Conheça a história do pequeno DAVI – VIDA!

Esse vídeo conta um pouco da história de uma família pastoral, que encara os desafios de uma deficiência complexa em seu filho, com resiliência, sabedoria e muito amor. Na certeza que a presença do Cristo redentor os acompanha em cada passo dessa incrível jornada chamada “VIDA”.

Que você também seja edificado com a linda historia do “DAVI”:

 

Testemunho especial: Quando a gratidão inspira nova vida

 

Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito? (Sl 116:12)

 

Seria mais um ano chegado ao fim, não fosse o fato de 2020, além dos desafios corriqueiros, ter trazido a cada um de nós a missão de enfrentar um vírus com capacidade letal o suficiente para perturbar a rotina de todo o mundo, literalmente. 

Assim também foi na vida da irmã Maira Ludimila Paulino de Rizo, da IAP de Fernandópolis − Convenção Noroeste Paulista. Essa mulher de fé vive uma rotina intensa dedicada aos cuidados do filho, Guilherme Oliveira Paulino, um rapazinho de 10 anos que tem uma deficiência complexa. Sempre apoiada pelo seu esposo, Gildásio da Silva Oliveira, por toda a sua família e pelos irmãos da sua igreja, ela já traz, em sua caminhada, muitos testemunhos de vitórias, como, por exemplo, a conquista da audição do seu filho, contrariando todos os prognósticos médicos. Glórias a Deus! 

Foi nessa mesma fé que a querida irmã Maira enfrentou intensas e prolongadas batalhas contra o coronavírus, quando onze membros de sua família foram diagnosticados com essa doença, incluindo ela, o marido e o filho.

Não foi um período fácil. Muitas dores físicas e emocionais lhes sobrevieram, mas a grande verdade é que, em meio a tantas lutas, a graça de Cristo foi muito maior! Sustentados pelo poderoso Mantenedor, sempre em oração com seus irmãos de fé, trilharam um caminho não pouco doloroso; porém, sempre confiantes e esperançosos naquele que prometeu estar conosco todos os dias (Mt 28:20b). A vitória chegou com a restauração da saúde de toda a família, para honra e glória do Senhor Jesus! 

O impacto dessa experiência foi tão profundo que despertou na família um desejo urgente de selar seu compromisso com o Senhor, através do batismo. Afinal, como agradecer a esse Deus tão maravilhoso? O que de melhor lhe podemos dar, se não a nossa vida em louvor, adoração e eterna gratidão, como fez o salmista, no Salmo 116?

Mas, considerando o contexto de pandemia, a realização de uma cerimônia de batismo parecia pouco provável. Então, Maira decidiu compartilhar essa questão com seu pastor, e para a sua surpresa, descobriu que havia um batismo programado para a semana seguinte. Aleluia!

Sendo assim, no dia 13 de dezembro de 2020, na IAP de Fernandópolis, a família Gildásio, Maira e Guilherme − um menino que, mesmo em meio a limitações, ama expressar seu louvor ao Senhor −, foi batizada, num clima de muita felicidade, emoção e celebração. Além de livrá-los do padecimento dessa doença, suas vidas foram seladas para a vida eterna em Cristo. Glórias a Deus!

 

Que essa família tenha um novo tempo de muito crescimento na graça e no conhecimento de Jesus Cristo. Que, através desse testemunho, o Santo Espírito nos inspire a crer que, mesmo em meio às adversidades deste mundo, aquele que governa todas as coisas tem uma nova história para as nossa vidas, pois, a cada manhã, suas misericórdias se renovam, e, para ele, não existem limitações.

Então, que tal fazermos como essa família, e, sem perda de tempo, entregarmos toda a nossa vida em louvor e gratidão ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo?

 

Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor. (Sl 116:13)

MESTRE NOTA 10!

 

Sabemos que o ensino é capaz de promover transformação social, espiritual e intelectual, porém cabe ao professor o importante papel de mediar o ensino-aprendizagem. Mas quais as características que um professor precisa para que o ensino seja transformador? Ninguém melhor que Jesus, o Mestre dos mestres para nos ensinar as características essenciais de um mestre nota 10.

É inevitável pontuar que para ser um bom professor é necessário AMOR. Pode parecer um clichê, mas se amamos o ensino da Palavra de Deus e amamos nosso próximo, todas as outras qualidades serão consequências. Jesus amou e ensinou os desfavorecidos, ricos, judeus e samaritanos, deficientes, adultos e crianças, enfim ele incluiu todos! E provou seu amor morrendo na cruz por toda humanidade. O professor que ama o ensino do evangelho tem como marcas a paciência, amabilidade, o interesse pelo outro e a dedicação.

Para que o ensino seja eficaz é necessário esmerar-se em sua prática (Rm 12:7), aperfeiçoar-se ou ensinar com a máxima qualidade. Quem tem o dom do ensino precisa ser um incansável aprendiz, aprofundar-se no estudo da Palavra de Deus, examinar as escrituras, ler e pesquisar para que compartilhe com alegria o verdadeiro evangelho. 

Para ensinar um aluno com necessidades especiais, antes é necessário aprender quais são as potencialidades e limitações daquele aluno e quais são os recursos disponíveis que viabilizam o ensino capaz de transformar vidas e formar discípulos de Jesus. 

Jesus foi um excelente professor e educador, sendo reconhecido e chamado de Mestre. Com ele aprendemos a importância de conhecer os alunos para contextualizar a mensagem que se deseja transmitir, no caso de Jesus ele utilizava as parábolas para ensinar verdades bíblicas. Na Educação Inclusiva é importante ter como ponto de partida as singularidades do aluno para despertar o interesse, a compreensão do ensino principal e a participação na aula. 

Jesus foi o exemplo vivo de todos os seus ensinamentos, ele vivia cada palavra e demonstrava em ações. O professor também precisa ensinar na prática, vivendo as verdades do evangelho e assim desafiar seus alunos a serem discípulos de Jesus.

Refletimos sobre algumas características do Mestre dos metres e certamente podemos aprender muito mais com Jesus. Faça uma autoanálise para descobrir quais características você já possui e quais ainda precisa desenvolver. Ore a Deus e peça para que Ele o ajude em suas limitações, para que o amor pelo ensino seja constate, para que ele ilumine sua mente com estratégias e recursos para o ensino eficaz da Palavra de Deus.

 

Tornando Jesus acessível

Os verdadeiros amigos são aqueles com quem dividimos bons e maus momentos em nossas vidas, que nos aconselham, ajudam, estão sempre ao nosso lado. Dizem que os amigos valem ouro!

A Bíblia nos conta sobre um belo exemplo de amizade que foi capaz de superar muitos desafios. Em Marcos 2: 1 a 12 lemos o relato de quatro amigos que levaram um paralítico a Jesus. Este homem possuía algum tipo de deficiência física, uma paralisia que o impedia de andar. Mas ele tinha amigos que o acolheram, que se relacionavam com ele e que conheciam sua necessidade. 

Você já teve a experiência de precisar de um auxílio ou favor e saber com quem você pode contar? Saber que existem pessoas que estão ao seu lado em todos os momentos? Os amigos deste homem paralítico levaram ele até Jesus e não desistiram facilmente, superando barreiras físicas, suspenderam-no até o telhado da casa em que Jesus estava para proporcionarem um encontro transformador. E então o paralítico recebe além da cura, algo muito melhor e mais importante: a salvação e o perdão de todos os seus pecados. Imaginem quantos motivos aqueles amigos tiveram para celebrarem juntos.

Diante de tal exemplo, desafio você a refletir como tem acolhido e se relacionado com aqueles que são deficientes ou portadores de síndromes. Será que você tem buscado construir um laço de amizade com estas pessoas e suas famílias? Tem tido um olhar sensível as suas necessidades? Tem buscado conversar e passar um tempo com eles? Tem ensinado as verdades do evangelho? Assim como esses amigos, nós precisamos persistir em construir relacionamentos com todas as pessoas que nos cercam a fim de levá-los a conhecer a Jesus para que recebam algo muito melhor e mais importante que a cura, a Salvação! Esta é a missão de Deus, salvar a todas as pessoas e nós como discípulos Dele somos responsáveis por contribuir com o cumprimento desta missão. Que Deus te abençoe e o desperte para tornar o evangelho acessível a todas as pessoas! 

Vacina não causa autismo. 

Dia 28 de fevereiro  foi registrada a primeira morte por sarampo desse ano em São Paulo, no histórico da criança consta a ausência de vacinação, fato esse muito grave já que o Sarampo é uma doença altamente contagiosa , letal  principalmente em crianças menores de 5 anos, não tem tratamento específico,  porém é possível  ser prevenida por vacinas. Então,  por que não vacinar?

Um forte argumento do grupo ‘antivacinas’  é uma finada* pesquisa do médico Andrew Wakefield , publicada  em 1998 e despublicada em 2010, afirmando que todas as crianças da sua pesquisa ( ou seja, um total de12 crianças ), apresentaram autismo após a exposição a vacina ” MMR” ( sigla em inglês para Sarampo,Caxumba e Rubéola-  vacina SCR no Brasil). Sobre essa pesquisa, descobriu se a posteriori que 5 cças já tinham problemas neurológicos, que nenhuma das 12 cças tinha vestigio de sarampo no organismo, e que o ex médico tinha  solicitado a patente de uma outra vacina contra Sarampo que seria concorrente da MMR no mercado.

Muitas pesquisas já foram realizadas comprovando que nem a vacina MMR ( SCR ) ou qualquer componente de vacinas tem alguma relação com a causa do autismo.Também sabemos que o autismo não surgiu com as vacinas, mas há relatos de  casos de autismo desde o seculo XVlll!

Recentemente na Dinamarca, **pesquisadores acompanharam por dez anos 657.461 cças nascidas no país entre 1999 e 2010 e dessas,  31.619 não foram vacinadas ( lá a vacinação é voluntária e gratuita), e dessas que não foram vacinas, 6.517 foram diagnosticadas com autismo, ou seja, uma taxa de incidência de 129,7 casos para cada 100.000 habitantes. E o que isso quer dizer?

Considerando que, de forma geral a OMS relata que 1% da população do mundo tem TEA ( nos EUA, 1 pra cada 59 nascidos tem autismo ), esse dado mostra que quem não toma vacina tem a mesmíssima chance de desenvolver autismo e ainda fica menos protegido contra doenças graves como o Sarampo, por exemplo.

Em 2016, o Brasil recebeu um certificado da OPAS/OMS como um país livre do sarampo…agora não mais, infelizmente.Porém, incentivo você a vacinar o seu filho e assim ajudar na prevenção dessa terrível doença na vida dele e de muitas outras crianças. Isso é fazer o bem.

Se vc deseja saber mais sobre o assunto, recomendo ler ” Autism um history- Houston e Uta Frith”, ” Outra Sintonia, a história do Autismo”- John Danvan e Caren Zuker”, acesse OPAS/OMS Brasil

 

Juliana Menezes Duque José

 

 

Referências

*1: revista ” the Lancelot ” publicada em 1998 e despublicada em 2010.

**2: Instituto Stated Serum

Saiba mais

“Autism in history- The case of Hugh Blair of Borgue-, Houston e Uta Frith”,

“Outra Sintonia, a história do Autismo- John Danvan e Caren Zuker”

Acesse: OPAS/OMS Brasil

Vivendo além do limite: A história da menina cega que podia ver.

Alguém pode até dizer que essa garotinha não teve muita sorte.

Nascida em 1820,  numa família pobre da cidade de Putnam- Nova York,  com seis semanas de vida, por causa de um erro médico, perdeu totalmente a visão dos dois olhos.

Pouco tempo depois, o seu pai veio a  falecer, e sua mãe precisou se esforçar muito para manter a casa.

Quando tinha 5 anos, com ajuda financeira dos vizinhos,  consultou o melhor especialista do país, que colocou fim em qualquer esperança de cura.

O cenário não era bom…

Que futuro essa garotinha deficiente visual poderia ter?

Uma luz raiou em meio a escuridão: sua dedicada avó se esmerou em pregar lhe o evangelho. Todos os dias ela empreendia tempo para ler as maravilhosas história bíblicas para sua netinha. A garotinha aprendeu, de modo que até decorou  trechos extensos de livros como Salmos, Rute, os Evangelhos, entre outros: plantar a palvra de Deus naquele coraçãozinho mudaria totalmente a história daquela vida!

Aos 8 anos ela já demonstrava a luz que iluminava o seu caminhar, numa habilidade peculiar em compor poesias, declarou:

”   Então pode chorar e

soluçar  porque sou cega

Oh, que menina contente sou eu,

Apesar de não poder ver,

Pois decidida estou que

Neste mundo alegre serei!

Quantas bênçãos recebo eu

Então pode chorar e

soluçar Porque sou

Cega

Porque isso não farei”.

Aos 12 anos , sua avó faleceu, mas o fruto já apontava maduro, e aos 15 anos passou a estudar no Instituto de Cegos de Nova York, onde depois lecionou por longo tempo como professora de Inglês e História. Lá também conheceu seu marido, também cego e professor.

Aos 23 anos, foi a primeira mulher ao falar no Parlamento americano em defesa dos direitos de educação dos cegos.

Lutou contra escravidão compondo músicas.

Apoiou Abraham Lincoln à favor da abolição.

Lutava pelos direitos de emancipação feminina, entre muitas outras realizações: aquela menina cega havia se tornado uma consagrada poetisa.

Porém, foi aos 44 anos de idade que essa notável mulher passou a tecer seu maior legado: escrever hinos sacros.

Embalada pelo avivamento americano do século XlX, mais especificamente por John Wesley,  ela passou a escrever hinos que embalavam os cultos e acendiam as chamas da pregação do evangelho naquela nação em expressões que demonstravam a fonte viva que jorrava em seu coração:

” Canta minha alma, canta ao Senhor

rende -lhe sempre ardente louvor”

” Meu Senhor sou teu, tua voz ouvi a chamar me com amor..”

” oh não consintas tristeza dentro do teu coração, tendo fé firme no Mestre, segue o sem exitação”

” …seguirei a meu bom Mestre, onde quer que for irei”

” Quero estar ao pé da cruz de onde rica fonte, corre franca a salutar do calvário monte

Sim na cruz! Sim na cruz sempre me glorio, té que ao fim vá descansar, salvo além do rio”

Enfim, foram mais de oito mil hinos, que embalam o coração de cristãos ao redor do mundo até hoje, trazendo a luz da palavra de Deus em momentos que conferem fé,  alegria e eternal esperança.

Em 1915, aos 94 anos, descansou a brava guerreira, deixando um legado inestimável em valor.

A menina que nunca se intimidou por ser cega, muito pelo contrário, segura por saber que sua sorte estava na cruz, se tornou uma mulher visionária, trazendo luz a esse mundo com coragem, alegria e altruísmo, tanto em suas ações como em suas canções.

E foi assim que Frances Janes Crosby, mais conhecida como Fanny Crosby , se tornou a maior compositora cristã de todos os tempos: uma menina que sempre foi cega mas que  nunca deixou de ver.

 

Juliana Menezes Duque José

musicaeadoracao.com.br

prazerdapalavra.com.br

wikipedia.org

Dia Nacional de Educação de Surdos

Talvez soe redundante dizer que a educação é a maior arma da humanidade. Afinal, é consenso: aqueles que tem acesso a educação estudam substancialmente sobre isso; aqueles que não tem a desejam substancialmente, e isso porque na educação reside o poder   de transformar a realidade de quem a adquire não importando raça,  origem, ou condição, pois o custo do saber não esbarra em preconceitos,  mas sim em empenho, coragem e na determinação de cada um.

Por isso, no dia 23 de abril comemoramos o dia Nacional de Educação de Surdos. Nesse dia importa lembrar que não foi pouco o empenho empreendido por essa comunidade pra que hoje todo o surdo tenha o direito  garantido por lei ao aprendizado e ao  pleno desenvolvimento através de uma educação igualitária, mas sabemos que nem sempre foi assim. Outros tiveram que lidar com uma realidade muito diferente. Sendo considerados com menor capacidade de aprender, os surdos já tiveram  seu acesso a educação  vilipendiado, e apesar de D. Pedro ll ter inaugurado uma escola pra surdos em 1857 no Brasil,  alguns anos depois houve uma proibição ao uso de gestos como forma de comunicação  acarretando  um retrocesso que durou muitos anos. Nesse ínterim o povo surdo teve enorme prejuízo na aquisição do aprendizado e como consequência,  as dificuldades pra inserção  no mercado de trabalho, de ter um renda digna, somado ao alto custo dos tratamentos auditivos  prejudicaram e muito a inclusão dos surdos na sociedade, mas por fim  o direito à usufruir de sua própria língua foi conquistado, e outra vez as portas se abriram para essa batalhadora comunidade.

A Língua Brasileira de Sinais ( LIBRAS) foi oficializada como língua própria do povo surdo brasileiro em 2002, e propicia não somente o alcance a educação , mas também possibilita sua inserção no mercado de trabalho e na sociedade como um todo, legitimando sua identidade peculiar como povo: o povo que se comunica não com uma língua fonada – como os ouvintes-, mas com uma língua expressada em gestos.

Hoje, LIBRAS é matéria obrigatória em cursos superiores como pedagogia e fonoaudiologia,  é regulamentada como lei,  e é  fundamental para que o surdo acesse a educação e através desse possa garantir o protagonismo da sua própria história.

Jesus, nosso Mestre,  ensinou que o seu caminho também requer instruir, educar, formar. A boa nova da salvação também precisa ser ensinada. Nós,  como igreja de Cristo precisamos nos esforçar pra que nossos irmãos surdos tenham acesso a educação mais poderosa de todas: o evangelho. Esse tem poder de transformar não apenas a realidade dessa vida, mas pode gerar conhecimento para a salvação eterna!

Fica aqui um convite pra você: aprenda um novo idioma esse ano, aprenda LIBRAS, afinal, como disse alguém educado: “nessa vida precisamos  aprender a aprender, aprender a ser e aprender a conviver.”

 

Juliana Menezes Duque José

NOTEI QUE MEU ALUNO TEM COMPORTAMENTOS CARACTERÍSTICOS DE UMA SÍNDROME OU DEFICIÊNCIA, O QUE DEVO FAZER?

Orientações aos professores ao conversar com a família a respeito de comportamentos característicos de uma síndrome ou deficiência observados no aluno. 

 

Ao relacionar-se frequentemente com crianças e adolescentes em um círculo social, seja ele o trabalho formal ou uma instituição religiosa, por exemplo, é natural reconhecer comportamentos e habilidades peculiares de cada fase do desenvolvimento humano. Tal conhecimento ainda pode ser aprofundado por meio do estudo científico dos aspectos físico-motor, intelectual, afetivo-emocional e social dos seres humanos. 

Entretanto vamos nos ater a primeira infância que compreende o período do nascimento até os seis anos de vida, marcada por grandes descobertas e aprendizados. Esta etapa é determinante para o desenvolvimento de habilidades e competências fundamentais que refletem na vida adulta. Nessa fase é importante ressaltar a necessidade de uma avaliação constante do desenvolvimento infantil. 

Ao observar uma criança na primeira infância e entender que ela não tem avançado na aquisição da linguagem oral, na interação social ou na percepção corporal como é esperado para a idade, é natural nos questionarmos quais fatores têm influenciado no crescimento integral desta.

Se você é professor, cuidador, recreador ou mesmo exerce um trabalho voluntário ensinando na Escola Bíblica já se deparou em algum momento com uma situação na qual preocupou-se com determinados comportamentos de uma criança. Mas como sinalizar aos familiares suas impressões relacionadas aos aspectos físico-motor, intelectual, afetivo-emocional e social de uma criança?

A Bíblia nos ensina no livro de Colossenses capítulo 4 versículo 6 que “nossa palavra precisa ser sempre agradável e temperada com sal”. Neste versículo a expressão “palavra” refere-se as boas novas do evangelho que devem permear todos as áreas da nossa vida. Porém esta mensagem precisa ser sempre agradável, ou seja, a maneira de falar é tão importante quanto o conteúdo, a mensagem que a transmitir. Portanto em nossas conversas e diálogos devemos buscar a sabedoria de Deus para falar às necessidades dos familiares com uma mensagem de amor e esperança que nos é ensinada por meio do evangelho. 

Se por algum momento em suas observações lhe ocorrer que determinados comportamentos são características de uma síndrome ou deficiência, como reportar aos familiares? Em primeiro lugar, apenas profissionais especializados na área da saúde estão aptos para dar diagnósticos, assim não determine ou tire conclusões precipitadas. Em segundo lugar, explique a família as habilidades, competências ou características que a criança tem demonstrado dificuldade em avançar e que lhe tem chamado a atenção. Sabemos que há características esperadas a cada estágio do desenvolvimento, porém devemos sempre pensar na individualidade das crianças. Cada um tem seu ritmo, sua personalidade, sua bagagem familiar, deste modo, não faça comparações com outras crianças. 

Em terceiro lugar, ao conversar com a família mantenha um tom de voz calmo e acolhedor, demostre seu interesse no bem estar da criança, ressalte os aspectos positivos e as habilidades que já estão em desenvolvimento, aconselhe a família a buscar ajuda de profissionais da saúde para uma avaliação detalhada. Coloque-se a disposição para ajudar no que estiver ao seu alcance, orando sempre a Deus e pedindo sabedoria para a condução do seu trabalho! 

Primeira turma promessista de Libras on-line forma-se na Convenção Paulistana

 

Nem só de notícias ruins foi o pesado ano de 2020. Algumas das boas notícias vêm das igrejas adventistas da promessa da Convenção Paulistana. Por meio de seu Ministério Feminino Regional, foram formadas 36 mulheres, no curso para iniciantes na Língua Brasileira de Sinais (Libras), ofertado gratuitamente e com apoio da convenção regional. É a primeira vez que uma turma de Libras é formada assim, na história dos promessistas.

A formatura simbólica ocorreu dia 18 de dezembro, com entrega de certificado virtual e pregação do pastor Daniel Pereira da Cruz, surdo da IAP de Vila Medeiros, que as motivou a progredir nesse conhecimento. Também participaram do evento virtual: o superintendente Regional da Convenção Paulistana, Pr. Cícero Alves da Silva, a diretora do Ministério de Mulheres Regional e idealizadora do projeto, Dsa. Gislaine Cuenca Neves, e a diretora da Secretaria de Inclusão da Convenção Geral da IAP, Juliana Menezes Duque José.

Segundo a Dsa. Gislaine, “o curso aconteceu por meio da plataforma virtual Zoom, com o número inicial de 66 matriculadas. As reuniões aconteciam uma vez por semana, tendo a duração de três meses de aulas, sendo 40 horas de estudos: 20h on-line/práticas e 20h de atividades complementares, colocadas em uma plataforma remota”.

Diante de vários desafios postos às mulheres da Convenção Paulistana, foi verificada a necessidade da inclusão, que está inserida na ideia de unidade, segundo a Dsa. Gislaine, e que contempla um dos valores gerais promessistas, trabalhados na gestão 2020-2023, de Unidade, Missão e Avivamento. Então, foi criado o projeto “Jovens mulheres”, que contou com as facilitadoras Brenna Leal e Priscila Justino, intérpretes de Libras e participantes de projetos da Convenção Geral, como as lições e as lives. A meta do projeto é alcançar as 47 igrejas da Convenção com mulheres que saibam LIBRAS, pelo menos, na fase inicial.

 

Um longo caminho até a formatura

Para chegar a todo o resultado obtido, houve um longo caminho pela frente: um preparo de dois meses na formulação do projeto; um mês de inscrições com 60 vagas limitadas, e o ingresso de 66 mulheres no curso, com idade entre 13 e 60 anos, e uma média de 36 anos. Como em todo processo formacional, houve desistências, dificuldades e falta de identificação por parte de algumas alunas.

Mas o curso seguiu durante três meses, até sua última aula, no dia 12 de dezembro, com 36 alunas, que tiveram de apresentar uma música em libras, com a presença de surdos, em quase todas as aulas, para verificarem o andamento do progresso de formação delas. Um destaque desse período foi a atuação das professoras que foram além das aulas no Zoom.  Dsa. Gislaine conta que, “além de ofertarem conhecimento, Brenna e Priscila atuavam na preparação do material didático, na correção de atividades e integração por meio de grupo no WhatsApp, para tirar dúvidas. Foram três meses intensos, vendo o desenvolvimento relevante das alunas”, revela a diretora.

No último dia de aula, as alunas tiverem de interpretar uma música. Elas tiveram um preparo especial para isso, com a secretária Natália Cristian, da Secretaria de Inclusão da Convenção Geral. Ela trouxe uma aula de musicalização preparatória antes da apresentação das alunas e na formatura, interpretou e traduziu para o português, a mensagem do Pb Daniel. Elas foram avaliadas pelo Pr. Sandro Vinicius dos Santos (surdo) e sua esposa, a intérprete Dsa. Sara Lopes Santos, e pela surda Tatiana Oliveira Cerqueira, da IAP de Edu Chaves, que deram as notas às estudantes para o trabalho final da classe.

Na avaliação da diretora do Ministério de Mulheres regional, várias alunas se destacaram, e uma delas, a oradora da turma, Edna Pinho Jesus, em parte de seu discurso, e já aplicou o conhecimento adquirido, e ganhou uma camiseta do ministério. Dsa. Gislaine vê com emoção o projeto realizado na convenção e já vislumbra, pela empolgação das participantes, outras etapas: “Damos apenas o primeiro passo, e elas já pedem o intermediário. Espero que, a partir daí, consigamos não só mulheres, mas homens, crianças e mais jovens”.