece o que nós nunca merecemos, ao anunciar “que deu o seu Filho Unigênito”. Ele escancara escandalosamente a graça ao oferecer “para todo aquele”. Ele proclama a única forma de aceitação da salvação que é pela fé no Seu Filho e em mais ninguém, “nele crê”. Ele apresenta do que as pessoas são salvas, que é a morte eterna, ao alertar “não pereça”. E termina afirmando o desejo do Senhor para Seus Filhos para que no futuro vivam em plenitude de glória dizendo“mas tenha a vida eterna”.
Somente a fé é uma bandeira do Evangelho por que:

  • É uma dádiva de Deus – Jd v.3.
  • Advém da Palavra de Deus – Rm 10.17.
  • É produzida pelo Espírito Santo – Jo 16.7-11; Gl 5.22.
  • Nos faz aceitar a graça ofertada por Cristo – Rm 5.2; 2 Co 5.21; Ef 2.8.
  • Nos propicia o sangue de Jesus – Rm 3.25.
  • Nos justifica – Rm 3.24, 28; 5.1; 8.33.
  • Nos justifica como fez com Abraão (atribuída por Deus, sem ajuda da nossa parte) – Tg 2.23.
  • Nos faz viver – Rm 1.17.
  • Nos faz praticar boas obras após sermos salvos – 2.8-10; Tg 2.26.

O Capítulo 11 de Hebreus é o capítulo da fé, pois apresenta um caminho trilhado por inúmeros irmãos do passado.
Assim, neste texto a fé:

  • Nos faz ver o futuro e o invisível – v.1.
  • Produz bom testemunho – 2.
  • Nos proporciona a compreender a criação – 3.
  • A única forma de agradar a Deus – v 6.
  • Nos irmana com os heróis da fé: Abel, Enoque, Noé, Abraão, Isaque, Jacó, José, Moisés, Raabe, Gideão, Baraque, Sansão, Jefté, Davi, Samuel e Profetas. Aliás, o termo “pela fé” aparece 20 vezes neste capítulo.
  • Nos desafia a viver na contracultura do mundo ao afirmar: “O mundo não era digno deles…” – v.38.
  • Nos deixa sem opção ao demonstrar como ser um vencedor acima de todas as circunstâncias: “Todos estes receberam bom testemunho por meio da fé…” – v. 39.
  • Sem prometer o céu na terra, Deus que é o Senhor da história, une os irmãos de todos os tempos, na mesma formula de salvação que é a fé – “Deus havia planejado algo melhor para nós, para que conosco fossem eles aperfeiçoados. ” – v. 40.

Só nos resta trilhar nossa carreira sem desistir, combater o bom combate e “guardar a fé” – 2 Tm 4.7.
E, se alguém perguntar como ser justificado e salvo? Você terá a grata satisfação de dizer: Só Jesus, pelo sacrifício da cruz, tendo como único trabalho “o crer”, o “aceitar pela fé” e descansar nEle. E se for houver insistência: Tem certeza? Somente isto? Responda sim, essa é a melhor notícia de todos os tempos,para que você seja livre,
Sola Fide,
Pr. Elias Alves Ferreira é responsável pela IAP em Jales (SP) e integra a equipe do Departamento Ministerial – Convenção Geral.
 

Vitamina espiritual

Sua atitude em meio às lutas impacta os que estão a sua volta
“E quero, irmãos, que saibais que as coisas que me aconteceram têm antes contribuido para o progresso do evangelho” (Fp 1:12)
Não apavorar, não desesperar, não agitar, não agoniar; diante da hostilidade, da afronta, da ameaça, do perigo de morte, o seguidor de Jesus deve acalmar a si próprio, a família e a igreja.
Quem está sofrendo por causa do evangelho sabe que a vitória virá. O apóstolo Paulo passava por terríveis oposições e disse para a igreja: “Irmãos, está tudo bem comigo; a gente está conseguindo progresso mesmo com os bloqueios; apesar das hostilidades, muita gente está se rendendo a Jesus”.
E continuou: “Eles me agarraram e me prenderam, e aí eu aproveitei a oportunidade e preguei para toda a guarda de elite do império, especialmente ao policial a quem me acorrentaram, a ele falei tudo sobre Jesus”. (Fp 1:13) Que testemunho!
Você está reclamando de suas dificuldades, lutas, apertos, tribulações? Olhe só, suas dificuldades podem ser ferramentas poderosas nas mãos de Deus, sabia? O Espírito Santo pode usar o seu testemunho em meio a dor para estimular outros à pregação do evangelho. (Fp 1:14)
Atenção: Sua atitude em meio às lutas é vitamina espiritual para os demais irmãos da igreja. Quando você sofre, e persevera, vence e enche seus irmãos de ânimo.
Isso acontece porque o sofrimento por causa da fé nos torna parecidos com Cristo (1 Pd 4:12-16). Amém?
Pr. José Lima, segundo secretário Geral da IAP 

Surpreendido pela vida

Mesmo diante de notícias desoladoras, devemos continuar confiando em Deus

“O Senhor veio salvar-me; pelo que, tangendo os instrumentos de cordas, nós o louvaremos todos os dias de nossa vida, na Casa do Senhor.” (Isaías 38.20).
A nossa vida está repleta de surpresas, sejam elas agradáveis ou não. E com os homens que viveram no período bíblico esta realidade não é diferente, como bem podemos observar na vida de Ezequias. Este rei de Israel recebeu uma notícia que o deixou estarrecido, extremamente surpreso: o profeta Isaías o procurou para avisá-lo de que Ezequias deveria se preparar, pois sua doença em breve o levaria à morte. A reação desse monarca não foi de murmuração e desespero, mas ele clamou ao Senhor através de um cântico de louvor por uma cura e pelo livramento da morte. Esse clamor foi sincero, reverente e confiante na bondade e na misericórdia de Deus. E como a própria Palavra de Deus relata, o Senhor livrou Ezequias da morte e, assim, esse homem continuou louvando e adorando ao Deus que, de forma tão misericordiosa, o livrara e curara.
No cântico de Ezequias, observamos algumas características de alguém que fora surpreendido numa situação desoladora, mas que não se abateu, porém buscou a Deus. Em primeiro lugar, esse rei reconheceu claramente as suas limitações como ser humano, percebendo que numa situação dessas nada poderia fazer, no entanto, ele buscou aquele que é o dono de toda a vida, aquele que realmente poderia solucionar completamente o seu problema. Às vezes, nós nos achamos auto-suficientes!!! A partir do momento em que reconhecemos não sermos capazes de tudo e que precisamos de Deus e do próximo, levaremos a vida de maneira menos ansiosa.
Em segundo lugar, Ezequias revela a sua total dependência da graça divina. “Senhor, por estas disposições tuas vivem os homens, e inteiramente delas depende o meu espírito; portanto, restaura-me a saúde e faze-me viver.” (Isaías 38.16). Justamente pelo fato de reconhecer os seus próprios limites, esse homem se achega a Deus, reconhecendo a ele como quem realmente pode fazer algo de concreto pela sua situação.
Por fim, Ezequias agradece a Deus por esse grande presente recebido: a restauração de sua saúde. “O Senhor veio salvar-me, pelo que, tangendo os instrumentos de cordas, nós o louvaremos todos os dias de nossa vida, na Casa do Senhor.” Ele não esquece que continuaria vivo porque Deus interveio na sua vida e por isso canta esse belo cântico com todo o seu agradecimento. Que isso seja sempre um lembrete pra nós e que nunca esqueçamos que é o Senhor Jesus quem nos dá graça e vida.
Que as surpresas que a vida nos reserva sejam sempre vividas na presença de Cristo!

Dsa. Cláudia dos Santos Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Dijap da Convenção Noroeste Paulista.

Um dos pilares da Reforma Protestante

“Sola fide”: somente a fé

No dia 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero pregou um texto que ficou conhecido como as 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, na Alemanha. Essas teses tinham uma grande ênfase doutrinária e foram muito utilizadas pelo movimento que estava nascendo: a Reforma Protestante. O Protestantismo surgiu com a premissa de basear suas ideias e doutrinas somente nas Escrituras Sagradas e isso originou o que chamamos de “Cinco Solas”. Esses “Cinco Solas” são cinco princípios que foram considerados, pelos reformadores, como fundamentais para a vida e prática cristã.
Os “cinco solas” são: “Sola Fide” (Somente a fé); Sola Gratia (Somente a graça); Solus Christus (Somente Cristo); Sola Scriptura (Somente a Escritura); e Soli Deo Gloria (Somente a Deus, a glória). Como neste mês de outubro a Reforma Protestante comemorará 498 anos, acredito ser importante refletirmos sobre cada um dos seus princípios bíblicos e de que maneira temos vivido a nossa vida e prática cristã num mundo tão corrompido e distante de Deus.
Vivemos numa sociedade que precisa desesperadamente ser alcançada pelo evangelho de Cristo Jesus. Como igreja de Cristo, necessitamos ser constantemente reformados pela Palavra poderosa de Deus. Sendo assim, os princípios destacados por Lutero são tão atuais como nos dias em que foram enfatizados com a Reforma.
O primeiro “Sola” em que refletiremos é “Sola Fide”: isto é, somente a fé. A Bíblia enfatiza que somente por meio da fé em Deus e no sacrifício de Cristo no Calvário é que podemos ser salvos e alcançarmos a vida eterna (Jo 3: 16). Ela é fundamental para a nossa vida, pois “Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam” (Hebreus 11:6). Através da fé nos tornamos filhos de Deus (Jo 1: 12). É ela quem nos faz admitir que não temos qualquer condição de libertar-nos sozinhos dos nossos próprios pecados, das nossas culpas e dos nossos erros. Pela fé podemos entender que nossas atitudes e nossos méritos não são capazes de nos dar salvação (Rm 3: 10). É justamente por isso que necessitamos só e totalmente da pessoa e da obra do Cordeiro de Deus que veio tirar o pecado do mundo para nos livrar das terríveis consequências do pecado.
É interessante mencionar que o versículo bíblico que chamou a atenção de Lutero no que se referia à importância da salvação pela fé é Romanos 1: 17 – “O justo viverá pela fé”. A fé em Cristo não é um mero exercício intelectual, nem é um “pensamento positivo” e nem é “cega”. Pelo contrário, tal fé está profundamente relacionada à confiança no Senhor e em sua Palavra; é por intermédio dela que entregamos nossas vidas ao senhorio de Jesus, abandonamos o pecado e renunciamos a tudoo que pode nos afastar do nosso Senhor e Salvador.
Para todo aquele que se entregou a Jesus, ter fé significa necessariamente que desejamos aprofundar o nosso relacionamento com ele. É ela que nos move a caminhar em direção ao nosso alvo maior, que é o próprio Jesus, o Autor e Consumador da fé (Hb 12: 2). É somente pela fé em Cristo que podemos ser reconciliados com Deus e sermos considerados justos perante os olhos do Senhor. Não importa o que éramos ou o que fazíamos, a partir do momento em que colocamos nossa fé em Cristo, temos os nossos pecados perdoados, seja eles quais forem. Através da fé, somos alcançados pela maravilhosa graça de Deus.
 
Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infanto Juvenil Regional.

A Fé que Professamos

A Fé que Professamos
Uma síntese do que nós cremos, este livro é leitura indispensável para todos os promessistas. Compre já! Voz do Cenáculo.
O credo é a nossa declaração concisa de crenças, com base na Bíblia Sagrada. A confissão de fé detalha e explica nosso credo e a declaração de princípios manifesta os valores que norteiam nossa forma de pensar e agir, enquanto denominação.